sexta-feira, 25 de março de 2016

Juiz da Corte sueca: um juiz valer-se de grampo é impensável na Suécia


Um dos 16 integrantes da Suprema Corte da Suécia, juiz sueco Göran Lambertz afirma que "alguns atores do processo legal que se desenvolve no Brasil não são totalmente independentes em relação aos aspectos políticos".

"Porque trata-se de algo tão impensável na Suécia, que não consigo sequer imaginar que isso possa ocorrer. Valer-se de grampos e divulgar conversas telefônicas interceptadas, seja de que cidadão for, não é tarefa de um juiz", diz.

Jornalista diz listão da Odebrecht pode atingir Judiciário, militares e até o MP

Um interlocutor da Odebrecht, segundo a colunista Mônica Bergamo, diz que o comunicado de que a empresa está disposta a fazer colaboração "definitiva" com a Justiça é um aviso de que o listão nas mãos da Lava Jato poderia atingir não apenas quase todo o universo político, mas também setores do Judiciário, da diplomacia, dos militares e até do Ministério Público.

'Há inclusive uma aposta de que, de tão abrangente e explosiva, a Lava Jato poderia caminhar inclusive para uma operação "abafa"', diz ela.

Filósofo diz que o que temos é 'um golpe e nada mais'


"A crer no andar atual da carruagem, teremos um golpe de Estado travestido de impeachment já no próximo mês. 

O vice-presidente conspirador já discute abertamente a nova composição de seu gabinete de 'união nacional' com velhos candidatos a presidente sempre derrotados. 

Um ar de alfazema de República Velha paira no ar", diz Vladimir Safatle, professor de filosofia da Universidade de São Paulo.

Ele alerta ainda para o caráter surreal de um golpe conduzido por delinquentes contra uma presidente acusada de pedaladas fiscais.

Contra o golpe, 30 mil cercam a Globo em SP



Cerca de 30 mil pessoas cercaram a sede da Rede Globo em São Paulo na noite desta quinta (24), ao finalizar manifestação em defesa da democracia.

O protesto pacífico, intitulado "Ato em Defesa da democracia - A saída é pela esquerda", realizou uma marcha por algumas vias da capital paulista.

Os manifestantes são favoráveis a permanência da presidente Dilma Rousseff no governo e contra o impeachment. 

O movimento acusa a Globo de "apoiar um golpe contra a democracia no país".

"Chegamos ao final da marcha no local que é o simbolo de um golpe que está sendo arquitetado no país", disse um dos organizadores do ato.

"Golpe nunca mais, eu tô nas ruas por direitos sociais" foi um dos gritos entoados no protesto. Os manifestantes também entoaram: "barrar a Direita no governo, no Congresso e nas ruas".

Teori abriu janela contra regime de exceção


O ministro Teori fez uso de palavras duras e formulou argumentos claros, que merecem uma reflexão mais demorada. Empregando uma expressão que não deixa margem a dúvidas, o ministro disse que Sérgio Moro era 'reconhecidamente incompetente' para determinar a divulgação de grampos telefônicos em que estavam envolvidas autoridades com direito a foro privilegiado, 'inclusive a própria presidente da República'", aponta o colunista Paulo Moreira Leite.

"Ao abrir uma janela, Teori Zavaski colocou a necessidade do respeito aos direitos fundamentais O país deve aproveitar essa oportunidade".

Delator cita Fernando Henrique, Augusto Nardes, irmã de Aécio e até o Itaú


Personagem com mais de 40 anos de vida parlamentar, o ex-deputado Pedro Corrêa, do PP, fez delação premiada que cita vários personagens da oposição.

; ele menciona, por exemplo, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comprou a emenda da reeleição com apoio do banqueiro Olavo Setúbal, do Itaú, já falecido.

Em outro ponto, Corrêa menciona que Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), é uma das operadoras financeiras dos tucanos.

Ele disse ainda que Augusto Nardes, ministro do TCU responsável pelo parecer das chamadas "pedaladas fiscais", também recebia mesada.

Seus depoimentos ainda não foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Para o Ministério Público só vale a delação se for contra o Lula

Eles estão desesperados porque não encontraram nada contra o Lula e o objetivo é prender o Lula, indiciá-lo, tirá-lo da disputa de 2018

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba mandaram um recado aos executivos do Grupo Odebrecht; sinalizaram praticamente como condição 'sine qua non' que Marcelo Odebrecht e outros diretores revelem dados sobre os pagamentos de palestras, doações e reformas feitas em benefício do ex-presidente Lula.

Eles querem ainda que os empreiteiros confessem a "contabilidade paralela" da construtora, além de mais detalhes sobre a corrupção em outras obras e áreas do governo.

O potencial bélico de uma delação generalizada na Odebrecht, entretanto, pode ir além do governo e atingir em cheio a cúpula da oposição.

