domingo, 27 de novembro de 2016

Janio: por que FHC correu para abraçar Temer

O que será do Juiz e do Delegado que humilharam o Garotinho?

Conversa Afiada, 27/11/2016

Do artigo de Janio de Freitas, na Fel-lha:

É ao menos original, para não dizer que é cômico. O país derrete, com as atividades econômicas se desmilinguindo, o desemprego crescendo, cai até a renda dos ricos, a maior empresa do país é vendida em fatias, pouco falta para trocarem de donos os trilhões do pré-sal –e o presidente da República passa a semana ocupando-se com um apartamento que nem existe. Ou só existe no tráfico de influência de um (ex)ministro e na advocacia administrativa do próprio presidente.

Se Dilma foi processada por crime de responsabilidade, como quiseram os derrotados nas urnas, Michel Temer é passível de processo, no mínimo, por crime de irresponsabilidade. É o que explica a pressa de Aécio Neves e Fernando Henrique para cobri-lo com uma falsa inocência. "Isso [a ação de Geddel] não atinge Temer nem de longe", diz Aécio, que na presidência da Câmara foi o autor de algumas das benesses mais indecentes desfrutadas pelos deputados.

Fernando Henrique define os atos de Geddel e de Temer como "coisas pequenas". Comparados à entrega, por ele, do Sistema de Vigilância da Amazônia à multinacional Raytheon, ou confrontados com as privatizações que manipulou até pessoalmente (e com gravação), de fato as ordinarices atuais são "coisas pequenas". Mas se "o importante é não perder o rumo", só isso, Temer, Geddel, Moreira e outros não o perderam. Nem desviam o país do rumo desastroso, único que lhe podem dar com sua incompetência e leviandade.

O comprometimento de Michel Temer com a manobra de Geddel não precisaria ser mais explícito. Sua acusação a Marcelo Calero, de que "a decisão do Iphan criou dificuldades ao [seu] gabinete" porque "Geddel está bastante irritado", diz o que desejava de Calero: a ilegalidade de uma licença incabível, para não "criar dificuldades" ao gabinete e, portanto, ao próprio Michel. Apresentar a ilegalidade como a forma correta de conduta, quando está em causa um interesse contrário à responsabilidade e à lei, é um comprometimento inequívoco com o interesse e com o tráfico de influência que o impulsiona.

Tem a mesma clareza a igualdade de ideia, e até de palavras, que Calero ouviu de Temer, de Eliseu Padilha e do secretário de Assuntos Jurídicos, Gustavo Rocha, em ocasiões diferentes. Todos lhe falaram em "construir uma saída", mandando "o processo para a AGU", a Advocacia-Geral da União. Lá, como disse Temer a Calero, "a ministra Grace Mendonça tem uma solução". A igualdade demonstra a combinação de uma estratégia para afinal impor a ilegalidade. Fosse por já terem a concordância de Grace Mendonça, como sugere a afirmação de Temer, fosse por a verem como maleável.

Michel Temer não poderia mesmo ser "atingido nem de longe". Está chafurdado na manobra de Geddel, a quem buscou servir em autêntica advocacia administrativa em nível presidencial. Corrupção, nada menos.

​(...)

Por seis a um, Anthony Garotinho foi liberado pelo Tribunal Superior Eleitoral até de prisão domiciliar.

De um ponto de vista acima do resultado pessoal, há grave problema institucional em sua prisão: se existirem, são mínimas as dúvidas de que Garotinho foi vitima de represália de um delegado da PF e é provável que também de um juiz. No início do mês, o delegado Paulo Cassiano foi objeto de uma representação do ex-governador à Corregedoria da PF, por abuso de autoridade e violência em Campos. O juiz Glaucenir Silva decretou a prisão pedida pelo delegado, sem base para essa decisão. O projeto sobre abuso de autoridade deve ser votado nos próximos dias, caso Sergio Moro e um batalhão de procuradores federais não conseguirem impedi-lo. E, para o bem dos cidadãos em geral, é difícil que consigam.

(...)

PF ajudou Calero a grampear Temer

Tem que fechar a PF e só reabrir depois de uma lavagem

Conversa Afiada, 27/11/2016


Neste domingo (27/11), as atenções do universo político estarão voltadas para a entrevista que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero concedeu à jornalista Renata Lo Prete. Um teaser exibido no “Jornal Nacional” deste sábado (26) demonstra o potencial das revelações feitas pelo diplomata ao programa “Fantástico”, da Rede Globo.

Calero admite ter gravado o presidente da República, Michel Temer, e outros integrantes do governo. O diplomata contou que pediu orientações a “amigos policiais federais”. Segundo Calero, as gravações das conversas com Temer foram feitas por telefone.

