segunda-feira, 14 de março de 2016

Tirar Dilma significaria restaurar a corrupção


Quem foi às ruas ontem gritar contra a corrupção, numa manifestação lida pela Globo como um protesto contra a presidente Dilma Rousseff, não se deu conta de que o impeachment representa justamente a restauração da corrupção – e não o seu combate.

O golpe, na realidade atual, seria apenas um movimento da oligarquia política para se preservar da Lava Jato e de outras investigacões em curso; essa lógica já havia sido explicitada antes por Ricardo Noblat, no Globo, e agora por Monica Bergamo, na Folha.

Preocupado com o próprio pescoço, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu colocar o impeachment em marcha na sexta.

Os colunistas alinhados com o PSDB pedem que a "voz das ruas" acelere o golpe.

A lógica é: tirar Dilma, que nada fez para conter as investigações e é reconhecidamente honesta, para colocar no poder justamente aqueles que seriam, em tese, os próximos alvos.

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