sábado, 17 de outubro de 2015

Filho de Lula prepara ação contra Globo e colunista


O motivo: não há, na delação premiada do lobista Fernando Soares, nenhuma referência ao nome de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Em sua estreia no jornal O Globo, no último domingo, o colunista Lauro Jardim, egresso de Veja, cravou que "Lulinha" era um dos alvos de Fernando Baiano, como suposto beneficiário de pagamentos de R$ 2 milhões.

Por meio de seus advogados, ele pediu que fosse apresentada a delação – o que o colunista se negou a fazer.

Agora, o próprio jornalista encampa uma nova versão: a de que os R$ 2 milhões teriam sido pagos à esposa de Fábio Luís, uma das quatro noras de Lula; "requeremos a íntegra da delação não porque tenhamos qualquer preocupação com seu teor, mas apenas para instruir as ações judiciais", diz o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Fábio Luís.

A acusação pela acusação não vale. Qual é nora de Lula que recebeu esse suposto valor? Quando e onde aconteceu o fato? Quem fez o repasse? São perguntas relacionadas que o jornalista não responde.

A Revista ÉPOCA, do grupo Globo, "viaja" e vê Cunha com força para tocar golpe

Mesmo que comprovadamente Cunha esteja todo enrolado, sem força e caia a qualquer momento
 

Réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro por meio de várias contas secretas na Suíça, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é retratado pela revista Época, do grupo Globo, como "O senhor impeachment", como se ele tivesse força para liderar qualquer iniciativa golpista – e isso sem falar no fato de que duas decisões recentes do Supremo Tribunal, concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, travaram seus movimentos.

No entanto, para Época, é Cunha "quem conduz o ritmo do futuro político do País".

Até quando o grupo Globo pensa que conseguirá enganar o povo brasileiro?

Novos dados sobre contas na Suíça reduzem apoio a Cunha na Câmara

Mesmo assim a oposição ao Brasil (PSDB, SD, PPS, DEM e outros) continua com ele 

Depois da publicação das "digitais" de Eduardo Cunha e de familiares nas contas secretas no exterior, sua tropa de choque continua dizendo que vai com ele até o fim, mas políticos até então próximos afirmam que ele perdeu as condições de comandar a Câmara e que sua saída se reduz agora a uma questão de dias.

O principal fator político que agora pesa contra o peemedebista é o de que ele vinha pedindo um voto de confiança assegurando não ter contas fora do país.

As imagens do passaporte diplomático, as assinaturas e os demais documentos publicados tornam essa versão pouco crível, dizem deputados. "Essa será a semana em que o Parlamento vai perceber se o Eduardo vai ter condições de governabilidade", afirmou um aliado próximo.

Líderes das bancadas do governo e da oposição são quase unânimes em afirmar que a situação é "delicadíssima" e deve vitaminar a lista do "Fora, Cunha" elaborada pelo PSOL e pela Rede, que já conta com 53 adesões. Os dois partidos protocolaram pedido de cassação de Cunha no Conselho de Ética. O processo deve ser instaurado até o final do mês.

A oposição, que se alinhou a Cunha quando ele rompeu com o governo, combinou que se manifestará em conjunto no início da semana.

Os principais partidos, PSDB e DEM iniciaram o afastamento do peemedebista na semana passada, quando soltou nota sugerindo a ele que se afastasse da Presidência.

Procurado, o senador Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM –investigado em outro caso–, disse que "as coisas ficam agora muito difíceis de serem explicadas", já que Cunha dizia não ter conta no exterior.

O deputado Silvio Costa (PSC-PE), adversário de Cunha, passou a pedir a líderes de todos os partidos que se unam pelo afastamento do peemedebista do cargo. "Ele negou o tempo todo que tivesse conta. Acho que não dá mais nem para esperar o tempo regimental [de cassação]."

Aliados mais fiéis saíram em defesa de Cunha. O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, disse à Folha que está com Cunha "para o que der e vier", na maré contrária à oposição."O nosso negócio é derrubar a Dilma. Nada nos tira o rumo. O governo o persegue porque sabe que sem ele não tem impeachment."

Fonte: Folha, 17/10/2015

Lula sugere que empresário usou seu nome para conseguir propina

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou com colaboradores que o pecuarista José Carlos Bumlai pode ter se aproveitado de sua amizade para obter vantagens financeiras.

O ex-presidente cogitou essa hipótese um dia depois de vir à tona o depoimento no qual o lobista Fernando Baiano afirma ter pago R$ 2 milhões a Bumlai para compra do apartamento de uma nora do ex-presidente.

Nas conversas com seus aliados, Lula negou que a negociação tenha ocorrido e reclamou de Bumlai, afirmando que, caso confirmada a versão de Baiano, o amigo teria se valido dessa intimidade para ganhar dinheiro.

José Carlos Bumlai, pecuarista
Ainda segundo seus interlocutores, Lula se queixou da divulgação da informação sem que nem sequer se tenha identificado a nora. Lula tem quatro noras. Nessas conversas, o ex-presidente contou ter ajudado cada uma delas para a compra de um apartamento. Ele diz que doou R$ 200 mil para cada uma.

Para descrever a situação financeira, Lula argumentou ainda que o primeiro filho de Dona Marisa vive num imóvel alugado.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, reagiu com indignação e disse que esse tipo de vazamento de informação estimula a intolerância contra o partido.

"Não tem cabimento esse tipo de informação sem comprovação, sem documento, sem saber o nome da pessoa. É uma irresponsabilidade da grande mídia, um jornalismo declaratório. Quem é a nora? O Lula tem quatro noras. Nenhuma nora dele recebeu dinheiro", afirmou Falcão.

Baiano disse que o pagamento que beneficiaria a nora de Lula foi feito a Bumlai e se referia a uma negociação envolvendo a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, atualmente em recuperação judicial.

