segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Boris Johnson apresenta planos para desconfinamento na Inglaterra

Desde que o início do confinamento em 5 de novembro, "o número de novos casos está diminuindo", disse Johnson

Correio Braziliense, 23/11/2020 13:12
     (crédito: Eddie MULHOLLAND / POOL / AFP)

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson explicará nesta segunda-feira como pretende desmantelar o segundo confinamento contra o coronavírus na Inglaterra e substituí-lo por novas restrições e um programa massivo de testes à espera do início da vacinação.

Desde que o início do confinamento em 5 de novembro, "o número de novos casos está diminuindo", disse Johnson, citado em um comunicado.

"Ainda não estamos fora de perigo (...) mas com a ampliação dos testes e vacinas mais perto da distribuição" será possível aplicar um "sistema de restrições locais que vai ajudar a manter o vírus sob controle", acrescentou.

Forçado a ficar em quarentena após ter entrado em contato com um deputado conservador que posteriormente foi diagnosticado com covid-19, o primeiro-ministro falará aos deputados por videoconferência antes de dar uma entrevista coletiva virtual no final da tarde.

Ele deve anunciar que lojas, pubs e restaurantes não essenciais poderão reabrir a partir de 3 de dezembro, o que dará um impulso nas semanas que antecedem o Natal para uma economia duramente atingida pela pandemia.

Então, por alguns dias perto do Natal, as restrições deverão ser relaxadas para que as famílias possam se reunir.

As quatro nações que compõem o país - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte - buscam coordenar suas políticas para que as famílias possam viajar nas mesmas condições.

Com mais de 55.000 mortes confirmadas por covid-19, o Reino Unido é o país mais atingido pela pandemia na Europa.

Otimismo de Paulo Guedes em relação à economia é ‘infundado’ e ‘anticientífico’, diz economista

DCM, 23 de novembro de 2020
   O MINISTRO DA ECONOMIA PAULO GUEDES (FOTO: CARL DE SOUZA/AFP)

Publicado originalmente no site Rede Brasil Atual (RBA)

Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, alardeia que o Brasil saiu da recessão, buscando criar um clima de retomada, a realidade parece ser mais complicada. A economista Juliane Furno destaca que alguns setores, como o comércio, já “estacionaram”, após leve recuperação. Ela prevê que o último trimestre do ano deve voltar a registrar retração, por conta da redução de 50% no valor do auxílio emergencial.

O cenário é ainda mais “dramático” em função da alta do preço dos alimentos, que prejudica principalmente as famílias de baixa renda. Trata-se uma inflação de custos, que é explicada pela alta do dólar e pela demanda do mercado externo.

“O aquecimento da demanda internacional por alimentos fez com que o agronegócio, que é profundamente descompromissado com o povo brasileiro, aproveitasse essa onda do real desvalorizado e exportasse todas as mercadorias, desabastecendo o mercado interno”, afirmou a economista, em entrevista ao programa Revista Brasil TVT neste domingo (22).

Livro da Vaza Jato mostra assessoria de Vladimir Netto para Dallagnol e intimidade de DD com dono da Globo

DCM, 23 de novembro de 2020
           Vladimir Netto e Deltan Dallagnol em lançamento de livro

O livro do Intercept sobre a Lava Jato, de Letícia Duarte, traz duas reportagens inéditas: uma sobre as relações dos procuradores com a Globo, outra sobre o dia da condução coercitiva de Lula.

Quem aparece muito nos diálogos do Telegram é o repórter Vladimir Netto, do Jornal Nacional, responsável por vários “furos” que lhe foram passados pela República de Curitiba.

Além dele, surge um dos donos da emissora, João Roberto Marinho. 

