sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Para jornalistas os governos petistas foram os que mais investiram nas Forças Armadas, mas o general Villas-Boas, foi decisivo no golpe a democracia

Lula foi quem mais investiu nas Forças Armadas, mas general ajudou no golpe


O jornalista Reinaldo Azevedo criticou, em artigo publicado nesta sexta-feira, o golpismo das Forças Armadas, depois da confissão feita pelo general Villas-Boas, e disse que o ex-presidente Lula foi quem mais investiu no setor militar. "Pouco me importam os fantasmas que povoam a imaginação criativa do golpismo. Fato: Lula foi o presidente que mais investiu no reaparelhamento das Forças Armadas desde a redemocratização. E desafio que se evidencie o contrário. A ideia de que se forjou um espírito antipetista num ambiente de penúria e de política entreguista (ao onguismo internacional) vale uma dose do vermífugo do astronauta", escreveu.

"Não tenho apreço por quem me ameaça. Os tuítes de Villas Bôas marcaram o engajamento explícito das Forças Armadas na candidatura de Bolsonaro. Um dos generais do poder organizou uma lista de compra de votos para eleger o presidente da Câmara. Outro, da ativa, poderá, no fim de fevereiro, discursar sobre 250 mil cadáveres. Seriam esses os 'anseios dos cidadãos de bem?' O depoimento de Villas Bôas tem óbvio interesse histórico. Merece um lugar na prateleira do lixo golpista", escreveu ainda o colunista.

General usou a farda para impulsionar candidatura Bolsonaro

Jornalista Bernardo Mello Franco e o general Eduardo Villas Bôas (Foto: Reprodução | ABr)

Em sua coluna publicada no jornal O Globo, Bernardo Mello Franco afirma que o agora ex-comandante do Exército Eduardo Villas BôasVillas Bôas "usou a farda para impulsionar o candidato dos quartéis". "Às vésperas da eleição de 2018, ele pressionou o Supremo a negar um habeas corpus a Lula. O ex-presidente foi preso, e Bolsonaro passou a liderar a corrida ao Planalto", escreveu o jornalista.

De acordo com o general, "a defesa da ditadura está na origem do ressentimento do general com o PT". "Ele reconhece que Lula reaparelhou as Forças Armadas, mas afirma que os militares se sentiram traídos pela instalação da Comissão Nacional da Verdade", diz Mello Franco.

"Em entrevista ao professor Celso Castro, o general se negou a revelar o teor do diálogo com o capitão (Jair Bolsonaro). Apesar da recusa, seu depoimento ajuda a entender a gratidão presidencial", continua.

De acordo com Mello Franco, "Villas Bôas revela que jantou com Michel Temer quando o então vice articulava o impeachment da então presidente". "Depois do repasto, ele indicou um amigo de infância, o general Sérgio Etchegoyen, para chefiar o Gabinete de Segurança Institucional".

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