quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Uma análise econômica atual do Brasil

Brasil e outros países latino-americanos vivem sua década de ouro, filhos de famílias pobres estão na faculdade  e a pobreza e o analfabetismo foram reduzidos consideravelmente. A fome deu lugar a um problema moderno chamado desnutrição. 

No entanto, o Brasil reviverá brevemente alguns dos seus antigos pesadelos. Dois meses depois de reeleita, as primeiras mensagens de Dilma Rousseff são de "austeridade" Joaquim Levi, um ortodoxo formado na liberal Escola de Chicago, foi nomeado Ministro das Finanças.

Brasil não é mais aquele jovem musculoso que entrou na primeira divisão da economia mundial, há dez anos. A gigante sul-americano está deixando para trás o título de pop e de "emergente".

Em meados de 2014, a economia brasileira entrou em "recessão técnica", ou seja, dois trimestres de crescimento negativo.

A confiança dos consumidores e os índices cairam para níveis de 2002, com a crise de confiança temeu-se a repetição da era chamada de "efeito caipirinha".

Brasil sofre do que os economistas chamam de estagflação: apesar da economia e do consumo não crescer, os preços continuam subindo. A inflação já está em torno de 6,5% ao ano, a meta estabelecida pelo governo de Dilma Rousseff. É difícil encontrar o quilo de tomate a menos de 10 reais (cerca de quatro dólares) em supermercados do Rio de Janeiro.

"Isso tudo é devido à crise internacional"

Houve muita conversa e pouca economia do futebol sobre o Mundial. Brasileiros e estrangeiros beberam muita sua cerveja e fixaram o olhar na tela enquanto institutos econômicos, agências e analistas estremeceu com as novas previsões: o Brasil em recessão, o Brasil e a inflação, o Brasil e a especulação, GOL!

A economia do Brasil não está bem, porque a situação internacional não é boa. Isso continua a ser um forte argumento do governo.

Os grandes países da Europa estão em crise, Estados Unidos tem um magro crescimento de 2%, o real desvalorizou 8% em relação ao dólar este ano (o que torna as importações mais caras) e os principais indicadores macroeconômicos da China, o destino das exportações brasileiras, estão descendo depois de duas décadas de intensa escalada. Gilberto Carvalho estava certo ... não somos só nós!

Lembre-se que o Brasil fez o dever de casa durante o ano de pior da crise (2009) e do colapso financeiro que afetou grande parte do mundo. Em 2010, o gigante sul-americano não cresceu, o pior da crise ficou para trás, mas autoridades brasileiras não são humildade para reconhecer seus erros.

Para começar, o Brasil mantém as fraquezas do passado: agora não depende abertamente dos EUA, mas da China; já não treme quando o preço do café ou de borracha cai, mas quando os metais, petróleo e certos alimentos como soja e açúcar são mais baratos.

Brasil e seus vizinhos redistribuem riqueza em tempos de abundância, mas não foram capazes de diversificar a economia. Agora vieram os tempos de vacas magras.

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