A categoria se organizou nesta manhã de quinta-feira, 26, na praça da República para realizar a grande marcha nacional em defesa da educação pública. O ato contou com a participação de diversas entidades que luta em favor da educação.
A passeata tomou a av. Pte. Vargas e adentrou a Nazaré. Na altura da sede da TV Liberal os educadores paraenses atearam fogo em exemplares do jornal. Foi uma ação de repúdio aprovada na assembleia de ontem (25) em resposta aos ataques baixos que o jornal fez no início desta semana, quando chamou os professores de mafiosos e trapaceiros.
Seguindo para o Centro Integrado de Governo (CIG), a manifestação contou com o expresso apoio dos estudantes. Que vozificavam em palavras de ordem: “Unificou! Unificou! É estudante junto com trabalhador!”
Diante dos prazos evasivos apresentados pelo governo na audiência desta quarta-feira (25), a greve toma cada vez mais eco. Só no primeiro dia de greve mais de 82 municípios paraenses já confirmaram adesão ao movimento. Os demais seguem realizando assembleia até a próxima segunda-feira (30).
Os trabalhadores não concordam com a limitação de 150h de efetiva regência imposta pela Seduc, especialmente porque a mesma fere a lei nº 8.030, aprovada no ano passado e resultado da greve de 2013. Além disso, ainda aguardam o pagamento do piso salarial nacional e seu retroativo referente aos meses de janeiro, fevereiro e março. As sinalizações do governo apontam para abril e maio. Mas que reais garantias a categoria tem?
A violência assola a comunidade escolar. O recente assassinato de um inspetor em pleno exercício de suas funções trabalhistas pôs à prova a fragilidade deste governo que não apresenta nenhuma ação enérgica para o combate ao caos social instalado. As propostas de implantação de um fórum para debater violência nas escolas, apresentado pelo Sintepp, segue engavetado há mais de cinco anos.
A lastima vivida durante o período das chuvas e os constantes desabamentos de tetos nos interiores das escolas se torna cada vez mais uma constante. Ontem enquanto a categoria lançava a greve, o teto da sala de informática da EE. Pedro Teixeira em Abaetetuba veio abaixo. O incidente só não teve dimensões maiores porque a escola já estava em greve.
Ocorreu também o despejo dos estudantes da EE. Tiradentes II no centro de Belém. E mais de 700 alunos permanecem sem saber onde vão estudar e tiveram sua documentação transferida para a EE. Orlando Bitar, porém sem a devida consulta aos pais e responsáveis.
O volume de problemas na educação pública do Pará só aumenta, mas o governo prefere fingir que está tudo bem. A categoria se pergunta: Por que ao invés de dar uma secretaria especial para a filha Izabela Jatene, com rendimentos que chegam a R$ 21.000,00, o governador não garante a lotação dos professores nas turmas que estão com necessidade e reforma as escolas que tem que suspender as aulas sempre que cai uma tempestade?
Uma extensa agenda de atividade nos distritos e cidades paraenses está aprovada. E a disposição dos educadores é pela luta pela não retirada de direitos. Acompanhe:
27/03 (sexta-feira)
Ato público em Breves, concentração na URE 13, às 9h
Reunião de estudos sobre o cenário de perdas no contra cheque, na EE. Raimundo Viana, às 16h
Reunião da Educação Especial e técnicos dos espaços pedagógicos, na EE. Cordeiro de Farias, às 15h
Ato público, concentração EE. Adebaro Klautau (Cordeiro de Farias), às 8h
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