No dia 18 de novembro, o diplomata deixou o cargo e informou à Polícia Federal que gravou o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Ele acusa Geddel e o presidente de terem lhe pressionado para aprovar a construção de um edifício em área tombada de Salvador. Geddel seria um dos beneficiários com a construção, já que é dono de um apartamento no prédio em questão.

A denúncia do ex-ministro da Cultura abriu uma crise no governo, que provocou o pedido de demissão de Geddel na última sexta-feira (25/11).

Globo rifa Temer e já prepara a sua queda


Manchete da versão online do jornal O Globo neste domingo informa que Michel Temer soube antes da demissão de Marcelo Calero que Geddel Vieira Lima tinha um apartamento no La Vue e, portanto, defendia interesses privados, e não públicos.

"Mesmo sabendo que Geddel estava atuando em defesa de interesses particulares, Temer insistiu para que Calero deixasse a decisão sobre as obras do La Vue para a AGU", diz a reportagem de Jailton de Carvalho.

Em entrevista coletiva neste domingo, Temer voltou a dizer que pediu a Calero que procurasse a AGU, porque o órgão teria o papel de dirimir divergências entre órgãos públicos.

No entanto, Geddel não é um órgão público e seu apartamento de R$ 2,4 milhões numa torre embargada pelo Iphan não representa um interesse público.

Como Temer soube do interesse particular de Geddel e pressionou Calero a atendê-lo, estão dadas as condições para seu afastamento – e, agora, com aval da Globo.

Temer, tombado pelo Iphan

*Artigo de Lelê Teles 


Renato Russo, ainda nos bancos da escola, já havia previsto o futuro de Geddel: chafurdar no lamaçal.

Sempre metendo o focinho onde deve e onde não deve, Geddel é um bom farejador de maracutaias e um autêntico moralista imoral.

Um colega que se fez ex-ministro, Marcelo Carelo, ventilou que sua demissão voluntária foi motivada pelo desconforto provocado pelo assédio moral que vinha sofrendo por parte do suíno baiano (segundo Renato Russo) e do nosso intrépido Jaburu.

Agindo em proveito próprio, Geddel, ministro da Secretaria de Governo, praticou advocacia administrativa.

Ele lutava bravamente para regularizar uma irregularidade e permitir que se alçasse aos céus um espigão, com mais de cem metros, que agrediria a paisagem e a fisionomia da cidade do Salvador, sombreando praia e enfeiando tudo.

Parentes de Geddel também constam na lista de futuros proprietários do mostrengo.

Pego coma boca na botija, Geddel se escorou na barra do paletó do Jaburu, que prontamente se pôs a defender o indefensável colega.

Temer parece seguir à risca a lei Nizan Guanaes: aproveita-te da tua impopularidade e torna-te ainda mais impopular.

O porta-voz do Planalto, um tal Parola, tentou amenizar o estrago feito na pocilga dizendo que Temer agiu como um árbitro que tentava apaziguar a refrega entre os dois colegas ministros.

Essa parolagem só deixou o Jaburu ainda mais com a bunda de fora.

Porque o Usurpador agiu como um árbitro de pelada de várzea – ouvindo a torcida xingar a sua mãe - e apitou em favor do amigo.

Carelo achou que o juiz tava roubando e tirou o time de campo. agora, dedica-se a balançar a corda na qual Temer, o funâmbulo, teima em se equilibrar.

Geddel, de acordo com a denúncia de Marcelo Carelo, praticou o crime de concussão, que segundo o Código Penal tipifica-se quando um agente público usa do cargo que tem para obter vantagens para si OU para outrem.

E Geddel buscava vantagem para si E para outrem, seus familiares.

Mas se Geddel concussou, Temer prevaricou ao passar a mão na cabeça imunda do subordinado delinquente.

O dever do chefe, nesse caso, é punir, pois sua omissão é interpretada como conivência.

Ou seja, Geddel acaba de cravar uma estaca de madeira no peito do chefe, que se julgava imorrível e agora agoniza, respirando apenas pelos aparelhos.

Temer não conseguirá segurar Geddel, que agora é um peixe ensaboado. caindo Geddel, não tem porque temer se manter de pé, uma vez que os dois praticaram, nesse caso, o mesmo crime.

E o governo Temer já está se desmoronando, a economia do país é um desastre, o desemprego cresce assustadoramente, em seis meses seis ministros já foram demitidos e, para aumentar ainda mais a esculhambação, seus aliados delinquentes querem se anistiar.

A midiaZona já sinaliza abandonar o barco furado de Michel. fizeram isso com Cunha e ele foi parar no xilindró.

Temer sentirá na pele a confirmação do adágio da grande Perpétua: quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Temer fez de tudo para acabar com o Minc, mas foi o Minc que acabou com ele.

Um gaiato observou sapiencialmente: Temer será o primeiro presidente do Brasil tombado pelo IPHAN.

