segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perpétua sobre juventude e política:"Eu acredito na rapaziada"

Mostrar à juventude que praticamente tudo na vida envolve política foi o desafio enfrentado pela deputada Perpétua Almeida, na última sexta-feira (25), quando fez palestra para uma plateia de 1.200 estudantes das três séries do segundo grau, de uma escola pública em Rio Branco (AC).

A deputada destacou que juventude não combina com comodismo

Atendendo convite dos professores, Perpétua falou sobre juventude e ética na política. A música “E vamos à luta”, de Gonzaguinha deu o tom ao que foi denominado de “aula diferente”. Parodiando a música “Eu vou à luta” de Gonzaguinha, Perpétua disse: “ Eu vou à luta é com essa juventude que não corre da raia, porque juventude não combina com comodismo. Por isso faço um desafio vamos melhorar Rio Branco, o Acre e o Brasil?”

Na palestra, a deputada fez um retrospecto dos movimentos mundiais como o Occupy Wall Street , a Primavera Árabe e a luta dos estudantes chilenos por educação pública e utilizou frases de Che Guevara e partes do Estatuto da Juventude para falara sobra importância da participação jovem na luta política.

“Quando a gente não discute, não debate, não sabe o que quer, é porque não sabe que rumo tomar, e quem não sabe que rumo tomar se limita a seguir o rebanho. Nós somos racionais, podemos e devemos fazer uso dessa faculdade, porque afinal se o posto de saúde do bairro não funciona, a escola não tem quadra de esportes, o ônibus no qual eu venho para a escola não passa na hora, tudo é política e depende de nós nos mobilizarmos e exigirmos o tratamento adequado”, avaliou.

A semente caiu em terreno fértil. Os membros do Grêmio Estudantil pediram o auxílio da deputada que marcou uma reunião com eles.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), os jovens brasileiros se interessam por política, apesar de envolverem pouco em partidos e movimentos sociais. Mesmo assim, 65% deles procuram se informar sobre política e 85% entendem que é preciso abrir canais de diálogo entre os cidadãos e o governo. Apenas 4,3% dos jovens brasileiros se dedicam a atividades político-partidárias.

Fonte: www.acrealerta.com

domingo, 10 de junho de 2012

Lei da "Ficha Limpa" deve ser aprovada na Câmara de Itaituba

Medida deverá valer para a contratação de comissionados da Prefeitura e da Câmara.

Os vereadores de Itaituba, a exemplo da maioria das cidades brasileiras, se não aprovaram, devem aprovar um projeto de lei que instituia a exigência de "Ficha Limpa" para a contratação de pessoas em cargo de comissão no funcionalismo municipal. A medida deverá valer tanto para a Prefeitura quanto para a Câmara Municipal.

Restrições

Enquanto proposta de critérios da lei que vão enquadrar alguém como ficha-suja, estamos sugerindo:

• Condenação pela Justiça Comum ou Eleitoral, por órgão colegiado, com decisão transitada em julgado até um prazo de 8 anos da decisão em um rol de crimes elencados pela lei.

• Militares que tenham praticado crimes contra a pátria, crimes comuns ou tenham comportamento pessoal incompatível com a função.

• Reprovação de contas relativas ao exercício de cargos e funções públicas por decisão irrecorrível dos órgãos de controle.

• Cassação dos direitos políticos em decisão proferida por órgão colegiado.

• Cassação do registro por conselhos profissionais devido a infração ético-profissional.

• Demissão do serviço público em processo administrativo ou judicial pelo prazo de oito anos contados da decisão.


Após a publicação no Diário Oficial, o Executivo e o Legislativo terão 90 dias para se adaptar à lei.

Na prefeitura, a fiscalização da lei ficará a cargo das secretarias de Governo, Recursos Humanos e da Procuradoria-Geral do Município. Já na Câmara Municipal, a própria direção do Legislativo terá a incumbência de dar cumprimento à nova lei.