“Subcultura policial premia o racismo. O inimigo é preto e pobre”, diz tenente-coronel aposentado

Pesquisador sobre violência policial, Adilson Paes de Souza diz que o ensino sobre racismo nas escolas militares se restringe a cotas

Forum, 23 nov 2020 - 10:03
   Adilson Paes de Souza (Reprodução)

Tenente-coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo e pesquisador na área de Direitos Humanos e Violência Policial, Adilson Paes de Souza afirmou em entrevista ao Fórum Café desta segunda-feira (23) que existe uma “subcultura” no meio policial que nega o racismo estrutural no país.

“Nós temos uma subcultura policial que premia o racismo. O elemento a ser combatido é o negro, o pobre. Isso se chama sujeição criminal. Nós temos um sistema formal fraco, inconsequente, não transparente, que determina que o inimigo é o preto”, afirma.

O oficial aposentado também relata que, ao estudar em sua tese de mestrado os temas abordados na formação dos policiais militares, percebeu que a questão do racismo é tratada apenas sob a ótica da lei de cotas.

“O que é ensinado, quando consta o tema de racismo, eles se limitam a falar sobre a lei de cotas, como se a questão do racismo no Brasil fosse uma questão de lei de cotas. E sabe Deus como eles abordaram esse tema”, ironiza.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos tinha de três a quatro horas aula e se resumia a passar o organograma da ONU”, relata Adilson, em tom de crítica. “As autoridades negam o racismo no dia a dia”, completa.

Adilson então estende sua crítica ao sistema Judiciário, especialmente quando julga casos de racismo como “injúria racial”.

“O Estado é racista quando o negro agredido chega na delegacia para fazer uma queixa e é registrado como injúria racial, e não racismo. Quando o juiz julga por injúria racial e não racismo, o Judiciário chancela esse racismo”, afirma.

O pesquisador então completa dizendo que, para ele, a investigação sobre o assassinato de João Alberto por seguranças do Carrefour de Porto Alegre “vai dar em nada”. “Daqui três a quatro meses esses senhores vão ser colocados em liberdade”, afirma.

Manuela é chamada de “vadia” em áudio atribuído à coordenação da campanha de Sebastião Melo

"Se entrar essa vadia ai vai ser um problema muito sério para a cidade", diz o áudio divulgado pelo ativista digital Luiz Muller

Por Plinio Teodoro 23 nov 2020 - 07:26
   Manuela d´Ávila e Sebastião Melo - Montagem

Um áudio atribuído à coordenação da campanha de Sebastião Melo (MDB), que lidera as pesquisas de intenção de voto no segundo turno da disputa à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D’Ávilla (PCdoB) é chamada de “vadia”. O áudio foi divulgado pelo blogueiro e ativista digital Luiz Muller em seu perfil no Twitter na madrugada desta segunda-feira (23).

“Esse é um recado ai para aqueles que estão sempre viajando, para estarem ai na semana que vem e votarem no Melo para acabar… Porque se entrar essa vadia ai vai ser um problema muito sério para a cidade”, diz o áudio.

Cercado de bolsonaristas e com vice – Ricardo Gomes – do DEM, Sebastião Melo tem elevado o tom da campanha, calcada no estado “mínimo”.

Sócio oculto de Allan dos Santos no Terça Livre tem contrato com empresas públicas

Bruno Ayres ,tem ainda uma empresa nos EUA, para onde Allan dos Santos fugiu após ser acusado de comandar a milícia digital bolsonarista em inquérito conduzido pelo STF. Blogueiro também teria feito ponte de empresário com veio da Havan

Forum, 23 nov 2020 - 12:37
Allan dos Santos é um dos investigados pelo STF (Foto: Twitter)

Investigação da Polícia Federal (PF) revelou que Bruno Ayres, sócio oculto de Allan dos Santos no site bolsonarista Terça Livre, possui contrato com empresas pública em outra empresa de tecnologia comandada por ele. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) em reportagem de Thiago Bronzatto, no site da revista Veja.

Segundo a Veja, mensagens obtidas pela PF mostram ainda que Bruno pediu ajuda para Allan dos Santos, que conheceu em um evento em Brasília em 2014, para se aproximar de Luciano Hang, o veio da Havan.