A "amostra grátis" foi a divulgação do "listão da Odebrecht", que traz os nomes dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

'Paladinos da ética' estão no listão da Odebrecht

Principais articuladores do impeachment no Congresso Nacional estão na 'superlista' da Odebrecht. Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, José Agripino Maia (RN), presidente do DEM, Cássio Cunha Lima (PB), líder do PSDB, Eduardo Cunha, José Serra e Geraldo Alckmin são alguns dos nomes de peso. Documento foi posto em segredo de Justiça por Sergio Moro
Articuladores do impeachment e ‘paladinos da ética’ estão no listão da Odebrecht

A divulgação da lista com o nome de 200 políticos de 18 partidos beneficiados com recursos da Odebrecht (veja a lista completa abaixo) levantou uma nova dúvida a respeito dos obscuros vazamentos da Operação Lava Jato. As planilhas foram apreendidas há um mês durante a 23.ª fase da investigação que teve como alvo o casal de marqueteiros João e Mônica Santana.

Os documentos foram encontrados na residência de Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Construtora. De acordo com a Força-Tarefa, a documentação foi colocada no sistema da justiça federal pela PF na noite de ontem. Os dados foram disponibilizados no inquérito sem sigilo que envolve o casal Santana.

A publicização dos nomes dos políticos coincidiu com a divulgação da intenção dos executivos da construtora de firmar um acordo de colaboração premiada com os investigadores. Em despacho na manhã de hoje, o juiz Sérgio Moro determinou que a lista fosse colocada em sigilo em função da existência de personagens com prerrogativa de foro.

A decisão é oposta a da última semana quando o magistrado tornou público os grampos com diálogos da presidente Dilma Rousseff e do ministro Jacques Wagner com o ex-presidente Lula.

A suspeita é que o executivo da empresa seria o responsável pela contabilidade paralela da construtora. Entre os nomes, aparecem o do principal expoente da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do presidente do DEM, Agripino Maia, do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, do ex-presidente José Sarney, “vereadores PSDB-SP”, do ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Também surgem na lista o braço direito de Cunha, o deputado federal Paulinho da Força (SDD-SP) e do filho do apresentador Ratinho do SBT, Ratinho Júnior, candidato à prefeitura de Curitiba nas últimas eleições. O apresentador é um “crítico feroz” da corrupção no atual governo.
Pessoas próximas ao executivo Marcelo Odebrecht dizem que o empresário decidiu entregar os nomes de integrantes do governo e da oposição na delação. Nos bastidores, fala-se da possibilidade de entregar doações ilegais a Dilma Rousseff, Aécio Neves e de Marina Silva. Caso se confirmem os repasses, as três chapas poderiam ser cassadas.
Fonte: Pragmatismo Político, 24/03/2016

"Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou"


Em entrevista a jornalistas estrangeiros, presidente Dilma Rousseff diz que se "mantém firme" no cargo e que é alvo de um golpe no País.

"Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", afirmou Dilma, segundo o jornal britânico The Guardian.

"Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", acrescentou, sobre o processo de impeachment no Congresso.

A presidente criticou ainda o que chamou de "métodos fascistas" por parte da oposição e voltou a acusar os adversários de não aceitar o resultado das eleições.

Segundo Dilma, a paz reinará no Brasil durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Moro e Gilmar são impensáveis na Suécia, diz juiz da Suprema Corte Sueca

“É extremamente importante que juízes de todas as instâncias, em respeito à democracia e à ordem jurídica e constitucional, atuem com total imparcialidade. Caso contrário, não haverá razão para a sociedade confiar nem em seus juízes, e nem em seus julgamentos”, pontua o juiz sueco Göran Lambertz.

Um dos 16 integrantes da Suprema Corte da Suécia, Lambertz vê com preocupação a atual crise no Brasil:

“À distância, tem sido difícil entender o que é verdadeiro e o que não é verdadeiro. Mas preciso dizer que me parece, de modo geral, que alguns atores do processo legal que se desenvolve no Brasil não são totalmente independentes em relação aos aspectos políticos do caso.”

Um juiz, especialmente da Suprema Corte, deve ser cauteloso ao manter conversações com partes interessadas em determinado caso – diz o magistrado.

E se um juiz sueco agisse de uma forma percebida como não totalmente independente e imparcial, afirma Lambertz, a Suprema Corte anularia seu julgamento e determinaria a substituição do magistrado no processo.

“Quando os representantes da Justiça não são totalmente imparciais, não pode haver justiça. Em vez de justiça, será feita injustiça”, observa Lambertz.

A seguir, a íntegra da entrevista concedida em Estocolmo.

Como o senhor vê a atuação da Justiça brasileira na atual crise, diante das controvérsias acerca dos procedimentos utilizados nas investigações sobre denúncias de corrupção e do processo de impeachment contra a presidente da república?

GÖRAN LAMBERTZ: Estou um pouco preocupado com o que está ocorrendo no Brasil. À distância, tem sido difícil entender o que é verdadeiro e o que não é verdadeiro. É muito importante que a mídia internacional informe os fatos em toda a sua abrangência, pois não está claro quem está certo, e quem está errado. Mas preciso dizer que me parece, de modo geral, que alguns atores do processo legal que se desenvolve no Brasil não são totalmente independentes em relação aos aspectos políticos do caso. Não quero citar nomes. Mas isso me preocupa.

Como a Suécia assegura a imparcialidade do sistema judicial?

GÖRAN LAMBERTZ: A imparcialidade da Justiça é o núcleo central de todo o sistema. E protegemos essa imparcialidade proibindo juízes de atuarem em qualquer caso em que possam ter algum tipo de interesse pessoal. Por exemplo, quando um juiz possui ações em uma empresa que está sob julgamento, ou quando um juiz tem relações com alguém envolvido no caso a ser julgado. Temos leis rígidas sobre a imparcialidade dos juízes em nosso sistema judicial, e executamos essas leis rigidamente.

