segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Golpistas vão dar Alcântara a Tio Sam

Waldir Pires impediu o que eles fazem agora de graça

Conversa Afiada, 23/01/2017

Diz o Globo Overseas Investment BV, em reportagem de Eliane Oliveira, Gabriela Valente e Roberto Maltchik:

Após o fracasso na parceria com os ucranianos para o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que causou prejuízo de pelo menos meio bilhão de reais ao Brasil, o Palácio do Planalto está pronto para negociar o uso da base com os Estados Unidos. A ideia é oferecer aos americanos acesso ao centro de lançamento, cobiçado por sua localização rente à Linha do Equador, que diminui o gasto de propelente em cada empreitada especial, para, em troca, utilizar equipamentos fabricados pelos potenciais parceiros.

O uso dos modernos sistemas espaciais dos Estados Unidos, jamais obtidos pela indústria nacional, porém, não significará transferência tecnológica ao setor privado brasileiro. Pelo contrário: para que a negociação avance, o Brasil terá que aprovar uma lei que indique de forma técnica e pormenorizada a proteção que será dada a todo componente tecnológico manipulado em solo brasileiro. O mesmo texto precisa ser avalizado pelo Congresso americano. Se parte das exigências dos EUA forem alteradas pelos parlamentares do Brasil, e as mesmas forem consideradas insatisfatórias pelos congressistas americanos, não tem negócio.

O tema sempre esbarra na proteção à soberania nacional, uma vez que setores do Centro de Lançamento de Alcântara poderiam ficar inacessíveis aos técnicos brasileiros justamente pela proteção à propriedade intelectual do país parceiro. Foi esta a argumentação, que provoca polêmica entre diferentes setores dentro e fora do governo, que impediu o avanço da primeira tentativa de acordo, costurada ainda no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

PROPOSTA ANTERIOR EMPERROU

À época, a proposta não avançou no Congresso Nacional. Os parlamentares consideravam o acordo desequilibrado e conflitante com as leis brasileiras. A maior crítica é que o governo dos EUA manteria controle sobre áreas segregadas em território brasileiro.

(...)

Tereza Cruvinel já tinha advertido que o Padim Pade Cerra, o "Careca" da lista de alcunhas da Odebrecht se preparava para fazer essa doação - agachado e de costas.

Sempre se soube que os Estados Unidos não queriam que o Brasil tivesse um programa de foguetes.

Os entreguistas que assaltaram a Republica dos Estados Unidos do Brasil não merecem o passaporte brasileiro.

Leia a íntegra da valente defesa do interesse nacional brasileiro que fez o então deputado Waldir Pires, e que acabou por detonar na Câmara o projeto entreguista de FHC Brasif e seu ministro - entreguista - Ronaldo Sardenberg.

Essa é a conclusão:

(...)

parece-nos claro que o acordo em pauta, na medida em que proíbe qualquer transferência de tecnologia e impõe cláusulas verdadeiramente abusivas à República Federativa do Brasil, cria situação discriminatória contra o País, o que fere frontalmente o artigo 1ª do Tratado do Espaço.

Assim sendo, o acordo em discussão suscita questionamentos de toda ordem, desde sua conveniência para o desenvolvimento tenológico do País e o programa espacial brasileiro, até a sua adequação ao princípio da soberania nacional e ao direito espacial internacional.

Ressalte-se que deixamos de comentar o caráter flagrantemente inconstitucional de algumas de suas cláusulas, o que certamente ocorrerá na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, que é a instância regimentalmente incumbida de pronunciar-se sobre o assunto. O Brasil decidiu afirmar, da maneira mais inquestionável, o zelo da sua soberania, quando na Constituição da República de 1988, fez o que fez. Abriu-se, no Título I, iniciando o elenco dos princípios constitutivos e norteadores da Nação, com a enunciação da Soberania, que não pode ser violada.

Também omitimos neste parecer considerações relativas aos impactos ambiental e social que a comercialização do CLA acarretará, os quais não foram convenientemente avaliados. Preocupa-nos, sobretudo, o destino das comunidades tradicionais de Alcântara, que estão sendo fortemente afetadas pela ampliação da base. No nosso entendimento, o presente acordo deveria, caso seja aprovado nesta Comissão, ser submetido também ao crivo da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, que para pronunciar-se com maior propriedade a respeito da preservação dos interesses sociais e humanos dessas comunidades.

Devemos deixar claro que não nos posicionamos contrariamente ao uso comercial do Centro de Lançamentos de Alcântara e muito menos à cooperação com outros países, no âmbito dos usos pacíficos do espaço exterior. Tanto é assim, que os acordos de cooperação referentes a essa área, inclusive o celebrado com os EUA, foram aprovados sem restrição nesta Casa. Porém, as exigências abusivas, desnecessárias e descabidas impostas pelo governo dos Estados Unidos da América para permitir que suas empresas usem o CLA nos impedem de avalizar o presente ato internacional.

Se o governo dos EUA estivesse disposto a permitir a utilização das instalações do CLA e a cooperar com o Brasil seguindo diretrizes consentâneas com o direito internacional e com base na reciprocidade e respeito mútuo, que sempre devem pautar as relações entre as nações, tenham elas o mesmo nível de desenvolvimento ou não, aplaudiríamos quaisquer iniciativas destinadas a cumprir tal finalidade.

Mais especificamente, um acordo de salvaguardas tenológicas minimamente aceitável teria de ter, sob nosso prisma, as seguintes características:

a) a proteção da tecnologia sensível seria responsabilidade, por igual, de ambas as Partes Contratantes, conforme os compromissos internacionais anteriormente assumidos;

b) as "áreas restritas" seriam controladas por ambos os governos e as autoridades e técnicos brasileiros devidamente credenciados pelo Brasil teriam inteira liberdade de nelas adentrarem;

c) eventuais vetos políticos de lançamentos só se concretizariam mediante consenso de ambos os países;

d) a República Federativa do Brasil teria a inteira liberdade de usar o dinheiro provindo do uso do CLA para investir onde bem entendesse, inclusive no desenvolvimento do seu veículo lançador;

e) a alfândega da República Federativa do Brasil poderia, sempre que julgasse necessário, abrir os "containers" enviados, contando com apoio de técnicos norte-americanos para identificar o material ali contido;

f) a República Federativa do Brasil, na condição de nação soberana, teria de ser respeitada na sua competência de poder negociar transferência de tecnologia com terceiros países e cooperar com nações que não fossem membros do MCTR nos usos pacíficos do espaço exterior e na utilização de sua base: e

g) além do pagamento pelo uso do CLA, o acordo deveria contemplar transferência de tecnologia espacial destinada aos usos pacíficos do espaço exterior.