Mesmo sem o negócio ter sido concretizado, Bumlai teria cobrado a "comissão" de Baiano para repassar à suposta nora de Lula.

Fonte, Folha, 17/10/2015

Cadê a honestidade intelectual, Aécio Neves?


Para o deputado Jean Wyllys, o senador tucano "deu mais uma prova de sua hipocrisia" quando comparou a atitude dos tucanos com relação a Eduardo Cunha com a negativa do PSOL a apoiar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

"Alguém deveria explicar ao ex-candidato que Cunha está formalmente denunciado pela Procuradoria Geral da República, com provas robustas. Também foi acusado de ter recebido uma propina e mentiu em depoimento dado numa CPI. Alguém deveria lembrar a Neves que não é a primeira vez que Cunha se envolve em escândalos de corrupção. E alguém deveria explicar ao senhor Aécio que a presidenta Dilma, independentemente da minha opinião sobre seu governo, que acho muito ruim, não foi acusada de crime algum", dispara o parlamentar

Segundo ele, "uma oposição republicana e democrática não tenta derrubar um governo sem motivos constitucionais, só para ocupar seu lugar. E muito menos aliado a um deputado acusado de corrupção".

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Baiano diz que deu um milhão e meio, em espécie a Eduardo Cunha


Lobista Fernando Baiano afirmou em delação que entregou o valor no escritório do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e que tinha um celular exclusivo para tratar de valores ilícitos com o peemedebista.

A principal conta atribuída pela Suíça a Cunha foi aberta com ajuda do mesmo operador usado pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, alvo da Lava Jato.

Baiano também disse ter repassado R$ 2 milhões à nora do ex-presidente Lula, por intermédio de José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

Intelectuais dizem que o golpe que o PSDB quer não tem embasamento legal


Em manifesto que será divulgado em encontro de intelectuais organizado pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP, grupo classifica o impedimento de Dilma Rousseff como "extraordinário retrocesso" que traria "sérios riscos à constitucionalidade democrática".

"Impeachment foi feito para punir governantes que efetivamente cometeram crimes. A presidente não cometeu qualquer crime", diz o texto. "O que vemos hoje é uma busca sôfrega de um fato ou de uma interpretação jurídica para justificar o impeachment. 

Como não se encontram fatos, busca-se agora interpretações jurídicas bizarras, nunca antes feitas neste país". Assinam o documento, entre outros, Fábio Konder Comparato, Rogério Cerqueira Leite, Luiz Felipe de Alencastro, André Singer, Fernando Morais e Marilena Chaui.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Dilma não se mantém com liminar, Gilmar Mendes, mas com a Constituição

Gilmar Mendes é fonte caudalosa de constrangimento para o Supremo Tribunal Federal. Toda vez que ele aparece na mídia suarento e vociferando exclusivamente contra o PT – subvertendo, assim, a imagem de um magistrado, que deve exalar equidistância de paixões – seus pares olham para o lado, assoviam, fazem cara de paisagem.

Gilmar, porém, vive testando o colegiado que integra. Recentemente, deu declarações sobre o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas que se constituíram em bofetadas nos seus pares que tiveram entendimento diferente do seu.

Ao segurar o processo em sua gaveta por mais de um ano e meio sob a alegação de precisar de mais tempo para “estudá-lo”, fez pouco dos ministros que já haviam decidido. Ele insultou a inteligência daquela Corte e de todo o país, pois não houve quem não soubesse que se tratava de uma manobra protelatória.

Protelar para quê? Ora, para que o poder econômico pudesse se esbaldar mais uma vez, ou seja, nas eleições de 2014. Ele pediu vista do processo em 2013. Se a votação tivesse sido concluída, empresas não teriam podido fazer doações eleitorais no ano passado.

Agora, Gilmar volta à carga. Como o único ministro do STF que se dispõe a dar declarações bombásticas e partidarizadas, ironizou, nesta quinta-feira (15), as dificuldades do Palácio do Planalto em reunir apoio em sua própria base aliada contra um movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso.

Gilmar disse à imprensa que “ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo”, em referência ás decisões provisórias (liminares) dos colegas Teori Zavascki e Rosa Weber que suspenderam o rito estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a tramitação de um eventual processo de impedimento da petista.

Ora, ora… Quer dizer que o que manteve Dilma no cargo foi uma liminar, é? Mas que papo é esse, Gilmar Mendes? O que preservou a presidente da República de ser afastada do cargo por uma manobra ILEGAL não foi a liminar que dois de seus pares concederam – antecipando o que deverá ocorrer com julgamento da medida em Plenário –, foi a Constituição Federal.

“Lição que aprendi da época do Collor, […] é que se o presidente não tiver 171 votos [para barrar o impeachment], não pode mais ficar no cargo. Ninguém se mantém no cargo com liminar do Supremo”, afirmou Gilmar.

Então ele não aprendeu nada, pois o rito processual que o STF acaba de derrubar não requeria que Dilma tivesse 171 votos para se manter no cargo, como manda a Constituição; exigia que ela tivesse 257 votos, porque Eduardo Cunha pretendia atropelar o quórum exigível para abrir o processo de impeachment, entre outras manobras inconstitucionais.

A declaração de Gilmar Mendes tem mero objetivo político. Não se coaduna com a postura que deve ter um ministro do Supremo. Aliás, ele é o único, naquela Corte, que se porta dessa forma lamentável, histriônica, vexatória.

Sua declaração tenta iludir o público. Tenta fazer os menos informados e instruídos acreditarem que Dilma tenta adiar o inevitável. Muito pelo contrário. A decisão do STF não impede abertura do processo de impeachment. Apenas obriga a Câmara a cumprir a Constituição.

Se Eduardo Cunha e o PSDB conseguirem 342 votos para abrir o processo, ele será aberto. Quem não está conseguindo apoio parlamentar para suas pretensões políticas, portanto, não é Dilma Rousseff. Quem não tem os votos necessários para abrir o processo de impeachment é Aécio Neves, é Eduardo Cunha, é o PSDB, é o DEM. E a mídia.