*Jornalista

Fonte: Brasil 247, 25/11/2016

“MPF será marcado como quem trouxe o terror institucional”


Para o advogado e procurador de Justiça aposentado do Ministério Público de São Paulo Roberto Tardelli, o pacote anticorrupção do Ministério Público Federal inaugurará a República dos Delatores, "ou então a República dos Reportantes – e estão mais do que lançadas as bases para o país mais perigoso do mundo para se viver. Está feito o serviço sujo a que nem os militares se sujeitaram", afirma.

Tardelli diz estar "aliviado" por não fazer mais parte do órgão que "que conspirou contra a democracia, que trouxe o terror de estado, o medo institucional, que transformou esse país em um lugar em que canalhas serão celebrados como heróis".

Folha: Temer, Aécio e Aloysio Nunes não aprenderam nada


Em editorial publicado neste domingo, a Folha de S. Paulo afirma que Michel Temer agiu "indevidamente", ao pressionar Marcelo Calero a liberar uma obra ilegal, para favorecer Geddel Vieira Lima; a Folha também critica os tucanos que saíram em defesa de Geddel.

"Recorde-se, ainda, o abrangente coral de apoios a Geddel Vieira Lima, entoado por senadores tucanos como Aloysio Nunes e Aécio Neves. O que se viu de parte dos políticos nos últimos dias impõe uma dura conclusão. Não aprenderam nada. Não querem saber de nada. Não se importam com coisa nenhuma".

Maradona sobre Fidel: “O mundo perde o mais sábio de todos”


Ex-jogador argentino Diego Maradona também lamentou a morte do líder cubano Fidel Castro.

"Morreu o meu amigo, o meu confidente, o que me aconselhou, que me ligava a qualquer hora para falar de política, de futebol, de basebal, o que me disse que quando Clinton fosse embora o que viria era pior, que foi Bush", confessou.

Estados rejeitam proposta de Temer para Ensino Médio


Reforma do ensino médio proposta por Medida Provisória pelo presidente Michel Temer recebe mais um golpe rumo ao naufrágio, agora, dos secretário estaduais de Educação. Eles reivindicam mais tempo e dinheiro para executar as mudanças no ensino médio previstas por Temer.

"É inadmissível a gente pensar que [o fomento] possa encerrar com um ou dois anos, porque isso é um investimento de longo prazo, tem que diluir não só melhorias de estrutura física das escolas, mas estrutura de custeio", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fred Amâncio, só a proposta governista de apoiar os estados que ampliarem a jornada de ensino.

Cora Rónai: habilidade de Temer é convencer os outros de sua habilidade


Colunista Cora Rónai criticou a "suposta habilidade política" do presidente Michel Temer neste domingo, 27.

Para ela, se Temer tivesse a mínima noção de quanto está "abusando da tolerância dos brasileiros", teria demitido Geddel Vieira Lima assim que soube das denúncias de Marcelo Calero.

"Em vez disso, promoveu a palhaçada que foi o apoio da base parlamentar ao seu ministro, ato equivalente a uma cusparada na cara da população", afirmou.

"O caso Geddel não é uma coisa "pequena" e "pontual". É um escândalo, e é o retrato de tudo o que não suportamos mais ver na política: a corrupção, o compadrio, o uso da máquina do poder em proveito próprio e em detrimento da sociedade como um todo".

Quase linchado ao elogiar Fidel, FHC se vê diante do ódio que alimentou


"Fernando Henrique Cardoso caiu na besteira de fazer um post, no Facebook, manifestando algum pesar pela morte de Fidel Castro. Impressiona a reação dos seguidores do ex-presidente, dos filhos do que o PSDB se tornou", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço.

"Criaram corvos, que lhes bicam os olhos. O filho do PSDB, o filho de Fernando Henrique não é Aécio Neves. É Jair Bolsonaro".

Lula já foi inocentado por 11 testemunhas na Lava Jato


As testemunhas Augusto Mendonça, Dalton Avancini, Eduardo Leite, Delcidio do Amaral, Pedro Corrêa, Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Pedro Barusco, Alberto Youssef, Fernando Soares e Milton Paskowich não fizeram qualquer afirmação que confirme a tese do MPF de que o ex-presidente Lula fosse chefe de organização criminosa na Petrobras ou que tivesse recebido qualquer vantagem indevida.

Para a defesa do ex-presidente, "é possível antever " que o único resultado do processo será a absolvição de Lula e de sua esposa Marisa Letícia.

O governo Temer desmanchou-se muito antes do esperado


"Está confirmado: Temer é fraco, um presidente decorativo, rodeado de corruptos, acostumado à política do baixo clero, do toma lá, dá cá, não serve mais ao poder econômico porque não dá conta do recado e em franco processo de degradação. Deu", diz o colunista Laurez Cerqueira, para quem o governo Temer chegou ao fim.

