sábado, 20 de dezembro de 2014

Senadora quer aprovar lei da bigamia no Brasil

Senadora Lídice da Mata
O “triângulo” amoroso entre um homem e duas mulheres, inclusive constituindo duas famílias é mais comum do que se imagina. Por conta disso, a senadora baiana Lídice da Mata tenta aprovar no Senado o PL do Estatuto da Família – que dá amparo igualitário às atuais formações familiares duplas.

Entre outros direitos para todos os tipos de formações familiares brasileiras, o estatuto busca assegurar que a amante e a família mantida paralelamente tenham os mesmos direitos da oficial. É quase como oficializar a bigamia.

Já pensou se o Congresso!?

Meia pedra, meio tijolo

Região Oeste do Pará tem poucos representantes na Assembléia e no Congresso Nacional

Deputado federal Chapadinha
Na diplomação dos eleitos na eleição passada, ocorrida ontem no Tribunal Regional Eleitoral, em Belém, chamou a atenção o fato de que a região Oeste do Pará, apesar da sua dimensão territorial, da sua densidade demográfica e da pretensão de criar o estado do Tapajós, só elegeu um deputado federal - Chapadinha - e dois deputados estaduais - Hilton Aguiar e Eraldo Pimenta.

Registre-se que Chapadinha, apesar do investimento financeiro que fez, só foi eleito porque Eder Mauro, também do PSD, teve mais de 260 mil votos e o puxou.

Por sua vez, Santarém, com mais de 200 mil eleitores aptos a votar, não conseguiu eleger nenhum deputado estadual.

O saldo, diga-se de passagem negativo, é que a grande região Oeste do Pará tem pouca representatividade política e descompromissada com a criação do estado do Tapajós.

Deputado estadual Hilton Aguiar

Deputado estadual Eraldo Pimenta
O pior, é que historicamente nenhum deles tem maiores compromissos com mudanças sociais significativas. Portanto, não se pode pode esperar muito desses deputados.








Ação pede a cassação de Jatene

governador corre sério risco de ser cassado por compra de votos

Na campanha Jatene intensificou a entrega dos cheques. Eleitores faziam filas para receber o benefício A coligação majoritária “Todos pelo Pará” - que teve Helder Barbalho e Joaquim de Lira Maia como candidatos a governador e vice-governador, respectivamente - ingressou ontem com ação de investigação judicial eleitoral contra o governador reeleito Simão Jatene, o vice Zequinha Marinho, além de dois servidores do alto escalão da Companhia de Habitação do Pará (Cohab). 
Coligação de Helder denunciou Jatene por abuso do poder econômico

A Ação pede a cassação dos mandatos de Jatene e de seu vice, multa de R$ 100 mil e a suspensão, por oito anos, dos direitos políticos dos envolvidos. Eles são acusados de abuso de poder político e compra de votos. O alvo da ação foi o uso do programa cheque moradia para favorecer o candidato Jatene durante a campanha eleitoral deste ano.

“A isonomia entre os candidatos foi claramente afetada pela abusiva e indiscriminada concessão e liberação de verbas do programa, principalmente nos três meses que antecederam a eleição e durante a disputa do segundo turno”, explica o advogado Alex Centeno, um dos autores do pedido de investigação. Para pedir a cassação de Jatene, os advogados da coligação reuniram documentos que somam mais de quatro mil páginas, entregues ontem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Como se trata de uma ação por abuso do poder político e compra de votos, o caso vai ser investigado pela Corregedoria do TRE que vai chamar testemunhas para depor. Alex Centeno conta que os advogados da coligação estão trabalhando na reunião de provas desde outubro. Ontem, as cópias da ação lotaram o porta-malas de um automóvel. Segundo dados da própria Cohab, em 2012, o governo liberou R$ 24, 2 milhões para o programa, beneficiando 3.483 famílias, quase 18 mil pessoas. Neste ano - com a campanha eleitoral a pleno vapor - o programa foi turbinado e o orçamento chegou a R$ 95, 2 milhões, mais que a soma dos dois anos anteriores.

“A normalidade e a legalidade do pleito foram decisivamente prejudicadas pelo uso abusivo do Programa Cheque Moradia do governo do Estado, gerenciado pela Companhia de Habitação do Estado do Pará – COHAB, através do seu Presidente – João Hugo Barral – e da Coordenadora do programa junto às lideranças comunitárias – Sônia Massoud, utilizado com o objetivo escancarado de obter votos”, escrevem os advogados em um dos trechos da ação. Barral e Sônia Massoud também figuram como réus no pedido de investigação eleitoral. 