Artigo de Eduardo Guimarães

Fonte: Brasil 247, 15/10/2015

Lula nega acordo com Cunha e mira Oposição


Assessoria de imprensa do ex-presidente diz em nota que "são escandalosamente mentirosas" as reportagens que noticiaram um suposto acordo entre o governo e o presidente da Câmara.

"Lula não manteve encontros ou reuniões neste sentido com parlamentares do PT nem com políticos de outros partidos", rebate o comunicado.

Mais cedo, tanto o PT quanto Cunha também negaram o acordo. "O Brasil sabe que é a oposição, e não o PT, que há um ano vem promovendo articulações espúrias e barganhas, dentro e fora do Congresso, na desesperada tentativa de derrubar um governo democraticamente eleito", completa o petista. Lula está reunido com Dilma e ministros nesta noite no Palácio da Alvorada.

Parabéns, professores!

Moralistas sem moral veem golpe afundar


Não deu certo a tentativa da oposição brasileira, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), de emplacar um golpe ancorado num debate de 'moralistas sem moral', como definiu a presidente Dilma Rousseff.

Afinal, como seria possível defender uma moral absoluta, kantiana, se os líderes do golpe têm contas secretas na Suíça (caso de Eduardo Cunha) ou são réus por corrupção no STF (como Paulinho da Força e Agripino Maia)?.

O primeiro a criticar a "moral seletiva" do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (que já foi cassado por compra de votos), acabou sendo chamado de "burro" por Reinaldo Azevedo.

Ou seja, para os tucanos, o que vale é apenas o discurso maquiavélico de que os fins justificam os meios – e foi justamente isso que inviabilizou o golpe dos 'moralistas sem moral'.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Como o Supremo deu um curto-circuito no golpe dos obcecados


Para Paulo Moreira Leite, colunista do 247, "ao intervir no debate sobre regras criadas pelo deputado Eduardo Cunha para o encaminhando do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki e Rosa Weber, produziram dois resultados com um único gesto. 

De imediato, a decisão gerou um curto-circuito nas articulações destinadas a pedir o afastamento da presidente, que agora seguem um novo curso, que terá de oferecer respostas às decisões dos dois ministros. 

O outro efeito é uma mensagem política clara"; jornalista lembra declaração feita ontem pelo jurista Dalmo Dallari para representar o segundo resultado; "Impeachment é sempre um desastre e só deve ocorrer em último caso".

Votação de vetos presidenciais ficam para novembro

O acerto ocorreu hoje entre o vice-presidente e presidentes da Câmara e do Senado
O vice-presidente Michel Temer entre os presidentes do Senado e da Câmara, Renan e Cunha

O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (14) que definiu com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a convocação apenas no mês que vem de sessão conjunta do Congresso Nacional para votação dos vetos presidenciais.

Na avaliação do vice-presidente, convocá-la em novembro dá maior margem de tempo para que o Palácio do Planalto consiga reestruturar a base aliada, que no início deste mês se rebelou e esvaziou duas sessões conjuntas para a apreciação dos vetos presidenciais.

Neste sentido, o governo federal tem negociado com partidos como PRB, PTB, PP e PR a indicação de cargos no segundo e terceiro escalões e a liberação de emendas parlamentares.

"Nós tratamos das questões do Congresso Nacional, especialmente sobre os vetos presidenciais, e chegamos à conclusão de que se deve deixar para o mês que vem", disse Temer, após almoço com Cunha e Renan.

O vice-presidente afirmou ainda que o presidente da Câmara dos Deputados se comprometeu a agilizar a votação de projeto do governo federal de prorrogar e ampliar o mecanismo que lhe dá maior liberdade no manejo orçamentário, a chamada DRU (Desvinculação de Receitas da União).

Se derrubados, os vetos presidenciais podem ter um impacto de R$ 63,2 bilhões para os cofres públicos até 2019.

Fonte: Folha, 14/10/2015

Por que o PSDB quer arruinar ainda mais o Brasil?

Um dia depois do resultado das eleições de 2014, sabedor de que perdera a quarta eleição seguida para a Presidência da República e com o País dividido em função da campanha eleitoral e do resultado que foi muito apertado, o PSDB iniciou uma ofensiva contra o PT, contra o mandato de Dilma e contra a democracia.

O que se viu foi um vale tudo. Aécio Neves, um senador apagado do ponto de vista da produção parlamentar, passou a usar sua metralhadora giratória, a disseminar mentiras e em concluio com a mídia golpista, num trabalho insistente, também a propagar o ódio.

Aecio e Cunha, responsáveis diretos pela maior crise política
dos últimos tempos no Brasil por conta de seus
desejos inconfessáveis
A crise econômica, que se evidenciou por conta do cenário internacional, por conta das intempéries, por conta também de erros na gestão e por conta da corrupção, assumiu proporções muito maiores a partir do momento que a oposição, resolveu apear Dilma do poder.

Quem conhece a trajetória de Cássio Cunha Lima, de Mendonça Filho, de Paulinho da Força, de Carlos Sampaio e outros agregados, sabe muito bem que nenhum deles tem liderança, respeitabilidade e sensatez suficiente para direcionar o País para um porto seguro. Por outro lado, com a birra de assumir o poder a qualquer custo, Aécio Neves acabou revelando que não tem o preparo, não tem postura e nem a confiança necessária para assumir o comando do Brasil.

Nesse contexto, aparece a figura de Eduardo Cunha, que beneficiado pelos desvios na Petrobras, se cacifa com o apoio de parte do PMDB que quer o Governo Federal como seu refém. Cunha ganha a eleição para a presidência da Câmara, se aproveita da crise econômica, dos apoios espúrios e cresce desproporcionalmente. 