Procurado pela revista, Bruno disse ter optado pela modalidade jurídica de “sócio oculto” por que se adequaria melhor à sua participação no negócio. “Não estou oculto no negócio”, afirmou ele, ressaltando que participa na “condição de sócio participante”.

“Sou empresário há 20 anos e presto serviços majoritariamente para o setor privado. Os poucos contratos públicos que tenho foram iniciados antes do início do atual governo”, confessou.

Carro de luxo

Bruno teria falado com um dos funcionários do Terça Livre para não expor uma carro de luxo na garagem de Allan.

Ainda segundo a investigação da PF, um analista de sistema do BNDES, que ganha R$ 38 mil mensais disse ter dado espontâneamente R$ 90 mil para o site bolsonarista. Um técnico de informática do Tribunal de Contas da União (TCU) também confessou ter depositado R$ 53 mil na conta de Allan porque gostou dos curso online do blogueiro.

Allan dos Santos mora atualmente nos EUA, para onde fugiu depois de ser acusado de ser o chefe da milícia digital bolsonarista. Bruno Ayres também é sócio de uma companhia sediada em Delaware, nos Estados Unidos.

Testes de covid comprados pelo Ministério da Saúde já estão vencidos e prejuízo pode chegar a R$ 290 milhões

DCM, 23 de novembro de 2020
Exames no depósito em Guarulhos. Foto: Ministério da Saúde

Parte dos 6,8 milhões dos testes de covid-19 já está vencida, segundo boletim da Globonews.

A reportagem não informa quantos, mas assegura que houve perda.

Jair Bolsonaro negou responsabilidade pelo desperdício.

Uma seguidora tomou conhecimento da reportagem de O Estado de S. Paulo e fez uma pergunta na rede social de Bolsonaro.

“Bom dia, Sr. Presidente. Fiquei sabendo agora que testes de covid vencerão em breve. Me desculpe o desabafo, mas isso não pode acontecer, se é que é verdade mesmo, não é? Gostaria de saber se procede essa informação”.

Bolsonaro respondeu:

“Todo material foi enviado para Estados e municípios. Se algum Estado/município não usou, deve explicar seus motivos”.

Pelo que se lê pela reportagem, Bolsonaro mentiu mais uma vez.

Os testes estão armazenados em um galpão do Ministério da Saúde em Guarulhos.

Segundo os especialistas, a testagem é fundamental para o combate à pandemia, pois identifica o contaminado e o isola, evitando que transmita o vírus.

Por que o governo federal não fez testagem em massa?

Uma possibilidade é que não queira saber quantos casos da doença existem no Brasil.

Outra é incompetência mesmo, uma marca deste governo.

A reportagem informou que o SUS aplicou 5 milhões de testes, depois de gastar R$ 764,5 milhões com a aquisição de material para realizar os exames, incluindo os kits para testes (com reagentes).

Caso tenha que jogar os testes no lixo, o prejuízo será de R$ 290 milhões.

O Ministério da Saúde informou que está consultando a Anvisa para saber se, mesmos vencidos, os testes poderão ser usados.

Folha reconhece, com atraso, que Haddad foi quem mais investiu em São Paulo. Covas é o último

A uma semana das eleições em São Paulo, o jornal Folha de S. Paulo finalmente reconhece que Fernando Haddad, do PT, foi quem mais investiu na cidade: R$ 15,4 bilhões, contra R$ 15,2 bilhões de Gilberto Kassab, R$ 10,4 bilhões de José Serra e apenas R$ 8,2 bilhões de Bruno Covas

Brasil 247, 22/11/2020, 09:54 h Atualizado em 22/11/2020, 10:21
Fernando Haddad e Bruno Covas (Foto: Brasil 247 | Kelly Fuzaro/Band)

O ex-prefeito Fernando Haddad, do PT, que apoia a candidatura de Guilherme Boulos, do Psol, no segundo turno da disputa municipal em São Paulo, foi quem mais investiu na metrópole nos últimos quinze anos. O levantamento foi feito pelo jornal Folha de S. Paulo, que levantou os gastos em obras, deixando de fora despesas fixas, como salários, previdência e outros gastos correntes. 