EVOLUÇÃO -Para ingressar com a ação, a coligação analisou a evolução do programa Cheque Moradia ao longo de 2014. Os dados revelam que a distribuição dos cheques foi intensificada à medida que o pleito se aproximava. Os meses com maior concentração de benefícios foram julho, agosto, setembro e outubro, justamente após as convenções após a escolha dos candidatos em convenção partidária. Para se ter uma ideia, em julho, foram 3.639 famílias, o que representa mais de 18 mil pessoas beneficiadas. 

Em outubro, mês da eleição, foram 10.443, o que chega a mais de 50 mil beneficiados, apenas nos primeiros treze dias, o que reforça a tese de que esse é um programa eleitoreiro. Em termos financeiros, o programa saltou de R$ 3.3 milhões em maio para R$ 31 milhões em setembro. “O valor concedido no mês de setembro, véspera do primeiro turno, foi totalmente desproporcional aos demais meses, o que demonstra claramente a utilização do Cheque Moradia como meio para obter votos”. Apenas nos 13 primeiros dias de outubro, foi constatado um valor superior a todos os meses anteriores a agosto. 

Fonte: Diário do Pará, 19/12/14

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Na Suécia, é um comitê independente que decide os salários dos parlamentares

No Brasil a sociedade os elege, eles decidem um salário mínimo para os trabalhadores e um salário máximo para si mesmos

* Cláudia Wallin
 O Riksdag, o Parlamento sueco

Quem mais tem o privilégio fabuloso de aumentar o próprio salário, a não ser o dono do negócio? Diz a Constituição brasileira que soberano é o povo, mas os venerandos parlamentares do nosso Congresso, que é o segundo Congresso mais caro do mundo, acabam de aprovar seu auto-aumento salarial para a próxima legislatura.

Como um peru natalino, a engorda dos vencimentos é preparada agora para ser submetida à aprovação pelo Senado, antes do alegre período festivo que dará início ao recesso parlamentar. Ganha um jeton quem adivinhar o resultado da votação.

O reajuste, de 26%, eleva os salários de deputados federais e senadores para R$ 33,7 mil. No mesmo pacote, os parlamentares aprovaram aumento de 14,6% nos salários dos juízes do Supremo Tribunal Federal, que também passam a receber R$ 33,7 mil mensais – reinará, enfim, a equiparação há tempos desejada pela maioria dos congressistas.

O impacto dos reajustes promete mais uma espetacular sangria nos cofres do dinheiro público, que financia as contas dos congressistas e dos homens da lei deste país das maravilhas. Enquanto isso, no mundo real, o piso salarial dos professores mal chega a R$ 1,7 mil, e o salário mínimo proposto para 2015 é de 790 reais.

Os números da insatisfação: atualmente, o salário dos 513 deputados e 81 senadores é de R$ 26,7 mil mensais. A isso, soma-se verba de até R$ 45 mil para gastos com atividades parlamentares, incluindo passagens aéreas, gasolina e alimentação. Além disso, todos os congressistas têm direito a apartamento funcional com mais de 200 metros quadrados, ou auxílio-moradia no valor de R$ 3,8 mil por mês – pago inclusive para deputados eleitos pelo Distrito Federal que têm residência própria em Brasília.

Também contam com verba para contratar servidores em seus gabinetes – na Câmara, a verba é de R$ 78 mil por mês para contratar até 25 funcionários. No Senado, cada senador pode contratar até 55 funcionários, a um valor estimado de R$ 82 mil mensais.

Talvez diante de uma filosófica preocupação com a imagem do Congresso, optou-se por um reajuste destinado a garantir a correção inflacionária dos subsídios parlamentares nos últimos quatro anos. Os juízes do STF queriam mais – a proposta de aumento apresentada ao Congresso elevaria seus salários para R$ 35,9 mil -, mas um acordo costurado pela Câmara com o STF reduziu o valor para o mesmo patamar do salário dos congressistas.

Para ministros de Estado, presidente e vice-presidente da República, o reajuste proposto pelo Executivo ao Congresso foi de 15,7% – o que vai elevar os salários para R$ 30,9 mil. Ou seja: os parlamentares passarão a ganhar mais do que a presidente da República.

”Se eles (Poder Executivo) querem optar por um valor menor, é um direito deles”, disse ao repórter do UOL o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha.