A oposição se torna ruidosa, mesquinha, interesseira e desprovida de nacionalismo, nega suas próprias ações, quando era governo, pelo simples capricho de se opor a um governo legitimamente eleito. Nesse contexto,  a crise política se configura e faz a crise econômica se agigantar. O dólar sobe, o orçamento se inviabiliza, a panela dos ricos localizadamente barulha e o ódio se torna muito visivel nas redes sociais e até com ameaças veladas.

Ações espetaculosas da Polícia Federal, grampos ilegais, vazamentos seletivos de informações principalmente contra o PT, traz de volta a possibilidade distante de um golpe. O juiz Sérgio Moro, conhecido por sua demora em agir contra nomes do PSDB é rápido para localizar e prender petistas. Como se observa, dois pesos e duas medidas.

Depois de um ano de desacertos, de intrigas, de dor de cotovelo, o Brasil descobre estarrecido que Cunha dá rasteira até em cobra, que Aécio "Obcecado" Neves nada mais é que um sujeitinho que usou o dinheiro público para viajar com a namorada: um governador que fez aeroporto nas terras de parentes e que sua ética é só de fachada. 

Em um ano, o Brasil vem sofrendo com as atitudes inconsequentes de uma oposição que não tem projeto, que quer o poder pelo poder, que não aceita as regras do jogo democrático e quer acabar com o estado de direito. A maior prova disso é a aliança nojenta firmada com Eduardo Cunha.

Aos poucos começa a ficar claro para muita gente, que grande parte dos oposicionista são lobos em pele de cordeiro e que não dá para esperar nada desta laia.

De qualquer modo, com o enfraquecimento de Cunha, que pode ser cassado e até preso, Dilma parece gradativamente assumir o controle da situação. Ela precisa gerenciar melhor a economia, chamar todos à responsabilidade e exigir um pouco mais de seus colaboradores diretos.

Por que nenhum tucano assina o pedido de cassação de Eduardo Cunha, envolvido nos desvios da Petrobras?

Porque o objetivo deles é asumir o poder a qualquer custo

Colocado contra a parede em relação ao apoio que o PSDB tem dado ao presidente da Câmara, senador Aécio Neves respondeu que "as oposições já se manifestaram, inclusive pelo seu afastamento".

"A nota foi feita pelos líderes das oposições da Câmara e, para mim, está valendo. É um sentimento amplamente majoritário nas oposições em relação à gravidade da denúncia que recai sobre o presidente da Câmara", afirmou.

Mas se é assim, o que impede os tucanos de assinarem o pedido de cassação de Eduardo Cunha, apresentado nesta terça ao Conselho de Ética?; para o presidente do PSDB, a oposição "não deve cair na armadilha" de desviar o foco, que é afastar Dilma Rousseff, ainda que não haja contra ela uma denúncia sequer, enquanto Cunha já é investigado na Suíça e denunciado no STF.


Quem tem biografia limpa para atacar minha honra?, questiona Dilma em SP

Do UOL, em São Paulo13/10/2015

Ainda sob a sombra da possível abertura de um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff reagiu às ameaças de impedimento em discurso no Congresso Nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) na noite desta terça-feira (13), em São Paulo, questionando abertamente a integridade dos que querem sua saída do cargo.

"Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?", disse Dilma. "Lutarei para defender o mandato que me foi concedido pelo voto popular, pela democracia e por nosso projeto de desenvolvimento."

Em uma das defesas mais claras de seu governo desde o início do segundo mandato, Dilma afirmou que o combate ao avanço do desemprego passa pela estabilidade política e criticou o que chamou de "terceiro turno" buscado pela oposição desde o fim das eleições de 2014, mais uma vez falando em "golpismo". 

"Hoje, nós vivemos uma crise política séria no nosso país. Neste exato momento, se expressa na tentativa dos opositores de fazer o terceiro turno. Essa tentativa começou no dia seguinte às eleições. Agora, ela se expressa na busca incessante da oposição de encurtar seu caminho ao poder, de dar um passo, um salto, e chegar ao poder fazendo um golpe, dando um golpe", afirmou a presidente, que ressaltou seus 54 milhões de votos.

A presidente também aproveitou a plateia favorável no centro de convenções do Anhembi para convocar o apoio da população. "A hora é de unir forças. A hora é de arregaçar as mangas e combater o pessimismo e a intriga política", afirmou.

Cunha, o chantagista que está fazendo o País afundar para livrar sua pele


Após o Supremo Tribunal Federal questionar o “manual do impeachment”, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu nesta terça, em conversas reservadas, estar disposto a indeferir a acusação contra Dilma Rousseff elaborada por Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Conforme avaliações internas, o pedido foi “contaminado” e se transformou em “peça maldita”. Um novo requerimento, concentrado em supostas irregularidades de 2015, já está sendo preparado.

Mas a nova peça só sairá do forno quando Cunha quiser. Isso assegura ao peemedebista o poder de amarrar governo e oposição à sua estratégia de se manter no comando da Casa.

Seu plano é usar a ameaça de deposição de Dilma como moeda de troca para barrar, com votos de ambos os lados, uma investigação contra ele no Conselho de Ética por quebra de decoro.

Com isso, dizem tucanos e petistas, a novela do impeachment volta algumas casas no tabuleiro, mas continua tendo Eduardo Cunha “como diretor dos próximos capítulos”, brinca um aliado.

Mais do que um decisão jurídica, as liminares do STF serviram para alimentar no Planalto a expectativa de uma possível reaproximação com Cunha, hipótese remota até a véspera.

O encontro reservado de Cunha com Jaques Wagner, na segunda-feira à noite, na Base Aérea de Brasília, serviu para o ministro da Casa Civil “sentir o clima” e medir o nível de aproximação do deputado com a oposição.

Aliados de Michel Temer avaliam que o governo passou a ter o que oferecer ao parlamentar: votos favoráveis a ele no Conselho de Ética.

