sábado, 9 de novembro de 2013

“Cassação atende interesses do governador”



Em comentário no blog na noite de ontem (8), na caixinha do post Almofadinhas, traíras e o vencedor, o prefeito eleito de Marabá, João Salame (Pros), revela que é “vítima de um complô montado a partir do Palácio dos Despachos”, a sede do Poder Executivo do Pará, sob o comando do governador Simão Jatene (PSDB).

No início da semana (dia 5), Salame teve o seu mandato cassado por decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

- Não há crime algum no meu processo, conforme atestou o juiz federal Ruy Dias em seu voto. Diversas aberrações jurídicas constam do processo onde a lei foi estuprada para atender os interesses dos atuais inquilinos do Palácio dos Despachos – revela o político marabaense.

Abaixo, a íntegra do comentário dele:



Agradeço as manifestações generosas de solidariedade dos irmãos do Tapajós. Hoje estou sendo vítima de um complô montado a partir do Palácio dos Despachos, uma máquina azeitada para mentir e perseguir. Se Almir Gabriel tinha seus defeitos, seu pupilo acrescentou degenerações, pois ao contrário do seu criador prima pela preguiça e pelo acentuado caráter de perseguição que a cada processo se desnuda.

O Pará ainda está longe de viver ares republicanos. Essa é uma batalha que ainda está sendo travada. Sob o discurso demagógico de que “O Pará está acima de todos os partidos”, o atual governador acentua o uso da máquina pra massacrar seus adversários.

Acho que a interpretação correta dessa frase que ele reverbera deve ser acabar com todos os partidos, inclusive com o seu, onde Flexa Ribeiro, Mário Couto e Nilson Pinto tem poder de decisão pífio ou quase nenhum.

Topei enfrentar essa casta desde a época do plebiscito e a cada dia me sinto orgulhoso pelo que fiz. Fui às lágrimas ao receber o título de cidadão santareno e perceber o sincero sentimento de gratidão do povo desta bela terra naquele dia por ter colocado meus préstimos à disposição da sua bela causa.

No bom estilo implantado pelos tucanos no Estado, o Robert diz que me envolvi no escândalo da Alepa e assinei cheques em branco. Ele errou de nome: o deputado acusado de ter assinado cheques em branco é um tucano de alta plumagem.

Eu fui vice-presidente da Alepa e nesse período, num regime presidencialista, não assinei um documento sequer, não assumi a presidência por um dia sequer. E, registre-se, fui o único deputado que à época fazia parte da base de apoio do governo a assinar a CPI da Alepa.

Agora, montaram novo circo. Não há crime algum no meu processo, conforme atestou o juiz federal Ruy Dias em seu voto. Diversas aberrações jurídicas constam do processo onde a lei foi estuprada para atender os interesses dos atuais inquilinos do Palácio dos Despachos. Mas a verdade não tardará a aparecer. Confio na Justiça e na decisão do TSE.

Por último sai do PPS, que se tornou sócio menor dessa confraria que vilipendia o povo paraense. Assumi a presidência estadual do Pros, para o qual foram o deputado federal Dudimar Paxiúba, os estaduais Chico da Pesca e Raimundo Belo e mais de 100 vereadores.

Vamos fazer dessa organização partidária uma trincheira em defesa da democracia e de um Pará mais republicano, desenvolvido e justo.

Quanto a mim, continuarei a peregrinação política para que todos compreendam que foi um erro não promovermos a divisão territorial desse continente inadministrável. Um forte abraço aos amigos do Tapajós.

Fonte: Blog do Jeso Carneiro, 09/11/13

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