Comprovação

De acordo com a lei, caberá aos servidores comprovarem no momento da nomeação que não há condenação na Justiça contra eles. A informação deverá ser confirmada uma vez por ano pelo servidor, que deverá apresentar os documentos necessários a cada mês de janeiro.


Marcha Para Jesus leva milhares de pessoas para as ruas de Itaituba

A Marcha para Jesus percorreu as principais ruas de Itaituba 

Milhares de evangélicos tomaram conta das ruas de Itaituba  neste sábado (9) durante  mais um edição da Marcha Para Jesus, com o tema Jesus: A Esperança Para Itaituba, evento organizado pelo Conselho de Pastores  de Itaituba (COPEI).
 
A manifestação atraiu uma multidão ávida da palavra de Deus

A marcha saiu da Praça do Cidadão às 17h, e percorreu as principais  ruas da cidade com destino a orla cidade, onde um grande palco foi montado para a apresentação do cantores de várias igreja de Itaituba,  com a participação de seus pastores.

A vibração e o entuasiamo tomou conta dos participantes 
 
O trânsito até a chegada à orla da cidade foi coordenado pelos agentes do DETRAN que acompanhou e orientou todo o percurso previamente determinado. A Marcha Para Jesus  reuniu adeptos  e não adeptos do protestantismo que acompanharam os carros de som que proclamavam o Nome do Senhor Jesus, onde os fieis paravam em vários pontos da cidade orando e intercedendo pela famílias de Itaituba
  Evangélicos e não-evangélicos de todas as idades participaram com brilhantismo
 
Breve histórico da Marcha para Jesus
No ano de 1993, a Marcha Para Jesus chegou ao Brasil através da vinda do Apóstolo Estevam, que hoje é o presidente da Marcha no Brasil, quando aconteceu a primeira edição do evento em São Paulo. Naquele ano, a Marcha saiu da Avenida Paulista, desceu a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e chegou ao Anhangabaú para a concentração.
  Show Gospel fechou a programação com chave de ouro
 
Seis anos depois, cerca de 10 milhões de pessoas de mais de 170 países marcharam para celebrar o nome de Jesus Cristo. Cidadãos de diversas religiões, idade e raças saíram às ruas em países como Argentina, Canadá, Colômbia, Cuba, EUA, Finlândia, França, Itália, Japão, Moçambique, Rússia, entre outros.

Fonte: Blog do Gilson Vasconcelos, 09/06/12

Veja como saber o valor da sua restituição do IR

Cristiane Gercina, do Agora

Os 1,84 milhão de contribuintes que vão receber a restituição no primeiro lote do Imposto de Renda, que será pago na sexta-feira, têm duas formas de saber o valor exato da grana que será depositada: pelo extrato do IR ou fazendo as contas.
Ao fazer a consulta por CPF no site da Receita Federal ou pelo telefone 146, os contribuintes não sabem o valor final da restituição com juros e correção monetária, que será paga neste primeiro lote de pagamento.
O contribuinte com acesso à internet deve ter um código para conseguir ver o seu extrato da declaração.
No caso de quem já tem o código é só digitá-lo e informar o número do CPF e a senha.
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Complicada complexidade

Crédito: PEDRO LOBO SCALETSKY
<br /><b>Crédito: </b> ARTE PEDRO LOBO SCALETSKYNada mais complicado do que a complexidade, que deveria ser simples. Como diz o sábio Edgar Morin, que completará 90 anos em julho, citando Pascal, que completaria 349 em agosto, o contrário de uma verdade profunda pode não ser um erro sem fundo, mas outra verdade profunda. Complicou. Especialmente para quem sonha com preto no branco, sim ou não, Grêmio ou Inter, chimango ou maragato, comunismo ou capitalismo, Estado mínimo ou Estado máximo. Jornalistas, muitas vezes, querem verdades simples e sem qualquer oposição. A criminalidade aumentou: mais cadeia, mais repressão, mais Polícia e aumento no tempo das penas. E as causas como ficam? Do outro lado, tem aqueles que, diante do mesmo problema, querem verdades simples opostas: mais programas sociais, menos repressão, mais explicações sociológicas e mais tolerância. E as consequências como é que ficam?