"Um bando de corruptos destituiu uma Presidenta honesta, legitimamente eleita, que garantiu a plena autonomia das instituições de fiscalização e controle, nas investigações dos escândalos de corrupção. Agora ficou claro porque conspiraram e deram o Golpe de Estado".

“Desmitificar Lula é um crime”, diz Domenico de Masi


Sociólogo italiano Domenico de Masi fez uma defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de uma caçada judiciária no País.

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha, De Masi disse que Lula foi a grande voz dos pobres, quando era sindicalista.

"A última coisa que foi retirada do pobre foi Lula", afirmou. Esse movimento que desembocou no impeachment da Dilma e busca inviabilizar a candidatura de Lula em 2018 "É a grande vitória dos ricos sobre os pobres do Brasil".

Dani Schwery ao 247: “Temer foi colocado lá para ser derrubado”


Ex-simpatizante dos movimentos que convocaram e comandaram a campanha do impeachment de Dilma, tais como MBL, VempraRua, Revoltados OnLine e NasRuas, Dani Schwery, 35, foi várias vezes à avenida Paulista de verde e amarelo e bateu muita panela para ajudar a derrubar a presidente, no quintal de casa e na internet, onde tem uma legião de seguidores. 

Em entrevista exclusiva ao 247, ela se disse decepcionada tanto com o governo Temer quanto com os movimentos de direita. "Temer é ridículo", diz. 

Ela acusa todos os supostos líderes pró-impeachment de traição, por terem aderido a "um governo de ladrões" e de terem "se vendido ao PMDB".

Em carta, Mujica exalta feitos de Fidel em Cuba


O ex-presidenre Uruguaio José "Pepe" Mujica se despediu de Fidel Castro em uma carta que exalta os feitos do líder em Cuba: "uma nação sem analfabetismo, com o melhor sistema de saúde pública, com a melhor educação do continente": "a você, estrela do Caribe, um até a vitória... sempre", despediu-se Mujica.

Temer é pequeno demais, inclusive para renunciar


Jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM), afirmou neste domingo, 27, que o presidente Michel Temer é "diminuto demais" para pedir a renúncia, como propôs a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

"A provocação de Gleisi vale para lembrar quem é Michel Temer. Não tem sentido esperar que ele esboce uma atitude dessas, ainda que enrolado até o pescoço, flagrado em advocacia administrativa".

Para o editor do DCM, Michel Temer não renunciará, vai sair de outra maneira: "enxotado como uma ratazana prenhe".

Bresser Pereira diz que Fidel foi um incansável defensor da igualdade num mundo muito injusto


"Fidel Castro foi o grande líder da única revolução socialista que ocorreu na América Latina. Mas, como aconteceu com outras revoluções socialistas – a Soviética, a Chinesa –, não implantou em seu país o socialismo, mas um estatismo igualitário e autoritário", diz o professor Luis Carlos Bresser Pereira.

"Ele gostaria de ter implantado a democracia em Cuba, mas ainda não se encontrou uma forma de aliar um alto grau de igualdade com a democracia, esta definida pelo respeito aos direitos civis e o sufrágio universal. Em outras palavras, ainda não se logrou construir um socialismo democrático. Nem o estatismo foi capaz de produzir desenvolvimento econômico a partir de um certo ponto do desenvolvimento de um país".

Bresser, no entanto, afirma que ele merece todas as homenagens por ter lutado incansavelmente pela justiça social.

PF orientou Calero a gravar Temer e ministros para se proteger


Crise que atinge o coração do governo Temer ganha intensidade.

Em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, que será exibida pelo Fantástico na noite de hoje, Marcelo Calero conta que foi pressionado por diversos integrantes do governo a cometer um ato de corrupção e diz ter feito as gravações por orientações de "amigos da PF", como uma forma de se proteger.

Dois dos principais colunistas da imprensa brasileira, Janio de Freitas e Clovis Rossi, avaliam que Temer foi cúmplice do crime de advocacia administrativa cometido por Geddel Vieira Lima e defendem sua renúncia.

Presidente Michel Temer, siga o exemplo do ex-ministro Geddel: renuncie

Folha/Clóvis Rossi, 27/11/2016

O presidente Michel Temer deveria seguir os passos de Geddel Vieira Lima e se demitir. Afinal, bem feitas as contas, praticou a mesma irregularidade de seu então auxiliar (advocacia administrativa).

Trata-se de uma expressão técnica que, desbastada do juridiquês, significa uma violação da República, da coisa pública.

Pior: trata-se de irregularidade publicamente admitida, primeiro por Geddel e depois pelo próprio Temer, pela boca de seu porta-voz.

Chega a ser revoltante a desfaçatez com que ambos tentam minimizar a gravidade dos atos praticados. Geddel negou que tivesse pressionado o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, para liberar um prédio em que comprara um apartamento e que havia sido embargado pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Disse que fizera apenas "ponderações". Qualquer pessoa com um dedo de sentido comum sabe que, quando o ministro mais poderoso do governo, até pela proximidade com o presidente, faz "ponderações" junto a um colega, está pressionando-o a adotar a posição desejada pelo "ponderador".