A reportagem publicada neste domingo, assinada pelo jornalista Artur Rodrigues, aponta que Haddad investiu R$ 15,4 bilhões, contra R$ 15,2 bilhões de Gilberto Kassab, do PSD, e R$ 10,4 bilhões de José Serra. O pior desempenho é o de Bruno Covas, do PSDB, com apenas R$ 8,2 bilhões, mesmo somando seus números com os do antecessor João Doria, hoje governador de São Paulo. Os valores foram corrigidos e atualizados pela inflação – o que permite uma comparação real entre as quatro gestões.

Os principais investimentos de Haddad foram feitos em mobilidade urbana, como nos novos corredores de ônibus e nas ciclovias, o que conferiu a São Paulo uma aspecto mais moderno e humano. Covas, por sua vez, concentrou seus investimentos em recapeamento de vias urbanas e não realizou nenhuma obra que tenha deixado qualquer marca na cidade.

domingo, 22 de novembro de 2020

Militares não têm projeto e não vão largar a 'boquinha' do governo Bolsonaro, diz professor Eduardo Costa Pinto

“Eles vão fazer DR o tempo inteiro, mas na hora H o quê? Estão juntos. Eles não vão largar essa boquinha e não têm projeto”, disse à TV 247 o professor da UFRJ. 

Brasil 247, 20/11/2020, 19:45 h Atualizado em 20/11/2020, 20:34
Eduardo Costa Pinto, Jair Bolsonaro e Augusto Heleno (Foto: ABr | Reprodução)

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Costa Pinto analisou na TV 247 a situação dos militares que compõem o governo Jair Bolsonaro. Para ele, os generais não têm um projeto para o Brasil, coisa que não aconteceu nem durante a ditadura militar, segundo o professor, e não irão abandonar o governo porque têm interesses econômicos ligados à gestão.

Ele comparou a participação política dos militares bolsonaristas ao que ocorreu durante a ditadura militar, que vigorou entre 1964 e 1985 no Brasil. Guardadas as devidas proporções e sem considerar todas as torturas e perseguições praticadas pelo regime, o professor afirmou que os militares de 64 tinham ao menos um projeto de desenvolvimento brasileiro, o que não ocorre atualmente. “Em 64, e principalmente depois de 67, é evidente que foi autoritário que teve tortura, evidente que foi golpe, mas eles tinham projeto para o País. Gostemos ou não, eles tinham. Foi golpe, foi autoritário, mas tinha projeto de País. O pessoal que hoje está no governo Bolsonaro é o pessoal do Frota que disputou com Golbery, e na cabeça deles o erro do governo foi a distensão, foi não ter eliminado os comunistas, porque o perigo que eles acham não é o externo, é o inimigo interno. Eles têm um fantasma da Intentona dos anos 30, e é por isso que ele pegaram o marxismo cultural para servir como mote para trazer de novo o inimigo interno”.

Segundo Costa Pinto, a presença dos militares na política hoje se resume a interesses econômicos, ligados principalmente a benefícios que podem ser gerados por eles por meio do governo aos quartéis. “Não dá para ter nenhum tipo de expectativa de que os militares têm projeto. Hoje o que são os militares brasileiros? A ‘boquinha’, é o aumento dos gastos da Defesa, é o aumento do salário, é a volta do Estado Social. Imagine o seguinte: desde 85 eles foram escanteados, agora eles são recebidos por empresários, são escutados. Essa coisa simbólica é muito forte. Mais ainda: projetos, consultorias. Imagine os generais que estão agora com empresas de consultoria prestando serviços para o Estado. Não tem sentido nem econômico e nem lógico eles saírem do governo Bolsonaro. Eles vão fazer DR o tempo inteiro, mas na hora H o quê? Estão juntos. A minha preocupação é quem vai colocar o gênio de volta na garrafa. A depender do problema econômico que vamos ter pela frente, pode sim gerar problemas e caos social importantes. E eles vão ficar colados no Bolsonaro o tempo inteiro. Isso me preocupa inclusive quando a gente já estiver em ano eleitoral lá na frente. Eles não vão largar essa boquinha e não têm projeto”.