Qual é o papel da Suprema Corte nesse processo?

GÖRAN LAMBERTZ: Na Suécia, assim como na maioria dos países, o papel da Suprema Corte é proteger a Constituição e tornar a lei clara para todos. Outro papel importante do Supremo é garantir a aplicação das convenções internacionais sobre temas diversos, como por exemplo a proteção aos direitos humanos de um indivíduo.

Qual seria o procedimento na Suécia para garantir a ordem jurídica e constitucional, diante de uma suspeita de imparcialidade legal?

GÖRAN LAMBERTZ: Se um juiz sueco agisse de uma forma percebida como não totalmente independente e imparcial, a Suprema Corte anularia seu julgamento do caso. O julgamento seria declarado ilegal.

A Suprema Corte sueca determinaria o afastamento do juiz?

GÖRAN LAMBERTZ: A Suprema Corte sueca enviaria o caso de volta ao tribunal em questão, e o tribunal teria que substituir o juiz por um outro magistrado. Mas isso não é algo que acontece na Suécia. Porque na realidade, todos os juízes têm consciência de que devem ser totalmente imparciais, e nenhum deles se colocaria em tal posição de risco.

Quais são as regras que regulam o critério de imparcialidade dos juízes na Suécia?

GÖRAN LAMBERTZ: Juízes suecos não são proibidos de expressar suas posições em público ou de manter conversas com representantes políticos, mas isto é considerado algo inadequado. Em geral, os juízes preferem não correr o risco de serem considerados pessoas impróprias para julgar de forma imparcial.

O ministro do STF Gilmar Mendes virou um dos focos das atenções ao determinar a suspensão da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, após ter sido fotografado almoçando com representantes da oposição ao governo. A decisão foi comemorada por parte da população, que interpretou a posse de Lula no ministério como uma manobra para a obtenção de foro privilegiado. Criticado por partidários do governo, Mendes declarou que não está proibido de conversar com representantes da oposição, ou do governo. Qual é a sua interpretação?

GÖRAN LAMBERTZ: Para mim, é difícil emitir uma opinião, sem conhecer os detalhes do que de fato ocorreu. Mas um juiz, especialmente da Suprema Corte, deve ser cauteloso ao manter conversações com partes interessadas em determinado caso. Se isso de fato ocorreu, me parece algo preocupante.

Por quê?

GÖRAN LAMBERTZ: Porque é extremamente importante que juízes de todas as instâncias, em respeito à democracia e à ordem jurídica e constitucional, atuem com total imparcialidade. Caso contrário, não haverá razão para a sociedade confiar nem em seus juízes, e nem em seus julgamentos.

Aplaudido por parte da população por sua cruzada contra a corrupção no país, o juiz Sergio Moro tem por outro lado sofrido críticas em relação aos métodos empregados na Operação Lava Jato, que envolvem estender o prazo de prisões preventivas para fechar acordos de delação premiada antes de levar suspeitos a julgamento. São métodos juridicamente válidos?

GÖRAN LAMBERTZ: Não gostaria de emitir juízo sobre qualquer processo legal conduzido no Brasil. E nem poderia fazê-lo, à distância e sem conhecer os pormenores do caso. O que posso dizer é que estes tipos de método não são usados aqui na Suécia. Minha impressão é de que tais métodos não deveriam ser usados por um juiz em sua posição como magistrado. Não me parece que, ao adotar tais métodos, um juiz estaria agindo como um juiz deve agir.

Tanto o ministro da Justiça do Brasil como um dos integrantes da Suprema Corte, Marco Aurélio Mello, sugeriram que o juiz Sergio Moro cometeu um crime ao tornar público o teor da gravação de conversa telefônica entre a presidente da república e o ex-presidente Lula. Já o juiz Moro se defendeu dizendo que a divulgação da conversa seria de interesse público. O Conselho Federal da OAB também diz que a sociedade tem o direito de ter acesso a todas as informações. Quem tem razão, a seu ver?

GÖRAN LAMBERTZ: Devo dizer que não posso tecer comentários a respeito. Porque trata-se de algo tão impensável na Suécia, que não consigo sequer imaginar que isso possa ocorrer. Valer-se de grampos e divulgar conversas telefônicas interceptadas, seja de que cidadão for, não é tarefa de um juiz.

Em uma situação de tal polarização, quem vigia os vigias para assegurar a ordem constitucional?

GÖRAN LAMBERTZ: Não há, de fato, vigias para vigiar o sistema judiciário. Com a exceção, eu diria, da mídia. É papel da mídia supervisionar a Justiça. Uma mídia responsável é o cão de guarda das instituições de uma sociedade, incluindo o sistema judicial. Não há supervisão dos juízes de um país, pois a sociedade espera que eles sejam pessoas verdadeiramente independentes e honestas. E se uma sociedade suspeita que seus juízes não sejam pessoas verdadeiramente independentes e honestas, o país passa a enfrentar um grave problema.

Que problema, especificamente?