Entretanto, o ato internacional em apreço não possui tais dispositivos e representa o oposto de qualquer acordo baseado no princípio da reciprocidade e no respeito mútuo. Trata-se, como já demonstramos, de diploma internacional que consubstancia dispositivos assimétricos inspirados na desconfiança, no pressuposto de que o nosso país não honrará os compromissos internacionais anteriormente assumidos, no entendimento tácito de que o Brasil não deve desenvolver capacidade tecnológica para construir veículos lançadores de satélites e, acima de tudo, no desprezo à soberania da nação brasileira.

Ante o exposto, o nosso voto é pela rejeição do texto do "Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América sobre Salvaguardas Tecnológicas Relacionadas à Participação dos Estados Unidos da América nos Lançamentos a partir do Centro de Lançamentos de Alcântara", celebrado em Brasília, em 18 de abril de 2000.

Sala da Comissão, em 17 de agosto de 2001.
Deputado Waldir Pires, Relator

Janot entra na disputa do comando da Lava Jato


"Ao visitar nesta segunda-feira 23 a presidente do STF, Cármen Lúcia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entrou na mal dissimulada disputa sobre a sucessão na relatoria da Lava Jato no STF", diz Tereza Cruvinel.

Ela explica que Janot "tem a prerrogativa de pedir oficialmente ao STF que redistribua os processos ou indique novo relator".

No encontro, o PGR "deve ter-se inteirado de que Cármen Lúcia, já inclinada a tomar esta decisão, não gostaria de ser atropelada por um pedido seu, dando a impressão de que o STF agiu a reboque do Ministério Público para evitar que a relatoria fique para o ministro que Temer indicará para a vaga aberta com a morte de Teori".

Segundo Tereza, os dois "convergem no sentido de que o STF não pode deixar a relatoria de Teori ser herdada por um nome indicado de Temer e aprovado pelo Senado onde muitos são investigados".

Imprensa que gritou com Dilma e Lewandowski se cala com Michel e Gilmar

O encontro de "velhos amigos" nos jardins do Jaburu entre Gilmar Mendes e Michel Temer, um juiz e um investigado, serviu para comprovar o duplo padrão de julgamento da imprensa brasileira.

Antes do golpe parlamentar de 2016, essa mesma imprensa se escandalizou quando a presidente Dilma Rousseff se encontrou com Ricardo Lewandowski em Portugal para tratar do reajuste do Judiciário.

A gritaria foi intensa e o então ministro José Eduardo Cardozo foi chamado a prestar explicações.

Agora, com o encontro entre Temer e Gilmar ocorre poucos dias após a morte de Teori Zavascki, que estava prestes a homologar as delações da Odebrecht, que atingem o Palácio do Planalto e vários de seus ministros, a imprensa se cala.

FMI contradiz Temer e já fala em recessão em 2017


Depois de rebaixar a perspectiva de crescimento da economia brasileira de 0,5% para 0,2% em 2017, o Fundo Monetário já passa a considerar a hipótese de mais um ano de queda do PIB.

“Estamos revisando ligeiramente para baixo a previsão de crescimento do Brasil. Isso reflete que o ano de 2016 foi mais negativo do que havíamos esperado”, disse Alejandro Werner, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.

Em 2016, primeiro ano do golpe, a economia deve fechar com queda superior a 3,5%.

Michel Temer e Henrique Meirelles têm dito que a confiança voltou, mas não é o que mostram os números da economia.

Parente defende veto a empresas brasileiras


Cerca de 30 empresas estrangeiras foram convidadas pela Petrobras a participar da licitação das obras da unidade de processamento de gás natural do pré-sal, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o que despertou reações negativas no setor.

Em nota, a estatal diz que fatiar a obra em diferentes contratos seria um problema e lembra que 20 das maiores empresas de engenharia do país estão impedidas de participar da licitação por envolvimento na Lava Jato.

Algumas estrangeiras convidadas por Pedro Parente, porém, também são acusadas de corrupção em vários países.

Todas as medidas que Dilma tentou implantar foram sabotadas pelo Congresso. Porquê?


Eugênio Aragão, ministro da Justiça do Brasil entre 14 de março e 12 de maio de 2016, no ocaso do governo de Dilma Rousseff, disse que "os dados já tinham caído" na época da sua chegada à Esplanada dos Ministérios.

Os "dados" são aqueles da crise política, sendo o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff "uma questão de tempo".

"Foram 14 meses de profunda crise política, uma crise econômica que veio a reboque da crise política, porque todas as medidas, que o governo deveria implementar para enfrentar a crise, eram sistematicamente sabotadas pelo Congresso. Leia-se, por Eduardo Cunha!", afirma Aragão, em entrevista à agência Sputnik Brasil .

Cotado para o STF, Ives Gandra defende submissão da mulher ao homem


Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho, um dos principais nomes na disputa pelo STF, afirmou em 2010, em um artigo, que as mulheres devem submissão aos maridos.

Ele defende que casamento deve ser indissociável e deve apenas acontecer entre o homem e a mulher.

Além disso, comparou uniões homoafetivas ao bestialismo, usando como exemplo uma mulher casada com um cavalo.

STF só aceitou afastar Cunha após derrubarem Dilma

Hipoteticamente, o Supremo contribuiu para derrubar Dilma Rousseff


"Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) só concordaram em afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara depois de verem concretizado o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República. Isso, apesar da insistência de Teori Zabascki, para que agissem antes", afirma o jornalista Marcelo Auler, destacando trecho de artigo do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.

Brasil vira filé para petroleiras globais



O feirão de ativos da Petrobras promovido por Pedro Parente e a disposição da administração de Michel Temer em permitir a dilapidação dos recursos nacionais por empresas estrangeiras transformaram o Brasil numa espécie de filé mignon para as petroleiras globais. 