No primeiro caso, os extremistas chegam a sonhar com pena de morte. No segundo caso, os radicais chegam a sonhar com o fim da repressão. Vem o especialista em complexidade e pontifica: precisamos atacar nas duas frentes ao mesmo tempo. Temos de buscar o equilíbrio. Nem Estado mínimo nem Estado máximo. Nem aumento da repressão cega nem aumento da tolerância frouxa. Como é que se faz isso? Aí é que a complexidade torce o rabo da porca. Soluções simples para problemas complexos produzem resultados simplórios. Tem quem ache que o problema do Brasil é a impunidade. Para quem, cara pálida? As cadeias estão abarrotadas. Mas quem está nelas? O simplório, no sentido nobre dessa palavra, que estou inventando agora, o defensor do simples como saída profunda, é contra progressão de regime de apenados. Põe na rua criminosos.

No outro lado, pois sempre há um outro lado, o idealizador da progressão de regime pode ter pensado menos na reinserção dos apenados na sociedade e mais numa maneira de fazer o Estado economizar com presidiários. Não existe almoço grátis. Muito menos na prisão. Mais tempo de cadeia, poderia argumentar, porém, um advogado da complexidade teórica, tende a aumentar o tempo de exposição à pós-graduação do crime. Não, poderia dizer o simplório, se as cadeias vierem a ser o que deveriam ser, todas de segurança máxima, com prisioneiros trancafiados para sempre em celas isoladas, sem celular nem joguinho de futebol ao sol. A cadeia como eliminação em vida. Quanto pior a cadeia, maior o ressentimento. É humano.

Quando eu fazia doutorado em Sociologia na Sorbonne, em Paris, tínhamos um professor, o saudoso André Akoun, que gostava de revirar essas questões. Jogava de um lado, a turma ia. Jogava do outro, a turma ia também. Parecia um Garrincha. Passava o pé em cima da bola, um "João" caía. Num dia, argumentava em favor do aumento da repressão. Convencia. No outro, mostrava o simplismo dessa tese. Convencia. No terceiro, provava que tínhamos poucas convicções e que a maioria dos argumentos sobre esses temas não tem consistência, não passando de achismo ou de mera reação visceral. Ser complexo dá trabalho.
 
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br
 
Fonte: Correio do Povo, 16/04/11

Desejo o melhor pra você!


sábado, 9 de junho de 2012

A luta do SIM continua! Queremos o Estado do Tapajós!


PSB pode romper aliança com PT em Recife e lançar candidato próprio

FÁBIO GUIBU/DE RECIFE
A crise interna que coloca em risco a hegemonia de 12 anos do PT na Prefeitura de Recife poderá levar seu principal aliado, o PSB, a lançar candidato próprio a prefeito na capital pernambucana.

Por determinação do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, quatro secretários de Estado foram exonerados ontem de seus cargos e nomeados pré-candidatos do partido em Recife.


Sileno Guedes, Danilo Cabral, Geraldo Julio e Tadeu Alencar acompanharão as articulações internas do PT, mas também se movimentarão de forma independente.

Os socialistas, que ocupam a vice-prefeitura da capital, querem estar preparados para a possibilidade de o candidato imposto pelo PT, o senador Humberto Costa, não conseguir unir a base aliada, formada por 15 partidos.

A Folha apurou que Campos já avisou o ex-presidente Lula da possibilidade de romper a aliança em Recife.

O governador disse que aguardaria as tentativas de pacificação no PT, mas que seu limite seria o risco de uma derrota eleitoral, possibilidade que passou a enxergar com a resistência do prefeito João da Costa (PT) em aceitar a candidatura do senador.

O prefeito afirma que não se submeterá "a um ato de força" da Executiva Nacional do PT. Ele deve recorrer ao Diretório Nacional e não descarta procurar a Justiça para viabilizar a sua candidatura.

João da Costa venceu a prévia contra o deputado Maurício Rands, mas o PT anulou o resultado e marcou outra consulta. Antes da votação, o PT pediu que os dois retirassem suas pré-candidaturas em favor do senador. Rands aceitou; o prefeito, não.

