sábado, 16 de maio de 2015

Professores da rede estadual de ensino do Pará decidiram continuar a greve

A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde de ontem, 15/05. SINTEPP pede a reabertura de diálogo com o governo

Professores querem negociar com o governo do estado  (Foto: Divulgação/Sintepp)

Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (15), na Escola Estadual Cordeiro de Farias, em Belém, os professores da rede estadual de ensino decidiram manter a greve que já dura mais de 52 dias. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) pede a reabertura de diálogo com o Governo do Estado. Uma nova assembleia geral está marcada para a próxima quarta-feira (20), às 21h.

Divergências
Nesta quinta o Governo informou que garantiu o reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. 

Com relação aos dias parados, a proposta do Sintepp é de reposição e a do governo é de descontar, o que impossibilita a negociação. O desconto além de ilegal, pode deixar os contracheques zerados, o que é desumano, cruel e um convite direto para o confronto.

Segundo o Governo do estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, recebe R$ 5.520 por mês. O governo não disse que o salário é R$ 1.917,78, e que são vantagens que fazem o valor subir um pouco; o governo não disse que para receber esse valor o professor tem que trabalhar de manhã, tarde e noite; o governo não disse que desse valor ele desconto quase R$ 2 mil reais referente a imposto de renda, plano de saúde, previdência e outros.

O governo fala que a diferença do piso, que ele deixou de pagar, referente a janeiro, fevereiro e março é de 100 milhões de reais. A informação não é verdadeira. Cada professor deixou de receber  pouco mais de 200 reais, durante três meses, vezes o nº de servidores, não dá 100 milhões de reais. Portanto, não dá para aceitar o recebimento da diferença em duas parcelas neste ano e duas no ano que vem.

Com relação à carga horária, o Governo do Estado implementará a carga horária de 150 horas em sala de aula e 50 de atividades, até o limite de 220h, com horas suplementares. Sobre a realização de concurso público, o governo afirma que vai realizar concurso em 2015, caso seja necessário.

Aí, reside outro problema. No interior do Pará, as aulas começam em fevereiro e foram interrompidas pela greve antes da realização das provas do primeiro bimestre. Na continuidade, obedecendo esta determinação da Seduc, grande nº de professores, com carga horária máxima, terão que deixar parte de suas turmas, o que prejudicará o rendimento das mesmas. Queiramos ou não há um impacto. É bom frisar que até hoje muitas escolas ainda tem disciplinas sem professores, no todo ou em parte. Portanto, o ideal seria que essa mudança, além de acordada, fosse no início do ano letivo. 

Essa mudança abrupta de carga horária para o professor que trabalha horas suplementares implica em outro problema, o de planejamento de seus recursos. Desprezar um orçamento as pressa traz sérios problemas. A proposta do Sintepp é de 260 h neste ano, 240 em 2016 e 220 em 2017. Então, a decisão do governo, nesse sentido, foi no momento errado.

Quanto ao PCCR, o governo diz que irá compor uma comissão para analisar as propostas; e a reforma das escolas está inclusa em um programa de reconstrução que será disponibilizado no site da Seduc, juntamente com o o cronograma das obras em execução e o processo licitatório de cada uma delas.


Lucro da Petrobras acima de todas as previsões deixa os "profetas do apocalipse" desnorteados


Ao comentar os resultados da Petrobras, anunciados ontem, o jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço, destaca que o lucro veio muito acima das previsões "de mercado", divulgadas no Brasil; com isso, as ações da companhia subiram fortemente nas negociações pós-pregão, que ocorrem nas bolsas americanas; "a Petrobras lidera com folga a valorização entre as petroleiras – claro que em boa parte por ter sido atirada, artificialmente, lá em baixo. Subiu 38,4%, contra 12,3% da Shell, enquanto quase todas as outras amargam índices negativos", diz ele; volta da normalidade deve fazer com que projetos para rever o modelo do pré-sal, defendidos pelos senadores José Serra e Aloysio Nunes, ambos do PSDB paulista, sejam esquecidos; presidente Dilma Rousseff já afirmou que, na gestão de Aldemir Bendine, o atual modelo será mantido.

Fonte: Brasil 247, 16/05/2015

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Delator: Propina de 2 milhões de reais foi para campanha de Richa


O auditor fiscal Luiz Antônio de Souza, em depoimento prestado dentro de um acordo de delação premiada, denunciou que parte da propina arrecadada por auditores da Receita Estadual em Londrina, no esquema de corrupção investigado na Operação Publicano, foi usada para financiar a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB); o advogado de Souza, Eduardo Duarte Ferreira, garantiu que, segundo o cliente, R$ 2 milhões foram arrecadados em fevereiro de 2014 para a campanha do tucano; ainda de acordo com o advogado, o delator disse que não teve contato direto com o governador, mas que o pedido da propina para financiar a campanha foi feito por Márcio de Albuquerque Lima, considerado o chefe da quadrilha na Receita e parceiro de Richa em corridas de carro; o tucano ainda não se pronunciou; o PSDB nega.

PMDB quer candidatura própria para presidente em 2018


Partido que controla a vice-presidência, a articulação política do governo e as duas Casas do Congresso Nacional pretende quebrar um jejum de mais de 20 anos e acabar com a aliança de 12 anos com o PT, informa a agência Reuters, que obteve a estratégia da legenda para uma candidatura em 2018; seu programa será apresentado em congresso em setembro e nomes também já vêm sendo cogitados de maneira informal, como o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o do prefeito do Rio, Eduardo Paes; o próprio Michel Temer, que diz ver a ideia da candidatura própria com "bons olhos", não deve ser descartado; "O objetivo do nosso partido é ter seu próprio candidato em 2018. Se o PT quiser apoiar a chapa com um candidato a vice, será bem-vindo", disse o líder da sigla na Câmara, Leonardo Picciani (RJ).

Petrobras tem lucro de R$ 5,33 bilhões, no 1º trimestre e supera expectativas

Antonio Lacerda/Efe

A Petrobras (PETR3, PETR4) teve lucro de R$ 5,33 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 1% em relação aos três primeiros meses do ano passado (R$ 5,393 bilhões). No quarto trimestre de 2014, a estatal tinha registrado prejuízo de R$ 26,6 bilhões, descontando perdas com corrupção e reavaliação de bens.