Da mesma forma, Temer, segundo o porta-voz, tentou apenas "arbitrar" entre dois ministros em conflito. De novo, o mais elementar bom senso diz que não cabe a um presidente da República intrometer-se em interesses privados de qualquer um de seus auxiliares —a não ser para demitir quem desafiasse os valores republicanos, no caso Geddel Vieira Lima. Sempre haverá, entre os defensores do já velho novo governo, quem diga que a falta não é tão grave quanto os crimes em penca que estão sendo expostos dia sim, outro também, pela Lava Jato e outras investigações.

Alan Marques/Folhapress 
Montagem com Geddel Vieira Lima, o presidente Michel Temer e o ex-ministro Marcelo Calero

Não é assim. O episódio Geddel e as tentativas de minimizá-lo demonstram precisamente a cultura política que está na raiz do assalto aos recursos públicos praticado em conjunto por agentes privados, públicos e políticos.

Quando um ministro e, pior ainda, um presidente acham admissível usar o cargo para advogar em favor de interesses privados viola-se a República. É simples assim. A partir desse desprezo pelos valores republicanos, abrem-se as portas para todas as demais violações.

Nunca é demais lembrar que essa cultura deletéria precede o governo Temer e os do PT, o que, evidentemente, não os absolve.

Geddel Vieira Lima foi um dos 37 deputados investigados, em 1993, pela CPI dos chamados "anões do Orçamento", parlamentares acusados de desviar dinheiro público por meio de fraudes com o Orçamento.

Desses todos, o relator, deputado Roberto Magalhães, do então PFL de Pernambuco, pediu a cassação de 18, entre eles, adivinhe, Geddel Vieira Lima, que, no entanto, acabou absolvido.

Mas seis perderam mandatos, clara indicação de que o esquema funcionava. O então senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007) disse, à época, que Geddel só foi inocentado porque implorara ao filho de ACM, Luiz Eduardo, para ser poupado. Enfim, o fato de um "anão" ter sido promovido à cúpula da República acaba dando a dimensão real do governo.

Entenda o que é Caixa 2

O que é caixa dois em campanha eleitoral?

É quando uma campanha eleitoral recebe e usa dinheiro sem declarar os recursos à Justiça Eleitoral.

Qual a situação dos parlamentares investigados?

Os parlamentares alvo da Lava Jato são investigados por se beneficiar de desvios de dinheiro da Petrobras. Atualmente, existe a possibilidade de eles responderem criminalmente por corrupção (porque se beneficiaram de verba desviada) e lavagem de dinheiro (porque a origem dos recursos foi ocultada).

E se caixa dois fosse crime?

Isso poderia também acarretar em punição extra se o dinheiro usado na campanha não for declarado à Justiça Eleitoral. Como não é crime atualmente, a punição só poderia prejudicar quem praticar caixa dois depois que a lei for publicada.

Origem do pacote

O Ministério Público Federal leva à Câmara dos Deputados uma proposta com dez de medidas que visam combater a corrupção. As medidas foram levadas ao Congresso Nacional na forma de um projeto de iniciativa popular que reuniu 2 milhões de assinaturas

Oportunidade

Uma das medidas era criminalizar a prática de caixa dois eleitoral, responsabilizando também os partidos. Hoje, não existe nenhuma punição penal para o crime

Manobra

Deputados tentam fazer com que a redação que trata de caixa dois fique parecida com a redação de outros crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro.

O que pode acontecer

Alvos da Lava Jato poderão argumentar judicialmente que em vez de serem processados por crimes já existentes, como corrupção e lavagem de dinheiro, eles têm que ser enquadrados na nova tipificação do caixa dois. E como a lei penal não pode retroagir para prejudicar o réu, estariam livres de punição.

sábado, 26 de novembro de 2016

Alckmin, o "santo" do pau ôco

"Os tucanos roubam e o Metrô não anda!" - motorista de Uber

Conversa Afiada, 26/11/2016

De Fernando Brito, no Tijolaço:

Valor: três delatores da Odebrecht confirmam caixa 2 para o “Santo” Alckmin 

“São” Geraldo Alckmin, até agora invulnerável às denúncias de corrupção, tem problemas pela frente.

E não aqueles negócios da Alstom, que a imprensa não gosta muito de tratar.

É que, agora há pouco, o Valor confirmou que “pelo menos três candidatos a delatores ligados ao Grupo Odebrecht relataram aos investigadores da Operação Lava­ Jato nomes de supostos arrecadadores de caixa dois que teriam captado recursos e os destinado, ao menos em parte, ao abastecimento de campanhas eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB)”

“Ao explicar o significado dos apelidos e valores vinculados a contratos de obras públicas que constam da contabilidade do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht — espécie de divisão da propina revelada pela secretária da empresa Maria Lúcia Tavares —, os delatores do grupo empresarial confirmaram aos procuradores que o codinome “santo” se trata do apelido usado para se referir a Geraldo Alckmin.’