GÖRAN LAMBERTZ: Investigações e processos judiciais devem ser conduzidos de forma isenta e apropriada, dentro dos ditames das leis constitucionais. Um país deve ter um sistema judicial imparcial e honesto, que tenha a confiança da população. Se o Judiciário perde a confiança da população, o país passa a enfrentar um grande, grande perigo. Porque quando os representantes da Justiça não são totalmente imparciais, não pode haver justiça. Em vez de justiça, será feita injustiça.

Os hipócritas. Lista da Odebrecht… não vem ao caso!

​Se o Lula e a Dilma estivessem na lista, o Bonner divulgaria, numa boa!​

Trata-se de um caso rasteiro de hipocrisia.

Quando as “listas” ferravam o PT, a Dilma, o Lula e a Petrobras elas eram legítimas e mereciam indiscriminada divulgação.

Quando foi para ferrar a Dilma e o Lula, o Dr Moro soltou, rapidinho, os grampos criminosos – Lei de Segurança Nacional nele! - para a Globo…

Agora, o Marcelo Odebrecht deu uma sinuca de bico na Lava Jato.

Sinuca de bico, ou melhor, arremessou-lhe a pá de cal nas fuças.

Entregou todo mundo.

Aécios, Serras, Richas, Perillos e tucanos gordos.

Mas, não tem o Lula nem a Dilma.

Ah, não!

Essa lista não vem ao caso!

Como disse o Bonner, no jornal nacional: não vai divulgar NENHUM nome porque não sabe quem, de fato, cometeu irregularidades.

Quando era político ligado ao PT, o jn divulgava, numa boa, verificar se, de fato, cometeu irregularidade!

E dane-se!

Disse o Bonner: são mais de 200 nomes e não temos tempo para divulgar todos, porque não podemos divulgar uns e esquecer os outros.

Simples, divulgava o nome dos candidatos a Presidente – o Aecím de Liechenstein, o hepta-delatado.

E o Padim Pade Cerra, multi-candidato a Presidente.

Ficava só com os candidatos a Presidente, não é isso, amigo navegante!

Uns hipócritas!

Aí, vem o Moro, pressuroso – o Aragão está esperando ele na esquina! - e diz: não, não, me dá essa lista de volta!

Não pode ser divulgada, pelo amor de Deus!

Essa lista não vem ao caso!

E o Ministério Público, daqueles rapagões que falam direto no wi-fi de Deus.

Não, não vem ao caso!

Essa delação do Marcelo Odebrecht não vem ao saco.

Não queremos ouvi-lo.

Não nos interessa ouvir o Marcelo Odebrecht, Deus nos livre, ouvir ele pronunciar o nome santo do Padim Pade Cerra!

Jamais!

“A mais vil e pior gente do mundo são os hipócritas!”, diz o padre Vieira, que nenhum deles demonstra ter lido: o Moro, o Procurador que fala com Deus e o Bonner.

Paulo Henrique Amorim

Aragão: Moro não ficará sem resposta!

Moro pode ir em cana antes do Cunha!
Aloyzio Speer Cardozo é o da esquerda

O Conversa Afiada se apropria da forma mais tosca de entrevista – excelente – que Rodrigo Martins fez com Eugênio Aragão, o novo Ministro da Justiça – ufa !, não há mal que sempre dure… - , para a Carta Capital.

O Conversa Afiada chama a atenção para alguns aspectos centrais dessa entrevista:

- Moro cometeu uma falta grave ao divulgar os grampos com a Presidenta Dilma;

- demonstrou intenção política;

- cometeu um acinte à Segurança Nacional;

- e infringiu o artigo 10 da Lei de Interceptações !

Ou seja, pode ir em cana!

- delegado da PF que der entrevista sem autorização será punido;

A rapaziada de Curitiba, que grampeia mictório de preso, vai pensar duas vezes antes de falar com a Globo...

- Lula aceitou o cargo para se defender do Moro?

Isso é lenda urbana!

(Repare, amigo navegante, que Aragão é mortífero. “Lenda urbana” é uma expressão comum nas entrevistas desrespeitosas do Gilmar, o empresário que também dá expediente no Supremo. Aragão já tinha mandado o Gilmar calar a boca, em alemão).

(O Conversa Afiada supõe que o empresário Gilmar, hoje, dedique mais ódio à Dilma e ao Lula pela nomeação do Aragão do que pela desmoralização estrepitosa de que foi vitima em Portugal!)

- o Daiello fica?

(Daiello é o diretor- geral (sic) da PF, aquele que tentou impedir o destemido Juiz De Sanctis de desfechar a Operação Satiagraha e se tornou da irrestrita confiança do )?

“É perfeitamente possível que alguns não queiram trabalhar comigo, assim como posso não querer trabalhar com eles.”

(Daiello, é melhor sair do que ser saído.)

- “O Ministério da Justiça tem um poder hierárquico sobre a PF, que também se consubstancia no controle disciplinar… Queremos uma policia de excelência e isso não se compraz com o vazamento clandestino de informações.”

Portanto, o Ministro Aragão concorda com a tese de que Polícia sem chefe é Polícia da ditadura.

Liberdade total, autonomia irrestrita, indisciplina consentida é do que se valia o delegado Fleury, que saía por aí matando quem quisesse e não tinha que dar satisfação a chefe nenhum!

Ah, cinco anos depois de vacância, o Ministério da Justiça passa a ter chefe!

