quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Caos médico toma conta de país, após saída de cubanos

A saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos continua a levar o caos para atendimento no interior do país. 

Enfermeiros estão assumindo atividades de médicos, o uso de ambulância para deslocar moradores a outras unidades disparou e a desistência de pacientes em obter atendimento se tornou generalizada. 

Dos 8.319 brasileiros inscritos no Programa após a saída dos cubanos, apenas 10% se apresentou.

PT deve rejeitar fazer autocrítica desejada pelos inimigos, diz Altman

"Muitas das vozes que exigem autocrítica do Partido dos Trabalhadores", na realidade "mascaram o desejo de vê-lo renegando sua natureza classista", diz o jornalista Breno Altman.

Para ele, apesar da derrota no pleito presidencial "o PT e seu candidato caíram de pé, porque foram capazes de recompor sua identidade, negando-se ao beijo na cruz e reencontrando-se com seu veio histórico" e que "possivelmente preservarão condições de combate se evitarem a cantilena da autocrítica desejada por seus inimigos e até por alguns potenciais aliados".

CCR fechha acordo de delação e diz ter pago R$ 44 milhões em Caixa 2 para Serra e Alckmin

Empresa CCR, que atua no setor de concessões de metrôs, aeroportos e estradas, disse, em um acordo que será firmado nesta quinta-feira (29) junto ao Ministério Público de São Paulo, que pagou R$ 44 milhões por meio de caixa 2 a políticos ligados aos grupos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), do senador José Serra (PSDB-SP) e do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), que foi indicado pelo governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) para ser o futuro chefe da Casa Civil.

Bolsonaro bate continência para assessor de Trump e humilha brasileiros

Na manhã desta quinta, o presidente eleito Jair Bolsonaro provou que governa para servir a interesses dos Estados Unidos e não do povo brasileiro.

Ele bateu continência para o assessor de segurança de Donald Trump, John Bolton, ao recebê-lo em sua casa no Rio.

Conhecido como 'senhor da guerra', Bolton quer que o Brasil, a nova colônia dos EUA na América Latina, pressione a Venezuela e sufoque Cuba.

Bolsonaro já acabou com os Mais Médicos, deixando milhões de brasileiros sem assistência, e pode entrar num conflito com venezuelanos.

Militares nacionalistas, como o general Mourão, estão preocupados com a humilhante submissão do Brasil.

Segundo decreto que regulamente o tema, "a continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica".

Pezão é preso em nova fase da Lava Jato

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso por volta das 6h desta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado. A operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro do ex-governador Sergio Cabral.

Além de Pezão, a força-tarefa da Lava Jato tenta prender outras oito pessoas. Miranda acusa Pezão de receber mesadas de R$ 150 mil entre 2007 a 2014, quando era vice-governador. Segundo o MP, haveria registros de pagamentos de quase R$ 40 milhões em espécie.

Propinas podem chegar a 40 milhões, segundo a PGR

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, preso nesta quinta-feira pela Polícia Federal, recebeu pagamentos em espécie que totalizam R$ 25 milhões, equivalente a 39 milhões de reais em valores atualizados, quantia que foi alvo de sequestro determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo a PGR, o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para corrupção e lavagem de dinheiro.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O que esperar da educação no próximo governo?

                           Ricardo Vélez-Rodríguez foi escolhido ministro da Educação do 
                           governo Bolsonaro.

Desde a redemocratização do País, o Ministério da Educação tem conseguido, com maior ou menor êxito, manter uma linha de trabalho com consistência técnica, apoiada em evidências de pesquisas e de dados educacionais. Essa continuidade de políticas públicas estruturantes garantiu avanços importantes em diferentes governos — embora em ritmo muito aquém das necessidades econômicas e cidadãs de nossa população.

Ainda que hoje haja divergências sobre as formas de implementação, as metas educacionais para o País estão claras e são balizadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). O documento é o principal consenso entre especialistas para se garantir uma educação de qualidade para todos, da creche à pós-graduação.

Educadores, pesquisadores com visões teóricas diversas e gestores educacionais dos mais variados espectros políticos concordam que o Brasil precisa universalizar a educação básica, garantir a aprendizagem de todos na idade certa, investir mais recursos e melhorar a gestão, garantir mais oportunidades de educação técnico-profissional e superior e formar melhor e valorizar mais seus professores.

Diante disso, o anúncio de Ricardo Vélez-Rodríguezpara o Ministério da Educação tem preocupado a comunidade educacional. Desconhecido e inexperiente na área, o teólogo ganhou visibilidade pelas declarações polêmicas à imprensa e em seu blog pessoal, por seu apoio ao movimento Escola sem Partido e por ter grande apoio da bancada evangélica no Congresso Nacional. Com essas informações, deduz-se que a pasta no novo governo concentrará suas ações para combater aquilo que tanto as suas declarações quanto as do presidente eleito, Jair Bolsonaro, apontam como uma educação ideologizada.