Atchim O temor de que o Congresso estava pronto para iniciar o processo de impeachment não derrubou, segundo assessores, o ânimo da presidente. Mas uma gripe contraída em Porto Alegre, sim. Ironia ou não, Dilma passou a terça em estado febril.

Aos olhos do governo, o futuro pedido de impeachment da oposição será ainda “mais frágil” que o atual, pois se baseará em parecer que sequer foi votado pelo TCU e que condena eventuais irregularidades cometidas em um ano fiscal (2015) que ainda não acabou.

Com todos os passos dados até agora, o PSDB consultou novamente Eduardo Cunha sobre a decisão de apresentar outra denúncia contra Dilma Rousseff. Segundo oposicionistas, o deputado afirmou que a opção seria um “bom caminho”, mas não sinalizou se iria ou não acatá-la.

Independentemente do freio do Supremo, ministros da articulação política do governo pediram que líderes da base comecem a indicar nomes para a comissão que pode vir a ser criada caso o pedido contra Dilma seja eventualmente aceito.

Em suas decisões liminares, o STF sinalizou à Câmara que não há clima para dar andamento aos atuais pedidos de impeachment antes de o plenário da corte se posicionar definitivamente sobre os recursos apresentados pelo PT e pelo PC do B.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Supremo será o fiel da balança e não permitirá ações ao arrepio da lei



"Com as liminares deferidas pelos ministros Rosa Weber e Teori Zavascki, o Supremo Tribunal Federal deixou o presidente da Câmara de mãos atadas em relação a processos de impeachment. 

Mais do que isso: entrou em cena avisando ao articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff que atuará como freio e contrapeso na disputa, assegurando a ordem institucional e suprindo as lacunas legais existentes sobre o assunto. 

Elas existem, são importantes e não foram enfrentadas na experiência de 1992", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247; na avaliação da jornalista, "o protagonismo e o compromisso da corte maior com Estado Democrático de Direito podem fazer a diferença entre uma democracia e uma república bananeira".

Ministra do Supremo trava golpe de Cunha, que deve cair antes


Com liminar concedida nesta terça-feira pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara não pode decidir absolutamente nada relacionado ao impeachment da presidente Dilma até que seja analisado no STF o mérito de um mandado de segurança apresentado à corte, que não tem data prevista para ser julgado.

Depois, atendendo a um pedido dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS), a ministra concedeu uma terceira liminar contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com isso, situação do deputado, denunciado por corrupção e vinculado a contas secretas na Suíça, ficará insustentável na presidência da Câmara e a oposição será pressionada a abandoná-lo de vez – não apenas em nota à imprensa, como fez na semana passada.

Eduardo Cunha é denunciado ao Conselho de Ética da Câmara

UOL, 13/10/2015

Deputados do PSOL e da Rede entregaram na tarde desta terça-feira (13) ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na qual pede a cassação do mandato do peemedebista por quebra de decoro parlamentar.

Denunciado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de ter recebido US$ 5 milhões em propina do esquema investigado pela operação Lava Jato, na última semana Cunha teve seu nome ligado a contas secretas na Suíça.

O Ministério Público da Suíça informou à Procuradoria brasileira que Cunha foi investigado naquele país por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção, e que os valores depositados nas contas foram bloqueados. A investigação suíça já foi enviada ao Brasil.

O PSOL anexou à representação o ofício da Procuradoria Geral da República que confirma a existência de contas na Suíça atribuídas a Cunha e familiares do deputado.

Formalmente, o PSOL e a Rede são os autores do pedido, pois apenas partidos políticos podem representar diretamente ao Conselho de Ética. Mas o apoio dos deputados é visto como forma de ampliar a pressão política à investigação contra Cunha. Muitos parlamentares que assinaram a representação estiveram presente no ato de entrega do documento ao Conselho de Ética, na tarde desta terça-feira.
46 deputados assinam representação

A representação conta com o apoio de ao menos 46 deputados. Assinaram o documento 32 deputados do PT, cinco do PSOL, três do PSB, dois do Pros, um da Rede, um do PPS e um do PMDB (Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco). Cabo Daciolo (sem partido-RJ) também assina a representação.

O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou que deve enviar nesta quarta-feira a representação à Mesa Diretora da Câmara. Cabe à Mesa numerar o processo --ato que marca sua abertura-- e devolvê-lo para tramitação no Conselho. A mesa tem o prazo de três sessões do plenário para devolver o processo. "Nessa comissão, não há hipótese de procrastinação", afirmou Araújo.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse acreditar que já há elementos suficientes para afastar o deputado da Presidência da Câmara. "Espero que ele tenha vida curta [na Presidência]. Espero que ele seja Cunha, o breve", disse Valente. 

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que todos os partidos foram convidados a assinar a representação contra o presidente da Câmara.

"Essa é uma iniciativa de defesa da democracia, dos valores republicanos e da ética pública", afirmou Alencar. "É patético que na República brasileira tenhamos na Presidência da Câmara dos Deputados um parlamentar com um conjunto de acusações com indícios robustíssimos de tal monta, e que a Casa, ou pelo menos parte dela, não reaja", disse o deputado.

O líder do PSOL na Câmara afirmou ainda que o partido não aceitará eventuais negociações políticas, da base do governo ou da oposição, que liguem o desfecho do processo contra Cunha no Conselho de Ética ao andamento dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no plenário da Câmara.

O Código de Ética da Câmara prevê a omissão relevante de bens como um dos motivos para a perda de mandato. Em março, Cunha afirmou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras não possuir contas bancárias no exterior. Mentir a uma CPI também é motivo para quebra de decoro parlamentar, o que pode levar à cassação do mandato.

Uma vez instaurado o processo no Conselho de Ética, o prazo para que o resultado das investigações seja levado à votação pelo plenário da Câmara é de até 90 dias úteis. Por isso, há a possibilidade de que o caso só tenha um desfecho no próximo ano.