Se o Aragão estivesse aí há cinco anos, o Moro não tinha se tornado esse ditador de Curitiba!

Ele é uma obra conjunta do zé da Justiça com o Aloysio Mercadante, aqui chamado de General Assis Oliva.

Eles são o Albert Speer do Moro!

Paulo Henrique Amorim







Fonte: Conversa Afiada, 24/03/2016

Obama: no Brasil há Democracia. Não vai ter Golpe!

E o Brasil é líder!, viu Sandra Coutinho?
Na foto, a repórter da Globo pouco antes de levar a chinelada do Obama

Na Fel-lha, que escondeu o quanto pode...:


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (23) que a democracia brasileira é madura e tem estruturas fortes o suficiente para resolver a crise política.

A afirmação foi feita em entrevista coletiva após sua reunião com o presidente argentino, Mauricio Macri, em Buenos Aires.

"Não discutimos [o assunto] intensamente, mas esperamos que o Brasil resolva sua crise política de maneira efetiva. É um grande país e um amigo de ambos os países", acrescentou.

"A boa notícia, como o presidente Macri também lembrou, é que sua democracia [do Brasil] é madura, com sistemas de direito e instituições fortes, para que tudo seja resolvido de modo que permita ao Brasil prosperar e ser um líder significativo para o mundo – o que o é", ressaltou.

"Nós precisamos de um Brasil forte para nossas próprias economias e para a paz global."

Macri voltou a lembrar da importância que o Brasil tem para a Argentina como principal sócio comercial e disse que tudo que ocorre no país vizinho os afeta. "Estamos convencidos de que o Brasil sairá fortalecido dessa crise e esperamos que saia o quantos antes."


Navalha

Quem deve estar muito aborrecida é aquela repórter da GloboNews, Sandra Coutinho, que levou uma histórica chinelada do Obama, quando, na frente da Dilma, tentou desqualificar o Brasil!

Como dói ouvir que o "Brasil é líder" no Governo da Dilma.

E não era no Governo (sic) do FHC Brasif...

Paulo Henrique Amorim

O presidente da Câmara é réu. Por que não tiram ele do cargo?’



Deputada Alice Portugal (PC do B) defende a presidente Dilma Rousseff diante do pedido de impeachment e faz contraponto com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha), que é réu na Operação Lava Jato, sob acusação de ter mais de US$ 5 milhões em propinas depositados em contas não declaradas na Suíça.

"Contra Dilma, não tem sequer uma justificativa para impeachment. A própria comissão não era para ser instalada. Vão tirar a presidente da cadeira por quê? Qual crime? Pedaladas? Não há provas ou acusação contra ela. Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é réu. Por que o Supremo não tira o presidente?", questiona Alice.

Odebrecht pode mudar de nome e sair do Brasil


Investigada pela Lava Jato, empreiteira Odebrecht, que já teve parte da sua diretoria presa pela Polícia Federal, avalia a possibilidade de mudar o nome da companhia e até mesmo transferir sua sede para fora do Brasil, mais especificamente para Miami (EUA).

A transferência seroa uma forma de tirar a empresa do foco central das investigações e reduzir o desgaste; outras empreiteiras investigadas, como a Queiroz Galvão e a Andrade Gutierrez, também avaliam transferir suas sedes para o exterior.

Anna Muylaert dedica prêmio da Globo a Lula e a Dilma


"Quero dedicar esse prêmio às Jéssicas que estão hoje na universidade e a algumas pessoas que eu acredito que tem muito a ver com isso. Eu entendo essas pessoas como pai e a mãe das Jéssicas. Não no filme, mas na vida real, que são o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff", afirmou a diretora do filme "Que horas ela volta?", ao receber o prêmio Faz Diferença, oferecido pelo jornal O Globo, na categoria cinema.

Listão da Odebrecht cita dono do avião de Aécio


Diálogo de 19 de setembro de 2014, entre Marcelo Odebrecht e o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, trata de uma doação de R$ 15 milhões para um personagem identificado como "Mineirinho".

Os recursos são viabilizados por Sergio Neves, diretor da construtora em Minas Gerais, preso nesta semana na Operação Xepa, para repasse a uma pessoa identificada como "Oswaldo".

Ao que tudo indica, trata-se de Oswaldo Borges da Costa Filho, um dos personagens mais próximos ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi nomeado por ele presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) e é um dos donos do jato usado pelo presidente nacional do PSDB para voar pelos céus do País.

O listão da Odebrecht, que mostra os repasses ao "Mineirinho", teve seu sigilo determinado pelo juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato.

Qual é o encanto da Rede Globo?

Depois de Barbosa e Moro, agora foi a vez da Globo premiar a ministra Carmem Lúcia

E a ministra, que será a próxima presidente do Supremo Tribunal Federal, exalta a Operação Lava Jato, "que cumpre as leis", e também diz que o impeachment não é golpe por estar previsto na Constituição – um truísmo, pois golpe, como afirmou a presidente Dilma Rousseff, é um impeachment sem crime de responsabilidade, como está ocorrendo no seu caso, sob intensa pressão da Globo.

Nos últimos dois anos, a emissora da família Marinho deu o prêmio Faz Diferença para dois juízes: Joaquim Barbosa e Sergio Moro, numa clara estratégia de cooptação do Poder Judiciário.

