sábado, 12 de dezembro de 2015

O PSDB conclui que, com Cunha, seu golpe é inviável

E tenta encontrar outra alternativa de golpe. Afinal o PSDB não tem feito outra coisa nos últimos tempos!
Eles só pensam nisso!

Tucanos tentam mais uma vez ajustar o plano golpista; como intelectuais, artistas, juristas, educadores e 16 governadores se opuseram ao golpe do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o partido agora volta a sonhar com a solução TSE para chegar ao poder por meio de um atalho.

Para viabilizar esse caminho, no entanto, os tucanos acreditam que Cunha teria que deixar a presidência já, para não correr o risco de assumir a presidência no caso da queda de Dilma e Temer: "Ninguém em sã consciência vai cassar a presidente e o vice e dar o poder a Cunha", afirma um tucano.

Fim da Linha: Globo pede a cabeça de Eduardo Cunha


O golpe contra a presidente Dilma Rousseff sofre um duro baque neste sábado; em editorial, o jornal O Globo, comandado por João Roberto Marinho, pede o afastamento sumário de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados.

Segundo o texto, "ultrapassou todos os limites a manipulação que o presidente da Câmara faz do regimento, com o uso de seu poder, para atrapalhar a apreciação de processo contra ele".

A cobrança da Globo, um dos centros de poder no Brasil, pode acelerar decisões da procuradoria-geral da República e do Supremo Tribunal Federal, sobre seu afastamento: "seu tempo acabou", diz O Globo.

Sem Cunha, o golpe estimulado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo PSDB perde força e intensidade. Ontem, o procurador-geral Rodrigo Janot também questionou o rito do impeachment definido por Cunha.

Cunha é o vice de Temer

O Brasil não merece esse pacote

"Talvez a verdade mais incômoda que Temer não conta aos que tenta atrair para a causa do impeachment e para uma boquinha no seu suposto futuro governo é que o vice do seu governo será Eduardo Cunha. Ele queira ou não. É o que diz a constituição. Impedido o presidente, assume o vice e o presidente da Câmara passa a ser o vice", escreve Alex Solnik.

O jornalista destaca um "detalhe" - o de que Michel Temer nunca será alvo de impeachment, como Dilma, enquanto Cunha for o presidente da Câmara, por ser ele o responsável por aceitar o pedido - e completa: "Não haverá impeachment de Temer nem cassação de Cunha num horizonte visível. 

Quem apoiar Temer vai ter que levar Cunha no pacote. Quem apoia Temer apoia Cunha. E vice-versa".

Renan está certo: o Senado afastou Collor em 92

*Tereza Cruvinel

Entre as tantas querelas que cercam o processo de impeachment, a mais importante talvez seja a que levou o presidente do Senado, Renan Calheiros, a procurar o STF para defender sua interpretação de que o Senado pode ou não acolher o pedido de afastamento e julgamento da presidente Dilma caso ele seja aprovado pela Câmara. A história do impeachment de Collor mostra que ele está certo. Foi o Senado, depois que a Comissão Especial de Processamento do Impeachment acolheu a acusação da Câmara, que afastou o então presidente provisoriamente, até que os senadores concluíssem seu julgamento, sob a presidência do então presidente do STF, Sydney Sanches. A interpretação contrária, de que o afastamento decorre da votação na Câmara, só reforça a narrativa de que se tenta um golpe parlamentar.

A historia do impeachment de 1992 está bastante documentada mas é narrada com detalhes riquíssimos no livro “A Comissão que processou o impeachment”, do então senador Élcio Alvares, que foi seu presidente. O livro ainda pode ser obtido pela Internet e está disponível na Biblioteca do Senado. Na mesma linha de Renan, já se pronunciou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a equipe de defesa da presidente.

*Colunista do 247, é uma das mais respeitadas jornalistas políticas do País

Minha saudade te beija em silêncio

"Impeachment, quando se torna um processo exclusivamente político, é golpe"


Ministro da Casa Civil foi ao Twitter neste sábado para afirmar que, "apesar de estar previsto no nosso ordenamento jurídico, o impeachment nem sempre é um instrumento legítimo para destituir um governante"; segundo Jaques Wagner, "quando transforma-se em um processo exclusivamente político, o que se tem é um golpe".

O petista fez ainda uma crítica à oposição liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado na eleição de 2014 e agora maior defensor da saída da presidente Dilma Rousseff do poder: "O dispositivo está sendo usado para satisfazer as ambições políticas daqueles que não conseguem obter maioria nas urnas".

A relação do PMDB com os governos

Por que a relação do PMDB com os governos? Porque o partido historicamente sempre esteve na composição de todos os governos. Não importa se o governo é de esquerda ou de direita, o importante é ocupar espaço, ter cargos, empregar seus correligionários.

Esse malabarismo de compor com governos ideologicamente deferentes, para o PMDB não é problema. Desde a época do bipartidarismo, o partido se caracterizou como guarda- chuva de todos aqueles que não queriam ficar na clandestinidade política. Portanto, desde essa época o PMDB não é um partido, mas uma frente de partidos.