Enquanto a Petrobras encolhe, a recuperação do preço do petróleo torna o negócio ainda mais atraente para as multinacionais; sem perfurar poços no país desde 2014, quando os preços da commodity começaram a cair, a francesa Total e a norueguesa Statoil anunciaram planos de voltar a explorar o mar brasileiro.

Outra companhia que planeja investir é a australiana Karoon, que pretende abrir dois poços para avaliar melhor a descoberta de Echidna, na camada pós-sal da Bacia de Santos.

Zé Dirceu: é hora de erradicar as cadeias


"Quantas cadeias e penitenciárias sobrariam numa fiscalização mínima de condições legais, de segurança e humana? Pouquíssimas. Onde estão as colônias agrícolas e industriais, os Centros de Progressão Penal, os de Detenção Provisória?" 

"É hora de mudar radicalmente, erradicar as cadeias, reconstruí-las sob novas bases e cumprir a lei de progressão, acabar com as prisões provisórias e as preventivas ilegais e abusivas", diz o ex-ministro José Dirceu, que está preso no Paraná, em carta ao escritor Fernando Morais.

Ele também questionou a diferença de tratamento entre o seu caso e o do chanceler José Serra, que recebeu R$ 23 milhões na Suíça, em 2010, e continua no poder: "A que ponto chegamos".

Lava Jato terá novo relator em poucas horas ou dias, diz Marco Aurélio


O Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, disse que a Lava Jato deverá ter um novo relator em poucas horas ou em poucos dias.

"Pelo o que conheço, há muitos anos, da atuação da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não [com] a homologação, mas sim a redistribuição [do processo]", afirmou.

"Deve ser rápido, porque procedimento penal não pode ficar suspenso sob pena de militar a favor de possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses maiores da sociedade".

Ministro Celso de Mello é um dos cotados para assumir.

Os três amigos

Gilmar, Temer e Moreira após a morte de Teori


"Vi ontem no 'Fantástico' uma cena que poderia ser apenas 'um encontro de amigos de 30 anos', num final de tarde de domingo, como o próprio texto narrou, se os três amigos não fossem quem são - Michel Temer, presidente da República, Moreira Franco, um de seus ministros mais íntimos e o ministro do STF, Gilmar Mendes.

O momento não fosse um dos mais delicados da vida nacional, três dias depois da morte do ministro relator da Lava Jato Teori Zavascki, que estava para homologar delações de diretores da Odebrecht que envolvem Temer e Moreira Franco, este sob o apelido 'Angorá' em denúncias de corrupção", diz Alex Solnik, chocado com o encontro – e com o descaso pelas aparências.

"Os três amigos não deram a menor importância ao dispositivo da constituição que determina a separação dos Três Poderes e afrontaram a opinião pública com a sua falta de pudor".

"Citados na Lava-Jato, Michel Temer e Moreira Franco reuniram com o ministro Gilmar Mendes até alta horas desse domingo. Gilmar é ministro do STF e o presidente do TSE, que conduz a ação que pode afastar Temer da presidência", diz o jornalista George Marques sobre a estranha reunião no Palácio do Jaburu.

"De certo não especularam sobre o sucessor de Teori ou que o ministro do TST Ives Granda Filho é um dos grandes cotados. Talvez não"

Por que não falamos claro sobre os dilemas do pós-Teori?



"No final de semana em que Teori Zavascki foi enterrado, o Brasil seguiu tangenciando, com meias-palavras, argumentação oblíqua e eufemismos, os dilemas decorrentes de sua morte", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel sobre o futuro da Lava Jato.

Para ela, está claro que Michel Temer só tem a ganhar com os atrasos nas investigações com mudança de relator na Corte: "Se não for com a escolha do novo ministro, será pelo menos com o inevitável atraso na homologação da delação da Odebrecht e com os seus desdobramentos, que podem atingir Temer (citado 43 vezes num só depoimento), uns 200 congressistas e alguns ministros", afirma.

"E como Gilmar Mendes já disse que o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE deverá levar em conta as revelações da delação da Odebrecht, o atraso na homologação e divulgação - que Teori faria em fevereiro, levará à procrastinação do julgamento".

sábado, 21 de janeiro de 2017

Almino Afonso ao 247: “Desejo que o país volte à normalidade institucional”


Um dos políticos mais importantes e com atuação decisiva na vida nacional em defesa da democracia, há mais de 60 anos, Almino Afonso critica a figura do impeachment, não só no caso de Dilma, mas também de Collor: "Eu acho que o impeachment não é a solução melhorar para superar crises políticas". 

Dos atuais ministros, faz restrições a Alexandre de Moraes: "Não sou um entusiasta dele". Embora não ataque Temer explicitamente, acha que "está nos faltando uma voz que diga ao país: o caminho é esse". 

"Eu acho que o Fernando Henrique poderia ser essa voz", diz. Mas Lula, não: "O Lula está com o nome altamente discutível". Nenhum dos postulantes à sucessão de Temer se enquadra nesse perfil: "Ainda não vejo candidato a presidente da República que o país precise"

São sinceras as lágrimas no enterro de Teori?


Repare bem na imagem e nos personagen. No canto esquerdo, Alexandre de Moraes, que sonha com a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. No canto direito, José Serra, que foi delatado pela Odebrecht por ter recebido R$ 23 milhões na Suíça, em 2010. A seu lado, Eliseu Padilha, também delatado, que disse que o governo ganhou tempo com a morte de Teori, pois a homologação das delações irá demorar um pouco mais. No centro, Michel Temer, que também foi delatado por pedir R$ 10 milhões à empreiteira em pleno Palácio do Jaburu. 

Segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, 83% dos brasileiros creem em atentado.

Quem vai resgatar os destroços da aeronave que matou Teori?


"É muito grave essa situação de um crime vitimando a pessoa mais importante da Operação Lava Jato, o ministro Teori Zavaski. O grave é a Aeronáutica chegar para recuperar os destroços da aeronave, com duas horas de atraso para, em seguida, abandonar a tarefa passando a responsabilidade para o hotel do dono do avião", diz o colunista Chico Vigilante.