Apesar da queda, o resultado veio acima das expectativas do mercado. Analistas consultados pela agência de notícias Reuters esperavam lucro de R$ 2,5 bilhões no período; os consultados pelo jornal "Valor Econômico" estimavam ganhos de R$ 2,7 bilhões.

A estatal divulgou seu balanço nesta sexta-feira (15), após o fechamento do mercado. 

Há menos de um mês, a petroleira publicou seus resultados do terceiro e do quarto trimestre de 2014 aprovados pela auditoria independente, após sucessivos adiamentos, e calculou em R$ 6,2 bilhões as perdas com corrupção. A empresa é o principal alvo de denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Alta do dólar afetou o lucro, diz presidente

Em nota, o presidente da companhia, Aldemir Bendine, afirmou que a queda do lucro aconteceu por conta da alta do dólar registrada no período.

A receita de vendas da estatal somou R$ 74,353 bilhões, queda de 9% na comparação com a receita de R$ 81,5 bilhões obtidos entre janeiro e março do ano passado.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 21,518 bilhões de janeiro a março de 2015, crescimento de 50% em relação a um ano antes.

Segundo Bendine, a melhora no Ebitda é explicada pela maior produção de petróleo, pelas maiores margens nas vendas de combustíveis no Brasil e pelos menores gastos com participações governamentais e importações.
Dívida em alta

A empresa informou que encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 332,5 bilhões, aumento de 18% em relação ao endividamento líquido de R$ 282 bilhões ao fim do quarto trimestre de 2014.

Segundo a companhia, a alta do endividamento foi provocada pela desvalorização do real, de 20,8% no período.

A relação entre a dívida líquida da companhia e o Ebitda ajustado ao fim do trimestre era de 3,86 vezes, ante a relação de 4,77 vezes em dezembro do ano passado.

O nível de endividamento da companhia, medido pela relação entre endividamento líquido sobre a soma de endividamento líquido e patrimônio, atingiu 52% em março, ante 48% em dezembro.
Mudanças na diretoria e cortes de investimentos

A crise na estatal custou o cargo da ex-presidente da empresa Graça Foster, e de outros cinco diretores, que renunciaram em fevereiro. Foster foi substituída pelo então presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.

A empresa também anunciou, no início de março, um plano de "desinvestimento", com a intenção de vender algumas unidades e levantar US$ 13,7 bilhões entre 2015 e 2016. A empresa afirmou que os ativos do pré-sal não estão incluídos na proposta. Os cortes na área de exploração de petróleo chegam a 40%.

Em meio ao escândalo de corrupção, a Petrobras teve sua nota de crédito cortada por agências de classificação de risco e passa por dificuldades para obter financiamentos com condições interessantes.

Fonte:Uol, 15/05/2015

Estudantes de escola em Belém apoiam greve de professores

Do G1 PA, 14/05/2015
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Dezenas de alunos da escola estadual Pedro Amazonas Pedroso fizeram um protesto na manhã desta quinta-feira (14) e chegaram a interditar, por cerca de meia hora, uma das pistas da avenida Almirante Barroso, emBelém. Com o fim da manifestação, os estudantes seguiram em direção ao prédio do Centro Integrado de Governo (CIG), onde professores em greve estão acampados há três dias.

Os estudantes denunciam as péssimas condições de conservação do prédio e dizem que são solidários às reivindicações feitas pelos professores da rede estadual, que dentre vários pontos da pauta, pedem a realização de reformas nas escolas da capital e do interior do Pará.

Cerca de 200 professores da rede pública de ensino, em greve há mais de 50 dias, permanecem acampados no CIG com o objetivo de pressionar o Governo a retomar as negociações, interrompidas desde o último dia 28 de abril. Os docentes descumprem uma a ordem de reintegração de posse do prédio, emitida pela Justiça a pedido do Governo do Estado, e chegaram a queimar o documento após recebê-lo das mãos de um oficial de Justiça na tarde da última quarta-feira (13).

Entre as reivindicações dos professores estão o envio do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a realização de reformas das escolas, o pagamento integral do retroativo do piso salarial e não desconto dos dias parados dos docentes. A coordenação do movimento grevista quer ainda que o Governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade.

Já a Secretaria de Educação (Seduc) afirma que só que poderá realizar o pagamento do piso em 18 meses e que existe um plano de manutenção dos prédios das escolas. Em nota enviada ao G1na quarta-feira, o Governo do Estado afirmou que poderá pagar por 84 horas extras além das 200 horas de jornada dos professores, e remuneração de R$ 5.200 para professores em início de carreira, além de outras vantagens.

Para amenizar os efeitos da greve, a Seduc contratou mais de 500 professores temporários. Os dias parados vêm sendo descontados pelo governo, mas o Sintepp não aceita e quer a devolução desses valores.

Aluna do Ciência Sem Fronteiras critica matéria da Globo: “Tudo mentira”

A estudante de Medicina Amanda Oliveira diz que a matéria da Globo foi distorcida e mentirosa

A estudante de Medicina Amanda Oliveira mostrou indignação ao ver a reportagem divulgada pela TV Globo, nesta semana, sobre o programa Ciência sem Fronteiras. Na matéria, ela foi apresentada como um dos alunos que decidiram voltar ao Brasil por problemas na liberação de verbas por parte do governo federal.

Em seu perfil no Facebook, a jovem – que passou nove meses nos Estados Unidos custeada pelo programa – fez questão de desmentir as informações, que julgou terem sido deturpadas pelo “sensacionalismo” da emissora.

“Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é MENTIRA! Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora”, explicou.

Na manhã de ontem passou na globo uma reportagem sobre o Ciência sem Fronteiras onde eu apareço. Gostaria de dizer que tudo o que foi dito á meu respeito naquela reportagem é MENTIRA!

Primeiramente, eu NÃO voltei para o Brasil pela insegurança gerada pela falta do dinheiro. Até porque essa foi a ÚNICA parcela da bolsa que não caiu durante todo o meu intercâmbio. Eu voltei pelo simples motivo que minhas aulas na UFT começariam agora e eu julguei não valer a pena perder outro semestre ( e isso foi dito INÚMERAS VEZES na minha entrevista. Mas a Globo achou mais interessante omitir isso e inventar um motivo mais atraente).