Há duas eleições o PMDB vem compondo com o PT, para a Presidência da República e indicando o Vice-Presidente. O acordo entre as partes resulta na entrega de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão. Nunca foi diferente nas demais coligações e alianças que chegaram ao poder em qualquer esfera.

Sem funções muito claras na Constituição, além da substituição do presidente da República quando de sua ausência, os vice-presidentes sempre tiveram uma importante função política, seja angariando votos de determinados setores ou conseguindo mais tempo de televisão no horário eleitoral, seja ajudando na articulação com grupos distantes do presidente. No caso do governo atual, essa articulação foi comprometida seriamente com a carta de Temer.

Na eleição do primeiro mandato de Dilma, o PMDB contribui bastante para a vitória alcançada. No segundo mandato, a relação foi muito conturbada e partido quase leva Dilma à derrota. É só buscar as composições do partido nos estados para ter clareza desta leitura.

Ora, o comportamento dúbio do PMDB num pleito tão importante, que foi a eleição para a Presidência da República, criou uma série de dificuldades. Como confiar num partido que não fala a mesma linguagem, que não obedece um só comando? Como agradar todos os "partidos" que compõe o PMDB se há uma disputa enorme pelos melhores espaços? Quais são os critérios e quem dita-os?

Com o comportamento rasteiro de Temer, de Cunha e tantos outros integrantes do partido, hoje qualquer postulante a um cargo majoritário tem medo de compor com o PMDB. A traição está nas entranhas da sigla, que não se conforma em estar ao lado, em ajudar. O PMDB quer governar, mas esquece de um detalhe importante, primeiro tem que ganhar a eleição para isso. 

Quanto a choradeira, não procede. O PMDB tem espaço demais no governo. Nunca um aliado teve tantos ministérios. Nunca um aliado do PMDB abriu mão de possibilidades reais de ganhar governos para ajudá-lo como fez o PT no Pará e outros estados, em 2010.   

"O vice tem o papel de uma negociação política e pode ser uma importante articulação, construindo a relação entre o partido aliado com o partido do governo. Nada disso está escrito, mas faz parte do jogo político", diz Maria Hermínia Tavares de Almeida, cientista política do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).

"Dado que o PMDB é complicado, de muitas facções, teria sido prudente que a presidente envolvesse o vice nos processos de negociação mais importantes. (...) complementa a professora.

Segundo o cientista político Alberto Carlos Almeida: "Historicamente, todos têm desconfiança com o PMDB", diz, citando os antecessores de Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso, como presidentes que também se relacionaram com os peemedebistas de forma cautelosa.

Os líderes do PSDB aproveitam esse momento para jogar mais lenha na fogueira e dizem que a carta de Temer significa um rompimento do PMDB com o governo. O que não ocorrerá porque Temer continuará sendo o vice, a não ser que renuncie. O fato é que mesmo que a crise passe nem Temer nem o PMDB é digno de confiança.

Por outro lado Dilma e Temer sabem que: "Não pode, de forma alguma, haver desavença pública. Elas existem, mas jamais podem vir a público. O que ocorreu é uma quebra irreversível. Acho que não tem mais volta. Eles se reuniram somente para salvar as aparências", afirma o cientista político Paulo César Nascimento, professor da UnB (Universidade de Brasília).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Lista Bertin-Bumlai traz Michel Temer, Aloysio Nunes e Ronaldo Caiado

Que todos os envolvidos sejam tratados da mesma forma que aqueles vinculados ao PT
247 - A Polícia Federal encontrou, em São Paulo, há três semanas, uma agenda de Natalino Bertin, parceiro de negócios do pecuarista José Carlos Bumlai, os nomes de alguns de políticos associados a valores doados na eleição de 2010. Aparecem o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), e os senadores Aloysio Nunes (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM).

Os investigadores ainda irão analisar as informações para descobrir se os recursos foram, de fato, repassados aos políticos. O passo seguinte será descobrir se as doações foram registradas na Justiça Eleitoral ou se foram realizadas por meio de caixa dois. Na maioria das anotações, o empresário registra "valores combinados" com os políticos, parcelas pagas e as respectivas datas em que cada valor foi entregue, e ainda especifica se o dinheiro foi pago "em reais".


Um dos primeiros nomes a surgir na agenda do dono do Grupo Bertin é o do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que teria recebido R$ 2 milhões na campanha de 2010. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é citado como beneficiário de R$ 1 milhão. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM) são citados como beneficiários de R$ 500 mil cada um. A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) teria recebido R$ 100 mil.

A lista de políticos é extensa, chegando a quase 30 nomes de candidatos dos mais diferentes estados, entre deputados estaduais e federais, candidatos a governos estaduais e, claro, candidatos à Câmara e ao Senado. Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva teria recebido R$ 650 mil; Nelson Trad Filho, prefeito de Campo Grande, é citado como beneficiário de R$ 500 mil. Candidato ao Senado por São Paulo, em 2010, o cantor Netinho teria recebido R$ 500 mil; o ex-deputado Candido Vaccarezza, aparece com R$ 600 mil.

Os investigadores da Operação Lava Jato apreenderam o material durante a operação "Passe Livre", que levou para a prisão o pecuarista José Carlos Bumlai.