"Toda essa situação é muito grave e a sociedade necessita exigir o resgate da aeronave. Penso que o STF e sua presidente, a ministra Carmen Lúcia, deveriam tomar providências para a retirada dos destroços e a continuidade das investigações. Porque, se uma equipe especializada não vai realizar o resgate, quem dirá a equipe de um hotel? Agora, sim, está cheirando a queima de arquivo".

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Boulos: morte de Teori tende a agravar crise política e social


Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, lembra que Teori Zavascki estava prestes a avaliar a homologação da megadelação da Odebrecht que promete implodir o governo Michel Temer e boa parte do sistema político brasileiro; segundo ele, a tendência é que Judiciário e Executivo entrem em conflito.

"São dois grupos disputando seus projetos de poder, um deles bastante conhecido, o outro nem tanto. Após a oficialização das delações, a sorte estará lançada. O resultado desta guerra definirá o futuro do governo Temer e da Lava Jato, quiçá até mesmo os destinos da envelhecida Nova República".

Testemunha relata fumaça branca na aeronave antes da queda


"Parecia a esquadrilha da fumaça", diz o barqueiro Célio de Araújo, que viu o avião onde estava o ministro do STF Teori Zavascki cair.

"Vi o avião baixando cada vez mais e avisei: 'Ele vai cair'. De repente ele soltou um bolo de fumaça branca, parecia a esquadrilha da fumaça. Passou por cima de nós, depois foi perdendo altitude, veio rodando pela direita, bateu com a asa direita na água e capotou", relatou.

Lula: se tem um partido que batalhou contra a corrupção foi o PT


Com um discurso emocionado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu o 6º Congresso Nacional do PT, em São Paulo, reafirmando a força e o legado social do Partido dos Trabalhadores.

"2017 é o ano em que vou dedicar a reconstruir este partido e fazer as pessoas acreditarem que temos muito mais virtudes que defeitos", disse.

"Eu tenho muito orgulho da nossa história. Não existe nenhum partido no mundo como o PT, que deu dignidade para a esquerda brasileira", completou.

Lula desafiou os detratores que o acusam, sem provas, de corrupção e diz que o partido sempre foi exemplo nesses casos: "Se tem um partido que batalhou pelo combate à corrupção, esse partido se chama Partido dos Trabalhadores e eu tenho muito orgulho disso", disse ele.

Avanços sociais correm riscos sob Temer, dizem deputados americanos


Em carta ao embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sergio do Amaral, um grupo formado por 12 parlamentares norte-americanos do Partido Democrata diz que a agenda de Michel Temer para o Brasil está "comprometendo seriamente as realizações sociais e democráticas que se fizeram no Brasil desde o fim da ditadura militar em 1985".

"Ao invés de exacerbar a polarização no Brasil perseguindo adversários políticos nos níveis de liderança nacional e de base e de impor medidas políticas extremas contra aqueles que foram historicamente excluídos pelas elites, aqueles preocupados com o restabelecimento de instituições democráticas estáveis e uma economia sustentável devem reconhecer a sua tênue detenção sobre os poderes Executivo e Legislativo e agir para desenvolver uma agenda de unidade nacional", afirmam.

No pós-Teori, a questão ainda é Lula



"A glorificação póstuma de Teori Zavaski cumpre uma função política: criar um ambiente de chantagem sobre o Supremo, para impedir qualquer mudança de postura diante da pressão sem provas e sem limites de Sérgio Moro contra Lula", escreve Paulo Moreira Leite. 

Para o articulista, "quando se fala em garantir a continuidade da Lava Jato, o que se quer é garantir a continuidade das pressões para eliminar Lula da cena política". 

Quanto a Geddel, Jucá e mesmo Temer, afirma PML, "são cartas na manga, decisões convenientes ou não a cada momento. O essencial continua sendo Lula".

Após morte de Teori, Odebrecht teme destino da Lava Jato

Assim que souberam do acidente, dirigentes da empreiteira passaram a pesquisar a jurisprudência em torno da sucessão da relatoria


A morte do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), causou grande preocupação entre executivos e advogados da Odebrecht.
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Além do atraso na homologação dos acordos de delação premiada e leniência (delação da pessoa jurídica), que seria feita por Zavascki, relator da Java Jato, a empresa está apreensiva, por exemplo, com a possibilidade de um ministro nomeado pelo presidente Michel Temer ser o novo relator.

Assim que souberam do acidente que vitimou Teori, dirigentes da empreiteira passaram a pesquisar a jurisprudência em torno da sucessão de uma relatoria como essa.

Como aliados do governo Temer, incluindo o próprio presidente, são citados na delação, a Odebrecht teme que um relator nomeado pelo peemedebista possa intervir a favor do governo, chegando até a vetar a homologação.

Caso a homologação não aconteça, o acordo passa a não ter validade.

Em dezembro, a Odebrecht assinou acordos com a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa da Lava Jato Curitiba em que apresentou cerca de 900 fatos criminosos envolvendo nomes como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco (PMDB-RJ), os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, tucanos como Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, e parlamentares, entre eles Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR).

A morte de Zavaski já afetou o andamento das negociações da Odebrecht, iniciadas em março de 2016.

Após a confirmação do acidente de avião, a PGR entrou em contato com a empreiteira e suspendeu as audiências de homologação com os 77 delatores que começariam na sexta-feira (20) e se estenderiam por uma semana.

Nessas audiências, os executivos confirmariam a um juiz auxiliar de Zavaski que fizeram colaborações por livre e espontânea vontade.

Essas reuniões seriam o último passo antes da homologação, que estava prevista para fevereiro. Havia a expectativa de que, neste período, Zavascki tornaria público o conteúdo delatado pela empreiteira.

Outra consequência da morte do ministro é o atraso do início do cumprimento de penas dos executivos da Odebrecht acertadas nos acordos de delação, que passam a vigorar depois da homologação feita pelo STF.

Herdeiro e ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, vai cumprir dez anos, sendo dois em meio em regime fechado - como está preso desde 2015, ele deve sair da cadeia dezembro.

A frente investigativa também perderá celeridade, pois é somente após a validação do acordo pelo juiz relator do caso que os investigadores poderão usar os depoimentos da Odebrecht para pedir a abertura de um inquérito contra os citados.