Os dois ministros do STF, Marco Aurélio Mello e Teori Zavscki, definiram como crime a divulgação de grampos ilegais da presidente Dilma Rousseff.

O País tem direito à lista e a delação premiada da Odebrecht. Por que não?


"A parte ainda lúcida da sociedade, que não se deixou cegar pelo ódio, que mesmo não gostando do PT percebe a seletividade do processo, tem o direito de conhecer a lista e as revelações da Odebrecht", diz a colunista Tereza Cruvinel, que critica o desinteresse da força-tarefa da Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro, pela delação de Marcelo Odebrecht.

"Depois do desgaste com as ilegalidades cometidas contra Lula, Dilma e outros políticos grampeados, a Lava Jato faria bem em afastar as evidências de que seu propósito não é chacina política mas, uma faxina".

Ela lembra, ainda, que, na lista da Odebrecht, surgiram "lanceiros do impeachment", como Aécio Neves, José Serra, Eduardo Cunha e Rodrigo Maia.

Temer desiste de encontro com Gilmar e Aécio


Presidente do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer decidiu cancelar sua participação no seminário em Lisboa, organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro Gilmar Mendes.

O evento reunirá os principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, como os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra.

Vendo o partido caminhar rachado para a reunião que discutirá o desembarque do governo, Temer decidiu ficar no país.

A decisão de Temer ocorre após ser divulgada a exoneração do presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Henrique Pires, indicado pelo vice-presidente.

Jornal Nacional omite listão e Fernando Morais dispara: Globo é inimiga do Brasil


O escritor Fernando Morais criticou duramente a edição desta quarta (23) do Jornal Nacional, da TV Globo, que omitiu o nome dos políticos no listão da Odebrecht.

"O Jornal Nacional é inacreditável. Qualquer papel higiênico sujo de cocô que chegue à redação do JN, e que contenha acusações ao Lula, a Dilma, ao PT e ao governo, é dado como verdade absoluta e escancarado nas manchetes. Como o listão da Odebrecht traz nomes de tucanos de farta plumagem - entre eles o José Serra, tratado como "o 333" - o Bonner disse que a ética recomendava esperar as comprovações - e não deu nenhum nome", afirmou.

Rapidinhas

Me engana que eu gosto A pretexto de combater a corrupção, a Operação Lava Jato sempre teve como objetivo atingir O PT, Dilma e Lula. Gradativamente, isso foi ficando claro. Vazamentos seletivos, divulgação de grampos e prisões, praticamente só do lado do PT. Agora que chega na Lista da Odebrecht , que não tem Lula e nem Dilma - olha a desculpa - a operação, deve forçar a união de todos os atingidos para dar um basta à apuração ou a “união dos inimigos” para sacrificar Dilma Rousseff e, com isso, entregar a cabeça para preservar o resto do corpo. Investigadores anteveem forte ataque especulativo sobre eles a partir de agora. 

Vai pensando Próxima de Dilma, a ministra Kátia Abreu contradiz a tese de que o impeachment frearia a operação. “Ninguém põe esse leão para dentro da jaula de novo. Não há hipótese”.

Tudo e todos O Ministério Público se espantou com o “padrão democrático” da Odebrecht. A empresa atuou “tecnicamente” para construir pontes com vários setores do espectro político.

Muita calma Rodrigo Janot passará alguns dias de molho. Na quarta da semana que vem, o procurador-geral da República fará uma cirurgia para tirar lesões da pele.

Monotema Ontem, no Congresso só se falava nos apelidos da lista da Odebrecht. Renan Calheiros, o “atleta”, Humberto Costa, o “Drácula”, e Eduardo Paes, o “Nervosinho” eram alguns dos codinomes mais citados.

Vem mais por aí Tanto na Odebrecht quanto na Lava Jato, a planilha é tratada como o ponto de partida — e não de chegada — da delação que os executivos querem fazer.

Foco, força e fé Mesmo num cartel, as construtoras, vez ou outra, tinham de contar com a sorte para lucrar. O acordo entre elas previa que, caso muitas se interessassem numa obra, haveria um sorteio.

Peladeiros As regras foram camufladas no estatuto do “Sport Club Unidos Venceremos”, segundo documento apreendido pela Lava jato. As empresas eram os “jogadores”. O “sorteio de camisas” definia os “titulares”.

Até o fim Incomodados com a tentativa frustrada de adiar a reunião do diretório do PMDB que deve romper com Dilma, governistas do partido prometem ir para o confronto. Uma saída seria tentar esvaziar a reunião para expor o racha.

Com carinho Ao ouvir o pedido de Leonardo Picciani (RJ) para adiar o encontro, Michel Temer rebateu: “Sei que você pensa de um jeito, mas muita gente discorda. Inclusive seu pai”. Jorge Picciani é presidente do PMDB fluminense.

Teco-teco Temer terá de ir à Europa, onde participará de seminário com José Serra e Gilmar Mendes, no Legacy presidencial, um dos aviões mais lentos da frota. Aeronaves mais velozes seguirão com Dilma para os Estados Unidos.