“Se a esquerda não tirar lições dessas eleições, não iremos a lugar nenhum”, afirma ex-ministro Roberto Amaral

“Foram os partidos de esquerda que colocaram o Crivella no segundo turno e quase impediram a ida do Boulos para o segundo turno”, disse na TV 247 o ex-ministro, que falou da necessidade de se intensificar a política de alianças no campo progressista brasileiro. 

Brasil 247, 20/11/2020, 19:57 h Atualizado em 20/11/2020, 20:34
   Roberto Amaral (Foto: Divulgação)

O ex-ministro Roberto Amaral, em participação no programa Brasil Popular transmitido pela TV 247, fez duras críticas às diligências partidárias brasileiras de esquerda que não conseguiram chegar, ao menos a maioria, em um consenso para a formação de alianças para a disputa das eleições de 2020.

Para ele, é nítido que a formação de alianças faz com que o campo progressista avance, mas mesmo assim as legendas insistem em disputar a hegemonia do setor. Amaral chegou a dizer que foram as legendas de esquerda que permitiram a ida de Marcelo Crivella (Republicanos) para o segundo turno no Rio de Janeiro, já que no pleito carioca o setor se dividiu em três candidaturas diferentes. 

“Se a esquerda não tirar lições dessas eleições, nós não iremos a lugar nenhum. O Bolsonaro não teve o desempenho que desejava, nós também não tivemos o desempenho que desejávamos, ao contrário: tivemos o desempenho que temíamos. O Bolsonaro conseguiu colocar dois candidatos seus, um em Fortaleza e outro no Rio de Janeiro. Eu disse que ele colocou no Rio de Janeiro mas eu fui injusto com os partidos de esquerda do Rio de Janeiro, foram eles que colocaram o Crivella no segundo turno e quase impediram a ida do Boulos para o segundo turno. Desculpe a minha severidade, mas eu não preocupo com os acertos dos meus adversários, me preocupo muito com os nossos erros porque os nossos erros estão sendo repetitivos. Onde foi que nós tivemos algum desempenho? Onde recuperamos a política de aliança. Será que não dá para ver que quando a gente faz políticas de aliança a gente avança e quando não faz a gente anda para trás? O que ocorreu em Porto Alegre? Uma aliança do PT e do PCdoB. Finalmente o PT entendeu que não basta ele se julgar hegemônico e impor o candidato, lá optou pelo candidato que tinha melhores condições, a mesma coisa em Belém. Se não começarmos a conversar, o Bolsonaro vai continuar sorrindo”.

Segundo Amaral, os acontecimentos positivos do pleito de 2020 foram a consolidação de Guilherme Boulos (PSOL) como uma liderança nacional de esquerda e a autonomia da militância de tal campo, que não se submeteu às determinações dos partidos e sabiamente empurrou Boulos para o segundo turno. “Essas eleições trouxeram, porém, um lado altamente positivo, duas emergências. Uma, a rebeldia dos nossos militantes, que não aceitaram a ortodoxia dos nossos partidos e compreenderam que era fundamental levar um candidato do nosso campo para o segundo turno e que o candidato possível era o Boulos, porque além de ser possível, era o melhor. Quero registrar como dado para trabalharmos daqui em diante a emergência do Boulos como uma liderança nacional, qualquer que seja o resultado do segundo turno. Trata-se de uma liderança nova, que veio do campo popular e que mostrou que é possível fazer uma campanha ampla sem abdicar de seus princípios”.