Atendendo a pedidos de todos os cantos do país, eles finalmente se encontram secretamente com o objetivo de resolver de uma vez por todas a crise político-econômico-social que assola o país. FHC recebe Lula na porta do seu instituto e logo começam a dialogar.
FHC: Vamos entrando. Desculpe o transtorno. Estou fazendo uma pequena reforma. Quer dizer, eu não, a Andrade Gutierrez. Eles são ótimos! Foi uma pechincha... na atual situação, sabe como é, qualquer obra é obra...
Lula: Parabéns pelo bom gosto. Semana passada também fizeram uma pequena reforma para mim.
FHC: Naquele tríplex do Guarujá?
Lula: Não, no meu novo apartamento de Paris. Meu pied-a-terre...
FHC: Eu não sabia. Somos vizinhos, então?
Lula: Eu e meus cinco filhos. Resolvemos comprar apartamentos no mesmo prédio. E os netos, na escola?
FHC: Não, o Alckmin fechou. Veio de carro? O trânsito em São Paulo está infernal!
Lula: Até que não. Vim de bicicleta Itaú na ciclovia do Haddad.
FHC: Isso merece uma palestra! Falando em palestras... não diminuíram com a crise?
Lula: Aumentaram com a crise.
FHC: Graças a Deus!
Lula: Graças ao Levy! Estou morrendo de sede. Tem água?
FHC: Não, o Alckmin cortou. Só tenho champanhe. Mas que sucesso, hein! Só se fala em você na Lava Jato!
Lula: Neste país basta ganhar um dinheirinho para ficar famoso.
FHC: Deixa de modéstia! Você levantou mais de 20 milhões!
Lula: Quer algum emprestado? Não faça cerimônia...
FHC: Obrigado, os juros estão muito altos. O favor que eu queria de você era outro...
Lula: Privatizar a Petrobrás? Trocar o Levy pelo Meirelles? Tirar o Cunha?
FHC: Não. O telefone do teu agente.
Pano rápido.
Artigo de Alex Solnik, jornalista atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).
Fonte Brasil 247, 13/11/2015
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