Humberto Costa evita falar da polêmica e adota um tom conciliador em seus discursos. Ele disse que vai procurar o prefeito "quando a poeira baixar" e que pretende conversar com Campos sobre a manutenção da aliança.

Dos quatro pré-candidatos do PSB, os mais cotados para disputar a eleição são Sileno Guedes e Danilo Cabral.

Os dois já foram vereadores e têm perfis diferentes. Guedes é amigo antigo do governador e coordenava ações de mobilização popular. Cabral, que já ocupou a pasta da Educação, era secretário de Cidades e gerenciava obras, inclusive em Recife.

Assinatura do Jornal Mundo Jovem

Assinatura do Mundo Jovem/2012

É excelente para professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio  e todas as pessoas que queiram ficar bem informadas. Traz temas da atualidade, numa linguagem simples e acessível.

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Agroecologia: caminhos para o futuro

Em tempos de Rio+20, a humanidade vive uma encruzilhada civilizatória. A crise ambiental que vivemos não tem precedentes. É preciso mudar com urgência os rumos do desenvolvimento.
Muito da crise se deve ao sistema agroalimentar industrial, insustentável, que desmatou, matou ecossistemas e expulsou populações para dar lugar a monocultivos para exportação. Um sistema que usa mecanização pesada, agrotóxicos e sementes transgênicas produzidas por empresas multinacionais. As consequências são a expulsão de agricultores familiares para os centros urbanos, perda de solos e de biodiversidade, assoreamento e poluição de cursos d’água, contaminação dos alimentos. Esse modelo contribui para o aquecimento global, emite gases de efeito estufa porque desmata florestas e depende de queimar petróleo para fabricar fertilizantes e fazer a comida viajar longas distâncias.

Uma esperança
É nesse cenário que vem ganhando força no mundo um movimento contra-hegemônico: a defesa da agroecologia, uma ciência que aplica os princípios da ecologia à agricultura. Busca promover agriculturas em harmonia com a natureza, preservando florestas e águas, recuperando a fertilidade dos solos através do uso de matéria orgânica, promovendo a diversificação de cultivos e criações, com sementes crioulas produzidas pelos próprios agricultores, não usando agrotóxicos que poluem o ambiente e nem fertilizantes industriais que enfraquecem os solos. Com a agroecologia é possível produzir alimentos saudáveis, de alto valor biológico, livres de agrotóxicos e transgênicos. A ciência da agroecologia não é uma ciência autoritária e privatizada, mas democrática, pois respeita e valoriza os conhecimentos dos agricultores, e promove um diálogo destes com conhecimentos produzidos nas instituições de pesquisa.

Agroecologia é também um movimento social, pois defende propostas para a agricultura e luta por elas. O movimento agroecológico, que no Brasil tem como expressão política a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), é contra o latifúndio e defende a reforma agrária e o reconhecimento dos territórios tradicionais. Pois o desenvolvimento da agroecologia só acontece com uma agricultura familiar numerosa e forte. Também defende circuitos locais e solidários de produção e consumo de alimentos, crítico, portanto, aos impérios dos hipermercados.

Apesar das evidências dos impactos positivos da agroecologia, é necessário enfrentar mitos e construções ideológicas erguidos pelos defensores do sistema agroalimentar industrial. Este, para legitimar-se na sociedade como único caminho possível, desqualifica o enfoque agroecológico e a agricultura familiar como atrasados e incapazes de alimentar o mundo e promover desenvolvimento.

Os principais desafios da agroecologia são, portanto, de natureza política. Para enfrentá-los será necessário muita mobilização e resistência. Que sejam fortalecidas e multiplicadas experiências nos territórios, construídas redes solidárias entre o campo e cidade, e que se lute pela democratização do Estado e a construção de políticas públicas capazes de promover a agroecologia como o enfoque orientador para a agricultura e o meio rural, no Brasil e no mundo.

Denis Monteiroengenheiro agrônomo, secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Rio de Janeiro, RJ.