Ouvida pelo jornal, a assessoria do governador deu a resposta-padrão: todas as doações foram contabilizadas.

As propinas seriam referentes obras das linhas 2 Verde e 4 Amarela do Metrô de São Paulo, conforme documentos apreendidos pela Polícia Federal em ações de busca que identificaram o codinome “santo” em anotações e mensagens de executivos da Odebrecht. Mensagem enviada pelo então diretor da Odebrecht responsável pelo contrato da Linha 4 do Metrô, Marcio Pellegrini, solicitava pagamento de R$ 500 mil para “ajuda de campanha com vistas a nossos interesses locais”.

Neste caso também há referência ao apelido “santo”, diz o Valor.

Mas que ninguém se apresse a condenar Alckmin.O tal santo pode não ser vinculado à Opus Dei.

Talvez seja à Opus Peguei.

A política tem dessas coisas, Calero...

Estamos numa travessia (para o abismo)

Conversa Afiada, 26/11/2016

Triste fim o do FHC, Príncipe da Privataria.

Começou marxista.

Achou que era social-democrata.


Enriqueceu.

Enriqueceu os filhos.

E acabou entre os canalhas, canalhas e canalhas do Requião e do Lindbergh.

E ainda vai para a nota pé da História com essa frase de ontem: estamos numa travessia, que não pode ser uma pinguela !

Um Prodíjio.

O Aecím se enrola no Traíra para ver se escapa das multidelações, ele que é o "mais chato".

Um sergiocabral de Minas!

E o Traíra?

Nao passa de um trambolho, que, para a Casa Grande e a Globo, perdeu a serventia.

E nem isso o Príncipe da Brasif percebe mais...

Perdeu o radar.

Vai bater na montanha já, já.

Em tempo: "a política tem dessas coisas" é a frase com que o Traíra entrará para História da Corrupção Universal. Foi o que ele disse ao Calero, para enquadrá-lo...

PHA

Morre Fidel Castro, o líder da Revolução Cubana


Morreu nesta madrugada, aos 90 anos, o comandante Fidel Castro, líder da Revolução Cubana; em 1959, Fidel liderou, ao lado de Che Guevara, a conquista do poder em Havana, a partir da Sierra Maestra, inspirando jovens do mundo todo, com os ideais revolucionários; “O comandante chefe da revolução cubana morreu às 22h29 desta noite [3h29 de sábado]”, anunciou Raúl Castro, que sucedeu ao irmão em 2006; a breve declaração de Raúl Castro terminou com uma frase muito cara a Fidel: “Hasta la victoria, siempre”.

O que as lideranças mundiais falaram da morte de Fidel Castro

Para Dilma Fidel foi visionário e lutou por uma sociedade fraterna

Presidente deposta Dilma Rousseff lamentou a morte do "comandante" Fidel Castro, neste sábado, aos 90 anos; Dilma disse que é motivo de "luto e dor" e perda do líder da revolução cubana e uma das "mais influentes expressões políticas do século 20"; "Fidel foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte", afirmou; "Um homem que soube unir ação e pensamento, mobilizando forças populares contra a exploração de seu povo. Foi também um ícone para milhões de jovens em todo o mundo"; governo de Cuba decretou nove dias de luto nacional e anunciou que o funeral de Fidel será no dia 4 de dezembro, na cidade de Santiago de Cuba.

Lula: Fidel animou sonhos de soberania e igualdade

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do amigo e líder cubano Fidel Castro, aos 90 anos, neste sábado, 26; Lula disse que Fidel sempre foi uma voz de "luta e esperança" para os povos de nosso continente e os trabalhadores dos países mais pobres; "Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania", disse Lula; "Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo", afirmou Lula.

Frei Betto sobre Fidel: “Último grande líder político do século XX”

O escritor e teólogo Frei Betto era amigo pessoal de Fidel Castro e esteve com o líder cubano pela última vez em agosto, no aniversário de 90 anos de Fidel; "Fidel é um pouco avô de todos nós que somos da geração de esquerda do século passado, dos anos 1960. E lamentamos muito essa perda. O fato é que ele foi o único que sobreviveu mais de 50 anos ao êxito da própria obra”.