DELAÇÃO

Só na delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, o nome de Temer aparece 43 vezes.

O mesmo delator disse que o advogado José Yunes, amigo de Temer e, na época assessor presidencial, recebeu em seu escritório parte dos R$ 10 milhões de caixa dois repassados pela Odebrecht ao PMDB para a campanha de 2014.

Após a revelação, Yunes deixou o cargo de assessor presidencial, em dezembro do ano passado. Com informações da Folhapress.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Para delegado da Lava Jato, morte de Teori foi “acidente”. Isso mesmo, entre aspas


Um dos principais investigadores da Operação Lava Jato, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo pediu a investigação "a fundo" da morte do ministro Teori Zavascki na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht.

"Esse 'acidente' deve ser investigado a fundo", escreveu em sua página no Facebook, destacando a palavra "acidente" entre aspas.

Senador de direita antecipou “bomba” no JN de hoje, envolvendo STF


Por volta de 16h desta quinta-feira, antes da notícia da morte do ministro Teori Zavascki, do STF, o senador José Medeiros (PSD-MT) postou no Twitter: "Não vou antecipar furo porque não sou jornalista mas o jornal nacional hj trará uma bomba de forte impacto no Brasil, envolvendo STF". 

O petista Paulo Tadeu questionou: "O que ele sabia que não podia dizer?"

Futuro da Lava Jato está nas mãos de Carmém Lúcia


Embora o Palácio do Planalto, por meio do assessor especial Moreira Franco, já tenha demonstrado pressa em nomear o substituto de Teori Zavascki, que herdaria todos os processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, a bola está com a ministra Cármen Lúcia, presidente da corte, que tem poderes para nomear um substituto e há até antecedentes.

Em 2009, quando faleceu o ministro Carlos Augusto Menezes Direito, o então presidente da casa, Gilmar Mendes, redistribuiu seus processos mais urgentes; caso o novo relator da Lava Jato seja indicado por Temer, ele terá ainda que ser sabatinado pelo Senado, onde estão vários dos políticos delatados pela Odebrecht.

Isso empurraria em pelo menos um ano a homologação das delações da empreiteira, uma vez que o objetivo real do golpe contra a presidente Dilma Rousseff foi estancar a sangria da Lava Jato.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Boulos: “A luta só vai crescer, só vai aumentar a cada gesto fascista”



Após 10 horas de detenção, o líder do MTST, Guilherme Boulos, detido em reintegração de posse em São Paulo nesta manhã, disse, após ser liberado, que sua prisão teve "o intuito de intimidar o MTST e a luta dos movimentos populares".
 
"Quero dizer que não vão conseguir nos intimidar. A luta só vai crescer, só vai aumentar a cada gesto fascista, a cada gesto ilegal, abusivo, como essa prisão de hoje", afirmou.
 
Ele disse ainda que foi preso por "incitação à violência, por desobediência e por outros crimes".
 
"Acabei sendo indiciado por resistência. Para mim, resistência não é crime. Crime é despejar 700 famílias sem ter alternativa, resistência é uma reação legítima das pessoas contra uma barbaridade como esta", rebateu.

PSDB viu no uso político do MPF a única forma de voltar ao poder, diz advogado de Lula

 

Juarez Cirino dos Santos, que ouviu gritos do juiz Sérgio Moro em depoimento no caso do triplex do Guarujá, disse que há atualmente o emprego do sistema de justiça criminal como "arma de guerra política contra determinados inimigos internos".
 
Sobre o partido que está por trás desta atuação, ele diz: "O partido que perdeu quatro eleições presidenciais para Lula e Dilma e não aceitou a última derrota. Então, vislumbrou no uso político oportunista de setores conservadores do Ministério Público Federal (e da Polícia Federal) e de alguns segmentos da Justiça Federal, a única forma de voltar ao poder".

Plano Temer de colocar militares nos presídios é inconstitucional



De acordo com o governo, os agentes militares farão "inspeções rotineiras em busca de materiais proibidos" nas instalações prisionais e atuarão em conjunto com as polícias locais, hoje responsáveis pelas vistorias.
 
Especialistas veem irregularidades na iniciativa. Para o advogado criminalista Fernando Augusto Fernandes, o governo está abordando o problema dos presídios de forma inconstitucional e ilegal "Há claro desvio na função das Forças Armadas, que na forma do art.142 da Constituição Federal 'destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais'", diz.
 
O também criminalista e constitucionalista Adib Abdouni entende que, nesse caso, para a utilização das Forças Armadas, com qualidade de polícia, "é indispensável que o executivo estadual declare, mediante ato formal, sua impossibilidade momentânea de atender a esse desiderato constitucional".

Temer provoca a Lava Jato e abusa da nossa inteligência


"Temer, como todos os temerosos, tem uma atração fatal por falas temerárias. A declaração à Reuters de que é 'zero' a possibilidade de seu governo vir a ser desestabilizado pela Operação Lava Jato não tranquiliza nem a Marcela. Embora emudecida por ordem do marido, ela deve saber, como todo mundo no Brasil, que o segundo tempo da Lava Jato vai começar agora, com a homologação da delação premiada da Odebrecht e a nova delação da Camargo Corrêa, em fase de negociação, que envolverá 40 executivos", escreve Tereza Cruvinel.
 
"É obvio que o 'núcleo duro' do PMDB de Temer será alcançado. Em que medida, nem Sergio Moro sabe", destaca.
 
Para ela, "dizer que as chances de uma desestabilização do governo pela Lava Jato é zero, como fez Temer, é zombar da inteligência nacional".

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Pirâmides financeiras passam a usar nome de "sistema de doação espontânea"

Publicado por examedaoab.com


Por Marcos de Vasconcellos

“O negócio é simples: você faz uma doação e, a partir daí, vai receber doações de todo mundo que entrar no esquema depois de você. É ganhar dinheiro sem precisar trabalhar”, dizia um rapaz para o casal sentado à sua frente, em uma lanchonete da Vila Madalena, em São Paulo, na última semana. No computador sobre a mesa, um gráfico mostrava pirâmides de bonequinhos, com setas apontando dinheiro fluindo entre eles.

