O Doutor Meganha não se faz de rogado: tem preferência partidária, o PSDB; faz parte das hostes de oposição ao Governo do PT; sua opção ideológica é o campo da direita; bem como suas ações se resumiam até então fingir ao público que estava a atuar seriamente na Operação Zelotes, que investiga dezenas de megaempresários brasileiros e executivos de empresas estrangeiras, que atuam no Brasil, sendo que essas pessoas são acusadas de sonegar a "bagatela" de R$ 20 bilhões.
Ledo engano. História da carochinha. O Doutor Meganha da PF, um praticante convicto da insensatez, no que tange à inteligência e à manipulação investigativa, está mesmo preocupado em ficar famoso como agente do Estado policialesco, ao tempo que servil aos políticos da oposição conservadora e à imprensa de direita de histórico golpista, que lhe brinda com manchetes e holofotes televisivos, de forma que ele e muitos de seus colegas, também praticantes dedicados à meganhagem, tornem-se "estrelas", porque o que mais importa é derrotar o PT e, se possível, prender sua maior e mais importante liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é forte candidato às eleições presidenciais de 2018.
Doutores Meganhas do Estado policialesco estão por toda parte, não se enganem aqueles que acreditam na democracia e defendem o Estado de direito. São exatamente os Doutores Meganhas, de formação autoritária, a começar pelo aprendizado pedagógico em suas academias e corporações, além de serem politicamente e ideologicamente conservadores desde seus berços de classe média, porque, antes de tudo, o Doutor Meganha representa o coxinha, que, enfim, chegou ao poder, ou seja, ao paraíso.
Considero uma imprudência remediar com a classe média. Ela é profundamente rancorosa, invejosa, vingativa e violenta, porque ela, em sua história, nunca foi nada em termos de poder. Apenas recebeu, no decorrer do tempo, acesso ao estudo universitário para depois se transformar em empregada do setor privado e pagadora de impostos de governantes eleitos pelo dinheiro da plutocracia.
A dor da classe média coxinha é não ser rica e nunca entender por que a burguesia endinheirada a despreza se ela, como porta-voz de seus interesses, pensa igual e defende, calorosamente, o sistema de capitais injusto como ele o é, além de considerar que tem os mesmos princípios e valores da grande burguesia patroa da casa grande.
Porém, não importa. A classe média quer chegar ao paraíso e promotores, juízes, procuradores e policiais considerados de elite, como os da Polícia Federal, não medem consequências e limites para agradar o establishment, o qual eles servem caninamente, mesmo o Brasil a ser um País democrático há mais de três décadas e não mais uma ditadura civil-militar, que, por "coincidência", é a criadora da Polícia Federal do delegado Marlon Oliveira Cajado, o coordenador da Operação Zelotes, acusado pelo advogado Roberto Podval de ter chantageado o lobista Mauro Marcondes Machado.
De acordo com o advogado, Cajado propôs ao lobista fazer delação premiada para que sua esposa, Regina Machado, já a cumprir prisão domiciliar, não fosse encarcerada em presídio. O lobista se negou a dedurar sem provas, mas sua mulher logo depois foi levada para o presídio da Papuda, em Brasília. A imprensa de mercado e familiar procurou o delegado e a comunicação da PF, mas ambos se recusaram a se pronunciar sobre as acusações de chantagem.
Porém, se fosse para falar de Lula, certamente, além de convocar a imprensa empresarial, ainda teceriam (vis) comentários, que dimensionassem ao público as desconfianças sobre Lula e sua família, bem como posariam mais uma vez como os novos "Intocáveis", a imitar o filme de Hollywoody. Quem sabe, tal qual ao juiz de primeira instância, Sérgio Moro, o Doutor Meganha não receba o prêmio "Faz a Diferença" dos Marinho, porque para tal família "Funcionário Padrão" o policial já o é. A diferença é que ele não é operário...
Afinal flashs são flashs! Nada melhor do que tentar desmoralizar a integridade moral de Lula, além de favorecer uma oposição acusada e denunciada por cometer inúmeras corrupções e malversações do dinheiro público, como, por exemplo, a Lista de Furnas, escândalo, em termos de dinheiro, maior do que o da Lava Jato, sendo o que se percebe é que os meganhas do MP e da PF consideram-nos irrelevantes ou não vem ao caso.
Nada vem ao caso para o MP e a PF, além de juízes, como Sérgio Moro e Gilmar Mendes, do STF, este há muito tempo perdeu a compostura, a deitar falação fragorosamente, sobre casos e pessoas que o magistrado de caráter condestável está a estudar para poder julgar com isenção, a respeitar, o que ele, sistematicamente, não o faz, o estado de direito, o contraditório, o direito de defesa, bem como a cobrar o ônus da prova a quem acusa e denuncia.
Gilmar Mendes, recentemente, em reunião de aniversário promovida pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, vociferou, para quem quisesse ouvi-lo, que Lula é um bêbado, segundo o jornalista Ilimar Franco, em sua coluna no O Globo. Por sua vez, Gilmar, malandramente, não comete ofensas ou insultos contra seu aliado tucano Aécio Neves, que por diversas vezes foi flagrado "supostamente" alcoolizado, como consta em vídeo virilizado na internet, em bar de Copacabana, assim como em fotos em que o político do PSDB se recusa a assoprar o bafômetro, além de outras imagens em situações estranhas, mas ligadas ao consumo de álcool.
Como pode um juiz cometer tamanha leviandade e incongruência? Trata-se de um magistrado do STF, que, por causa de sua posição como autoridade da República, jamais deveria atacar um ex-presidente nesses termos chulos e vulgares, de conotações francamente politizadas e com o objetivo de desmoralizar a moral do líder petista, que ele trata há anos como inimigo. Além disso, não se sabe se o juiz considera Aécio Neves um bêbado, apesar das fotos e do vídeo, realidades que nunca aconteceram com Lula em público.