Presidentes latino-americanos lamentam morte de Fidel

Vários chefes de Estado de países da América Latina divulgaram mensagens de profunda tristeza e solidariedade ao povo cubano pela morte do líder Fidel Castro; Evo Morales, presidente da Bolívia, disse ter recebido a notícia da morte de um "gigante da humanidade" com "profunda dor"; Rafael Correa, presidente do Equador, lamentou dizendo que se "se foi um grande. Morreu Fidel. Viva Cuba! Viva a América Latina", enquanto o presidente do México, Enrique Peña Nieto, chamou Fidel de "figura emblemática do século 20"

Nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel, diz FHC

Em nota em que lamenta a morte do líder cubano Fidel Castro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que Fidel foi responsável por protagonizar a difusão do sentimento latino-americano e a importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses; "Os tempos são outros hoje. As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel".

Obama diz que história julgará impacto de Castro no mundo

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu neste sábado suas condolências à família de Fidel Castro e afirmou que a história julgará o impacto do líder cubano no mundo; "Neste momento da morte de Fidel Castro, estendemos a mão da amizade ao povo cubano", disse Obama; "A história vai registrar e julgar o enorme impacto desta figura singular sobre as pessoas e o mundo ao redor dele"

Enquanto mídia mundial reconhece Fidel, Folha prefere a pequenez

Morte do líder cubano Fidel Castro, aos 90 anos, na madrugada deste sábado, 26, foi destacada nos principais jornais do mundo; grande jornais como o americano New York Times, o britânico The Guardian, o francês Le Monde ou o português Público reconheceram as conquistas dos líder cubano, tratando-o como "Pai da Revolução Cubana", ou "Revolucionário que desafiou os EUA" ou "Histórico Líder da Revolução Cubana"; já o principal jornal brasileiro, Folha de S. Paulo, preferiu uma pequenez histórica, ao chamar Fidel Castro de "ditador".



Operador da propina de Serra pagou campanha e aderiu à repatriação


A delação premiada da Odebrecht, capitaneada pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht, vai deixar o chanceler José Serra numa situação extremamente constrangedora e pode fazer com que ele seja o sétimo ministro demitido por Michel Temer.

Serra é acusado de receber R$ 23 milhões clandestinamente na Suíça, por meio da conta do banqueiro Ronaldo Cezar Coelho. Este, por sua vez, pagou várias de suas despesas na campanha presidencial de 2010, como o jato usado pelo candidato tucano.

A triangulação, que, segundo os delatores, tinha aval direto de Serra, revela o crime de lavagem de dinheiro.

As acusações também colocarão em xeque a lei de repatriação de capitais, uma vez que Cezar Coelho aderiu a ela para se livrar de punições na esfera penal.

Tijolaço: queda de Temer já foi determinada


"Alguém precisa de mais indícios de que Michel Temer voltou a ser o presidente interino da República? É preciso algum sinal adicional de que sua substituição está determinada, faltando apenas determinar prazo, circunstâncias e o cumprimento do “tratamento” amargo para entregar a terra devidamente arrasada?", escreve Fernando Brito, editor do Tijolaço.

"Chegamos a um governo de um homem que pegou carona nos votos de Dilma e Lula e logo teremos o governo dos que perderam a eleição. Ou o desgoverno, se preferem. Os camundongos do PMDB roubaram o queijo, mas são as ratazanas tucanas que irão comê-lo".

Jucá diz que Geddel estava “defendendo a Bahia”

Qual Bahia, Romero Jucá? Você tá brincando, né? Ou está nos subestimando?

O senador Romero Jucá (PMDB) afirmou neste sábado, após participar de evento em Porto Alegre, que seu colega e ex-ministro Geddel Vieira Lima "estava defendendo a Bahia, defendendo Salvador" no caso envolvendo o empreendimento com obras paralisadas em Salvador

"Não houve corrupção do presidente ou da estrutura de governo para definir uma solução. Houve, sim, pressão do ministro Geddel para que fosse a Advocacia-Geral da União a arbitrar uma diferença de posicionamento entre técnicos do Iphan da Bahia e técnicos do Iphan nacional", disse Jucá.

À la Vue de Tous


"À vista de todos, o governo golpista destrói o Brasil. Aos poucos, o Brasil que tirou 34 milhões da miséria, que saiu do Mapa da Fome, que descobriu o pré-sal, que entrou no G8, que formou o BRICS, que se livrou do FMI vai se tornando tão pequeno, tão medíocre, tão vazio como Temer e Geddel", diz o colunista Marcelo Zero sobre o escândalo de corrupção que derrubou Geddel Vieira Lima e que ameaça a permanência de Michel Temer na presidência.

"Um país de espigões e mesóclises de mau gosto".

NY Times destaca 'novo escândalo de corrupção' do governo Temer


Jornal americano The New York Times destacou o envolvimento do presidente Michel Temer no "novo escândalo de corrupção" em seu governo.

O jornal destaca as denúncias feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o próprio Temer, e lembra de outros ministros do governo que saíram após casos de corrupção.

"Temer já estava lidando com baixos índices de aprovação como sua administração luta para recuperar uma economia em dificuldades atolada em sua desaceleração mais severa em décadas.

Nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel, diz FHC


Em nota em que lamenta a morte do líder cubano Fidel Castro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que Fidel foi responsável por protagonizar a difusão do sentimento latino-americano e a importância para os países da região de se sentirem capazes de afirmar seus interesses.

"Os tempos são outros hoje. As nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel".

Odebrecht detona Aécio e acusa marqueteiro de ser seu caixa informal



Articulador do golpe parlamentar de 2016, que arruinou a economia brasileira, e também do projeto de anistia ao caixa dois, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) terá posição de destaque na delação premiada da Odebrecht.

A empreiteira afirma que o senador era pago por meio de repasses a uma das agências de publicidade de Paulo Vasconcelos, que trabalha com Aécio há muitos anos e foi seu marqueteiro na campanha presidencial de 2014.

"Em relação ao Aécio, está tudo muito bem documentado", diz um dos investigadores.

Aécio já foi citado na Lava Jato como responsável por um mensalão em Furnas e por esquemas do Banco Rural, no mensalão mineiro.

Requião: Geddel acusado de interferir no espigão sai, Serra acusado de receber R$ 23 milhões fica?


Senador Roberto Requião (PMDB-PR) não poupou os tucanos ao criticar a seletividade da mídia nos casos de corrupção envolvendo o governo Michel Temer (PMDB).

"Geddel acusado de interferir em espigão sai, o outro acusado de receber US$ 23 mi fica?", fuzilou o parlamentar ao referir-se à queda do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e a permanência "intacta" do ministro do PSDB José Serra (Relações Exteriores), mesmo acusado de ser beneficiado por propina de R$ 23 milhões da Odebrecht.

Se Youssef disse que nunca falou com Lula, então, como “ele sabia de tudo”?


Fernando Brito diz que o depoimento em que o doleiro Alberto Youssef inocenta o ex-presidente Lula de qualquer participação em irregularidades "deveria levar alguém à cadeia".

"Ou a ele, de volta à cana, ou aos editores de Veja que publicaram aquela criminosa capa-panfleto com a imagem do ex-presidente e de Dilma Roussef e , em letras garrafais: 'eles sabiam de tudo'".

PF vai para cima do braço-direito de Geddel

É tudo a mesma sopa...

Conversa Afiada, 25/11/2016

Da Fel-lha:

Braço-direito do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) na Secretaria de Governo, Leonardo Américo Silveira de Oliveira foi conduzido coercitivamente a depor nesta sexta-feira (25) em Salvador.

A Operação Vigilante, parceria da Polícia Federal com o Ministério da Transparência, apura fraudes em licitações para o transporte escolar em Malhada das Pedras, município do sudoeste baiano a 690 km de Salvador.

Américo ocupa desde de 29 de junho deste ano um dos cargos mais importantes da Secretaria de Governo, a subchefia de Assuntos Federativos da Presidência, responsável pela relação com prefeitos. Ele faz parte do diretório do PMDB na Bahia e foi indicado por Geddel para o cargo.

(...)

O Brasil deve um pedido de desculpas a Dilma


O Brasil foi o primeiro país do mundo a derrubar uma presidente honesta para instalar a corrupção no poder.

De um lado, Geddel Vieira Lima e Michel Temer pressionam um ministro a aprovar uma obra ilegal.

De outro, o líder Romero Jucá age para "estancar a sangria" da Lava Jato e coloca, de contrabando, a "emenda Cláudia Cruz" na lei que permite a repatriação de recursos ilícitos por parentes de políticos.

Se antes o País teve alguma chance de ser uma nação admirada no mundo, hoje é a mais bananeira das repúblicas bananeiras.

PMDB entra em guerra e Geddel detona Moreira


Além de uma economia arruinada e de sucessivos escândalos éticos, Michel Temer terá de administrar, agora, a guerra interna entre seus principais amigos.

Ao jornalista Jorge Bastos Moreno, Geddel Vieira Lima diz ter caído em razão de uma "cama de gato do nosso gato angorá", referindo-se a uma suposta manobra de Moreira Franco, ou seja, vem chumbo grosso pela frente.

Temer confessou ter recebido denúncia sobre Geddel e não fez nada


"Ao reconhecer os fatos com tamanha candura, como se neles nada houvesse de errado, o texto emitido pelo Planalto desconhece o humor da atual opinião pública. Apoiado em Rodrigo Maia e na larga maioria congressual que derrubou Dilma Rousseff, o palácio supõe que novo impeachment seja impraticável. 

Por isso, cercado pela falsa segurança brasiliense, o bloco no poder perde de vista as mudanças em curso na sociedade e começa a pairar perigosamente no vazio", diz o cientista político e professor da USP André Singer, sobre o modo como o presidente Michel Temer conduziu o escândalo envolvendo seu ex-braço direito político, Geddel Vieira Lima.