Os políticos citados apresentaram versões divergentes sobre as anotações de Natalino Bertin. Edinho Silva negou ter recebido qualquer recurso do empresário. "O Grupo Bertin nunca foi doador de minhas campanhas a prefeito de Araraquara ou deputado estadual; tampouco foi doador do PT estadual paulista, quando da minha gestão como presidente".

O senador Aloysio Nunes afirma que não recebeu dinheiro de campanha do Grupo Bertin, de empresas relacionadas ou do Natalino Bertin nas eleições de 2010. 

A senadora Ana Amélia confirma que recebeu a doação.

O vice-presidente, Michel Temer, confirmou o recebimento de 1,5 milhão de reais em três parcelas de 500.000 reais, o que confere com parte das anotações de Natalino Bertin. Foi o próprio vice que pediu a Natalino Bertin a doação, posteriormente declarada na prestação de contas do Diretório Nacional do PMDB. Eduardo Cunha também confirmou ter recebido a doação do empresário.

Fonte: Brasil 247, 11/12/2015

Constatação

Constituição prevê o impítim, mas sem crime é Golpe!

Flavio Dino ao Geraldinho Cantareira

Dilma vai ao Supremo para deter o golpe de Cunha e do PSDB, contra seu mandato legítimo


Manifestação enviada pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira pede que a corte anule a decisão tomada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pela abertura de impeachment.

O motivo: ele não permitiu a defesa da presidente, antes de acolher o pedido tucano. 

"É ato tão grave e de consequências tão significativas, que o princípio da ampla defesa e do contraditório não se coaduna com a impossibilidade do presidente da República se contrapor à denúncia antes da decisão do presidente da Câmara", diz o texto.

Ontem, em reunião da executiva nacional, lideranças do PSDB selaram o apoio ao golpe, que pode levar Michel Temer ao poder e também salvar Eduardo Cunha da cassação.

Janot opina por anular comissão do impeachment


Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomenda a procedência parcial da ação que questiona o rito de impeachment de Dilma Rousseff adotado pela Câmara.

Ele considera inconstitucional a sessão secreta que escolheu os integrantes da comissão especial do impeachment, e recomenda aos ministros do STF que decidam pela anulação da sessão e determinem a realização de uma nova, aberta.

Janot opina ainda que o afastamento da presidente só se daria quando o Senado aprovar, por maioria simples, o início do processo de impeachment, depois de decisão de pelo menos 2/3 da Câmara. Sobre este último tópico, manifestação da Presidência da República e do Senado seguem a mesma linha.

Câmara não pode afastar Dilma sem consentimento do Senado, diz Renan

Em informações enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal), o Senado defende que uma eventual decisão da Câmara de admitir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em nada vincula o recebimento ou não da denúncia pelo Senado.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
que defende palavra da Casa sobre impeachment
O documento assinado pela advocacia da instituição afirma ainda que cabe ao Senado o processamento do impeachment, tendo isso sido pacificado pela Constituição e pelo próprio Supremo em decisões anteriores.

"Não se pode confundir o instituto do juízo de admissibilidade com o juízo de recebimento da denúncia popular. No que importa, extrai-se com segurança da legislação de regência que o primeiro ocorre na Câmara dos Deputados, enquanto o segundo se passa no Senado", diz o texto.

Na prática, Renan busca que o Senado seja ouvido em um eventual afastamento da presidente.

No rito imaginado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma seria afastada e o vice-presidente Michel Temer assumiria interinamente logo após a votação na Câmara —caso a Casa admita o impeachment. Desse modo, o Senado abrigaria um julgamento comandado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, semelhante a um tribunal do júri.

Renan quer que haja um passo intermediário. Ou seja, caso a Câmara vote favoravelmente ao impeachment, em vez de Dilma já ser afastada e enfrentar o julgamento, o Senado teria que referendar a decisão.

"Eventual decisão da Câmara dos Deputados pela admissibilidade do processamento do impeachment —de caráter essencialmente político, como sublinhado pelo acórdão do STF— em nada condiciona ou vincula o exame do recebimento ou não da denúncia popular pelo Senado Federal, visto que essa etapa já se insere no conceito de 'processamento' referido na Constituição, de competência privativa do Senado."

AÇÃO

Na ação do PC do B questionando a tramitação do impeachment no Congresso, o partido pede que o tribunal deixe claro que cabe ao Senado instaurar o processo contra o presidente da República.

A lei 1079, de 1950, determina que cabe à Câmara fazer a acusação de crime de responsabilidade, levando ao afastamento imediato do presidente. A Constituição estabelece que a suspensão da presidente só ocorre depois de instauração do processo no Senado.

Portanto, Se a Câmara aprovar o pedido, mas o Senado não recebê-lo, a presidente não é afastada.

A ideia é ganhar aval do Supremo de que o Senado pode reformular a decisão da Câmara. Com uma base governista mais sólida no Senado, o governo avalia que teria mais condições de derrubar a deposição da petista na Casa.

No documento, o Senado ainda defende que o Supremo valide as normas dos regimentos das Casas Legislativas que tratam do trâmite dos processos de impeachment, uma vez que há lacunas na legislação sobre detalhes do passo a passo do início, na Câmara, até o final no Senado.

Espera sentado...

Cunha será preso?