Segundo, eu NÃO abandonei o programa. A repórter da Globo fez o favor de enfatizar que voltar antes do prazo era quebra de contrato e que nesses casos todo o dinheiro deveria ser devolvido pela capes. Mas a Globo além de sensacionalista ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar. Eu não voltei antes do prazo. Eu tinha a opção de retornar em maio e a opção de retornar em agosto. Eu optei pela primeira.

Por favor, se vc viu a reportagem ou tem algum parente que viu e comentou com você mostre pra ela esse post.

A minha experiência com o Ciência sem fronteiras não poderia ter sido melhor. Teve esse pequeno problema no final, claro, mas nada que justifique o programa ser mal falado dessa maneira.

Fonte: Revista Forum, 13/05/2015

Governo sinaliza com acordo para por fim a greve na Educação do Pará

Negociações
As negociações foram interrompidas no último dia 28 de abril, quando representantes do Governo e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) se reuniram por horas no prédio na Secretaria de Administração do Estado do Pará (Sead), mas não conseguiram chegar a um acordo sobre todos os pontos da pauta de reivindicações. A coordenação do movimento grevista quer ainda que o Governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade.
Entre as reivindicações dos professores estão o envio do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR) à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a realização de reformas das escolas, o pagamento integral do retroativo do piso salarial e não desconto dos dias parados dos docentes.

Nova proposta
Em nota enviada ao G1 nesta quinta-feira (14), o Governo do Estado afirmou que poderá pagar por 70 horas suplementares além das 220 horas de jornada dos professores, e remuneração de R$ 5.520 para professores em início de carreira, além de outras vantagens. O pagamento de piso retroativo, que tem um valor de R$ 100 milhões, o governo afirma que será feito em quatro parcelas, duas em agosto e novembro de 2015, e duas em março e agosto de 2016.

Com relação à carga horária, o Governo do Estado implementará a carga horária de 150 horas em sala de aula e 50 de atividades, até o limite de 220h, com horas suplementares. Sobre a realização de concurso público, o governo afirma que vai realizar concurso em 2015, caso seja necessário.

Quanto ao PCCR, o governo diz que irá compor uma comissão para analisar as propostas; e a reforma das escolas está inclusa em um programa de reconstrução que será disponibilizado no site da Seduc, juntamente com o o cronograma das obras em execução e o processo licitatório de cada uma delas.

O documento com as propostas foi assinado pela secretária de administração, Alice Viana, o secretário de educação, Helenilson Pontes, e o chefe da Casa Civil, José Megale.

Professores do PA desocupam Centro Integrado de Governo, mediante aceno de negociação

Ocupação durava três dias e chegou ao fim na noite desta quinta-feira, 14. Categoria está em greve há cerca de 50 dias no estado

Do G1 PA, 14/05/2015

Professores da rede estadual de ensino do Pará desocuparam na noite desta quinta-feira (14) o prédio do Centro Integrado de Governo (CIG), em Belém, após três dias de acampamento no local. A desocupação foi decidida em assembleia realizada no início da noite, após o Governo do Pará enviar um ofício com uma nova proposta de negociação aos professores. A greve da categoria no estado já dura cerca de 50 dias.

No documento enviado na tarde desta quinta, o governo garante a manutenção do processo de negociação com a categoria, mas afirma que o processo é incompatível com a interdição de vias públicas, ocupação e depredação de prédios públicos, desrespeito a decisões judiciais e estado permanente de greve.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), a categoria decidiu encerrar a ocupação com a expectativa de reabrir negociações com o Governo nesta sexta (15), mas segue em greve até esclarecer pontos considerados insatisfatórios na nova proposta. A Secretária Geral do Sintepp, Silvia Letícia, explicou que os professores optaram por buscar uma nova mesa de negociações com o Governo.

"Esse documento é insuficiente para nossa categoria. O documento não responde reivindicações como a suspensão de descontos dos dias parados. Precisamos dessas garantias para suspender a greve, o fato de saírmos da ocupação precisa significar uma mesa de negociações", afirma Letícia, informando que uma comissão da categoria vai até a Secretaria de Estado de Administração (Sead) nesta sexta (15) buscar uma nova negociação com o governo.

A Secretária Geral esclarece que os professores buscam, além de suspender os descontos no salário dos grevistas, esclarecer problemas com a lotação de 2015 da categoria, como a manutenção da carga horária dos professores que já deram entrada no processo de aposentadoria, e a definição de prazos para o envio do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) à Assembleia Legislativa e para as reformas em escolas.

Nova proposta
Nesta quinta o Governo informou que garantiu o reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril.Segundo o Governo do estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês.

O pagamento de piso retroativo, que tem um valor de R$ 100 milhões, o governo afirma que será feito em quatro parcelas, duas em agosto e novembro de 2015, e duas em março e agosto de 2016.

Com relação à carga horária, o Governo do Estado implementará a carga horária de 150 horas em sala de aula e 50 de atividades, até o limite de 220h, com horas suplementares. Sobre a realização de concurso público, o governo afirma que vai realizar concurso em 2015, caso seja necessário.

Quanto ao PCCR, o governo diz que irá compor uma comissão para analisar as propostas; e a reforma das escolas está inclusa em um programa de reconstrução que será disponibilizado no site da Seduc, juntamente com o o cronograma das obras em execução e o processo licitatório de cada uma delas.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

APEOESP ganha liminar na Justiça para que não sejam descontados os dias parados

A juíza da 4ª Vara da Fazenda concedeu liminar em Ação Civil Pública impetrada pela APEOESP para que não haja desconto salarial pelos dias da paralisação e de corte de ponto.

A APEOESP está ingressando com solicitação junto ao Governo Estadual para execução imediata da decisão, por meio de folha suplementar, já que os descontos foram efetuados.

O Estado pode ainda recorrer da decisão, mas os efeitos da liminar são imediatos, podendo os professores e professoras fazer uso integral do dinheiro que venha a ser depositado em cumprimento à decisão judicial.

Veja a íntegra do texto da liminar:
Fonte: Apeoesp/Sindicato dos Professores de São Paulo, 07/05/2015

Justiça volta a mandar Alckmin pagar professores

Sindicato conquista nova liminar obrigando o governo paulista a não descontar os dias parados

São Paulo – Os professores estaduais paulistas, por meio do Sindicato dos Professores da Rede Oficial de São Paulo (Apeoesp), conseguiram outra vitória na Justiça contra o governo Alckmin. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nova liminar impedindo o executivo de descontar dos salários os dias de greve da categoria.

