quarta-feira, 4 de novembro de 2015

59% dos paulistanos reprovam remanejamento de alunos no Estado

O PSDB quer o Estado mínimo, no qual todos pagam por quase tudo. Saúde e Educação de graça, nem pensar!



A maioria dos paulistanos desaprova as mudanças naorganização das escolas públicas estaduaisanunciadas pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), segundo pesquisa Datafolha.

De acordo com a pesquisa, 59% dos entrevistados são contra as mudanças na rede. Outros 28% são a favor, 3% são indiferentes e 9% não souberam opinar. Seis em cada dez (62%) entrevistados estão pessimistas com as mudanças e acreditam que elas trarão mais prejuízos que benefícios aos estudantes.

Reorganização dos ciclos de ensino em SP - Você é a favor ou contra essa mudança nas escolas estaduais?

Outros 27% acreditam que as ações serão benéficas aos alunos das escolas públicas –2% disseram que vai haver prejuízos e benefícios, na mesma medida, e 9% não souberam opinar. O levantamento ouviu 1.092 pessoas na cidade de São Paulo entre os dias 28 e 29 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na semana passada, o governo tucano anunciou que vai desativar 94 escolas no Estado em 2016 durante a reorganização de ciclos de ensino –cada unidade terá apenas um dos períodos. A medida gerou uma série de protestos de pais, alunos e professores. Os atos foram organizados pelo sindicato dos docentes e por entidades estudantis.

Benefícios x prejuízos

A reorganização fará com que 311 mil alunos sejam transferidos de colégio em 2016. Para atenuar os impactos para os alunos, a gestão Ackmin havia afirmado que a nova unidade estaria, no máximo, 1,5 km distante da atual escola.

Contudo, a reportagem encontrou um caso na zona norte da capital em que estudantes precisarão percorrer 2,5 km a pé ou 3,3 km de carro. A Secretaria de Estado da Educação afirmou que usa outro sistema de localização para verificar a distância entre as escolas, mas não disse qual.

Das sete escolas que serão fechadas na zona leste da capital paulista, duas estão localizadas em conjuntos habitacionais: a Cohab Inácio Monteiro 3, em Cidade Tiradentes, e a Presidente Salvador Allende Gossens, em José Bonifácio. Dentre as escolas que serão fechadas na capital, a Inácio Monteiro e a Salvador Allende estão entre as piores no Idesp, principal indicador do ensino no Estado.

Mudança das escolas

Segundo a gestão Alckmin, o objetivo da mudança é que a maioria das escolas ofereça classes de apenas um dos três ciclos do ensino básico –anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º) do ensino fundamental e ensino médio. Hoje, um terço dos colégios estaduais funciona assim.

Com a medida, uma região com três escolas terá uma unidade para cada etapa. Dessa forma, muitos alunos terão que mudar para escolas que atendam apenas aos seus ciclos.

O governo promete que os alunos serão transferidos a escolas próximas, a não mais que 1,5 km de distância. no entanto, já há um caso na zona norte da capital em que estudantes precisarão percorrer 2,5 km a pé ou 3,3 km de carro.

Ao todo, 754 escolas atenderão apenas um ciclo de ensino em todo o Estado. Outras 94 unidades serão "entregues" aos municípios –os prédios vão poder abrigar cursos técnicos e creches. Desses 94 colégios, 25 ficam na capital paulista.

Fonte: Folha, 04/11/2015

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