O esquema desenhado nem sequer disfarça: trata-se de uma pirâmide financeira. O nome da vez é Infinity Line, que se diz um “sistema de doação espontânea”, assim como os chamados Retorno Amigo, System Global e Mandala da Prosperidade.

Os sites que fazem propaganda dos “sistemas de doação” buscam dar um verniz de legalidade ao negócio, dizendo que não haveria problema, uma vez que se trata de doação direta prevista no Código Civil — e não depende da venda de produtos ou de “marketing multinível”. No entanto, não é a forma de pagamento que caracteriza a pirâmide, mas o formato do negócio.

A matemática é simples, explica o advogado Alexandre Kawakami, professor do Instituto de Direito Público:


“Pirâmides são mecanismo de arrecadar recursos financeiros, cujo retorno para os investidores não vem do investimento desses recursos, mas do aporte de novos investidores”.

O esquema funciona até o dia em que não haverá mais gente para ser recrutada — logo, quem entrou por último não vai ter o retorno do seu investimento.

Colocando a conta na ponta do lápis, fica mais fácil ver como o esquema é insustentável. Se o “investimento” depende, por exemplo, de cada participante trazer cinco novos membros para a pirâmide, em dez rodadas, passa a precisar de mais de 9 milhões de pessoas, ou seja, a população da Suécia. Duas rodadas depois, 244 milhões de adeptos serão necessários (a população do Brasil e da Argentina juntos).

“A dificuldade de identificar as pirâmides de imediato ocorre porque elas estão camufladas sob a aparência de um investimento idôneo e lucrativo”, alerta uma cartilha sobre golpes financeiros feita pelo Ministério Público Federal.

A prática de golpes, diz o documento, gera graves danos ao sistema financeiro nacional, à economia popular e ao patrimônio dos consumidores, “podendo atingir proporções gigantescas facilitadas pela rápida e incontrolável divulgação realizada pela internet e pela promessa de ganhos irreais”.

Esse tipo de esquema envolve, além de estelionato (obter vantagem para si induzindo ou mantendo alguém em erro), crimes contra a economia popular, explica criminalista Fabrício de Oliveira Campos, do Oliveira Campos & Giori Advogados. O artigo , IX da Lei 1521/51 classifica como crime “obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (‘bola de neve’, ‘cadeias’, ‘pichardismo’ e quaisquer outros equivalentes)”.

O advogado José Nantala Bádue Freire, do Peixoto e Cury Advogados, por sua vez, lembra que não há regramento específico para coibir pirâmides financeiras de forma preventiva, ou seja, antes de alguém ser prejudicado. Depois do prejuízo é que os danos podem ser cobrados na Justiça, bem como a acusação criminal pode ser feita.

Os sistemas de doações já começaram a chegar ao Judiciário. O juiz Manoel Simões Pedroga, da Comarca do Bujari, no Acre, determinou a instauração de inquérito policial para investigar o esquema chamado de Mandala da Prosperidade. Em sua página no Facebook, Pedroga afirma que, segundo estimativas, em cada pirâmide, 88% dos participantes perderão dinheiro.

“Nesse tipo de negócio requer a cooperação da vítima, que enganada disponibiliza dinheiro ao enganador. Quem participa ou está no ‘erro', entendido como falsa percepção da realidade, ou agindo com dolo direto ou eventual”, alerta.

Em 2015, Pedroga condenou um divulgador da Telexfree ao pagamento de R$ 9,3 mil a um homem atraído para o plano. De acordo com a decisão, quem alicia novos integrantes para um esquema de pirâmide financeira comete ato ilícito civil e crime de estelionato.

Fonte: Conjur


Com o “coração a sangrar”, Jatene defende o filho e faz até a Perereca chorar.


A Perereca da izinha, 22/12/2016


Devo admitir, caro leitor, que têm razão aqueles que dizem que sou meio doida.

Pois não é que ao assistir ao vídeo do Jatene, em defesa do filhinho dele, desatei a chorar?

Afinal, pensei comigo: coitadinho do Jatene, com o seu “coraçãozinho a sangrar!”...

Coitadinho desse homem público honestíssimo e tão trabalhador, que não tem nem mesmo uma tapera lá no Tucunduba, porque tudo o que fez na vida foi servir à coletividade...

Sou ou não sou meio doida, caro leitor?

Sim, porque se eu fosse normal, pensaria: coitadinho é o povo do Pará, que está vendo os nossos jovens matando e morrendo, todo santo dia, por causa dessa violência impressionante que tomou conta deste estado.

Coitadinhos são os nossos idosos, as crianças, as mulheres, que são tratados pior do que bicho nos nossos hospitais públicos, onde faltam médicos, remédios, equipamentos e sobram morte e dor.

Coitadinhas são as milhares de famílias paraenses que não têm nem o que comer neste Natal, porque o dinheiro que serviria para melhorar a condição de vida delas está sendo é surrupiado pela quadrilha desse governador.

Na verdade, caro leitor, o Jatene pensa que somos todos uns otários.

Ele acha que é fácil nos manipular, apelar ao nosso coração, só porque estamos às vésperas do Natal.

Beto Jatene, o filhinho do governador, não passou nem 48 horas “engaiolado”: ele foi preso no final da tarde de sexta-feira, e solto no começo da tarde de domingo.

E, segundo a reportagem do Diário do Pará, os aposentos que ocupou mais pareciam um quarto de hotel, já que tinham ar condicionado, televisão e visita a qualquer hora (Leia aqui: http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-388702-filho-de-jatene-teve-regalias-em-prisao.html).

Então, “profunda dor” quem sente não é o governador e seu filhinho.

Profunda dor é a do povo deste estado, submetido à miséria e a toda sorte de violência, enquanto o patrimônio da família de Jatene só faz é aumentar.

Para enganar a população, o governador leu, nesse vídeo, o trecho de um documento em que a Polícia Federal diz que não há indícios, neste momento, de que Beto Jatene participou de fraudes em Parauapebas, embora seja inegável que duas das empresas dele receberam recursos “de origem ilícita”.

Sobre esse trecho, o governador chegou a ironizar: "Como se um comerciante pudesse saber a origem dos recursos de todas as pessoas com quem transaciona”.