A primeira liminar, concedida pela juíza Celina Kiyomi Toyoshima no dia 7 de maio, havia sido cassada pelo governador tucano. Desta vez a decisão é do Órgão Especial do TJ, com 17 desembargadores votando a favor do não desconto e 6 sendo contra.

A Apeosp informa que está oficiando o governo estadual para que cumpra imediatamente a decisão judicial, estornando em folha suplementar os descontos já efetuados, e para que não sejam feitos novos descontos. O governo ainda pode recorrer da nova decisão do TJ.

"No entanto, isso não é fácil de ser revertido. A decisão do TJ não foi monocrática, tomada isoladamente, por apenas um dos magistrados, mas por um órgão colegiado do Tribunal, com larga margem de votos", avalia a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

No dia 6, o promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Estadual Otávio Ferreira Garcia manifestou-se contrário aos descontos. O promotor argumentou ser ilegal qualquer ameaça ou o efetivo corte do ponto e/ou desconto dos dias parados dos professores grevistas, pelo menos enquanto o movimento não for declarado ilegal pela Justiça.

A Apeoesp entrou com reclamação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo descumprimento, no estado de São Paulo, de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre direito de greve e não desconto dos dias parados.

Na quarta 13 pela manhã, a direção da Apeoesp se reuniu com o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, que prometeu que o governo paulista aumentará os salários dos professores – mas não falou em índices do reajuste. Apesar desse impasse, o governo fez propostas como a contratação de professores temporários por três anos ininterruptos, em vez de um ano. Os temporários teriam atendimento pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), o que não acontece atualmente.

Segundo Bebel, a secretaria se comprometeu em criar um grupo de trabalho, com participação do sindicato, para desmembrar salas de aula, reduzindo assim o número de estudantes por turma. Outra reivindicação da entidade, a contratação de coordenadores pedagógicos, poderá ocorrer ainda este ano.

De acordo com a Secretaria da Educação, em até 30 dias será enviado projeto de lei à Assembleia Legislativa, estabelecendo que não deve haver nenhum intervalo contratual por três anos. Após esse período, serão 180 dias de espera para uma nova atuação.

Os professores fazem nova assembleia na sexta-feira 15, às 14h, no vão livre do Masp, para avaliar e votar as propostas apresentadas.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Greve dos servidores da Educação Do Pará – Questões Jurídicas

*Por Walmir Brelaz

No dia 24 de abril, o Governo comunicou formalmente, através de seu site oficial Agência Pará e do jornal O Liberal, que iria efetuar o desconto dos dias parados e contratação de professores substitutos.

Nesse mesmo dia 24 de abril, a assessoria jurídica do Sintepp ingressou com petição no próprio processo em que o Estado move contra a greve (processo nº 0003073-91.2015.8.14.0000 – ação declaratória da abusividade de greve), considerando que nessa ação o Estado trata do desconto dos dias parados, requerendo à desembargadora Gleide Pereira de Moura que determinasse ao Governo de se abster de promover o desconto dos dias parados dos servidores que aderiram à greve e de não contratação de pessoas para os substituírem.

No dia 04 de maio, às 13:46, o Sintepp ingressou com mandado de segurança preventivo contra o possível desconto dos dias parados (proc. nº 0003678-37.2015.8.14.0000 – Des. Célia Regina de Lima Pinheiro). Nesse mesmo dia, horas depois, o Estado disponibilizou os contracheques constando os descontos. Diante disso, no dia 05 de maio, o jurídico aditou o mandado de segurança, anexando várias cópias de contracheques contendo os de descontos dos dias parados, alertando que além disso o governou efetuou a diminuição de aulas suplementares dos professores, inclusive, de professores de licença (aprimoramento, prêmio e saúde), e até mesmo redução da jornada normal de trabalho de professoras gozando de licença maternidade. E no 06 de maio, o jurídico informou à desembargadora Gleide Pereira de Moura sobre os descontos.

Tanto a petição como o mandado de segurança do Sintepp encontram-se com as desembargadoras relatoras para proferirem decisões.

Síntese dos fundamentos da assessoria jurídica

Inicialmente, alega-se o direito constitucional do exercício de greve, inclusive, reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal, para que não haja o desconto dos dias parados, baseado em decisões do próprio TJE-PA.

Também fundamenta-se na inexistência de decisão de abusividade ou ilegalidade da greve. Informando que a Seduc justificou o desconto na declaração de abusividade da greve feita pela desembargadora Gleide Pereira de Moura. E isso jamais ocorreu, tanto que a própria Procuradoria Geral do Estado formulou pedido do desconto dos dias parados no mérito da decisão e se esta for declarada abusiva ou ilegal. Ou seja, a Seduc ignora a petição da PGE.

Dentre decisões judiciais que impedem o corte dos dias parados, a assessoria jurídica exemplificou com decisão do desembargador do TJE-PA, Jose Maria Teixeira do Rosário, nos seguintes termos: “para exercerem plenamente essa garantia, os trabalhadores não podem ter a preocupação de sofrerem descontos em seus vencimentos durante os dias de paralisação por estarem lutando por melhores condições de trabalho” (AI nº 201330182168); “assim, enquanto a greve dos trabalhadores da educação tem o efeito de prejudicar, basicamente, os alunos das escolas pública, prejuízo que pode ser remediado com a reposição das aulas perdidas …” (MS nº 2013.3.031578-5).

A assessoria jurídica do Sintepp não ignora decisões contrárias sobre a possibilidade do desconto dos dias parados, mesmo quando a greve não é declarada ilegal ou abusiva, como está ocorrendo nos estados em que atualmente encontram-se em greve (SP, PE, PR e SC). E, infelizmente, assim decidiu o STF no dia 30/04/2015 (publicado em 06/05/2015): “Nota-se que a determinação realizada pelo juiz de que os pontos fossem cortados não violou a autoridade das decisões proferidas por esta Corte, mas, ao contrário, cumpriu-as. Como se depreende do julgado acima, a deflagração de greve implica suspensão do contrato de trabalho, motivo pelo qual os salários não devem ser pagos, salvo excepcionalidades” (Rcl 20465/RN – Rio Grande do Norte, Min. Gilmar Mendes).