Cunha tem afirmado que não cogita renunciar ao cargo de presidente da Câmara por causa das denúncias. O deputado também tem dito que só vai se pronunciar sobre as acusações quando seu advogado tiver acesso aos processos. Em nota na última semana, Cunha voltou a reafirmar o teor de seu depoimento à CPI, no qual negou possuir contas no exterior.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Como tudo que se parece sólido, golpe se desmancha


"Pode parecer paradoxal, mas quanto mais se aproxima o dia D do impeachment (amanhã, é o que se diz), depois de dez meses de insistência do PSDB, mais a tese se desmancha no ar, como tudo que é (ou parecia ser) sólido", escreve Alex Solnik, lembrando que "não há mais movimento 'nas ruas', panelas pararam de bater e à medida que escorrem os dias, mais claro fica que não há motivo".

Para o jornalista, mesmo que houvesse, também importa quem encaminha o impeachment. "Numa democracia ninguém pode levar a sério um processo de impeachment encaminhado por um presidente da Câmara que, ao contrário de Ibsen Pinheiro (foto ao centro), em 1992, não tem respeitabilidade nem apreço nem dos seus pares nem da nação e só não caiu ainda porque a política tem razões que a própria razão desconhece".

Fonte: Brasil 247, 12/10/2015

Meios jurídicos reforçam críticas ao impeachment

que o PSDB por birra insiste em tramar

Com a manifestação de Joaquim Barbosa, o time de juristas que se manifestaram sobre um possível impeachment da presidente Dilma está ficando completo.

Para quem imagina que, do ponto de vista dos profissionais do Direito, Dilma se encontra com um pé fora do governo, cabe reconhecer o contrário. A esmagadora maioria está convencida de que não há bases reais para o afastamento da presidente. Batendo duro contra a fragilidade das acusações -- eu acho que seria melhor dizer insinuações -- Joaquim disse:

"Não há motivos. Tem que se ter provas diretas, frontais, de ações tomadas pela própria presidente. O impeachment é um mecanismo brutal que não pode ser usado de qualquer maneira".

Joaquim não é um caso isolado e sua postura revela uma constante. Outros juristas que, mesmo tendo assumido uma postura adversária ao governo em episódios recentes -- como a AP 470 e a Lava Jato -- também condenam o impeachment.

Presidente do julgamento da AP 470 até outubro de 2012, quando se aposentou para dar o cargo a Joaquim, no ano passado Carlos Ayres Britto chegou a fazer um parecer jurídico do interesse de Aécio Neves, dizendo que nada havia de ilegal na construção de um aeroporto na fazenda de um tio, em Claudio, no interior de Minas Gerais. Perguntado sobre o afastamento da presidente, Ayres Britto disse ao El País que "os pressupostos para o impeachment não estão colocados."

Inconformado com iniciativas que pretendem afastar a presidente sem uma base jurídica, Marco Aurélio de Mello, que presidiu o Supremo entre 2001 e 2003, chegou a fazer um apelo durante seminário em Coimbra, em setembro: "temos que pensar na pátria em primeiro lugar. O impeachment de Dilma não faria bem ao Brasil. Ela acabou de ser eleita pelo voto popular. A presidente está isolada e isso não é bom. É preciso sensatez e união para corrigir o que é necessário".

Quando o TCU debateu as contas do governo Dilma, o advogado Joaquim Falcão, diretor do Curso de Direito da FGV do Rio de Janeiro, foi questionado por uma repórter do portal BBC Brasil sobre a possibilidade da presidente ser afastada em função das contas do governo. Falcão elencou inúmeras razões para mostrar que isso não pode acontecer, inclusive porque não há antecedente. Muitas pessoas não sabem, mas este ponto é essencial no mundo jurídico, onde as decisões de um tribunal cumprem a função social de transmitir segurança aos cidadãos sobre a correta interpretação das leis em vigor num país, contribuindo para que todos saibam exatamente o que podem e o que não podem fazer. No fim da entrevista, Falcão despediu-se com um argumento educado e firme. Disse que seria "tecnicamente muito difícil."

Ao lado do falecido jornalista Barbosa Lima Sobrinho, da ação levou ao impeachment de Fernando Collor, o advogado Marcelo Lavanère, presidente do Conselho Federal da OAB em 1992, disse ao portal Brasil 247: "Não há nada contra Dilma. Do ponto de vista jurídico é até brincadeira falar em impeachment nessa situação." Há treze anos, quando apresentou a denúncia, Lavanère atendeu a um pedido de Fernando Henrique Cardoso, senador e futuro presidente da República.

É um sintoma da baixa aceitação do projeto de impeachment nos meios jurídicos que seu mais ilustre defensor seja Hélio Bicudo, 93 anos, procurador aposentado, há muito tempo longe dos tribunais. A fraqueza da postura de Bicudo é evidente. Ele é acusado por um de seus filhos de agir pelo ressentimento pessoal dos interesses contrariados, motivação que não costuma alimentar decisões razoáveis nem construtivas por parte dos homens públicos -- mas ódio e retrocessos.

Isso porque, durante o governo Lula, Bicudo interessou-se por um emprego diplomático no exterior mas rompeu com o presidente quando este recusou o pedido. (No programa Espaço Público, Gilberto Carvalho, então Secretário Geral da Presidência, não só confirmou o episódio mas narrou detalhes).

Claro que você poderá encontrar, de um lado ou de outro, juristas prestigiados e mesmo respeitados que não mencionei aqui. Sequer mencionei advogados respeitadíssimos, como Celso Bandeira de Mello -- nome de edifício na PUC de São Paulo -- cujo posicionamento é conhecido. Dei preferência àqueles que não costumam ter opiniões políticas tão claras. Não acho que uma opinião política consolidada impeça o exercício do bom Direito. Pode até ajudar.