 Fonte: Mundo Jovem, edição nº 428, julho de 2012

Por uma economia sustentável e solidária

 
Luiz Cláudio Lopes da Silva (Mandela)Em todas as dimensões da vida, o jeito de fazer as coisas pode nos levar a um esgotamento. Basta ver o que fizemos com o planeta Terra, pela nossa forma de produzir e consumir. E se a economia é a base da vida, é por ela que precisamos iniciar uma grande mudança. Celebramos em 7 de julho o Dia Internacional do Cooperativismo, e a ONU estabeleceu 2012 como o ano especial sobre esse tema. É uma oportunidade para a consciência de que a economia, para ser justa e sustentável, precisa ser solidária. Somente na cooperação e na entreajuda, superando o individualismo e a competição, é que faremos um mundo melhor para todos. Com a palavra, o assessor da Cáritas Brasileira, Luiz Cláudio Lopes da Silva (Mandela).

  • O que é economia solidária? Economia solidária são experiências cujo pilar de toda uma estrutura de sociedade, a base dela, tenha como princípio fundante a perspectiva da solidariedade, do respeito à natureza, do respeito mútuo aos seres humanos. E, fundamentalmente, que a produção não vise ao lucro, mas que vise ao abastecimento, ao bem-viver das pessoas. Acho que isso é o que tem alimentado o movimento da economia solidária no mundo todo. Alguns intelectuais conseguiram sistematizar essas experiências, que muitas vezes estavam na perspectiva utópica ou de um ambiente muito restrito. E o que os intelectuais e as universidades têm conseguido é fazer com que essa utopia ou essas experiências se consolidem numa perspectiva inclusive de ciência. Mais ainda: que, a partir disso, essas experiências possam ser defendidas enquanto estruturação de sociedades.

  • É um movimento recente? Na verdade, algumas organizações da sociedade civil, algumas experiências de organizações sociais, de territórios ou de municípios já existiam há muitos anos. O que conceitualmente hoje se costuma dizer, enquanto um movimento que tem ramo na sociedade e na estrutura de Estado, é definir alguns princípios que fazem com que experiências organizadas por grupos, por famílias, por agrupamentos sociais sejam definidas como a construção de uma economia que venha a ser solidária. Esses princípios atingem aquilo que eles fazem das suas vidas, como organizam sua produção, sua economia, como organizam inclusive o beneficiamento de seus produtos e, fundamentalmente, como se organizam na erspectiva da comercialização e também do consumo.

  • Existem experiências concretas ou é mais uma utopia? Existem inúmeras experiências. Temos o exemplo do programa dos centros em formação de economia solidária, programas na perspectiva de fortalecimento da comercialização solidária. É um programa que o Senai desenvolve em parceria com a sociedade civil. Temos também o programa de agentes de desenvolvimento local, que já tem várias versões. Ele tem crescido em qualidade e é o mais recente, adotado por nós da Cáritas e também por muitas outras organizações que discutem as finanças solidárias. É o programa de levantamento do que existe no Brasil de fundo solidário, que tem relação nacional e nas regiões. Através da identificação dos fundos que existem e também do próprio processo da pesquisa, busca também demarcar que esses fundos possam se multiplicar e se fortalecer.

  • Os programas de governo que incentivam a economia solidária ajudam na sua expansão e qualificação? De um lado, o avanço do investimento do governo na economia solidária faz com que se ampliem as experiências e se amplie de forma satisfatória o processo de avanço da economia solidária no Brasil. Mas, de outro lado, o movimento também, quando passa a ser executor de ações governamentais, perde em mobilidade, em mobilização das redes e dos fóruns e do movimento da economia solidária como um todo. Mas é óbvio que o ano de 2012, que é o ano em que no mundo todo estamos debatendo em torno do cooperativismo, é um ano importante para o movimento cooperativista. Tais debates e atividades têm intensificado ações que buscam fazer com que a perspectiva cooperativista, como um ramo da economia solidária, possa demonstrar a sua contribuição para a garantia de uma vida mais digna às pessoas. Desde o fórum temático, que aconteceu em janeiro de 2012, até o final do ano, ocorre uma série de atividades do movimento da economia solidária, das organizações que trabalham com o cooperativismo solidário e também dos próprios órgãos governamentais, das redes de gestores.