Porém, no Pará, há um elemento de exceção importante que motivou a greve, que é o pagamento do valor correto do piso salarial do magistério. Exceção que se enquadra na decisão do MI 670 proferido pelo C.STF: “6.4. (…) Como regra geral, portanto, os salários dos dias de paralisação não deverão ser pagos, salvo no caso em que a greve tenha sido provocada justamente por atraso no pagamento aos servidores públicos civis, ou por outras situações excepcionais que justifiquem o afastamento da premissa da suspensão do contrato de trabalho (art. 7o da Lei no 7.783/1989, in fine)”. E outras situações excepcionais que justificam o afastamento da premissa da suspensão do contrato de trabalho, como por exemplo, a redução de vencimentos provocada pela retirada das “aulas suplementares” pelo Estado, recebidas pelos servidores desde a década de oitenta, o que representará em perdas em média de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00.

Ressalte-se, ainda, que a Reclamação julgada no STF acima mencionada (Rcl 20465/RN) julgava decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, sobre greve dos servidores do Poder Judiciário daquele estado, que determinou o corte dos dias parados, porém, a partir da decisão que julgou a greve abusiva e ilegal.

Conclui-se que mesmo diante da possibilidade do desconto dos dias parados, este somente poderia ocorrer em caso de declaração da abusividade ou ilegalidade da greve, e a partir dessa decisão. Portanto, os descontos efetivados nos contracheques dos servidores que aderiram à greve são, na opinião da assessoria jurídica, ilegais.

Walmir Brelaz – advogado do Sintepp. (Sem revisão).
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O SERVIDOR QUE ADERIR A GREVE NÃO PODE SER DEMITIDO

Para persuadir o servidor a sair da greve, o governo do Estado, principalmente, através de diretores de escolas, os tem ameaçado com a graciosa afirmação de que serão demitidos por abandono de cargo.

Isso não deve ocorrer. O próprio STF já definiu sobre essa situação, por meio da Súmula nº 316, que assim estabelece: “A SIMPLES ADESÃO A GREVE NÃO CONSTITUI FALTA GRAVE”.

SERVIDOR PUBLICO CIVIL. ADESAO A GREVE. INOCORRENCIA DE FALTA GRAVE. A SO ADESAO A GREVE, DIREITO CONSTITUCIONALMENTE ASSEGURADO – POUCO RELEVANDO A AUSENCIA DE REGULAMENTACAO INFRACONSTITUCIONAL – NAO E SUFICIENTE PARA TIPIFICAR CONDUTA COM APTIDAO A MAXIMA PENA DA EXONERACAO. SEGURANCA CONCEDIDA. (Mandado de Segurança Nº 596154716, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Janyr Dall’Agnol Júnior, Julgado em 28/04/1997). 

Mesmo no estágio probatório, o servidor não deve ser demitido:

MANDADO DE SEGURANCA. SERVIDOR EM ESTAGIO PROBATORIO. PARTICIPACAO NA GREVE DOS SERVIDORES DA JUSTICA. DEMISSAO POR NAO PREENCHER O REQUISITO “EFETIVIDADE”. ESTADO DE GREVE E ESTADO DE INQUIETUDE. A SIMPLES ADESAO A GREVE NAO CONSTITUI FALTA GRAVE QUE AUTORIZA DEMISSAO DO SERVIDOR, AINDA QUE NA FLUENCIA DE SEU ESTAGIO PROBATORIO. O ESTADO DE GREVE CRIA NO TRABALHADOR O ESTADO DE INQUIETUDE, QUE GERA SITUACAO DE GRAVE CONSTRANGIMENTO EM FACE DOS COLEGAS DE TRABALHO E EM FACE DA ADMINISTRACAO. E PORQUE A GREVE IMPOE A SUSPENSAO DO TRABALHO, E JUSTA CAUSA PARA AFASTAR A EXIGENCIA DA ASSIDUIDADE, ENQUANTO ELA DURAR. A CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTICA INFORMA QUE NADA CONSTA EM DESABONO DO SERVIDOR IMPETRANTE E LOGO SO A GREVE FOI CAUSA PARA SUA DESPEDIDA. INJUSTICA DA DEMISSAO. ORDEM CONCEDIDA PARA TORNAR SEM EFEITO A EXONERACAO E REINTEGRAR O IMPETRANTE NO CARGO, POR MAIORIA DE VOTOS. (Mandado de Segurança nº 596164046, relator: João Aymoré Barros Costa, Julgado em 16/12/1996)

Professores ocupam sede da 5ª URE em Santarém


Um grupo de professores da rede estadual de ensino ocupa desde a manhã desta quarta-feira (13), a sede da 5ª Unidade Regional de Ensino (URE) em Santarém, na rodovia Santarém-Curuá-Una, no Diamantino.

Mais cedo, pela manhã, eles realizaram uma assembleia para decidir pela continuidade ou não da greve, deflagrada desde o último dia 25 de março.

O Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará), em Santarém, informou que só vai desocupar a sede da 5ª URE mediante orientação do sindicato em Belém, onde ocorrem as negociações junto ao Governo do Estado.

A mesma assembleia que decidiu pela invasão decidiu também pela continuidade da greve. No entanto, algumas escolas estão retomando suas atividades escolares.

O Sintepp informou ainda que a ocupação é pacifica e por tempo indeterminado.

Fonte: Blog Quarto Poder, 13/05/2015

JUSTÍÇA: Processo de improbidade contra ex-prefeito Roselito Soares migra para Itaituba

Migrou da Justiça Federal em Santarém para a de Itaituba o processo (ação civil de improbidade administrativa) que tem como um dos réus o ex-prefeito Roselito Soares (PMDB – foto) e que tramita desde 2011.
A ação é movida pelo MPF (Ministério Público Federal).

A empresa Zucatelli Empreendimentos, de Marabá e ligada ao empresário Reinaldo Zucatelli, nº 1 do DEM naquele município, figura também com ré.
Em 2010, Roselito foi cassado do cargo de prefeito por abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2008.

E ainda: Reinaldo José Zucatelli, Eugênio Cerqueira Viana e Reginaldo Pereira da Silva.


Fonte: Blog do Jeso/Blog do Damião Cavalcane, 13/05/2015


Rapidinhas

Exorbitante Um cliente da Rede Celpa reclamou porque a fatura veio no valor de R$ 945,00. Dois anos depois a empresa "corrigiu" o problema com nova fatura, desta feita de R$ 5.626,00. Só que antes ela teve o "cuidado" de sujar o nome do cliente junto ao Serasa. Essa conta vai custar caro para a Celpa!

