quinta-feira, 10 de março de 2016

Saída política esbarra num nó: a ausência de crime


Nas últimas horas, caciques da política brasileira começaram a debater uma solução para a crise política, tendo como premissa ou a saída da presidente Dilma Rousseff ou a redução de seus poderes, com uma espécie de semipresidencialismo – tema proposto por FHC e discutido por senadores como Renan Calheiros (PMDB-AL), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) na noite de ontem.

Essa discussão, no entanto, esbarra na impossibilidade de se construir um impeachment sem aparência de golpe, uma vez que não há crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma Rousseff – o caso Delcídio, por exemplo, estourou no colo da própria oposição.

Além disso, o parlamentarismo já foi rejeitado pelos brasileiros num plebiscito de 1993.

A única "saída" é discutir uma saída com Dilma – e não sem ela.

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