Constatação

Com FHC, Delcídio roubou duas Pasadenas!

Mas, isso não vem ao caso, não é, Dr Moro?


Saiu na Fel-lha:

Usinas contratadas pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS), enquanto era diretor da Petrobras, causaram à estatal prejuízo superior ao escândalo de Pasadena.

Quatro termelétricas, contratadas no governo de Fernando Henrique Cardoso sob o regime do Programa Prioritário de Termeletricidade, custaram à Petrobras R$ 5 bilhões, segundo cálculos da companhia e do Tribunal de Contas da União (TCU). 

(...)

Navalha


Quá, quá, quá!

É porque ele não leu o "Operação Banqueiro", onde se prova que, sem o Gilmar, o Daniel Dantas não existiria.

Não leu o Príncipe da Privataria, onde se vê como o José Eduardo do Bamerindus lhe entregou uma mala cheia de dinheiro.

Nem o Privataria Tucana, onde o clã Cerra e deitou e rolou na privataria do Mendonça de Burros, do André Haras Rezende e do Persio Arida, que está na ante-sala de Bangu 8!

Na Petrobras, é só o Dr Moro rever o depoimento do Cerveró e do Barusco.

Como disse o Ciro, quando contou ao Fernando Henrique as piruetas do Padilha do Temer no Ministério dos Transportes, o Farol respondeu: sem fechar os olhos ao "patrimonialismo", você não governa!

"Patrimonialismo"!

Pobre Max Weber!

Quem gosta de "patrimonialismo" é o amigo do Preciado!

Mas, isso tudo vai aparecer, do tamanho de uma manchete do Globo, na próxima campanha eleitoral, a de 2018, quando vencerá o Lula ou quem o Lula apoiar!

Porque a Dilma vai sair mais forte desse impítim diaraque!, como previu o Fernando Morais.

Paulo Henrique Amorim

Fonte: Conversa Afiada, 10/12/2015

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Deputado do RJ protocola pedido de impeachment contra Temer

,10/12/2015

Daniel Marenco/Folhapress
O deputado federal Cabo Daciolo (sem partido-RJ) protocolou na Câmara pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer (PMDB). Segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora, a petição foi protocolada no fim da tarde de quarta-feira (9). O pedido tem como embasamento eventual crime de responsabilidade fiscal que o peemedebista teria cometido ao assinar decretos de abertura de crédito suplementar durante o exercício da Presidência da República. O motivo é uma das razões que levaram os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal a pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na petição, Daciolo pede que o pedido de impeachment de Temer apresentado por ele seja anexado ao pedido de afastamento de Dilma, acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na semana passada. "A participação do vice-presidente foi ativa e não tão somente omissiva, pois nas datas em que a presidente da República se ausentava em viagem ao exterior, na condição de presidente em exercício, o vice-presidente autorizou indevidamente e sem o aval do Congresso a liberação de créditos suplementares. Os respectivos atos administrativos foram publicados no Diário Oficial entre novembro do ano passado e julho deste ano", diz Daciolo no pedido.

Como mostrou o jornal "O Estado de S.Paulo" na última terça-feira (8), Michel Temer assinou pelo menos sete decretos que abriram crédito suplementar de R$ 10,8 bilhões, sem aval do Congresso, no exercício da Presidência da República. No mesmo dia, o líder da oposição no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), anunciou que vai apresentar requerimento pedindo que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue os decretos. Caso o TCU confirme que o vice-presidente cometeu crime de responsabilidade fiscal, o tucano prometeu que vai pedir a inclusão do peemedebista no processo de impeachment.

De acordo com a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, a petição de Cabo Daciolo foi o primeiro pedido de impeachment de Temer apresentado na Casa. Após ser protocolado, o pedido seguirá para a fila de análise de Cunha, a quem cabe deferir ou indeferir o pedido. O Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou, contudo, que a petição do parlamentar deve ser indeferida, pois não tem embasamento jurídico suficiente. Daciolo está atualmente sem partido, pois foi expulso pelo PSOL em maio deste ano, sob alegação de ter assumido posições contrárias ao estatuto do partido.

Leia mais em: http://zip.net/bkswvD

Constatação

Só quem viveu no governo FHC/PSDB sabe o que é crise.
                                                        Bosquinho

Dilma exonera vice-presidente da Caixa indicado por Cunha

Ele era responsável pelas loterias federais e por fundos como o FGTS
De Rose Andrade no face do C Af

Em retaliação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff exonerou nesta quinta-feira (10) o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto.

O aliado de Cunha era responsável pelas loterias federais e por fundos como o FGTS.

A exoneração ocorre 15 dias após a deflagração do processo de impeachment por Cunha. Há apenas dois dias, Cleto havia sido reconduzido para representar a Caixa no comitê que avalia os investimentos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Fonte: Conversa Afiada, 10/12/2015

Aí está o novo vírus

Márcio Lacerda, do PSB, articula frente de prefeitos das capitais contra o golpe a democracia


247 - O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do PSB, articula uma frente dos prefeitos das capitais brasileiras contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele, inclusive, já preparou um documento favorável à manutenção de Dilma no Planalto.