  • Qual a contribuição da economia solidária e da agroecologia na produção de alimentos saudáveis? O movimento em torno das questões ecológicas e especificamente da agroecologia, em muitos casos, andou em separado, em trincheiras separadas. Mas tem avançado o debate em torno disso no movimento da economia solidária. E, recentemente, numa campanha em torno dos alimentos saudáveis e contra o uso de agrotóxicos, unificou o movimento da economia solidária, o movimento agroecológico e outros movimentos, sejam eles urbanos ou rurais, em torno da perspectiva de você fazer com o que o Brasil saia desse incômodo primeiro lugar entre os países que consomem e usam agrotóxicos. Portanto o movimento da economia solidária coloca essa pauta dos alimentos saudáveis e também do consumo consciente como uma pauta central. Inclusive lançou uma campanha em torno da necessidade de um projeto de lei da economia solidária. Queremos uma lei que regulamente a economia solidária e, com isso, chame a sociedade para debater a questão da necessidade de nós não só nos responsabilizarmos com aquilo que produzimos, que é o campo dos produ ores, mas também com aquilo que consumimos. Com isso se gera uma dupla mão de consciência em que quem consome vai buscar cada vez mais exigir de quem produz alimentos que sejam saudáveis, evitando consumir alimentos que, em vez de alimentar, venham a causar danos à saúde das pessoas.

  • Como se dá a relação da economia solidária com a juventude, com os jovens estudantes?
    Há algum tempo temos buscado debater com a juventude os conceitos, os princípios, os temas nos quais a economia solidária se baseia. Isto não é a mesma coisa do que dialogar com um camponês adulto ou idoso, ou com um adulto urbano. Inclusive, esses dois mundos de juventudes, o urbano e o rural, são diálogos e perspectivas diferenciadas quando se trata da economia solidária. Principalmente as juventudes urbanas, que são bombardeadas todos os dias com propagandas que estimulam a prática do consumismo. Mas eu diria que trabalhar com a juventude a economia solidária, especialmente em alguns pontos específicos, é um caminho muito importante. Um ponto relevante é questão do consumo solidário. Trata-se de abrir um caminho para trazer a juventude para esse debate. E ao mesmo tempo também levar para a juventude uma outra possibilidade de vida. Que os jovens, que agora estão entrando no mercado de trabalho, não sejam apenas braços e pernas para alimentar o mundo capitalista ou o neo-desenvolvimentismo. Esse mundo que está sendo alardeado aqui no Brasil como uma saída para possíveis e futuras crises. Também não se trata de criar uma disciplina a mais nas escolas sobre a economia solidária, ou apenas um curso de formação. Trata-se de introduzir a economia solidária como elemento e como pauta dos movimentos de juventude, ou dos movimentos que têm relação e diálogo com a juventude. A economia solidária pode ser uma perspectiva de horizonte, de outra economia. E ela já está acontecendo e pode acontecer cada vez mais.

    Fonte:Entrevista com Luiz Cláudio (Mandela), Mundo Jovem, edição nº 428, julho de 2012

Cassação de Cesar Maia/DEM o transforma em político ficha-suja

8/6/2012 14:15,  Por José Dirceu - de São Paulo 
  Cesar Maia entra para o rol dos políticos ficha-suja

Cesar Maia, do Democratas, três vezes prefeito do Rio e o que permaneceu no cargo por mais tempo na história da cidade (12 anos) teve os direitos políticos suspensos por cinco anos por decisão do juiz Ricardo Starling Barcellos, da 13ª Vara da Fazenda Pública da capital fluminnse. Cabe recurso e Maia, pré-candidato a vereador na eleição de outubro deste ano, já anunciou que pretende recorrer.

