"Não está em seu juízo perfeito. Precisa ser interditado e afastado urgentemente", disse Juliano Medeiros, presidente do Psol
Brasil 247, 24/07/2020, 04:25 h Atualizado em 24/07/2020, 05:18
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)
O Psol foi o primeiro partido a defender a interdição de Jair Bolsonaro, que já é alvo de 48 pedidos de impeachment, até agora engavetados pelo deputado Rodrigo Maia: (DEM-RJ). O motivo: demonstrando não estar no seu perfeito equilíbrio mental, Bolsonaro ontem posou para fotos oferecendo cloroquina para as emas do Palácio da Alvorada. "Não está em seu juízo perfeito. Precisa ser interditado e afastado urgentemente", disse Juliano Medeiros, presidente do Psol.
Saiba mais sobre a relação de Bolsonaro com a covid-19:
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que não é preciso ter pavor em relação ao novo coronavírus e voltou a defender que se repense a política de isolamento social, no dia em que o Brasil ultrapassou 84 mil mortos pela Covid-19 e registrou quase 60 mil novos casos da doença.
Em transmissão feita pelas redes sociais, Bolsonaro —que há duas semanas divulgou teste positivo para a doença causada pelo novo coronavírus— afirmou estar se sentindo bem, disse que está “praticamente preso” numa sala no Palácio da Alvorada e argumentou que se o isolamento social adotado por Estados e municípios para frear a disseminação da doença continuar o Brasil vai se tornar um país de miseráveis.
“Estou muito bem... Não precisa ter pavor no tocante ao vírus”, disse.
“Estou vendo já, assisto televisão o dia todo, está sempre ligado, acompanho aqui um pouco da nossa imprensa e estou vendo autoridades de dentro e de fora do Brasil dizendo que esta pandemia veio para ficar. Mas o povo tem que trabalhar, meu Deus do céu! As consequências de não trabalhar vão ser muito piores do que aquela proporcionada pelo próprio vírus”, completou.
O Brasil só está atrás dos Estados Unidos em número de infectados e mortos por Covid-19 e continua a registrar números elevados da doença.
Na transmissão, Bolsonaro defendeu que nas eleições municipais se pergunte aos candidatos a prefeito e a vereador sobre o que vão fazer em relação ao que chama de “política restritiva”, se vão ou não manter a “mesma linha” adotada pelos atuais governantes e legisladores.
O presidente tem sido um dos grandes críticos da política de distanciamento social, tida por especialistas dentro e fora do país como uma das mais eficazes para combater o avanço do vírus.
Bolsonaro, no entanto, repetiu que não pretende se envolver nas eleições municipais.
“O Brasil tem problemas, tenho que estar preocupado com o desemprego que criaram, com essa política de todo mundo em casa, terror, pavor, ‘vou prender’, destruíram empregos no Brasil”, afirmou, justificando o motivo por não participar do pleito.
Bolsonaro disse que o governo federal tem feito a sua parte, citando o auxílio emergencial aos vulneráveis para amenizar o impacto da pandemia no país. Mas frisou que continuar na política restritiva levará o Brasil a se tornar um país de miseráveis, virando terreno fértil para o socialismo.
Para o presidente, o pânico foi espalhado pela sociedade e não tem cabimento a política de isolamento da forma que tem sido feita. Reiterou estar preocupado com a vida, mas ressaltou mais uma vez que o “efeito colateral” da política de “todo mundo em casa” é muito pior que o vírus em si.
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