Lacerda tem atuado em conjunto com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), nas sondagens dos dirigentes das capitais. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), já foi um dos consultados. Ele disse que ainda não há data para que o documento seja divulgado.

O prefeito de BH sugere que Dilma deixe o PT e que o partido também desista de concorrer à eleição presidencial de 2018. "Ela poderia assumir um papel de magistrada em todo o processo", disse.

Aécio agora quer golpe sem direito de defesa a Dilma

Será que no lugar dela ele ficaria calado?

247 – O PSDB quer impedir a presidente Dilma Rousseff de defender-se das acusações que fundamentam o pedido de seu impeachment durante suas atividades como presidente. O presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), informou no Senado que nesta sexta-feira 11 a legenda vai entrar com ação na Procuradoria Geral da República neste sentido.

"O PSDB amanhã entra com ação na PGR para impedir que a presidente continue a utilizar estrutura do governo para defender-se das acusações que a ela são feitas em relação ao impeachment. O PT sempre teve enorme dificuldade de diferenciar aquilo que é publico daquilo que é privado, aquilo que é publico daquilo que é partidário", disse o tucano.

"É uma ação na qual solicitamos à Procuradoria Geral que se manifeste sobre a legalidade da utilização de espaços públicos, de eventos públicos, porque isso está vindo em um crescente e sequer iniciamos ainda a discussão do processo de impeachment no Congresso Nacional. Queremos deixar claro que, a nosso ver, essa defesa não pode ser feita instrumentalizando, mais uma vez, o Estado, utilizando a estrutura do Estado, os eventos públicos do Palácio do Planalto. Deve ser feita, obviamente, por ela, do ponto de vista pessoal e também pelo seu partido", acrescentou.

Dilma vem falando contra o impeachment nos eventos de que participa, como fez nesta quarta ao entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida em Roraima. Outro fato criticado por Aécio nessa semana foi a transmissão pela NBR, a TV do governo federal, da reunião entre Dilma e 30 juristas que se posicionaram contra o impeachment no Palácio do Planalto.

Às 19 horas, o PSDB reúne toda sua tropa sob o comando do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em Brasilia. Estarão presentes os membros da Executiva, os governadores e os líderes na Câmara e no Senado para discutir o andamento do impeachment. Mais cedo, Aécio e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reuniram para debater o mesmo tema.

Aécio minimizou as manobras do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra o andamento do processo de sua cassação no Conselho de Ética da Casa, alegando que agora ele deixou de ter "protagonismo central" no andamento do impeachment.

O senador tucano também disse desconhecer oficialmente o fato de o vice-presidente, Michel Temer, com quem conversou ontem no jantar na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter assinado três decretos orçamentários sem número, que integram a mesma série dos assinados por Dilma, pelos quais está sendo acusada de crime de responsabilidade.

Movimentos sociais se unem contra golpe na democracia

Em outras palavras, ocupar a Presidência da República sem ter votos, nem pensar!

Centrais sindicais e diversos movimentos sociais se uniram para convocar a população a protestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo dia 16 em São Paulo.

"É a maior unidade da esquerda brasileira desde o impeachment de Fernando Collor", destacou o presidente da CUT, Vagner Freitas, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira 10.

Segundo ele, o afastamento da presidente nesse momento significa a retirada de direitos dos trabalhadores.

O ato também será contra o ajuste fiscal e em defesa do fora Cunha: "Entendemos que ser contra o impeachment não significa necessariamente defender as políticas adotadas pelo governo", diz trecho da convocatória.

Frente contra o golpe não deve ser em defesa de Dilma

Defender a legalidade democrática e combater a atual política econômica. Essa é a ênfase do movimento

Se a esquerda quiser um movimento amplo, massivo e unitário, a lógica da campanha contra o impeachment não pode ser a defesa do governo Dilma Rousseff, mas da legalidade democrática.

Neste barco tem que caber o oficialismo, mas também quem acha a atual gestão indefensável e pressiona por mudanças.

Não é um movimento "Dilma fica", palavra de ordem estreita para a gravidade do momento, mas contra o golpe.

As forças progressistas serão vitoriosas se for recriado o clima do segundo turno de 2014. Para tanto, é preciso haver espaço para os que apoiaram a presidente naquele momento, mas se sentiram traídos pela política econômica e a composição do governo no segundo mandato.

A revalidação da aliança popular e democrática exige generosidade, tolerância, combatividade e muito espírito autocrítico.

Para impedir o golpe e reconstruir condições políticas para a disputa contra o conservadorismo, o petismo e o governo precisam estar abertos a mudanças profundas de sua orientação, especialmente da política econômica.

A batalha em curso precisa servir para reaglutinar a base social dividida e frustrada por conta dos rumos pós-eleitorais.

Não ao golpe, fora Cunha, muda Dilma: talvez seja esse tripé que melhor expresse o sentimento de quem faz a diferença na hora do bom combate.


Para controlar o PMDB, Temer rejeita a adesão de deputados

Tudo isso para não permitir que a maioria seja favorável a Dilma. O que a fome de poder não faz!

247 - A Executiva Nacional do PMDB vai impugnar a filiação de deputados federais que entrem no partido nos próximos dias apenas para restituir Leonardo Picciani à liderança da bancada do partido na Câmara. O ato atende a uma ordem do vice-presidente Michel Temer.

