Em entrevista ao jornal O GLOBO, o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, num trecho, acusa o também ministro do Supremo, - a época seu presidente - César Peluso, pela volta de Jáder Barbalho ao Senado. Confira:
O GLOBO: Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?
BARBOSA:
Nenhum legado positivo. As pessoas guardarão na lembrança a imagem de
um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava
em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade.
Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular
resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais
simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era
contrário ao seu pensamento. Lembre-se do impasse nos primeiros
julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões
inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é
absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro se
refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa
e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso,
garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda
desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta
viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, "invadir" a
minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder
ceder facilmente a pressões…
Fonte: JusBrasil Notícias, 20/04/2012
Fonte: JusBrasil Notícias, 20/04/2012
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