Há quem discorde.

“Eu acho que a gente já ganha o suficiente. Não precisa de aumento”, disse o deputado Tiririca (PR-SP).

Como sempre, o reajuste salarial concedido pelos parlamentares a si próprios passa a gerar um efeito cascata nas assembléias estaduais e municipais, a beneficiar os interesses de quem representa os interesses do cidadão. A cena se repetirá no Judiciário.

Vai-se, assim, chicoteando o decoro.

Para um cidadão sueco, imaginar o auto-aumento de seus representantes seria um Ragnarök, o fim do mundo da mitologia nórdica.

Na Suécia, um dos lugares mais caros do mundo, os parlamentares ganham um salário que equivale a cerca de R$ 20,6 mil mensais. Nenhum deputado tem direito a verba indenizatória para pagar assessores, aluguel de escritório, consultorias ou divulgação de mandato. Nenhum parlamentar tem direito a carro com motorista, plano de saúde privada, aposentadoria vitalícia nem imunidade parlamentar.

Quem decide os salários dos parlamentares suecos é um comitê independente, chamado Riksdagens Arvodesnämd. Este comitê é integrado por três pessoas: um presidente, que via de regra é um juiz aposentado, e dois representantes públicos, em geral ex-servidores públicos ou jornalistas.

Quando entrevistei o atual presidente do órgão, durante a preparação do livro ”Um País Sem Excelências e Mordomias”, o jurista Johan Hirschfeldt destacou que a decisão do comitê é soberana: não pode ser contestada, e não necessita ser submetida a votação no Parlamento.

”Os parlamentares não têm nenhum poder de decisão no processo. E não sei se ficam satisfeitos ou não com o reajuste salarial, porque nenhum parlamentar nunca telefonou para pedir mais, nem reclamar”, disse Hirschfeldt, que é ex-presidente da Corte de Apelação de Estocolmo.

Telefono agora para Hirschfeldt, e pergunto qual foi o percentual do reajuste salarial concedido neste ano de 2014 aos parlamentares suecos.

”2,1%”, responde o jurista do outro lado da linha. ”Um pouco acima da inflação”.

O comitê mantém reuniões periódicas de consultas e análise, e se reúne uma vez por ano para tomar sua decisão – embora o reajuste salarial dos parlamentares não seja obrigatoriamente anual.

”Geralmente, tentamos estabelecer um percentual de reajuste que reflita as tendências e variações econômicas da sociedade como um todo”, explica o jurista.

É preciso destacar, aqui, que no mais igualitário sistema sueco as diferenças salariais são menos exorbitantes: descontados os impostos, por exemplo, um deputado do Parlamento sueco recebe, em valores líquidos, cerca de 50 por cento a mais do que ganha um professor do ensino médio.

O presidente do comitê responsável pelo reajuste salarial dos deputados suecos prossegue:
”Antes de iniciarmos nossas discussões, analisamos diferentes estatísticas e informações sobre a evolução dos salários das diferentes categorias profissionais em nossa sociedade.

Esses números incluem acordos coletivos realizados através dos sindicatos, assim como variações salariais do funcionalismo público, dos governos locais e também do setor privado.

Também incluímos em nossas análises as estatísticas do Banco Central, os números da inflação e o desenvolvimento geral da economia em nosso país. Todas estas informações formam a base de uma decisão sobre um eventual aumento de salário para os parlamentares”, ele detalha.

Pergunto a Hirschfeldt se o comitê se orienta a partir de algum parâmetro-base, no que se refere às variações salariais das diferentes categorias trabalhistas.


”Na Suécia, a variação do salário de um trabalhador da indústria metalúrgica é geralmente considerado um patamar para a discussão de reajustes tanto no setor público como no privado. É, digamos assim, um parâmetro informal”, diz o jurista.

É este parâmetro informal que norteia especialmente o índice de reajustes de salários nos órgãos estatais e nas autoridades regionais, destaca o jurista:

”É preciso ser cuidadoso. Não se pode usar, para a esfera pública, índices de reajuste superiores àqueles aplicados no setor privado”.

A independência do comitê que determina os reajustes salariais dos parlamentares, segundo afirmam jornalistas suecos com quem conversei, é absoluta – apesar de os integrantes serem nomeados pela Mesa Diretora do Parlamento.

”Não há nenhum político entre nós. Somos um comitê independente, com independência garantida pela Constituição. A Mesa Diretora do Parlamento não pode nos dar nenhuma diretriz”, confirma o presidente do órgão.

