Pouca gente no protesto pró-impeachment deste domingo (13) na Avenida Paulista
A Avenida Paulista vive neste domingo (13) um clima misto de lazer e manifestação. Famílias com os filhos e animais de estimação, esportistas de fones de ouvido, pessoas visitando o MASP (Museu de Arte de São Paulo) e transeuntes atrás de compras de fim de ano ou apreciando artistas de rua. Todos esses dividem o espaço com indivíduos, famílias e militantes dos grupos que organizam os atos contra o governo federal, vestidos geralmente de camisa amarela, muitas vezes personalizadas com caricaturas de Dilma e/ou Lula.
Seis caminhões já estão instalados, de acordo com a CET, abaixo-assinados são coletados entre os dois grupos acima descritos, cartazes são estendidos e 250 camisetas do Movimento Brasil Livre (MBL) começam a ser expostas para serem vendidas.
"Pressão"
O jovem de 19 anos nega que o ato seja uma comemoração ao acolhimento do impeachment pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no último dia 2. Kim diz que é uma "pressão" para os políticos darem seguimento ao processo.
Apesar do menor público esperado em São Paulo, Kim espera que a "magnitude muito maior" dos manifestantes seja suficiente para interditar a ciclovia e a ciclofaixa de lazer. Para ele, o fato de a avenida estar fechada para lazer e a mistura dos dois públicos não atrapalham o protesto.
Kataguiri vê com bons olhos se o vice-presidente Michel Temer assumir o planalto, mas avalia essa possibilidade apenas como uma "consequência constitucional", lembrando que Temer foi eleito junto com Dilma. Os próximos atos programados pelo grupo é "manter pressão corpo a corpo" com os políticos e suas "bases" pelo impedimento de Dilma.
Vem Pra Rua
Outro movimento que lidera o ato, o Vem Pra Rua, se encontra perto do cruzamento da Rua Pamplona (O MBL está em frente ao MASP). Os integrantes do Vem Pra Rua distribuem panfletos personalizados para este domingo e trouxeram em caminhão cartazes, galões de água e bandeiras.
O grupo também colhe assinaturas a favor das 10 medidas anticorrupção capitaneadas pelo Ministério Público Federal.
Já o jornalista Mauro Ferreira, de Montes Claros, Minas Gerais, trouxe o filho João Vitor de 14 anos para o primeiro protesto antigovernamental em São Paulo de que participa. Ele disse já ter votado em Lula e Dilma para o primeiro mandato, mas se diz "enganado". Mauro, que participou de protestos em Minas, afirma que viajou quase mil quilômetros pois não passa nenhum dia sem ver novas notícias de corrupção. João Vitor, por sua vez, vê "esperança se o PT sair".
Clima de festa
O domingo de protestos não assustou os paulistanos que foram apenas passear na Avenida Paulista. A fila para o Museu de Arte de São Paulo (MASP) tinha dezenas de pessoas.
A própria Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que aproveitava o movimento para colher assinaturas contra a aprovação da CPMF, promovia um evento musical com orquesta e dançarinas em frente à sua sede.
O ator Alexandre Frota foi um dos manifestantes na marcha deste domingo, na Avenida Paulista, que reúne pouquíssimas pessoas; Frota disse representar "a classe artística de bem"; manifesto contra o golpe foi assinado por centenas de artistas e intelectuais
MBL admite pouco público no protesto em Brasília
Manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na manhã deste domingo, em Brasília, reuniu bem menos gente do que os organizadores do Movimento Brasil Livre (MBL) esperavam; "Cada um de vocês liga para duas pessoas para vir. Precisa desse clamor para o impeachment. Todo mundo reclama do governo, mas não vem para a rua. Temos poucas pessoas", gritou uma das organizadoras no carro de som; ato foi encerrado por volta de 13h20 e não houve nenhuma ocorrência grave.
Protesto contra Dilma foi um fracasso em Curitiba
Movimento a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que na capital paranaense tem apoio do governador Beto Richa (PSDB), acabou fracassando neste domingo; organizadores esperavam público de milhares de pessoas nas ruas, mas não foi o que aconteceu e informações preliminares apontam que apenas 300 pessoas estavam concentradas Praça Santos Andrade (UFPR) às 13h40.
Sem o público esperado Globo a cancelou a cobertura
Emissora dos Marinho, que pretendia cobrir as manifestações de hoje como a apoteose das Diretas-Já, se surpreendeu com a constrangedora falta de público; sem ter o que mostrar nas manifestações que pretendia insuflar, Globonews preferiu mudar de assunto
Manifestação do Rio tem mais helicóptero que Golpista
Carioca malandro
Manifestação em Brasília não teve negros nem brancos
Técnico do PNAD
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