Alta-tensão Senadores da base e da oposição relataram que Renan Calheiros (PMDB-AL) passou a fazer gestos mais ostensivos contra a aprovação de Luiz Edson Fachin para o Supremo. O presidente do Senado teria argumentado em conversas reservadas que a indicação era temerária e que a escolha de Dilma Rousseff não respeitava a Casa. A informação chegou à presidente e ao Palácio do Planalto, o que contrariou Renan. Ele passou a classificar os relatos como uma história “plantada” pelo governo.

Em alta O Planalto fazia contas de que Fachin teria 61 votos no plenário do Senado –20 a mais que os 41 necessários. Com as movimentações de Renan, admite que pode ter que refazer as contas.

Espionagem Parlamentares ficaram incomodados com duas visitas feitas à sabatina pelo secretário-geral da mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello –braço-direito de Renan. Bandeira conversou com Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que declarou voto contra Fachin.

Via satélite Antes da entrada de Fachin na sabatina, senadores fizeram críticas duras a contradições que atribuíam ao advogado. Na antessala da comissão, ele assistia a tudo pela TV Senado.

Para fora O Planalto articula com líderes governistas e Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a retirada da emenda que flexibiliza o fator previdenciário, incluída na segunda medida provisória do ajuste fiscal. O argumento é que a emenda não tem relação com a MP e deve ser rejeitada.

Perigo à vista Humberto Sampaio de Mesquita, o genro de Paulo Roberto Costa que é alvo da Lava Jato, informou à Justiça que vai a Miami fazer um curso. Quer aprender “novas estratégias de negócios para as Américas”.

Coletivo Para evitar o argumento de Marta Suplicy de que foi perseguida pela cúpula petista, o diretório paulista da sigla colheu assinaturas de cerca de cem líderes em defesa da decisão de pedir o mandato no Senado após sua saída. A maior parte dos apoios veio da capital, base eleitoral da senadora.

Refrigerador De passagem pelo Congresso, Beto Richa (PSDB) foi até Renan para sensibilizá-lo contra moções de repúdio apresentadas por senadores após a violência policial na greve de professores no Paraná.

Meios Pesquisas realizadas pelo governo paranaense revelaram uma devastação da imagem de Richa.

Deixa estar Com receio de contágio, o Palácio dos Bandeirantes tem demonstrado apreensão com a escolha de Coronel Telhada (PSDB-SP) para a comissão de Direitos Humanos da Assembleia.

Não tá fácil… O secretário de Saúde de São Paulo, David Uip, teve os dois celulares furtados durante a festa de casamento do cardiologista Roberto Kalil. Uip deixou a mesa em que estava para cumprimentar amigos e, quando voltou, não encontrou mais os aparelhos.

Pendurado 1 Além dos financiamentos que negociou com o BID e o BIRD nos Estados Unidos, Geraldo Alckmin obteve aceno dos organismos a garantias para uma cesta de investimentos da CPP (Companhia Paulista de Projetos).

Pendurado 2 Tanto os bancos quanto o governo temem que Joaquim Levy (Fazenda) não dê o aval necessário, já que o Tesouro é acionado em caso de não quitação.

Com amnésia José Anibal, PSDB, disse que "Inaceitável é que, em 12 anos de PT, o Brasil tenha ficado refém de criminosos que criaram os maiores casos de corrupção da história". Nos governos do PSDB não houve e nem há corrupção?

Desobediência e constrangimento Servidores da Prefeitura de Itaituba foram convidados a comparecer a Câmara Municipal para prestarem depoimento a CPI e não compareceram. O presidente da Comissão, Vereador Isaac Dias, disse que eles serão conduzidos à força brevemente!



Uma decisão equivocada e a hora da sensatez


A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, na segunda-feira e conhecida na terça, só agrava o quadro já complicado entre as relações Governo do Pará x Trabalhadores da Educação Pública do Pará.

Mas do que nunca a decisão revela o aparelhamento da Justiça do Estado ao Poder, as vontades do governador. Mas do que nunca a decisão é uma afronta a legislação. Tanto é verdade que parte da argumentação da sentença foi utilizada para apresentar um recurso da entidade representativa ainda no dia de ontem.

O que se quer das partes envolvidas nesse processo é o bom senso. A falta de bom senso está muito presente nas ações do governo estadual. 

É de bom alvitre diminuir as horas suplementares, mas a proposta do Sintepp me parece a mais razoável. O Sindicato propõe que a carga horária máxima, 280 horas, seja reduzida neste ano para 260 horas, para 240 horas em 2016 e para 220 horas em 2017.

Quanto ao Piso Nacional do Magistério, a correção deste não pode esperar e o pagamento de retroativo, também não.

Descontar dias parados, fazer novas contratações é prejudicar ainda mais o processo, é criar um clima de insatisfação ainda maior, é provocar a categoria para a briga. 

Ameaças não vão surtir o efeito desejado, não faz a categoria arredar o pé e aumenta o desgaste das partes.

Em nome da educação eu digo, negociar é preciso!

terça-feira, 12 de maio de 2015

No Facebook, Lula critica Youssef e diz que Brasil virou refém de um criminoso


SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na tarde desta terça-feira (12) em seu perfil no Facebook as declarações do doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato. Apesar de ficar clara a referência, Lula não citou diretamente o nome do doleiro em seu texto. "É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos - e garante para si um percentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar", disse o ex-presidente.

"É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular", continuou Lula na rede social.

O petista ainda criticou parte da imprensa em relação a como estão sendo tratadas as notícias sobre o caso: "É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro".

Em depoimento ontem na CPI da Petrobras, Youssef voltou a afirmar que Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) sabiam do esquema de desvios na petrolífera, mas disse que não teria como comprovar sua afirmação. Esta é a segunda vez que Youssef faz um acordo de delação premiada com a Justiça.

Fonte: Msn, 12/05/2015

Justiça nega liminar do Sintepp, mas o Sindicato recorre e a greve continua

A Justiça negou, ontem, o pedido de liminar o Sintepp sobre os descontos de dias parados de servidores em greve e a contratação de professores temporários pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A informação foi divulgada hoje pela Agência Pará de Notícias.