Aumentos de salário dos ministros e do primeiro-ministro da Suécia também são decididos por um comitê independente, o Statsrådsarvodesnämden. Os nomes dos três integrantes do comitê – também presidido por um juiz aposentado – são propostos pela Comissão de Constituição do Parlamento, e submetidos a votação no Parlamento. Comitês independentes regulam ainda os salários dos diferentes Ombudsman (ouvidores) e auditores nacionais da Suécia.

O salário dos parlamentares suecos se alinha, aproximadamente, aos vencimentos de um juiz de primeira instância – embora não exista nenhum tipo de vínculo formal. Já o salário de um juiz da Suprema Corte sueca é de 100 mil coroas suecas – o equivalente a aproximadamente R$ 35 mil. Mas na Suécia, juízes do Supremo não recebem auxílio-moradia, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, abono de férias ou qualquer outro benefício. Nem têm direito a carro com motorista ou plano de saúde privada.

E os juízes? Quem determina o salário dos juízes suecos? – quero saber. ”É um caso peculiar”, diz o jurista.

Como assim?

”O salário dos juízes, na Suécia, são estabelecidos segundo os mesmos princípios do mercado de trabalho em geral. Temos o sindicato dos juízes, e um comitê nacional de administração dos tribunais – que decide inclusive os salários dos juízes da Suprema Corte. Os reajustes são negociados entre as duas partes. E se não houver acordo, os juízes podem entrar em greve.

Mas greve de juízes é algo de que não se tem memória na Suécia.

”O sistema sueco tem muitas tradições”, diz Johan Hirschfeldt. ”E uma destas tradições é o bom-senso e a integridade dos representantes da Justiça. Porque a confiança dos cidadãos nos juízes é um elemento-chave do nosso sistema”, destaca Johan Hirschfeldt.

Sobre o sistema de auto-aumento que vigora entre os representantes dos cidadãos no Brasil, o jurista prefere exercitar a discrição sueca.

”Não me parece apropriado emitir minha opinião sobre o sistema de um outro país, como o Brasil. O que posso dizer é que para nós, na Suécia, delegar decisões sobre reajustes salariais das autoridades do país a comitês que sejam de fato independentes é a forma mais justa e íntegra de lidar com essa questão.”

*Jornalista brasileira, radicada em Estocolmo, autora do livro Um país sem excelências e mordomias.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Marcas têm ofertas para limpar estoques

Entre os destaques, descontos podem chegar a R$ 37,5 mil, há opções a prazo em até 60 vezes e juros zero

Estadão e Divulgação

Montadoras, importadoras e concessionárias estão fazendo promoções para desovar os estoques e, com a proximidade da volta da cobrança integral do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em 1 de janeiro, a hora é boa para quem pretende comprar um zero-km.

Modelos que logo sairão de linha, como o Land Rover Freelander, ou terão mudanças importantes, caso de Nissan Versa e VW Jetta, que passarão a ser feitos no Brasil, são alguns exemplos. As principais ações envolvem planos de financiamento como taxa 0% e saldo em até 60 meses, mas há descontos interessantes. Confira!

FIAT

Na versão Attractive, o Palio (foto acima) com motor 1.0 teve o preço reduzido de R$ 37.881 para R$ 33.990 e com o 1.4 o hatch baixou de R$ 41.550 a R$ 36.990. Para a Strada Working 1.4 com cabine dupla, o bônus é de R$ 4 mil e a picape agora sai a R$ 47.990.

LAND ROVER

Da marca inglesa há três boas opções. O Evoque a diesel (foto) foi para R$ 224.900. O Discovery SE tem R$ 37.500 de desconto e baixou para R$ 259.900. Prestes a sair de linha, o Freelander 2, na versão SE a diesel, passou de R$ 186.600 a R$ 159.900.

VOLKSWAGEN

Entre as ofertas estão o Gol Special de quatro portas, com ar e direção, a R$ 32.990. O Up! com a mesma configuração sai a R$ 34.990 e o Jetta, que por ora vem do México, é vendido a R$ 69.990 na versão 2.0 automática. Todos têm parcelamento com taxa zero.

HARLEY-DAVIDSON

Os modelos 2013 e 2014 da Ultra Limited, com tabela de R$ 81.900, têm dois trunfos para o consumidor escolher. A primeira opção é pagar em até 24 parcelas, com juros de 0,39% ao mês – a entrada é de 50% do valor da moto. A outra é seguro grátis pelo período de um ano.

