sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Polícia impede protesto de professores no Mangueirão


PM proíbe passeata pela avenida Augusto Montenegro e esvazia novo ato da categoria


Cerca de 150 trabalhadores em educação pública do Pará que buscavam chamar atenção da sociedade e governo para a greve dos professores que começou na terça, 27, foram impedidos pela Polícia Militar de realizar manifestação ontem, quando aconteceu em Belém o jogo da Seleção Brasileira de Futebol. O ato sairia por volta das 17h de frente do Centro de Convenções da Assembleia de Deus, o Ginásio do Centenário, até Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, mas, com a proibição, os servidores decidiram protestar no ponto de concentração, por meio de faixas e cartazes e distribuição de panfletos aos condutores de veículos, pedestres e ciclistas que passava pela área.

O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Williams Silva, observa que a atitude da polícia foi arbitrária. "Não viemos aqui tumultuar o jogo da seleção nem queimar a imagem do governo. Queríamos apenas informar à sociedade os motivos pelos quais estamos em greve. É por meio, principalmente, de panfletos e da comunicação visual (faixas e cartazes) que conseguimos levar informação à população e um dia como hoje (ontem), em que ocorre o jogo da Seleção Brasileira, é especial porque concentra muitas pessoas. A polícia disse que não poderíamos seguir em grupo, mas individual, ou seja, seria mais fácil para o servidor ser detido. Contudo, recuamos porque estamos em número menor que a polícia e para evitar colocar em risco a integridade física das pessoas", disse Williams.

Segundo o coronel Saraiva, da Polícia Militar, que estava no comando da operação nesse trecho, os trabalhadores em grupo foram proibidos de seguirem rumo ao Mangueirão para evitar tumulto. "Como se trata de um evento esportivo, a estatuto do torcedor traz que não pode haver concentração de pessoas em um raio de cinco quilômetros do local do jogo. Além disso, existe a possibilidade de outras pessoas que não manifestantes se infiltrarem no ato e provocar tumulto. Preferimos, então, não permitir para evitar maiores transtornos, pois aí ficaria mais difícil controlar a situação", justifica.

Fonte: O Liberal 29/09/11

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