sábado, 2 de agosto de 2014

Dinheiro público jogado no mato

CAMINHÃO FRIGORÍFICO FOI ABANDONADO PELA PREFEITURA DE ITAITUBA
Caminhão veio zero Km e está abandonado no meio do mato

O Brasil tem a má fama de ser um pais aonde o respeito à coisa pública é zero. Seja uma ponte inacabada e abandonada sem qualquer explicação, uma praça iniciada e não concluída, seja um metrô que cai numa grande metrópole, ou seja, um caminhão frigorífico abandonado no meio do mato que poderia estar sendo de grande utilidade para a população.

Sr. Francisco, presidente da Colônia de Pescadores Z56, diz que responsabilidade é da prefeitura

Nossa reportagem registrou o descaso ocorrido aqui em Itaituba, em mais um empreendimento transformado num elefante branco na atual gestão da prefeita Eliene Nunes. O presidente da Colônia Z. 56 de prenome Francisco, mais conhecido por Tucuruí, lava as mãos e diz que a responsabilidade total é da prefeitura que teria abandonado o patrimônio público avaliado em mais de duzentos mil reais. 

Ele garante que tentou de todo jeito executar o projeto, mas a prefeitura não cumpriu o que estava estabelecido no convênio e por isso não tem nada a ver com aquilo que que considera descaso.

Porém o que mais se torna visível nesse episódio é que o caminhão que veio todo equipado para Itaituba, estimado em duzentos e cinqüenta mil reais, faz parte de um importante projeto que visava combater a ação do atravessador repassando o peixe ao consumidor por um valor abaixo do mercado. 

Equipamento de refrigeração avariado pela ação do tempo

Lá o slogan um pais de todos, aqui slogan um governo de todos...

O Convênio, na época, foi assinado pelo Sr. Carlos Alberto Silva, que no Pará era o Superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura, pela prefeitura de Itaituba, representada pelo Sr. Valmir Climaco de Aguiar e pelos parceiros, o SEBRAE, a Associação dos Feirantes e Pequenos Produtores de Itaituba, a Sagri e a Semagra.  Pelo convênio firmado no dia 27 de Julho de 2012, a Prefeitura cederia motorista enquanto a Colônia de Pescadores Z56, disponibilizaria seus associados para efetuar a venda do pescado nos bairros de Itaituba, obedecendo uma programação e, desta forma, eliminaria a figura do atravessador, diminuindo o preço do produto . 

Peixe nos bairros a mercê do tempo dentro do mato...

Um dos itens do convênio exigia que o caminhão fosse utilizado de imediato, se tratando de um veiculo zero Kilômetro da marca da IVECO, todo equipado com refrigeração e demais itens técnicos para a viabilidade do projeto. 

Caminhão veio pronto para trabalhar e aqui foi abandonado: uma vergonha

A gestão da prefeita Eliene Nunes deixou o caminhão numa oficina de refrigeração e não foi mais buscá-lo. Diante do fato, a Colônia de Pescadores fez um comunicado ao Ministério da Pesca e espera que haja uma solução para o caso. Ainda, segundo a Colônia é a Prefeitura de Itaituba que presta conta do Convênio. 

O que mais causa indignação é ver um patrimônio público sendo destruído pela ação do tempo. Pensando bem, mesmo que indiretamente a Colônia teria que denunciar esse descaso com o recurso ao Ministério Público para a punição do responsável.

Enquanto um caminhão novo e equipado não tem serventia aqui, o estado do Mato Grosso está mandando para Itaituba caminhões frigoríficos iguais que vendem peixe ao preço de 7 reais o quilo. No mercado local, os atravessadores vendem o quilo do pescado por até 15 reais.

Fonte: Blog do Nazareno, 02/08/14

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