PEUGEOT

A opção de topo, Griffe 1.6 THP, do 3008 (R$ 101.990), pode ser paga em 48 vezes de R$ 1.700 com sinal de R$ 42.325,85. Para o 308 Allure 2.0, a 70.780, e o 208 Griffe 1.6, a partir de R$ 57.280, há taxa 0% e plano em 36 vezes com o pagamento da primeira para março.

NISSAN

O Versa 1.6 SL (foto), que ainda é mexicano (o sedã será fluminense em breve) tem bônus de R$ 2 mil, sai a R$ 45.900 e pode ser pago em 36 de R$ 535,51 com entrada de R$ 26.520. Já o March parte de R$ 32.990 e tem plano em 60 pagamentos com taxa zero.

Fonte:Estadão/jornal do carro, 18/12/14

O que muda na Câmara com a eleição de Cebola?


A troca de presidente da Câmara serviu apenas para cumprir a formalidade da lei, que determina a realização de eleição a cada dois anos e tão somente isso, porque de resto, nada vai mudar.

Vejamos algumas questões pontuais: Com o vereador Wescley na presidência, o Poder Legislativo protagonizou situações surreais como o uso indiscriminado da tribuna livre da casa, permitindo que esse espaço, por varias vezes, fosse usado para o achincalhe dos próprios vereadores.

O atual presidente também perdeu uma grande oportunidade de fazer o Poder Legislativo exercer uma de suas principais funções que é de fiscalizar os atos do executivo, e nesses dois anos de mandato, os vereadores foram completamente omissos, deixando de investigar questões seríssimas como a denuncia de falta de merenda nas escolas, ou ainda, a questão do atraso na conclusão de obras que o município tem a responsabilidade fazer o acompanhamento.

Em vez de cumprir o seu papel constitucional, a Câmara, muitas vezes, perdeu tempo com discussões inócuas e pronunciamentos que viraram chacotas nas redes sociais.

É claro que no meio de toda essa mesmice que foi encerrada com distribuição desregrada de diplomas de honra ao mérito e títulos de cidadão itaitubense, a Câmara também teve momentos de lucidez e abordou alguns temas de interesse da população, como o transporte fluvial, a telefonia móvel e a segurança pública. Só que isso foi exceção, porque somente uma minoria de vereadores se preocupa com as questões coletivas; a maioria só olha para o próprio umbigo e a eleição do vereador João Cebola é um claro exemplo disso.
Ao estilo paizão, o novo presidente se elegeu com o discurso de ajudar a todos os seus colegas, e os vereadores não querem nem saber se depois as contas do presidente serão aprovadas ou não pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

Esse mesmo pensamento vale também para o Executivo. Tanto isso é fato, que teve vereador fazendo questão de justificar o seu voto no candidato da situação.

Por tudo isso, a troca de presidente não sinaliza nada de novo na condução do parlamento municipal, pois, seja com o Wescley, até agora, ou a partir de janeiro, com o Cebola, o Poder Legislativo Municipal vai continuar obedecendo mansamente às ordens do executivo, pois o voto fisiológico, com as raras exceções que já citei, ainda é ampla maioria e domina todas as votações na Câmara, amarrando o poder Legislativo aos pés do Executivo.

Essa prática vai continuar se repetindo até que a população entenda que a mudança de postura do Legislativo só será possível com o voto consciente do eleitor. (Weliton Lima – Jornalista – Comentário veiculado no telejornal Focalizando, hoje)

Fonte: Blog do Jota Parente, 17/12/14

Uma análise econômica atual do Brasil

Brasil e outros países latino-americanos vivem sua década de ouro, filhos de famílias pobres estão na faculdade  e a pobreza e o analfabetismo foram reduzidos consideravelmente. A fome deu lugar a um problema moderno chamado desnutrição. 

No entanto, o Brasil reviverá brevemente alguns dos seus antigos pesadelos. Dois meses depois de reeleita, as primeiras mensagens de Dilma Rousseff são de "austeridade" Joaquim Levi, um ortodoxo formado na liberal Escola de Chicago, foi nomeado Ministro das Finanças.

Brasil não é mais aquele jovem musculoso que entrou na primeira divisão da economia mundial, há dez anos. A gigante sul-americano está deixando para trás o título de pop e de "emergente".