A decisão, tomada nesta quinta-feira (10), é uma maneira de blindar o novo líder Leonardo Quintão e, consequentemente, a maioria pró-impeachment dentro da legenda.

O PMDB do Rio tenta filiar dois deputados do PR — Dr. João e Altineu Côrtes — ao PMDB, além de refiliar Carlos Henrique Gaguim, que deixou o partido há menos de um mês e foi para o PMB.

O objetivo é fazer com que Picciani tenha mais do que 35 deputados em seu apoio.

Fonte: Brasil 247, 10/12/2015

TCU abre investigação sobre usinas contratadas por Delcídio na Petrobras

E o governo do PSDB também passa a ser investigado

Pedro Ladeira/Folhapress 
O senador Delcídio do Amaral, preso na Operação Lava Jato, ex-diretor da Petrobras sob FHC

O Tribunal de Contas da União, por despacho do ministro Benjamin Zymler, decidiu abrir investigação sobre as usinas térmicas compradas pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) quando ele era diretor da Petrobras, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) —à época, Delcídio era filiado ao PSDB.

Na quinta-feira (10), a Folha revelou que as quatro termelétricas contratadas pelo senador geraram um prejuízo à estatal maior do que a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Juntas, as térmicas Macaé Merchant (atual Mário Lago), TermoRio, Eletrobolt (atual Barbosa Lima Sobrinho) e TermoCeará custaram à Petrobras R$ 5 bilhões, enquanto que Pasadena lesou a companhia em R$ 3 bilhões (em valores atuais).

Zymler —que foi relator do acórdão do TCU que aceitou as contas apresentadas por Delcídio e Ernesto Cerveró, seu subordinado à época das contratações, e os isentou das responsabilidades sobre os prejuízos— determina à área técnica do tribunal que investigue os contratos de compra das turbinas utilizadas nas termelétricas.

A francesa Alstom, citada na delação premiada de Cerveró como pagadora de US$ 10 milhões em propina ao senador, foi uma das fornecedoras contratadas.

Fonte, Folha, 10/12/2015

O Papel da Mídia-Zika no Golpe contra Dilma


Impeachment sem comprovação de prática de crime é golpe.

Em qualquer regime presidencialista, aqui ou na Cochinchina, essa é a regra. Ao contrário do que acontece em regimes parlamentaristas, nos quais o poder do primeiro-ministro deriva do Legislativo, crises econômicas e baixa popularidade não podem justificar a cassação do mandato popular de presidentes.

Por isso, há uma campanha sôfrega para achar alguma coisa, qualquer coisa, que sirva como desculpa envergonhada para o golpe despudorado.

Como os personagens da peça de Pirandello que procuram desesperadamente por um autor que lhes dê sentido, o golpe imoral procura avidamente escusa que lhe confira aparência de algo crível e legítimo. Algo assim como um escroque travestido de presidente da Câmara dos Deputados.

Sintomaticamente, há anos que os golpistas tentam achar qualquer coisa que desabone pessoalmente a presidenta da República, sem nenhum sucesso. Sequer um cuspe no chão ou uma multa de trânsito. Todo o mundo sabe que contra a presidenta não há nada, mesmo após anos de ávidas investigações conduzidas, muitas vezes, por procuradores, juízes e delegados com clara índole partidarizada. Se tivesse alguma coisa, já teriam achado há muito tempo.

Dilma não tem conta no exterior, não tem dinheiro sonegado, não tem patrimônio suspeito, não desviou nada, como muitos dos golpistas. Restam, então, os truques, as pedaladas jurídicas para tentar justificar o injustificável.

É caso do pedido de impeachment acolhido pelo impoluto Eduardo Cunha.

A tentativa de justificativa são as tais pedaladas fiscais, neologismo com timbre suspeito criado para designar práticas contábeis que existem há muito tempo e que sempre foram consideradas normais pelo TCU. Normais até que Nardes, arenista convicto e acusado de desvios na Operação Zelotes, subitamente decidiu que, no caso do governo Dilma, a normalidade se transformara em crime praticamente hediondo.

A alegação central da acusação tange à abertura de créditos suplementares ao orçamento por meio de decretos. Mais exatamente 6 decretos promulgados neste ano (2015).

Antes de tudo, trata-se de prática antiga, normal, legal, largamente presente nas administrações de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, etc. As LOAs (leis do orçamento) autorizam o Poder Executivo a promulgar esse tipo de decreto.

Os golpistas alegam, contudo, que os créditos suplementares só podem ser feitos, sem autorização do Congresso, se as alterações promovidas na programação orçamentária forem compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida para o atual exercício, conforme determina o artigo 4º da LOA de 2015.

Acontece que a meta do superávit muitas vezes tem de ser revista. Num mundo ideal, a receita prevista no orçamento, uma mera previsão econômica, sempre se concretizaria. Obviamente, isso nem sempre acontece, espacialmente num quadro de recessão. Foi o que aconteceu neste ano. Mesmo com os drásticos cortes do orçamento determinados pela presidenta, a receita caiu num ritmo maior que o da redução dos gastos, o que implodiu toda a programação orçamentária e a meta inicial do resultado primário.

