Viomundo, 31/01/2018
Da Redação
A Folha, em manchete de primeira página, tirou Lula do páreo (Sem Lula, Bolsonaro lidera, diz em parte o título principal). Mas não, ainda, da pesquisa.
E, mesmo condenado em segunda instância e correndo o risco de ser preso nos próximos dias, o ex-presidente manteve a liderança em todos os cenários da mais recente pesquisa Datafolha, feita depois da decisão do TRF-4 que aumentou a pena de Lula para 12 anos e 1 mês de prisão.
A taxa de rejeição de Lula manteve-se praticamente a mesma. Era de 39% em novembro e agora é de 40%, oscilando dentro da margem de erro de 2% da pesquisa. Em 2002, Lula foi eleito com 33% de rejeição.
Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB, continuou patinando na pesquisa. Num eventual segundo turno com Ciro Gomes, por exemplo, hoje teria 34% contra 32% do pedetista.
O tucano não atinge 10% dos votos em nenhum cenário de primeiro turno, o que alguns aliados disseram seria a marca necessária para apostar nele em 2018.
Sem Lula, Jair Bolsonaro lidera, seguido por Marina Silva.
O candidato direitista parou de crescer, destaca a Folha, o que pode ser apenas cabotinismo (o jornal fez denúncias contra o candidato) ou um desejo do jornal para abrir espaço a um candidato “novo”.
O núcleo duro de apoio a Lula é de 31%, aqueles que se Lula não for candidato migrariam para Brancos e Nulos. Marina receberia 15% e Ciro 14% em caso de Lula desistir agora.
O potencial de transferência de votos do ex-presidente é de 44%, o que sugere que a eleição de 2018 passa necessariamente por Lula, ainda que ele não figure na urna eleitoral.
O PT diz que Lula será candidato mesmo preso. Ele pode registrar sua candidatura em agosto, independentemente de qualquer decisão da Justiça comum. Pode concorrer sub judice. Se o PT trocar de candidato faltando mais de 20 dias para o primeiro turno, a foto de Lula permanece na urna eletrônica.
Se o ex-presidente vencer no primeiro turno e tiver a candidatura impugnada, uma nova eleição teria de ser convocada.
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