Até o momento, porém, nada na direção de responder aos desafios reais do cotidiano educacional. Para além de suas posições políticas, olhamos com preocupação a falta de menção do futuro ministro ao principal documento norteador da política educacional do País e aos problemas concretos da educação brasileira: alfabetização, evasão, distorção idade-série e financiamento, entre outros, comprovados por dados, indicadores e pesquisas.

Importa-nos saber como Rodríguez pretende implementar o Plano Nacional de Educação. Queremos ouvir do novo governo quais serão suas políticas para garantir acesso, permanência e aprendizagem adequada a todos os brasileiros, da creche até o ensino médio. Como pretende incluir na escola os 2,5 milhões de crianças, adolescentes e jovens de 4 a 17 anos que ainda estão fora dela? O que fará para que não passem pela escola sem aprender o básico, como 1 milhão de crianças brasileiras que hoje não aprendem a ler e a escrever até o 3º ano do Ensino Fundamental? Como pretende diminuir as taxas de reprovação e evasão para que 100% dos alunos que ingressem na escola no Brasil concluam o Ensino Médio e não apenas 59%, como acontece hoje?

O PNE buscou responder a essa realidade desafiadora com 20 metas que se articulam entre si. Como cumpri-lo não é opcional, o novo ministro precisa demonstrar como garantirá orçamento para a área em 2019. Afinal, a pasta da Educação perdeu muitos recursos desde o início da crise econômica, num país em que o investimento por aluno na educação básica já é, em média, menos da metade do que o dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).

Nesse sentido, um grande desafio que temos à frente é a aprovação de um novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) até 2020. Trata-se de uma oportunidade muito importante não só de reduzir as desigualdades regionais, como também de garantir um patamar mais adequado de investimento em educação básica pelo governo federal.

Para cumprir o PNE, também será preciso desenhar um Sistema Nacional de Educação, uma legislação fundamental para melhor definir atribuições e responsabilidades entre municípios, estados e a União na oferta educacional. Caberá ao governo federal propor um novo desenho de governança da educação básica, negociá-lo com governadores e prefeitos e com o Congresso para aprová-lo.

A melhoria das condições de trabalho dos profissionais da educação é outra frente com impacto direto em diversas metas do PNE. Para além de alimentar a vigilância sobre professores e materiais didáticos, como pretende o Escola sem Partido, queremos saber do novo governo quais serão suas políticas para que o País avance na melhoria de infraestrutura das escolas, na qualidade da formação inicial e continuada de professores e na valorização de salários e carreiras docentes.

O compromisso com a aprendizagem na idade certa para todos precisa ser assumido como prioridade. Para isso, é necessário não só cumprir as demais metas, como também dar continuidade à implementação da Base Nacional Comum Curricular — documento cuja elaboração levou anos e atravessou diferentes governos e contou com ampla participação da sociedade em sua elaboração.

Esses são os desafios colocados hoje para a educação brasileira. O País não só tem urgência em respondê-los adequadamente, como não pode correr o risco de retroceder em nenhuma conquista, já que as perdas humanas e econômicas seriam desastrosas. Para se garantir uma educação de qualidade, será necessário ao novo ministro se afastar das agendas partidárias, que têm capturado o debate sobre educação com uma verdadeira cortina de fumaça, e buscar aqueles que conhecem os dados, as pesquisas e sobretudo a realidade das redes de ensino e escolas brasileiras.

*Mônica Gardelli Franco é mestre e doutora na área de currículo e superintendente do Cenpec.

Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do HuffPost Brasil e não representa ideias ou opiniões do veículo. Mundialmente, o HuffPost oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

Fonte: Msn, 28/11/18

Guru de Bolsonaro, Olavo diz que Educação Sexual gera putaria nas escolas

Depois de emplacar dois ministros, o escritor Olavo de Carvalho volta a atacar a esquerda, a universidade e qualquer um que ouse discordar de suas ideias. Sobre educação sexual nas escolas, ele diz: "Quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas. No fim, está ensinando criancinha a dar a bunda, chupar pica, espremer peitinho da outra em público". Carvalho ainda critica os 'gayzistas' e o aquecimento global que, como o chanceler Ernesto Araújo, julga não existir.

Submissão do Brasil a Trump abre crise com Mourão e com o agronegócio

O anúncio feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chanceler informal do Brasil, de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, com um boné de Donald Trump, abre uma crise com dois polos que apoiam o bolsonarismo: os militares e o agronegócio.

De um lado, produtores rurais devem perder bilhões em exportações duramente conquistadas, ameaçando o emprego de milhões de brasileiros.

De outro, militares nacionalistas se espantam com a destruição da política externa. "É uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada", diz Mourão.

O limite

Constatação

O governo Temer preencheu 97% das vagas do Mais Médicos, mais deixou de fora do edital cerca de mil municípios antes atendidos por médicos cubanos. Até ontem dos médicos inscritos 0,5% se apresentaram para o trabalho. Tire suas próprias conclusões!