Sem os créditos suplementares, o governo teria ficado totalmente paralisado, impedido de pagar Bolsa-família, médicos, professores, etc. Teria sido um caos completo.

Os golpistas, porém, alegam que o governo teria de ter esperado a aprovação da nova meta do resultado primário pelo Congresso, realizada agora, para depois emitir os créditos suplementares. O governo sustenta, com razão, que isso é impossível, pois pela própria dinâmica orçamentária, só ao final do ano é que vai se saber a verdadeira dimensão do resultado primário e se os créditos suplementares foram “compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário estabelecida para o exercício de 2015”.

Tudo isso é bastante confuso e muito técnico, não é? Pois é. E esse é o ponto.

Se perguntarem aos que defendem o impeachment de Dilma quais as razões técnicas e jurídicas que dariam sustentação a esse pedido, garanto que 99,9% não saberiam responder de forma articulada. Suspeito até que, entre os deputados que julgarão o pedido, a maioria também não saiba responder. Provavelmente regurgitariam algum clichê que leram ou ouviram na grande mídia.

É uma situação diametralmente oposta à de Collor. Collor foi acusado de um crime claro e facilmente compreensível por todos: desviar dinheiro público para enriquecimento pessoal. Quem foi às ruas naquela época sabia muito bem qual era o crime que o presidente cometera e sabia muito bem que ele justificava o impedimento. Sabia muito bem onde estava a verdade.

Hoje, não se sabe. E não se sabe por uma razão muito simples: não há crime. Não há nada que lembre remotamente algo que possa ser efetivamente caracterizado como crime grave de responsabilidade, como prevê a nossa Constituição.

O que há é essa cortina de fumaça de pedaladas técnicas, jurídicas e hermenêuticas que visam justificar a pedalada constitucional do golpe. Não há verdade tangível nesse impeachment.

Assim, os motivos reais para o golpe passam muito longe da difícil compreensão das minúcias técnicas envolvidas nessa discussão. O que impulsa o golpe é o fígado doído dos ressentidos e dos derrotados em 2014; não o cérebro equilibrado de bons juízes. Tudo não passa de teatro burdo.

Mas como essa encenação pode se sustentar?

Aí é que entra o papel da nossa mídia partidarizada, nosso autodefinido grande partido de oposição.

Para a legião de microcéfalos políticos gerados por essa mídia-zika, o golpe prescinde, na realidade, de justificativa. O golpe precisa somente de pretextos, por mais frágeis e confusos que sejam. O golpe prescinde da verdade.

A condenação prévia já foi dada por anos de distorções, meias verdades e mentiras constantemente esgrimidas contra os governos do PT. Só faltava a crise econômica para o clima propício à mentira e ao engodo se consolidar.

Assim, pode-se criar um neologismo maroto, pedalada fiscal, que cheira a “gastança” e “corrupção” e, pronto, temos um pretexto para o golpe. Lança-se uma cortina de fumaça de suspeitas vagas e infundadas e o ódio e o ressentimento dos derrotados de 2014 se encarrega do resto. Auxiliados, é óbvio, pela demonização incansável e sistemática de Dilma, Lula, PT e esquerda de um modo geral.

São essas pedaladas midiáticas que transformam pedaladas jurídicas em pretextos adequados para a pedalada política do golpe. São essas pedaladas midiáticas que transformam cortinas de fumaça, distorções e mentiras em verdades inquestionáveis.

Se tivéssemos uma mídia responsável e democrática, comprometida com a verdade e com a informação ampla e fidedigna, a oposição golpista já teria sido denunciada como a grande responsável pela paralisação do Brasil e como clara ameaça à democracia e ao Estado Democrático de Direito. Se tivéssemos mídia minimamente civilizada, Cunha não teria sido transformado em herói da nação, como foi. Se tivéssemos uma mídia séria, o pedido de impeachment aceito por Cunha já teria sido denunciado pelo o que verdadeiramente ele é: golpe.

Não temos. Temos, em nossa mídia, um autodefinido partido de oposição que aposta raivosamente, há muito tempo, na desestabilização dos governos democraticamente eleitos. Que aposta no golpe. Que historicamente sempre apostou em golpes. Que protege os interesses de seus patrões, em detrimento dos interesses da população. Que não informa. Que distorce. Que mente. Que faz manobras vis com a informação, como Cunha faz com o regimento da Câmara.

O impeachment de Cunha e da mídia-zika é, sobretudo, um golpe contra a verdade. 

Fonte: Brasil 247, 10/12/2015



PSDB tem o discurso da conveniência

Em 2013, o líder tucano dizia que voto secreto era 'excrescência inaceitável'

Deputado Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, subiu à tribuna da Câmara em 2013 para classificar como "excrescência inadmissível e inaceitável" a prática do voto secreto nas sessões da Casa.

"Como nossos eleitores vão saber qual é a sua posição de fatos importantes para a nação?", questionou à época; nesta semana, Sampaio foi um dos articuladores da chapa alternativa para a comissão do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, eleita em voto secreto.