Do contrário, a imprensa alienígena ficaria a vida toda a mostrar e a criticar duramente o ex-presidente, a quem o consórcio formado por jornalistas, promotores, policiais e empresários denota antipatia e ódio. É aquela coisa do moralismo sem moral. Esta é a verdade. Como tal juiz poderia julgar políticos petistas com isenção e racionalidade? O caso do Mensalão do PT é um exemplo ímpar de como o magistrado age e atua nos bastidores e em público. Realmente, Gilmar é o fim da picada...
Não é fácil para um País e seu povo ter no sistema judiciário homens como Gilmar Mendes, Roberto Gurgel, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, Marlon Machado, Carlos Fernando dos Santos Lima, Valtan Timbó Mendes Furtado, Casio Conserino, Sandra Cureau, os delegados aecistas do Paraná, dentre muitos outros, que fazem uso de suas instituições como ferramentas políticas e partidárias, a terem, evidentemente, as mídias cruzadas e oligopolizadas dos magnatas bilionários de imprensa como suas plataformas para seus atos e ações dignos de luzes da ribalta.
Enquanto isso, os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e Fernando Henrique Cardoso e suas famílias dormem em berços esplêndidos, pois seus governos e ações políticas são blindados e protegidos pelo consórcio MPF-PF-Justiça-Imprensa de mercado. E por quê? Porque no Brasil, como já disse milhares de vezes, os políticos do PSDB e do DEM são inimputáveis, bem como os brasileiros são idiotas ou tratados como tais por quem deveria ter a obrigação de investiga-los, denunciá-los, julgá-los e prendê-los, se for o caso, se houver provas sobre corrupções, como não há até agora contra o Lula e sua família.
O que existe é uma forçação de barra. Então por que o filho de FHC e a filha de Serra, que já foram acusados de se beneficiarem, além de familiares de Aécio e de Alckmin, como nos casos dos aeroportos em terras de titios, das caronas aéreas concedidas à vontade em aviões pertencentes aos estados de Minas e São Paulo, dentre outras denúncias publicadas, inclusive na imprensa empresarial, não são investigados, como ocorre com os parentes de Lula e com ele próprio? Com a resposta, os meganhas tão cônscios de suas responsabilidades quando se trata de políticos e aliados do PT. Fato!
Porém, com esse consórcio político, que resolveu indevidamente fazer política, fazer justiça no Brasil ficou quase impossível. Muitas pessoas, equivocadamente, pensam que eu estou a proteger corruptos, corruptores, ou seja, malfeitores que prejudicam a sociedade brasileira. Ledo engano. Eu quero que todos os ladrões do dinheiro público sejam julgados e presos, mas com provas e com os direitos civis dos acusados e réus garantidos, porque temos uma Constituição e vivemos em um País que preza pelo estado de direito.
Faço duras críticas a servidores públicos que distorcem suas funções e cargos em prol de fazer política e a favorecer um lado partidário, que, nitidamente, percebe-se que é o lado da oposição conservadora, de direita, que ainda não desceu do palanque e quer porque quer tomar o poder no tapetão e até na marra, se tiver oportunidade.
Oportunidade que o MPF e a PF não aproveitam, quando se trata do um terço destinado a Aécio Neves, no que é relativo ao dinheiro proveniente de Furnas, cuja finalidade era, consoante o lobista e delator, Fernando Moura em depoimento ao juiz Moro, para fazer a caixa de campanha do político mineiro, hoje o responsável maior da crise política que acontece no Brasil, porque apostou no golpe contra Dilma Rousseff durante um ano e meio, sendo que somente agora arrefeceu seus ânimos porque sabe que o golpe morreu. Aécio controlava Furnas, que possui uma enorme lista com nomes de políticos ligados ao PSDB, ao DEM e seus aliados de outros partidos de oposição.
Se eu fosse fazer uma lista dos escândalos do PSDB que não são alvos da dedicação dos meganhas políticos e partidarizados, eles simplesmente não teriam tempo nem para almoçar. Contudo, o alvo é o Lula e sua família. É necessário desmoralizá-lo, humilhá-lo, linchá-lo para que nunca mais ouse ser candidato a presidente da República, com chances de vencer, o que incomoda profundamente a casa grande violenta e preconceituosa e herdeira legítima da escravidão.
Lula é o alvo, a despeito de a Zelotes ser uma operação para investigar megaempresários que sonegaram e deixaram de pagar dívidas e multas que chegam a R$ 20 bilhões, além do HSBC, caso em que estão envolvidas pessoas famosas, desde artistas a empresários, bem como magnatas bilionários de imprensa, como a família Sirotsky, dona da RBS, associada à Rede Globo na região sul do Brasil.
A perseguição frenética e histérica a Lula é a mais pura e autêntica meganhagem promovida por doutores meganhas, a exemplo do Doutor Meganha da PF. É inaceitável um negócio desse e o que acontece no Brasil. Se Lula for preso, certamente que os movimentos sociais e gente do povo irão às ruas, como demonstração de insatisfação e revolta, com tanta covardia perpetrada por aqueles que são pagos pelo contribuinte.
O cidadão brasileiro que sustenta servidores do sistema judiciário para investigar, prender, julgar e punir com isenção, a obedecer e se submeter às leis e ao estado de direito. O que acontece e se tem já há algum tempo é a péssima política e a covardia sem fim de servidores compromissados com a derrota de Lula e do PT. O que se tem feito, na verdade, é que o Doutor Meganha da PF, dentre outros doutores do MP e da Justiça, querem prender Lula para impedir sua candidatura em 2018. É isso aí.
Fonte: Brasil 247, 05/02/2016
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