Mas o Sintepp, de imediato, entrou com um recurso por não concordar com a referida decisão, por entender que a mesma permite a violação da própria lei de greve e, por conseguinte, violam e constrangem os direitos e garantias fundamentais dos servidores. O Sindicato também afirma que a greve não foi considerada ilegal/abusiva pela Justiça. É o que consta na decisão.

O Sintepp também entende que o motivo da greve não ocorre por atraso de pagamento aos servidores públicos, “mas sim a avaliação da categoria acerca do processo de negociação com o Estado, no sentido de que não foi exitoso no atendimento da pauta de reivindicações referente ao pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional – PSPN”. 

O Sintepp argumenta que o Estado não pagou o valor correto do Piso Nacional ao Pessoal da Educação, estabelecido pelo Ministério da Educação desde janeiro de 2015, o que legitima e legaliza o direito de greve, impedindo, ainda, que se proceda o desconto dos dias parados dos servidores que aderiram tal movimento, nos termos da decisão do MI 670 proferido pelo C.STF: 6.4. (...) 

Ainda segundo o Sintepp, muitos servidores tiveram a redução de vencimentos provocada pela retirada das “aulas suplementares” pelo Estado, recebidas pelos servidores desde a década de oitenta, o que representam perdas em média de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00. 

Com efeito, as aulas suplementares são aulas efetivas ministradas pelos professores, compostas de “hora-aula” e “hora-atividade”, que fazem parte do seu vencimento base, tanto que, nos termos da Lei nº 8.030, de 21 de julho de 2014, que “dispõe sobre a jornada de trabalho e as aulas suplementares dos professores da educação básica da rede pública de ensino do Estado do Pará, de que tratam os arts. 35 e 28 da Lei nº 7.442, de 2 de julho de 2010”, sobre elas incidem demais vantagens, como gratificações de magistério, de escolaridade, de titularidade e o adicional por tempo de serviço (§ 3º, art. 5º), inclusive sobre os proventos de aposentadoria (§ 4º, art. 6º). 

Não obstante todo esse contexto real, em consonância com o aparato normativo, o Estado do Pará pretende retirar as aulas suplementares dos vencimentos dos professores, o que ocasionará redução de vencimentos, além de ferir o direito adquirido dos profissionais do magistério.

Justiça nega liminar do Sintepp e confirma legalidade do desconto de dias parados

A PGE entrou com ação de abusividade de greve alegando que o movimento foi deflagrado em meio ao processo de negociação entre o Estado e a categoria

A desembargadora Célia Regina Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Estado, indeferiu em decisão publicada nesta segunda-feira, 11, pedido de liminar solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) sobre os descontos de dias parados de servidores em greve e a contratação de professores temporários pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Com a negativa, o Estado fica autorizado a promover as ações tomadas. Sobre o desconto dos dias parados, já realizado na folha de pagamento de abril deste ano, a desembargadora afirma que a causa da greve foi a avaliação da categoria acerca do processo de negociação com o Estado e não atraso no pagamento de servidores. Sobre a contratação de professores temporários, a desembargadora afirma na decisão que “de forma inversa, entendo que o periculum in mora milita em favor do interesse da população, diante da essencialidade do serviço de educação, cuja garantia compete ao Estado. Desta forma, não demonstrado o fumus boni iuris, deve ser indeferida a liminar”, o que justifica em razão de “ausência dos requisitos legais necessários a sua concessão”.

Com isso, a Justiça confirma a legalidade das medidas tomadas pela Seduc e pela Secretaria de Estado de Administração, que descontou os dias parados de grevistas e vem contratando profissionais para garantir aulas aos alunos da rede pública de ensino.

Abusividade - Há cerca de quinze dias (28 de abril), as Câmaras Cíveis Reunidas do Tribunal de Justiça do Estado (TJE) mantiveram, à unanimidade, a liminar concedida anteriormente pela desembargadora Gleide Moura, em favor da Ação Declaratória de Abusividade da Greve combinada com Ação de Obrigação de Fazer, impetrada no último dia 10 de abril, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Na ação, o governo do Estado, por meio da PGE, solicitava o retorno dos professores ao trabalho e a declaração de abusividade da greve.

Segundo a assessoria de imprensa do TJE, o mérito do pedido de abusividade da greve será apreciado posteriormente. A decisão das Câmaras Cíveis Reunidas manteve a ordem de retorno dos professores ao trabalho e a aplicação de multas, em caso de descumprimento da medida judicial em vigor desde o dia 14 deste mês, data em que a desembargadora Gleide Moura concedeu a liminar em favor do pedido da ação do governo do Estado.

Os desembargadores integrantes das Câmaras Cíveis Reunidas apreciaram os agravos regimentais interpostos pela PGE, que solicitava o aumento da multa, e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), que argumentou o direito de greve. A aplicação de multa está em vigência desde a ciência do Sintepp quanto à decisão.

Com a manutenção da liminar, os professores devem voltar ao trabalho. A classe também está proibida de interditar vias ou outros bens públicos, assim como de impedir que outros servidores da educação desenvolvam suas atividades normais. A liminar determina também ao Sintepp que cumpra a decisão em 24 horas, sob pena de multa de R$ 20 mil, sendo estabelecida multa diária de R$ 5 mil, em caso de descumprimento.

Recurso – A Procuradoria Geral do Estado entrou com ação de abusividade de greve alegando que o movimento havia sido deflagrado em meio ao processo de negociação entre o Estado e a categoria. Na sustentação, o procurador geral do Estado, Antonio Saboia de Melo, afirma que "a greve seria ilegal e abusiva à medida em que o Sintepp, além de aumentar as reivindicações a cada rodada de negociação e ter deflagrado a paralização em meio ao processo de negociação, ainda ocuparia ilegalmente prédios públicos e impediria os demais servidores estaduais de exercerem normalmente as atividades laborais, impossibilitando a sociedade paraense de fazer regular uso dos serviços públicos estaduais”.

Os professores da educação pública estadual estão em greve desde o dia 25 de março deste ano. Eles reivindicam as lotações dos profissionais da educação na forma da legislação vigente, a retomada das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, além de publicação de cronograma das obras das 29 escolas que estão em reforma.

Na primeira decisão judicial a favor do Estado, a desembargadora Gleide Moura ressaltou a ilegalidade do movimento grevista ao fechar vias públicas da capital, “constituindo grave afronta ao direito de ir e vir de toda a sociedade, insculpido no art.5º, XV, de nossa Magna Carta”. A magistrada também vislumbrou ilegalidade no ato que impediu servidores de entrar em sala de aula. “Noto haver prova inequívoca que demonstre ofensa ao livre exercício do trabalho dos demais servidores (art.5º, XIII, CF/88) que não aderiram à greve, com a ocupação da Secretaria de Estado e Educação”.

