domingo, 8 de setembro de 2019

Vaza Jato prova: força-tarefa sabia que grampo era ilegal!

"Estou preocupado com moro! Com a fundamentação da decisão"

Conversa Afiada, 08/09/2019

Novo capítulo da Vaza Jato divulgado neste domingo 8 mostra, entre muitas outras coisas, que a Operação Lava Jato escondeu conscientemente diálogos de Lula - gravados ilegalmente - para impedir sua posse como ministro da Casa Civil, em 2016.
Um dos trechos revelados em parceria pelo Intercept Brasil e pela Folha prova, inequivocamente, que os procuradores da força-tarefa sabiam da ilegalidade do grampo e, portanto, dos perigos que envolviam a divulgação das mensagens para a imprensa.
Diz um trecho da reportagem:
Dilma e os advogados de Lula questionaram as decisões do juiz, argumentando que sua conversa não poderia ter sido grampeada se Moro já tinha determinado o fim da escuta, nem os autos poderiam ter sido divulgados sem que o STF tivesse sido alertado para as citações a ela e a outras autoridades com foro especial.
"Estou preocupado com moro! Com a fundamentação da decisão", disse o procurador Orlando Martello no Telegram. "Vai sobrar representação para ele."
"Vai sim", respondeu Carlos Fernando. "E contra nós. Sabíamos disso." Para Laura Tessler, o apoio da opinião pública garantiria proteção à Lava Jato: "a população está do nosso lado...qualquer tentativa de intimidação irá se voltar contra eles". Carlos Fernando recomendou: "Coragem... Rsrsrs".
Após compartilhar com o grupo vídeos de uma manifestação que estava ocorrendo na Avenida Paulista, em São Paulo, Martello sugeriu que todos os integrantes da operação renunciassem aos cargos se algo acontecesse com Moro. Laura sugeriu que a melhor resposta seria mover uma ação contra Lula e pedir sua prisão.
Para Andrey Borges de Mendonça, seria difícil defender a divulgação da conversa de Dilma por causa do horário em que ocorrera, mas a maioria discordou. "O moro recebeu relatório complementar e o incorporou", disse Carlos Fernando. "Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém."
Deltan entrou tarde na discussão e se alinhou com Carlos Fernando. "Andrey No mundo jurídico concordo com Vc, é relevante", disse. "Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político."
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