Patrimônio de Quintão cresceu 56 vezes em 12 anos


"Em 2002, o economista Leonardo Quintão possuía R$ 315 mil em bens. Era eleito deputado estadual em Minas. Em 2006, R$ 983 mil. Em 2010, reeleito deputado federal, o valor tinha saltado para R$ 2,64 milhões. Em 2014, novo incremento: o novo líder do PMDB declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 17,9 milhões – entre os quais R$ 2,6 milhões (o total de 2010) em espécie", revela o colunista Alceu Castilho.

Seus principais doadores foram mineradoras, como a Vale, responsáveis pelo maior desastre ambiental da história do País; coincidência ou não, Quintão foi relator do novo Código de Mineração.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Começa a aparecer a verdade sobre a corrupção na Petrobras

FHC diz que corrupção em seu governo foi só pontual, mas há fortes indícios em outra direção

247 - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) usou sua conta no Facebook nesta quarta-feira, 9, para responder à afirmação do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, de que o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que na época estava no PSDB, recebeu propina de US$ 10 milhões da Alstom quando era diretor da petroleira entre 1999 e 2001, durante o governo do tucano.

Para FHC, se houve corrupção, foi um caso isolado. "Se houve algo, durante o meu governo, foi conduta imprópria do Delcidio, não corrupção organizada, como agora. Dele nada se sabia, tanto que em 2001 foi aceito pelo PT, e se elegeu Senador, depois foi candidato a Governador do Mato Grosso do Sul. Derrotado pelo PSDB, virou líder da Dilma, sem que suspeitas fossem levantadas. Espero que as investigações se aprofundem e que se comprovado o fato, todos sejam punidos", afirmou o ex-presidente.

Apesar da defesa de FHC, os indícios de corrupção na estatal não parecem ter sido isolados com Delcídio, nem se estruturado nas gestões do PT. Em depoimento de delação premiada, o ex-gerente Pedro Barusco já havia dito que começou a receber propina em contratos da Petrobras antes de Delcídio, em 1997 ou 1998. Segundo ele, o primeiro caso de propina veio da empresa holandesa SBM, quando ele ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Instalações (relembre).

Também em 1997, Fernando Henrique editou a Lei 9.478/97, conhecida como "Lei do Petróleo", que abriu o mercado brasileiro a firmas internacionais e, em compensação, permitiu que a Petrobras adotasse regras mais flexíveis para contratar bens e serviços. A partir daquele ano, a empresa foi dispensa da Lei de Licitações, a duríssima 8.666, e ganhou poderes para contratar de forma simplificada – em muitos casos, até por meio de carta-convite

Fonte: Brasil 247, 09/12/2015

Rito do impeachment será dado pelo Supremo segundo Fachin

Portanto, Cunha não poderá manobrar a vontade

Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, disse que vai propor ao plenário da Corte na próxima quarta-feira 16 o rito que deverá ser seguido pelo Congresso para dar continuidade ao procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O ministro suspendeu ontem a votação que elegeu os integrantes da comissão que discutirá o pedido de impeachment, a pedido do PCdoB, após manobras determinadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"O Supremo é, antes de tudo, o guardião das regras do jogo", disse Fachin, acrescentando que seu voto permitirá que o processo possa continuar sem questionamentos sobre sua legalidade.

Marcos Rogério, do PDT, é novo relator do caso Cunha


O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA) decidiu, nesta quarta (9), indicar o deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO) como novo relator do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ele votou para adiar a votação do parecer de Fausto Pinato (PRB-SP); "Eu não tenho lado nessa história, não tenho posição de pré-julgamento. Não parto de uma premissa de que quem vai para o Conselho tem que ser condenado ou absolvido", disse Rogério, que já adiantou que seu voto é para que a investigação contra Cunha seja aberta.

Dino dá aula a Alckmin e explica por que o impeachment atual é golpe

Alckmin confunde o impeachment que está na Constituição com o impeachment que ele e sua turma querem fazer contra a presidente Dilma

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) rebateu o posicionamento do governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP), que disse o impeachment não é golpe: "Está previsto na Constituição", disse o tucano.

"O impeachment está previsto na Constituição, mas aplicá-lo sem seguir os preceitos constitucionais é, sim, um golpe. O processo de impeachment não é um processo puramente político, é um processo jurídico. Trata-se de uma punição a um crime cometido pessoalmente e intencionalmente pelo presidente da República", disse Dino.

Ele pontuou que as denúncias apresentadas contra Dilma não atendem nenhuma dessas exigências constitucionais.

Lula denuncia em evento internacional a possibilidade de golpe contra Dilma


Em Berlim, onde participou da Conferência Internacional do Congresso do Partido Social-Democrata Alemã (SPD), nesta quarta-feira 9, o ex-presidente afirmou em seu discurso que a oposição no Brasil "não desceu do palanque" desde as eleições de 2014 e que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "num gesto de vingança" contra o PT aceitou na semana passada um dos pedidos de impeachment apresentados contra a presidente Dilma Rousseff.

Lula chamou a votação de ontem, secreta e com chapa alternativa para a formação da comissão de impeachment, de "afronta jamais vista no País"; "O que está em jogo não é o julgamento da presidenta Dilma, é o estado democrático de direito. Na verdade é uma tentativa de golpe explícito contra o Brasil e contra a presidenta Dilma Rousseff", disse.