Ainda na decisão, a magistrada afirmou que houve infração ao art.3º da Lei de Greve “na medida em que a greve foi deflagrada em meio ao processo de negociação, sem que este restasse frustrado ou impossibilitado”. Além disso, a desembargadora destacou os prejuízos causados aos alunos das escolas públicas. “Enquanto perdurar a greve, os alunos da escola pública serão cruelmente penalizados, vindo a experimentar danos irreparáveis, levando-se em consideração o atraso do calendário escolar. Vale lembrar que mencionado atraso traz prejuízos ainda maiores e irreparáveis àqueles que estão se preparando para os processos seletivos vindouros ou mesmo os que estão às vésperas da conclusão do ensino fundamental ou médio”.

Agência Pará de Notícias, 12/05/2015

Hoje teve Marcha da Educação, em Belém e retomada da greve em Itaituba

Sintepp realizou marcha em defesa da educação nesta terça-feira (12) e espera resposta do governo


A categoria está na expectativa de resposta do governo Jatene (PSDB) sobre a reabertura da mesa de negociações, interrompida pelo gestor o último dia 28. Em pauta estavam questões inerentes a campanha salarial de 2015, que envolvem as carreiras ligadas ao magistério.

A Coordenação do Sintepp confirma que existe disposição para finalizar a paralisação, porém deve-se observar os graves problemas detectados na educação pública do Pará. “O governo vai à mídia mentir para a população e é irresponsável ao afirmar que não realizaremos a reposição das aulas. Ora, se a greve terminasse hoje muitos estudantes retornariam para escolas sem higiene nos banheiros ou mesmo material de limpeza, sem água potável, e mesmo sérios riscos na rede elétrica. E até o momento não encaminhou para o Sintepp a relação de escolas que entrarão em reforma”, comentou Mateus Ferreira, Coordenador Geral do Sintepp.

Além da pauta de reformas o Sintepp espera que o governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade. “Diante das movimentações que nossa categoria realizou e da postura intransigente do governo que ilegalmente descontou os dias parados, lembramos que o governo ainda não encaminhou o projeto do PCCR unificado para apreciação da Alepa, e descumpriu o acordo de 2013 que visava a redução gradual de aulas suplementares nos submetendo a redução brusca de salários já na lotação de 2015, quando impôs a lotação máxima de 220h. Portanto, o Sintepp mantém a proposta de redução gradual da jornada apontando-a da seguinte forma: para 2015 o limite deve ser 260h, em 2016 passaria para 240h e 2017 chegaria nas 220h. Outro problema está no descumprimento da Lei do Piso, o governo mente para o judiciário quando afirma que destina 1/3 da jornada para a hora atividade (HA), na verdade ainda trabalha-se com a lógica de ¼ para HA, e isso deve se analisado com seriedade”, complementou Mateus Ferreira.

O Sintepp também lembra que o movimento grevista é uma das ações de radicalização dos trabalhadores e que espera que o governo respeite a mesa permanente de negociação. “Ainda que o governo diga que esgotou as pautas em mesa, vale ressaltar que questões que garantam a propagandeada qualidade pela educação serão resolvidas a médio e longo prazo, portanto a categoria espera que ainda este ano sejam garantido o pagamento do retroativo do piso, uma vez que a dívida de 2011 tornou-se uma bola de neve pela incapacidade de gestão do próprio governador Simão Jatene, e falar em qualidade sem valorização profissional seria no mínimo um contradição “, diz Alberto Andrade, Secretário Geral do Sintepp.

O sindicato reafirma que a reposição de dias parados será confirmada tão logo o governo se comprometa em assinar o acordo, junto aos deputados e Ministério Público Estadual. A marcha da Educação seguirá para o Centur, onde ocorre reunião do Fórum Estadual de Educação que debaterá o Plano Estadual de Educação.

Fonte: Sintepp, 11/05/2015

Professores em greve pedem reabertura de diálogo com o Governo

Categoria faz caminhada pela avenida José Malcher nesta terça, 12. Professores da rede estadual estão em greve há mais de 40 dias.

Do G1 PA, 12/05/2015

Os professores da rede estadual de ensino, em greve há 46 dias, fazem uma caminhada no centro de Belém na manhã desta terça-feira (12) para pedir a reabertura de diálogo com o Governo diante das reivindicações da categoria. Os grevistas seguem pela avenida Governador José Malcher até o Centur, onde ocorrerá a reunião do Fórum Estadual de Educação, que debaterá o Plano Estadual de Educação.

As negociações foram interrompidas no último dia 28 de abril, quando representantes do Governo e do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) se reuniram por horas no prédio na Secretaria de Administração do Estado do Pará (Sead), mas não conseguiram chegar a um acordo sobre todos os pontos da pauta de reivindicações. A coordenação do movimento grevista quer ainda que o Governo formalize sua proposta através da assinatura de termo de responsabilidade.

"O Governo ainda mantém a proposta de retirar as aulas suplementares. Como ele retirou 130 e agora está propondo devolver 70, a gente acha que é um pequeno recuo, mas não resolve o problema de redução da carga horária na lotação", criticou Sílvia Letícia Luz, secretária geral do Sintepp.

"O Estado manteve a proposta de pagamento das 220 horas de jornada, incluindo aí as aulas suplementares, de 70 horas e dar uma remuneração de R$ 5.520 para os professores em início de carreira. Os demais pontos em que houve avanço foi no pagamento do retroativo do piso, que o Estado apresentou o pagamento em quatro parcelas", afirmou a titular da Sead, Alice Viana.

Reivindicações

A realização de concurso público é apenas uma das reivindicações dos grevistas, e o impasse permanece em relação a alguns pontos da pauta: o Sintepp cobra a apresentação de projeto sobre reforma de escolas na capital e interior. Já a Seduc diz que possui um plano de manutenção dos prédios.

Os professores pedem o estabelecimento de um prazo mínimo para que o Governo envie um projeto sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para a Assembleia Legislativa. O Governo informou que analisa a proposta.

Os professores estão em greve em mais de 100 municípios do estado. De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 26 mil professores aderiram à paralisação.