Juntos pela democracia e contra o golpe O ato de 31 de março terá três bandeiras: defesa da democracia, contra o ajuste fiscal e contra a reforma da Previdência. A crítica à Dilma foi condição de parte dos movimentos sociais. O MTST é um dos que não tem interesse em defender o atual governo.

Na Capital Desta vez, em vez de São Paulo, o esforço será reunir o maior número possível de pessoas em Brasília. A expectativa é que 50 mil estejam presentes, segundo a Frente Brasil Popular.

Boa e má notícia A lista da Odebrecht, que colocou Aécio Neves de novo no fogo, também trouxe embaraço ao Palácio dos Bandeirantes. Alckmin planeja apoiar a candidatura de Duarte Nogueira, citado na planilha, à Prefeitura de Ribeirão Preto.

Será que arranha? Tucanos perguntavam-se se a presença de Fernando Haddad na lista da Odebrecht poderia minar sua imagem de bom moço junto aos eleitores paulistanos. O petista é visto como principal adversário do PSDB na eleição municipal.

Esclarecendo Não somos nós. É a direita que está incendiando o Brasil com sua intolerância. Estamos apenas resistindo. De Guilherme Boulos, do MTST.

Será mesmo? Com o desfecho do impeachment de Dilma Rousseff dominando as conversas nos corredores do Congresso, o deputado Lincoln Portela (PR-MG), que defende o afastamento da petista, cruzou com Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), em teoria aliado do governo.
Em meio aos cumprimentos, Portela decidiu provocar o conterrâneo.
–E aí? Já está abandonando o barco? — perguntou.
Um pouco sem graça, Cardoso decidiu entrar na brincadeira e respondeu:
— Que nada! Estamos jogando os piratas para fora do navio.

Contradição Faltou à OAB uma visão maior da situação. Ao optar por apoiar o impeachment não percebeu que tal posicionamento significa também apoio a muitos políticos e partidos denunciados e suspeitos nas investigações da Lava Jato.

Restaura-se o estado de direito ou afundamos todos O Supremo com a urgência necessária, deve tomar medidas indispensáveis à restauração do Estado Democrático de Direito, afugentando o fantasma do golpe que há algum tempo ronda o país com o incentivo da mídia, em particular da Globo, e com a vergonhosa participação de membros do Poder Judiciário.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Índios Munduruku protestam contra hidrelétricas no Tapajós


Munduruku protestam contra hidrelétricas no Rio Tapajós. Para marcar o Dia Internacional das Florestas (21 de março), lideranças Munduruku foram até um trecho do rio Tapajós considerado sagrado pelo povo para passar um recado para o mundo: "Barre a barragem. Mantenha o Rio Tapajós vivo". Segurando faixas em diversas línguas, eles protestaram contra a construção de barragens no rio que sustenta sua cultura e modo de vida. Ao todo, há 43 hidrelétricas previstas para a bacia do Tapajós, sendo cinco já planejadas. A maior delas é a de São Luiz do Tapajós, próxima a Itaituba, no Pará, que, se construída, vai afetar a vida de povos indígenas e ribeirinhos, além de destruir uma área de intensa biodiversidade na Amazônia

Linha sucessória de Dilma tem três citados na Lava Jato


Pela constituição, depois do vice, presidente da Câmara e do Senado podem assumir presidência
Os três políticos na linha sucessória de um possível cenário de fim prematuro do mandato de Dilma Rousseff estão entre os citados na Operação Lava Jato.

Pela lei brasileira, o vice-presidente, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Senado, nesta ordem, assumem a Presidência em uma possibilidade, teórica, de "efeito dominó" no principal cargo do país.

"Não vai ser uma mudança política que vai arrefecer o ímpeto dos investigadores da Lava Jato", diz à BBC Brasil Rogério Arantes, professor de Ciências Políticas da USP.

"Mas tudo vai depender dos desdobramentos das investigações. E também de como articulação política vai se dar nesse caso, ou seja, se uma eventual destituição da presidente virá acompanhada de uma blindagem do vice", ressalva ele.


Milton Lahuerta, cientista político da Unesp de Araraquara, acredita que deva haver "uma acomodação das forças políticas" em um eventual governo de Temer.

A BBC Brasil listou as principais acusações que pesam contra as três personalidades políticas da linha sucessória de Dilma: o vice-presidente, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, todos do PMDB.

Na impossibilidade de esses três assumirem, o quarto na linha de sucessão seria o presidente do Supremo Tribunal Federal, cargo atualmente ocupado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
1) Michel Temer

O vice-presidente Michel Temer, que assumiria a Presidência da República em caso de impeachment ou renúncia da presidente Dilma Rousseff, foi citado nos desdobramentos da operação Lava Jato.

Na delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal, o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou que o vice articulou a indicação de Jorge Zelada para o cargo de diretor da área internacional da Petrobras e de João Augusto Henriques para a BR Distribuidora.

Zelada, apontado como o elo do PMDB no esquema, foi condenado a 12 anos de prisão. Temer disse que não participou das indicações, e o PMDB nega ter participação no caso.

"As indicações foram feitas pela bancada do PMDB de Minas Gerais. O vice-presidente não tinha nenhum contato com essas duas pessoas", afirmou a assessoria de imprensa de Temer na ocasião.

As denúncias feitas na delação de Delcídio ainda precisam ser investigadas. Em agosto do ano passado, Temer também foi citado pelo lobista Júlio Camargo, um dos principais delatores do esquema e ex-consultor da empresa Toyo Setal.