Minha opção apenas se destina a evitar que a discussão, aqui, seja turvada por outros fatores. Estes exemplos mostram que os principais argumentos empregados para tentar afastar a presidente do cargo não têm prosperado junto a quem está habituado a estudar decisões da Justiça e extrair lições úteis para o país.

Na minha opinião, isso tem uma explicação simples. As tentativas de envolver Dilma em qualquer irregularidade criminal -- na Petrobras ou não -- se mostraram uma futilidade permanente. Um exame das contas do Sistema Financeiro mostra que as pedaladas fiscais não passam de uma ficção. Nos quatro anos de governo Dilma -- e também neste início do quinto -- os programas sociais renderam juros ao Tesouro e não abriram déficits, como se tenta sustentar para tentar acusar a presidente em matérias fiscais. A postura desses juristas constitui um apelo a responsabilidade.

Fonte: Brasil 247, 12/10/2015


Filho de Lula repudia Globo por publicar "mentira"



Advogados de Fabio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente, reiteram que seu cliente "jamais recebeu dinheiro ou favores do lobista Fernando Soares" e repudiam o jornal O Globo por "capitanear um processo de reprodução de inverdades pela mídia".

Em nota, defesa diz que o jornal, que noticiou que Fernando Baiano afirmou em delação ter pagado contas do filho de Lula, "não apresentou nenhum elemento concreto, muito menos idôneo (...), limitando-se a propagar uma suposta delação cujo conteúdo é mantido em segredo de justiça" e, ainda, "sem que a defesa fosse ouvida".

"Fomos procurados apenas no momento seguinte e, mesmo ciente de nossa posição, o jornal optou por ignorá-la", diz comunicado. O jornal da família Marinho "quer à força tornar verdade uma mentira", conclui a defesa.

Aliança entre PSDB e Cunha tem que ser aniquilada

Pois interesses escusos estão em jogo

247 – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "está moralmente interditado para tomar qualquer decisão que afete a sociedade", escreve Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. Na opinião do jornalista, o deputado, investigado na Suíça por corrupção e apontado como dono de contas secretas no país, não tem sequer condições psíquicas para julgar o que deve fazer ou não".

"Um país inteiro não pode ficar à mercê de um homem que, pelo menos momentaneamente, perdeu a razão e busca não a Justiça — mas arrastar outros em sua queda vergonhosa por ódio e vingança", diz Nogueira.

Segundo ele, também não "devem ser tolerados interesses criminosos escondidos por trás de um moralismo de fachada". "O que o PSDB está fazendo em sua macabra aliança com Cunha é, simplesmente, inominável. Em nada difere do que a velha UDN fez, no passado, para derrubar Getúlio e Jango", afirma. A aliança entre o PSDB de Aécio Neves e Cunha "tem que ser aniquilada", defende.

Fonte: Brasil 247, 12/10/2015

Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo defende mandato de Dilma

Pois não há aspectos concretos para respaldar o impeachment 

Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, defende cautela sobre o movimento pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff: “De início o processo de impeachment é um processo político. O contexto é péssimo porque o Executivo nacional hoje está muito desgastado. Temos de aguardar. Agora, a ordem natural das coisas direciona no sentido de a presidente terminar o mandato. 

O impeachment é uma exceção, e como exceção, tem de estar respaldada em aspectos concretos”; sobre a postura de Gilmar Mendes na Corte, ressalta: “Nós não podemos desconhecer que a tônica do ministro tem sido uma tônica muito ácida em termos de crítica ao PT e ao próprio governo. Agora, o Supremo tem atuado e decidido com equidistância (...)”; 

Ele também voltou a dizer que o veto ao dinheiro empresarial em eleições “tem eficácia imediata e irreversível”.

Tijolaço questiona os 9 anos do caso Cunha

Para os inimigos os rigores da lei, para os amigos os favores da lei

Por Fernando Brito, no Tijolaço.

A Helena Sthephanowitz, Rede Brasil Atual, levantou o documento original, a Petição Avulsa nº193.787/2006, em que a Polícia Federal pedia ao Supremo autorização para investigar, por ter identificado “transações cambiais com indícios de irregularidade” de diversas pessoas, entre elas Eduardo Cosentino Cunha, o Eduardo Cunha. 

Joaquim Barbosa, oito anos depois de feita a petição, encaminhou o processo ao relator, que não é identificado no despacho, assim como não há referência ao processamento como “petição”, não mais “petição avulsa”, o que dificultou o rastreamento de seu destino.

Carlos Eduardo, no GGN, foi atrás e apurou, que o relator do caso é… Gilmar Mendes.

Gilmar recebeu o caso por sorteio depois que o Ministro Celso de Mello, dias depois de receber o processo, “se declarou suspeito por razões de foro íntimo” .

E liquidou a fatura, devolvendo tudo para a Procuradoria Geral da República, oito anos depois do pedido para investigar Cunha!

Que espetáculo!

A Polícia Federal pediu para investigar Cunha em dezembro de 2006. Estamos em 2015 e não se sabe nada sobre o processo.

Vão se completar nove anos e nada…

Nem sequer o conhecimento, pela opinião pública, do que se tratam as “transações cambiais com indícios de irregularidade” de Eduardo Cunha.

Fonte: Brasil 247, 12/10/2015

Com CPMF, em 2016 já estaremos recuperados, diz empresário

Israel Klabin, empresário e membro do conselho de administração da Klabin

Empresário e membro do conselho de administração da Klabin —uma das grandes produtoras e exportadoras de papel do país—, Israel Klabin, 89, critica a presidente Dilma Rousseff por uma visão "imediatista" e "centralizadora", mas aposta em uma recuperação econômica mais rápida do que o esperado.
Israel Klabin, empresário e membro do
conselho de administração da Klabin
A condição para isso, afirma, é que o Congresso aprove a recriação da CPMF em caráter provisório. Nesse sentido, o empresário considera urgente a aprovação pelos parlamentares do ajuste fiscal proposto pelo governo.