Ora, Jatene sabe que a maioria das pessoas não leu todo o noticiário sobre a Operação Timóteo.

Assim, muitos desconhecem que essa suposta organização criminosa, que teria desviado R$ 66 milhões em royalties da mineração e da qual Beto Jatene teria recebido R$ 750 mil, estaria dividida em quatro núcleos.

O primeiro, de captação das prefeituras para o esquema. O segundo, integrado por dois escritórios de advocacia, que cuidava da obtenção desses royalties, pelas prefeituras, e recebia 20% do dinheiro liberado. O terceiro, dos agentes públicos que contratavam esses escritórios de maneira fraudulenta. O quarto, o das pessoas que ajudavam a “lavar” esse dinheiro.

Isso significa que Beto Jatene pode, de fato, não ter participado da fraude em Parauapebas, mas pode, sim, ter operado com essa suposta quadrilha na lavagem de dinheiro.

É claro que a PF terá que provar que Beto Jatene lavava dinheiro para essa suposta quadrilha, ou até fornecia informações privilegiadas a ela.

Mas tentar dizer, como fez Jatene, que o fato de Beto não ter participado de fraude em prefeitura o isenta de culpa, é distorcer os fatos, para enganar a população.

Ainda segundo o governador, a PF diz que foram realizados dois depósitos financeiros, para os postos de gasolina de Beto Jatene, em decorrência de contratos que eles mantinham com a "pessoa investigada”.

E essa é outra coisa que deixa indignada qualquer pessoa que conheça a história do Jatene, que, durante 48 anos (como ele mesmo diz no vídeo), foi apenas e tão somente “servidor público”.

O governador fala nos postos de gasolina do filho dele como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

Em nenhum momento, ele se preocupa em explicar de onde saiu o dinheiro para a aquisição desses postos, que, aliás, até venderam mais de R$ 5 milhões em combustíveis ao Governo do Estado, o que levou o Ministério Público a ajuizar um processo de improbidade, contra essa tenebrosa transação.

Leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/06/empresa-que-paga-postos-de-gasolina-de.html
E aqui: http://www.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-387475-filho-de-jatene-e-alvo-de-inquerito-no-mp.html

De igual forma, o governador não explica de onde saiu o dinheiro para os três apartamentos milionários, no edifício Neon, onde moram os dois filhos dele, Beto e Izabela, e a sua ex-mulher, Heliana.

Não está nem aí, também, para explicar ao distinto público de onde veio a impressionante fortuna do sobrinho dele, o empresário Eduardo Salles, que possui fazendas com milhares de hectares, é sócio de loteamentos milionários e estaria envolvido até em fraude fundiária, em Castanhal.

Leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2014/10/fortuna-da-familia-do-governador-simao.html
Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2015/04/nelson-medrado-confirma-ja-ha-indicios.html
Aqui: http://m.diarioonline.com.br/noticias/para/noticia-349829-mp-investiga-fraudes-do-sobrinho-de-jatene.html
Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2015/06/tucanos-arrepiam-em-castanhal-empresa.html
E aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2015/04/17-mil-terrenos-da-valle-licenciados.html

Jatene não explica, também, as duas aposentadorias que recebe e que somam R$ 67 mil por mês, apesar de uma delas ter sido até suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/06/aposentadorias-de-jatene-somariam-mais.html
Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/06/oab-pode-denunciar-jatene-por-crime-de.html
E aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/06/ministerio-publico-investiga-pagamento.html

Não explica, ainda, os 17 parentes que tem empregados em órgãos públicos, apesar da lei antinepotismo.

Leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2016/06/17-parentes-de-jatene-em-cargos.html

Nesse vídeo do Facebook, tudo o que Jatene faz, além de defender o filho com meias verdades e tentar bancar o coitadinho, às vésperas do Natal, é xingar os Barbalho e afirmar que tem uma vida pública irretocável.

Então, se é assim, por que é que ele não explica a origem dessa fortuna de mais de R$ 40 milhões de seus familiares?

(Leia aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2014/10/fortuna-da-familia-do-governador-simao.html)

De onde veio tanto dinheiro, se os pais do Jatene não eram ricos e ele foi apenas músico de bar, professor universitário, secretário de Estado e governador?

Veio do couvert artístico que ele recebia nos bares? Das aulas de Economia que dava na UFPa? Dos salários que ganhou como secretário e governador?

E olhe que a ex-mulher dele, a Heliana, também é apenas funcionária pública, assim como a Izabela e o Beto e os seus respectivos cônjuges.

Então, bem que o Jatene poderia fazer um vídeo, no Facebook, para explicar de onde é que saiu tamanha fortuna.

Isso sim é que seria “abrir o coração” ao distinto público. E não mais essa fraude que ele nos tenta fazer engolir, às vésperas do Natal.

FUUUUIIIIII!!!!!
..........
O vídeo de Jatene poder ser visto aqui, mas providencie antes umas 666 caixas de Kleenex: https://www.facebook.com/sjatene/?nr

Davos vai propor o oposto da agenda de Temer



Enquanto a administração de Michel Temer chegará ao Fórum Econômico Mundial, na Suíça, exaltando o arrocho que vem promovendo, cada vez mais líderes em Davos querem fazer justamente o oposto: reavaliar os dogmas do capitalismo e da austeridade.
 
A principal evidência de que estão perplexos os capitalistas é a divulgação nesta segunda, véspera do início oficial do Fórum, de um relatório que propõe "uma nova agenda de crescimento e desenvolvimento".
 
Diz o texto do Fórum que é preciso colocar "padrões medianos de vida –isto é, o povo– no centro das estratégias nacionais de desenvolvimento e da integração econômica internacional".

Em discussão com Aragão, Janot chamou Lula de bandido, como os outros

Reportagem do jornalista Luiz Maklouf Carvalho revela como foi o último diálogo entre Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, e Rodrigo Janot, atual procurador-geral da República, dois ex-amigos que se distanciaram após o golpe parlamentar de 2016; numa das falas, Janot chamou Lula de "bandido", "como todos os outros"; no diálogo, tenso, os dois se mandaram à m...;
 

247 – Uma reportagem do jornalista Luiz Maklouf Carvalho revela como foi o último diálogo entre Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça, e Rodrigo Janot, atual procurador-geral da República, dois ex-amigos que se distanciaram após o golpe parlamentar de 2016.