Camargo afirmou que o lobista Fernando Soares era conhecido por representar o PMDB, o que incluiria Cunha, Calheiros e Temer.

Segundo as investigações, Soares, mais conhecido como Fernando Baiano, teria sido responsável por intermediar o pagamento de propina combinada com Camargo para facilitar um contrato de aquisição de navios-sonda pela Petrobras com a coreana Samsung Heavy Industries Co. Temer nega conhecer Baiano e Camargo.

Além disso, segundo indícios reunidos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer teria recebido R$ 5 milhões do dono da construtora OAS, José Adelmário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados pelo escândalo da Petrobras.

A menção ao pagamento está em uma troca de mensagens entre Pinheiro e Eduardo Cunha. Nela, o Cunha se queixa de que o empreiteiro fez o repasse a Temer, mas não a outros líderes peemedebistas.

Temer nega ter se beneficiado de "qualquer recurso de origem ilícita".
2) Eduardo Cunha

Segundo na linha de sucessão, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assumiria a Presidência interinamente caso Dilma e Temer deixem o poder.

Se isso acontecer até dezembro deste ano, novas eleições diretas teriam de ser convocadas em 90 dias, como manda a Constituição - ou seja, um novo presidente seria escolhido pela população.

Passado esse prazo, o pleito seria indireto e teria de ser realizado em 30 dias. Nesse caso, o Congresso escolheria um novo mandatário para o país. Mas a possibilidade de Cunha assumir a Presidência é remota, ressaltam analistas.

"Processos de cassação costumam demorar muito tempo no TSE (onde a chapa Dilma-Temer é questionada pela oposição). Além disso, Cunha já não mais será presidente da Câmara no ano que vem (o mandato dele termina em fevereiro)", pondera o cientista político Ricardo Ismael, da PUC-Rio, à BBC Brasil.

"E não podemos descartar que ele pode vir a ser cassado", completa. Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pelo suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

De acordo com as investigações, ele teria recebido propinas para viabilizar obras na estatal e mantido contas não declaradas no exterior.

No início deste mês, Cunha se tornou réu no STF. Foi a primeira ação aberta pela corte na operação Lava Jato. Como deputado, Cunha tem foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Supremo.

A decisão aumenta o potencial de ele ser afastado do comando da Câmara e até perder o mandato, ainda que ele conte com grande apoio entre os deputados.

A acusação principal é de que Cunha teria recebido US$ 5 milhões em propina de contratos de navios-sonda da Petrobras.

A propina teria sido contrapartida por dois contratos, no valor de US$ 1 bilhão, entre a Petrobras e as empresas Samsung Heavy Industries e a japonesa Mitsui. Ao todo, segundo a PGR, foram acertados US$ 40 milhões a políticos e funcionários da estatal. O dinheiro teria abastecido contas secretas de Cunha no exterior.

Na Câmara, o peemedebista enfrenta uma representação apresentada pelo PSOL e pela Rede por quebra de decoro parlamentar.

Os partidos acusam Cunha de ter mentido à CPI da Petrobras quando, em março do ano passado, afirmou não ter contas no exterior. Documentos do Ministério Público da Suíça apontaram, no entanto, a existência de contas ligadas a ele naquele país.

Cunha nega todas as acusações e diz que não era titular de contas, mas era apenas beneficiário de um trust (estrutura criada para administrar recursos) no exterior.
3) Renan Calheiros

Terceiro na linha sucessória de Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também está citado nas investigações da Lava Jato.

Há duas semanas, a Procuradoria-Geral da República pediu ao STF a abertura do sétimo inquérito para investigar Calheiros.

A Procuradoria quer saber se o senador cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em razão de suspeitas apontadas pelo delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará.

Para o órgão, há suspeita de repasse, "de forma oculta e disfarçada, de vantagem pecuniária indevida ao parlamentar".

Na delação, Ceará afirmou que outro doleiro, Alberto Youssef, teria prometido dar R$ 2 milhões a Calheiros para evitar a instalação de "uma CPI da Petrobras".

Entre janeiro e fevereiro de 2014, acrescentou o delator, Youssef disse a ele para pegar R$ 1 milhão em Recife (PE) e levar para Calheiros em Maceió. O dinheiro seria parte de dívida da construtora Camargo Corrêa com Youssef.

Youssef negou que tenha dito que o dinheiro era para o senador. Em nota, Calheiros negou conhecer o doleiro ou Ceará.

O senador também é alvo de outros seis inquéritos na Lava Jato e de uma denúncia envolvendo uma ex-amante.

Ele é suspeito de peculato (desvio de dinheiro público), uso de documento falso e falsidade ideológica por supostamente ter apresentado notas fiscais falsas para comprovar ter renda suficiente para pagar as despesas de uma filha que teve fora do casamento. As suspeitas são de que esses valores teriam sido pagos, na verdade, por uma empreiteira.

A denúncia, que foi liberada para julgamento pelo ministro do STF Luiz Edson Fachin, ainda aguarda para ser colocada na pauta do plenário pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. Se for aceita, Calheiros viraria réu. O pedido corre sob segredo de Justiça, e o senador diz já ter dado todas as explicações sobre o caso.