"O verdadeiro problema está nas mãos do Congresso, que olha antes para os interesses corporativos", critica.

Klabin conversou com a Folha, na terça-feira (6), em Nova York, durante premiação do centro de estudos e políticas públicas Woodrow Wilson, que agraciou André Esteves, do banco BTG Pactual, e o biólogo Thomas Lovejoy.

Presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, Klabin se diz otimista com o agronegócio e o combate às mudanças climáticas no Brasil.

Com relação ao ajuste econômico ele diz que: "Estamos caminhando na estrada certa, mas teremos as dores da correção do passado." e que cabe ao Congresso aprovar o programa de macroeconomia, o ajuste fiscal da forma que está proposto pelo Governo.

Ele também manifestou-se sobre a volta da CPMF: " Sou totalmente favorável a prazo curto, três ou quatro anos. Se for aprovada, a partir de meados do ano que vem, teremos uma inflação relativamente controlada e o lado macroeconômico administrado. Estou muito contente com a decisão do governo de fazer um grupo que estude a reforma do Estado."

Disse também que as metas de combate às mudanças climáticas [anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na ONU, no fim do mês passado] "São realistas, possíveis e verdadeiras. Foram muito pensadas por um grupo de cientistas, inclusive o meu grupo, juntamente com o da ministra, todos Ph.Ds, altamente qualificados.

Para ele a recessão termina no ano que vem e o agronegócio desponta como a grande alternativa do Brasil ao afirmar que: "Em meados ou final do ano que vem, estamos recuperados e num caminho possivelmente melhor que outro país, e vou te dizer por quê. Nós estamos trabalhando hoje na implementação do CAR (Cadastro Ambiental Rural, que registra imóveis), na fundação, e todos os subprodutos nos dirigem a um boom enorme na área agropecuária e de recuperação florestal do país.

É definitivo. Estamos exportando 210 milhões de toneladas de grãos, já ultrapassamos os Estados Unidos. Quando for 2050, tecnicamente, se não acontecer absolutamente nada e conseguirmos evitar os males da mudança climática na agricultura, teremos capacidade de produção de 660 milhões de toneladas, ou seja, o total das necessidades de segurança alimentar do planeta.

Você acha que eu não vou ser otimista com relação ao Brasil?

Fonte: Folha, 11/10/2015


Estados também enviam Orçamentos com deficit para 2016

Diante da grave crise econômica e da queda na arrecadação, governadores seguiram o exemplo da presidente Dilma Rousseff e apresentaram seus Orçamentos para 2016 com deficit.

Sem ter como evitar aumentos já acertados com o funcionalismo e com poucas alternativas para fazer crescer as receitas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dois dos Estados mais ricos do Brasil, vão começar o próximo ano "negativados".

Só o deficit estimado para 2016 pelo governo do mineiro Fernando Pimentel (PT) é de R$ 8,9 bilhões.

No Rio Grande do Sul, onde o atraso nos salários do funcionalismo gerou nos últimos meses paralisação de serviços, como a polícia, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) colocou no Orçamento o item "Receita Extraordinária para a Cobertura do Deficit", de R$ 4,6 bi, que ainda não se sabe de onde virá.

Outros governos pelo país, como o Rio, contam com verbas de empréstimos, que nem sabem se serão aprovados, para fechar as contas.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), chegou a cogitar um deficit bilionário, mas encaminhou uma proposta com receitas e despesas equiparadas. A solução foi prever receitas extras, chamadas de "não recorrentes", de R$ 14 bilhões ao longo do próximo ano.

O total de despesas para 2016 é estimado em R$ 79 bi. Esses recursos extras, diz o governo, virão da venda de ativos, concessões ou de novos empréstimos. O governo Dilma, porém, passou a restringir a autorização para financiamentos dos Estados.

Fórmula parecida com a do Rio foi encontrada por Sergipe, governado por Jackson Barreto (PMDB). O Estado conta com a liberação de R$ 374 milhões em operações de crédito para quitar todas as contas no próximo ano.

O número de Estados com deficit "confessado" pode aumentar, já que parte ainda não fechou a proposta orçamentária para 2016.

Só os rombos de Minas e Rio Grande do Sul somados chegam a quase metade dos R$ 30,5 bi que faltaram no Orçamento de 2016 apresentado pelo governo Dilma.

A elaboração pela União de um projeto orçamentário com deficit para o próximo ano agravou a perda de confiança no desempenho econômico do país, culminando com a retirada do grau de investimento pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, há um mês.

APOSTA

Governos estaduais afirmam que não havia como projetar receitas e despesas em volumes iguais. Um dos argumentos é o de que foi melhor fazer uma projeção realista a anunciar um equilíbrio impossível de ser obtido.

"Mostra uma situação delicada. Temos ainda o aumento da folha [de pagamento]. É a nossa realidade", diz o secretário do Planejamento de Minas, Helvécio Magalhães.

Ele diz que buscou o "aval informal" do Tribunal de Contas do Estado antes de encaminhar o projeto à Assembleia e culpa a gestão anterior pelo desequilíbrio.

Estado mais endividado do país, o Rio Grande do Sul deposita suas esperanças para tapar o rombo em duas apostas incertas: a mudança do indexador da dívida com a União e a recriação da CPMF. O ministro Joaquim Levy (Fazenda) se opõe a alterações no modelo de pagamento da dívida.

O professor de finanças do Ibmec-RJ Nelson de Sousa diz que os deficits nos Orçamentos mostram os governos "confessando" que não sabem como resolver seus problemas de caixa e empurrando o problema para mais adiante.

"Admitir que sabidamente não vai ter como pagar contas é um reconhecimento de que se está em colapso. Mostra a necessidade de mudança, mas os governos não se dispõem a mudar gastos", disse.