Série de emails trocados entre advogados da parlamentar e a delegada Milena Caland mostram que Rejane Dias (PT) tentou prestar esclarecimentos durante cinco meses, mas a PF preferiu operação espetacularizada no Piauí
Brasil 247, 27/07/2020, 18:14 h Atualizado em 27/07/2020, 19:23
(Foto: Agência Câmara | Divulgação/ Polícia Federal)
A deputada federal Rejane Dias (PT), alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira, 27, tentou ser ouvida pela PF há mais de cinco meses mas não teve êxito. É o que mostra uma série de emails trocados entre advogados da parlamentar e a delegada da Polícia Federal Milena Caland.
A PF cumpriu mandados no gabinete de Rejane em Brasília e na casa dela em Teresina, numa ação contra supostos superfaturamentos em contratos da Secretaria de Educação, quando a
parlamentar foi secretária estadual de educação do Piauí, durante três períodos entre os anos de 2015, 2016 e 2017.
Nas mensagens eletrônicas, os advogados mostram que a deputada se coloca à inteira disposição para prestar esclarecimentos, informando inclusive várias datas que poderiam ser utilizadas para uma sessão.
As tentativas duraram vários meses, sendo a mais recente já no dia 22 de julho. Nos e-mails, fica claro que os advogados também fizeram contatos por telefone, mas sem êxito. No dia 19 de fevereiro, um advogado faz referência ao contato telefônico e sugere o dia 12 de março para uma audiência em Brasília. A delegada da PF, Milena Caland, responde no dia seguinte confirmando ciência do pedido e prometendo confirmar a data ou propor uma nova.
Além de Rejane Dias e do irmão dela, Rogério Ribeiro, foram alvos da operação servidores da cúpula da Secretaria de Educação do Piauí e pessoas que agiam como intermediários entre esses servidores e empresários do setor de transporte escolar. Segundo a PF, o governador Wellington Dias não é um dos investigados.
Confira, abaixo, a troca de emails.
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