Em meados de 2014, a economia brasileira entrou em "recessão técnica", ou seja, dois trimestres de crescimento negativo.

A confiança dos consumidores e os índices cairam para níveis de 2002, com a crise de confiança temeu-se a repetição da era chamada de "efeito caipirinha".

Brasil sofre do que os economistas chamam de estagflação: apesar da economia e do consumo não crescer, os preços continuam subindo. A inflação já está em torno de 6,5% ao ano, a meta estabelecida pelo governo de Dilma Rousseff. É difícil encontrar o quilo de tomate a menos de 10 reais (cerca de quatro dólares) em supermercados do Rio de Janeiro.

"Isso tudo é devido à crise internacional"

Houve muita conversa e pouca economia do futebol sobre o Mundial. Brasileiros e estrangeiros beberam muita sua cerveja e fixaram o olhar na tela enquanto institutos econômicos, agências e analistas estremeceu com as novas previsões: o Brasil em recessão, o Brasil e a inflação, o Brasil e a especulação, GOL!

A economia do Brasil não está bem, porque a situação internacional não é boa. Isso continua a ser um forte argumento do governo.

Os grandes países da Europa estão em crise, Estados Unidos tem um magro crescimento de 2%, o real desvalorizou 8% em relação ao dólar este ano (o que torna as importações mais caras) e os principais indicadores macroeconômicos da China, o destino das exportações brasileiras, estão descendo depois de duas décadas de intensa escalada. Gilberto Carvalho estava certo ... não somos só nós!

Lembre-se que o Brasil fez o dever de casa durante o ano de pior da crise (2009) e do colapso financeiro que afetou grande parte do mundo. Em 2010, o gigante sul-americano não cresceu, o pior da crise ficou para trás, mas autoridades brasileiras não são humildade para reconhecer seus erros.

Para começar, o Brasil mantém as fraquezas do passado: agora não depende abertamente dos EUA, mas da China; já não treme quando o preço do café ou de borracha cai, mas quando os metais, petróleo e certos alimentos como soja e açúcar são mais baratos.

Brasil e seus vizinhos redistribuem riqueza em tempos de abundância, mas não foram capazes de diversificar a economia. Agora vieram os tempos de vacas magras.

Opinião

Faltam smartphones a estes países (muçulmanos). Sou a favor de distribuir milhares de smartphones para os jovens xiitas e sunitas. Em 2 anos, ou menos, virarão um bando de zumbis alienados que pouco se importarão com o preço do barril, com os escândalos dos governos ou com quem ganhará eleições presidenciais e muito menos preocupados com quem sucedeu um tal de Maomé há mais 2000 anos atrás. 

A solução da paz está aí: smartphones. Por um mundo com mais zumbis, mais alienados e sem guerra. Só compartilhamentos.

Fonte: Folha de S. Paulo/O que são os xiitas, 18/12/14/comentário de Lilika76

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Brasil marcou um golaço ao financiar o Porto de Mariel, em Cuba


Dilma Rousseff e o presidente de Cuba, Raúl Castro, durante descerramento da placa inaugural do Porto de Mariel. Foto por: Roberto Stuckert Filho/PR

Com o porto de Mariel e outros inúmeros investimentos em Cuba, o Brasil é um dos países que estão melhor posicionados para se beneficiar da queda do embargo americano à ilha, cuja negociação será anunciada hoje.

Alvo de críticas ferrenhas, o porto de Mariel, que recebeu cerca de US$ 800 milhões de financiamento do BNDES e foi tocado pela Odebrecht, está a apenas 200 quilômetros da costa da Florida.

Depois da dragagem, poderá receber navios grandes como os Super Post Panamax, que Dilma citou várias vezes durante a cúpula da Celac este ano, e concorrer com o porto do Panamá.

Mesmo sem a dragagem, já será concorrente de portos como o de Kingston, na Jamaica, e das Bahamas, bastante movimentados.

O raciocínio do governo brasileiro sempre foi o de “entrar antes da abertura para já estar lá quando caísse o embargo”.

Agora que o Porto de Mariel vai bombar , o que a direita brasileira vai fazer depois de tanto criticar Lula e Dilma pelos investimentos em Cuba? Dirá, com a caradura que lhe é peculiar, que desde sempre defendeu Mariel e que nós é que não entendemos direito o que ela dizia? Romperá relações com os Estados Unidos? Será que Obama virou “bolivariano” e ninguém sabia até hoje?

Fonte: Viomundo, 17/12/14