O ex-pefeito foi condenado por imbrobidade administrativa, por ter liberado em 2004, quando ocupava o cargo, cerca de R$ 150 mil para a construção de uma igreja no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Cesar Maia foi condenado, também, a pagar multa no valor do dinheiro liberado. Na sentença o magistrado destaca que a Constituição brasileira proibe o Estado de financiar qualquer culto religioso. Em sua defesa o ex-prefeito argumentou que prestar ajuda financeira para obras em templos é comum em todo o país, mesmo o Estado brasileiro sendo laico.

A explicação de Cesar Maia é de um cinismo sem limites. Qual a linha de raciocínio do prefeito para justificar seu comportamento e a ilegalidade cometida conforme aponta o juiz? Se todos fazem posso fazer, não importa se é ético ou moral. Pior, não importa se é ilegal! Na verdade Cesar Maia – e sua candidatura a vereador – é agora um ficha-suja.

Fonte: Jornal Correio do Brasil, 08/06/12

sexta-feira, 8 de junho de 2012

7 sintomas de AVC

O AVC, popularmente chamado de derrame cerebral, é a sigla para acidente vascular cerebral, o termo médico usado quando uma parte do cérebro sofre infarto, geralmente devido a uma falha na circulação do sangue. O AVC também pode ser chamado de AVE (acidente vascular encefálico) uma designação mais correta, já que o encéfalo engloba não só o cérebro, mas também o cerebelo, hipotálamo e o tronco cerebral, áreas do sistema nervoso central passíveis de sofrer infarto. 

Neste texto vamos abordar 7 sinais e sintomas clássicos do AVC que devem servir de alerta para o paciente procurar atendimento médico imediatamente. O pronto atendimento dos casos de AVC é essencial, pois o tratamento só é eficaz se for iniciado nas  primeiras horas do infarto cerebral.

Se você quiser maiores explicações sobre outros sintomas possíveis de AVC, fatores de risco, diferenças entre AVC isquêmico, AVC hemorrágico e ataque isquêmico transitório,  além das opções de tratamento, leia: AVC | ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL | Sintomas e tratamento.

Sintomas do AVC

1. Fraqueza nos membros.

Um sinal típico do AVC é a súbita fraqueza assimétrica dos membros. Geralmente a falta de força acomete um braço, uma perna ou um braço e uma perna em apenas um lado do corpo. A perda de força motora pode variar desde uma fraqueza muito suave até a paralisia total . Uma fraqueza motora súbita e unilateral é típica. Não é comum no AVC ambas as pernas ou ambos os braços serem acometidos ao mesmo tempo, com a mesma intensidade. Dormência, formigamento ou uma sensação de leves picadas de agulhas podem também estar presentes.

A paralisia, ou uma quase paralisia, são facilmente identificáveis pelo paciente e seus familiares. A dificuldade surge quando a perda de força é discreta. Neste caso, um teste simples pode ser feito. Levante os braços e mantenha-os por alguns segundos alinhados aos ombros (posição de múmia ou sonâmbulo). Se um dos braços começar a cair involuntariamente há um forte indício de fraqueza motora. O mesmo teste pode ser feito com as pernas, basta sentar-se e levantar as pernas, deixando os joelhos esticados.

A paralisia dos membros costuma surgir rapidamente, todavia, pode se iniciar apenas com formigamento e leve fraqueza, evoluindo para franca perda de força somente após algumas horas.

2. Assimetria facial

Desvio da comissura labial - Sintoma de AVC 
Sintomas do AVC - Paralisia facial
A paralisia facial unilateral é outro sinal típico do AVC.
O desvio da boca em direção contrária ao lado paralisado é o sinal mais comum e perceptível. Repare na figura ao lado. Este paciente apresenta uma paralisia facial do lado esquerdo. Note que a boca desvia-se para o lado direito e a comissura labial (vulgo bigode chinês) desaparece à esquerda, ficando mais proeminente à direita. 