Numa das falas, Janot chamou Lula de "bandido", "como todos os outros".

No diálogo, tenso, os dois se mandaram à m...

Confira como foi:

Janot: Você me deu um soco na boca do estômago com aquela mensagem (“não estou interessado em cargos”).

Aragão: É aquilo mesmo que está escrito lá.

Janot: Então considere-se desconvidado.

Aragão: Ótimo. Eu não quero convite (para função), tudo bem, não tem problema. Olha, Rodrigo, nós somos diferentes. É isso mesmo. Para mim, você foi uma decepção...

Janot:
O que você está querendo dizer? Vai me chamar de traíra?

Aragão:
Não, traíra não. Não chega a tanto. Desleal, mas traíra não. (No caso Operação da Lava Jato) você foi extremamente seletivo...

Janot: Você vem aqui no meu gabinete para me dizer que eu estou sendo seletivo?

Aragão: É isso mesmo.

Janot: Você vai para a p... que o pariu... Você acha que esse (ex-presidente) Lula é um santo? Ele é bandido, igual a todos os outros...

Aragão: Você foi muito mesquinho em relação ao Lula, só porque ele disse que você foi ingrato (em razão da indicação para a função)... Não tinha nem de levar isso em consideração.

Janot: Isso é o que você acha. Eu sou diferente. O Lula é bandido, como todos os outros. E você vai à m...

Aragão: E os vazamentos das delações? Eu tive informações, quando ministro da Justiça, pelo Setor de Inteligência da Polícia Federal, que saíram aqui da PGR...

Janot: Daqui não vazou nada. E eu não te devo satisfação, você não é corregedor.

Aragão: É, você não me deve satisfação, mas posso pensar de você o que eu quiser.

Janot: Você vá à m..., você não é meu corregedor.

Aragão: Eu não vim aqui para conversar nesse nível. Só vim aqui para te avisar que estou de volta.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Vamos fingir que é normal o presidente do TSE pegar carona com Temer



"É normalíssimo, porque o tal presidente do tribunal é quem vai pautar um processo que pode significar o fim do que se usou chamar, na mídia comercial, de 'mandato'", escreve Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça.


Para ele, a carona de Gilmar Mendes com Michel Temer a Portugal, onde o ministro passa férias, "é, antes de mais nada, uma bela viagem 0800, com todos custos cobertos por mim, por você, por nós, obsequiosos bobões. A ideia é só aproximar réu e julgador e – por que não? – usufruir um pouquinho do que a capital portuguesa tem de melhor a oferecer".

Ele também ironiza o "patriótico chefe do ministério público, que faz muito bem em ir a Davos", onde "vai cantar uma ode ao combate à corrupção", e o "preocupado ministro da justiça" diante da crise carcerária no País.

Movimento por anulação do impeachment cresce no Brasil e no exterior



Movimento pela Anulação do Impeachment se reuniu pela primeira vez em São Paulo, onde defendeu o consenso de que a derrubada do impeachment de Dilma Rousseff é o único caminho para a saída dos golpistas do poder, o resgate do projeto aprovado e reeleito por 54 milhões de votos e o restabelecimento da democracia.

Entre as estratégias para viabilizar a volta de Dilma estão a ampliação e intensificação de debates e a realização de grandes manifestações em várias cidades do País.

Para Eugênio Aragão, último ministro da Justiça do governo Dilma e presente no evento, só a organização da sociedade, com participação das massas, pode trazer resultados.

Segundo ele, Michel Temer é "inimigo": "Não temos de ser oposição a Michel Temer porque ele assaltou o poder e se comportou como inimigo, deve então ser tratado como inimigo".

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Lula é imbatível. Moro é a nossa salvação!

Veja (o detrito sólido) está nervosa

Conversa Afiada, 06/01/2017

Com a pista do Esmael, o ansioso blogueiro tampou o nariz e foi ao detrito sólido de maré baixa:

É crescente a percepção de que a eleição presidencial de 2018 está nas mãos de Sergio Moro.

Segundo uma sondagem feita pela newsletter Relatório Reservado nas cidades de São Paulo, Rio e Salvador, que será divulgada na próxima segunda-feira, 71% dos 418 entrevistados cravaram que Lula será preso em 2017 ou no próximo ano.

No entanto, 58% das pessoas consultadas acreditam que, se o ex-presidente não cair nas garras de Moro, não só disputará as eleições como derrotará qualquer candidato.

Ainda segundo a enquete, realizada entre os dias 18 e 29 de dezembro, 51% entendem que Lula é culpado dos crimes que lhe são imputados.

Já percentual dos que consideram Lula inocente e vítima de um complô para evitar seu retorno ao Planalto é de 21%.

56 mortes no presídio de Manaus e hoje, mais 33 em Roraima. Ministro diz que situação está controlada


O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira que as informações iniciais indicam que as 33 mortes ocorridas em um presídio de Roraima seriam um "acerto interno", descartando uma vingança da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pelas 56 mortos em uma penitenciária de Manaus no início da semana.

"A informação que me foi passada inicialmente diz que se trata de acerto interno", disse Moraes em entrevista coletiva após apresentação do Plano Nacional de Segurança, no Palácio do Planalto.

Ele também afirmou que a situação nos presídios está sob controle, depois de uma semana com 89 mortes: 56 em Manaus e 33 em Roraima.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O Brasil precisa de um projeto nacional


"Os anos virtuosos que o Brasil viveu neste século foram devidos a um projeto nacional de desenvolvimento econômico com distribuição de renda. A popularidade de Lula e do seu governo foram devidas a esse projeto, que conquistou a adesão de amplos setores do País, seja porque foram beneficiados diretamente por ele, seja porque não poderiam ficar fora e contra um projeto com tamanha adesão nacional", diz o colunista Emir Sader.

"A definição do projeto nacional é que definirá os setores que devem ser abarcados para a reconstrução do bloco social e do bloco político que permita a esquerda voltar a se tornar hegemônica na sociedade. Uma intensa luta no plano das ideias é condição indispensável para que esse projeto possa triunfar de novo".