No AVC, a paralisia costuma preservar a metade superior da face, sendo o paciente capaz de franzir a testa e levantar as sobrancelhas. Esta dica é importante porque na paralisia de Bell, quadro causado pela inflamação do nervo facial, toda hemiface do paciente fica paralisada (leia: PARALISIA FACIAL | PARALISIA DE BELL | Causas e Tratamento).

Outros sinais e sintomas que falam a favor de um AVC, e não da paralisia de Bell, são a perda de força em outras áreas do corpo, como membros, alterações na fala, perda de visão, desequilíbrios ou qualquer outro sintoma típico de AVC associado. A paralisia de Bell acomete única e exclusivamente a face.

Em alguns casos a paralisia facial é mais discreta e pode passar despercebida pelos familiares. Uma dica para ver se a boca está desviada é pedir para o paciente sorrir ou assobiar. Se houver paralisia, esta será facilmente notada com essas manobras.

3. Alterações da fala

Outro sinal típico do AVC é a alteração da fala e do discurso. O paciente com AVC pode apresentar uma gama de distúrbios que no final se caracterizam por uma dificuldade em falar. As duas alterações mais comuns são a afasia e a disartria. 

A afasia é a incapacidade do paciente em nomear objetos e coisas. O paciente não consegue falar normalmente pois não consegue dizer nomes simples como cores, números e objetos. Em alguns casos o paciente nem sequer é capaz de repetir uma palavra dita por um familiar. Dependendo da afasia, o paciente pode conseguir pensar no objeto, entender seu significado, mas simplesmente não saber como dizer o seu nome. É uma perda da linguagem verbal. O discurso pode ficar confuso, pois o paciente só consegue dizer algumas palavras, sendo incapaz de dizer outras.

Muitas vezes o paciente também não consegue escrever o nome desses objetos. Há tipos de afasia em que o paciente deixa de compreender o que algumas palavras significam, não consegue falar, não entende os outros e não consegue mais entender o que está escrito. Neste caso o paciente perde a habilidade da linguagem globalmente.

A disartria é outro distúrbio da fala e se apresenta como uma dificuldade em articular as palavras. O paciente entende tudo, mas falta-lhe habilidade motora para mover os músculos da fala de modo a articular corretamente as palavras. O paciente até consegue nomear coisas, mas o faz de modo enrolado, às vezes incompreensíveis para quem está ouvindo.

4. Confusão mental

Uma alteração do discurso também pode ocorrer por desorientação e confusão mental. O paciente pode perder a noção do tempo, não sabendo dizer o ano nem o mês que estamos. Pode também ficar desorientado espacialmente, não reconhecendo o local onde está. Estas alterações são comuns em pequenos AVCs em idosos. Múltiplos pequenos AVCs podem levar à demência. 

5. Alterações na marcha

O paciente com AVC pode ter dificuldade em andar. Esta alteração da marcha pode ser causada por desequilíbrios, por diminuição da força em uma das pernas ou mesmo por alterações na coordenação motora responsáveis pelo ato de andar. Neste último caso o paciente mantém a força preservada nos membros inferiores, porém anda de modo descoordenado; tem dificuldade em dar passos.

Há casos em que o AVC pode causar tonturas, fazendo com que o paciente não consiga andar por estar tonto. Porém, o mais comum é paciente não sentir-se tonto, mas ainda assim não ter equilíbrio ao andar. Na verdade o paciente pode não conseguir nem se manter em pé parado, caindo para os lados se não tiver apoio.

6. Crise convulsiva

Alguns casos de AVC se manifestam como crise convulsiva, que são abalos motores generalizados associados à perda da consciência. A crise convulsiva pode ser um dos sintomas do AVC, mas pode também ser uma sequela. Alguns pacientes tornam-se epiléticos após um terem tido um AVC. Para saber mais sobre epilepsia e crise convulsiva, leia: EPILEPSIA | CRISE CONVULSIVA | Sintomas, tipos e como proceder.

7. Coma

Um sinal de gravidade do AVC é a redução do nível de consciência, às vezes ao ponto de se entrar em coma. A perda da consciência costuma ser um sintoma de um AVC extenso ou AVC hemorrágico.É um sinal de mau prognóstico.