quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Quem ganha com as deserções da esquerda?


"O que está acontecendo é mais um indício de que a derrota eventual do PT e do governo não carrega em seu bojo o fortalecimento de uma suposta esquerda da esquerda, mas a escalada das forças mais conservadoras", diz o colunista Breno Altman, ao comentar as mudanças partidárias do senador Randolfe Rodrigues, do prefeito Luciano Cartaxo, de João Pessoa, da ex-senadora Heloísa Helena, e do deputado Alessandro Molon.

"A despeito das ilusões nas franjas aparentemente mais radicalizadas da esquerda, as correntes progressistas, gostem ou não da ideia, só terão futuro se forem capazes de resistir à ofensiva conservadora em curso, pressionando pela mudança de rumo do governo Dilma e viabilizando o aprofundamento da agenda vitoriosa há quase treze anos", afirma.

Petrobras aumenta diesel em 4% e gasolina em 6%


Decisão de aumentar os preços de venda de seus combustíveis nas refinarias foi anunciada na noite de ontem e já vale a partir desta quarta-feira (30).

“Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, especificou a estatal em nota.

A recomposição de preços é uma estratégia da companhia, presidida por Aldemir Bendine, para recuperar sua situação financeira e permitir a manutenção dos investimentos previstos.

Fux: É inaceitável que Congresso insista em doação privada


Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux a votação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permita o financiamento empresarial de partidos e campanhas políticas após a decisão da Corte de declarar inconstitucionais as doações é “atentado à dignidade da jurisdição, uma maneira de burlar decisão do STF”.

“É inaceitável que depois de decisão do Supremo o Congresso Nacional insista em algo que não é o sentimento constitucional admissível, qual seja o de que empresas que não têm ideologia nenhuma continuem a financiar campanhas políticas”, afirmou.

Na noite desta terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, contrariou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria incluir o veto presidencial sobre a questão na pauta da sessão, na intenção de derrubá-lo e permitir a volta das doações privadas.

Direita faz chantagem pela volta das doações



E ainda ameaça recolocar em votação a chamada pauta-bomba, caso não haja apoio do Planalto à medida que contraria decisão do STF que baniu o financiamento empresarial de campanhas.

A proposta é defendida pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e foi costurada com apoio do PMDB, do PSDB de Aécio Neves, do DEM de Agripino Maia, além de PP, PR e PTB.

A intenção da oposição é derrubar o veto que a presidente Dilma já anunciou à lei que permite as doações de empresas em campanhas ainda nesta semana, para atender à regra de que alterações na legislação eleitoral só valem pelo menos um ano antes da próxima eleição.

Polícia Federal enta mais um tiro contra ex-presidente Lula



E-mail interceptado pela Polícia Federal na fase Erga Omnes da Operação Lava Jato envolve o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula, Miguel Jorge, que escreveu a dois executivos da Odebrecht, em fevereiro de 2009, que "PR fez o lobby" para a empreiteira ao presidente da Namíbia, com quem havia se encontrado na época.

Para os investigadores, a frase é uma "provável referência" ao Presidente da República. Ao comentar o caso, Miguel Jorge foi tranquilo e defendeu que fazer lobby para as empresas do país é papel dos chefes de Estado e ministros. 

"A primeira visita da rainha da Inglaterra ao Brasil nos anos 70 foi especificamente para vender aviões ingleses, de uma empresa que depois foi uma das que formaram a Airbus. Acho que esse é o papel dos governantes, de realmente se esforçarem para ter um comércio exterior maior para os seus países", disse.

Aécio Neves desafia o Supremo e defende doações privadas


247 - Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves discordou, nesta terça-feira (29), da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu as doações empresariais para as campanhas eleitorais. Em coletiva, o tucano citou algumas posições tomadas pelo STF que, segundo ele, geraram consequências negativas. Aécio defendeu que o Congresso vote a proposta de financiamento das campanhas mesmo após o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski afirmar que o projeto não terá validade.

"Acho que é necessário que se vote aqui, independentemente de qual seja o resultado. Quero aqui externar uma preocupação que tenho com essa decisão do Supremo, tomada obviamente com a melhor das intenções. Da mesma forma em que foi muito bem intencionado que o Supremo, lá atrás, por exemplo, revogou a cláusula de barreira, que havíamos, em um trabalho muito árduo, aprovado aqui na Câmara. Isso trouxe como consequência um número enorme de partidos políticos. Hoje, se ela estivesse funcionando, ou vigendo, teríamos 7 ou 8 partidos políticos no país. Temos 30 partidos políticos no Congresso. Foi com a melhor das boas intenções que o STF definiu que o mandato pertencia aos partidos, mas criou uma saída, para os novos partidos é possível que se mude e que se leve o tempo de televisão e uma parcela do fundo partidário. A consequência qual foi? Essa proliferação de novos partidos políticos por coisas inusitadas. Partidos que já nascem garantindo uma coligação com outro determinado partido, que são tudo, menos partidos políticos", afirmou Aécio.

"Caixa 2"

Segundo o tucano, a decisão do Supremo "sem a devida discussão pode estar, no futuro, nos remetendo ao tempo do Caixa 2, ao tempo em que aqueles que têm estrutura política, portanto que detêm nacos de poder e são governo, terão uma prevalência, terão um favorecimento muito grande em relação aos outros candidatos".

"Estabelecer limites e transparência para o financiamento privado mais rígido do que os atuais, acho que é algo que me parece mais adequado ao funcionamento do sistema político do que essa decisão. Ela deve ser respeitada, é uma decisão do Supremo, mas quem faz as leis é o Congresso", afirmou.

Aécio argumentou que se "o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hoje tem uma dificuldade muito grande para investigar dez empresas que são denunciadas por serem empresas de fachada e que atuaram na campanha da presidente da República, vocês imaginam se os Tribunais Regionais Eleitorais e o Tribunal Superior Eleitoral terão condições de averiguar a capacidade de centenas de milhares de doadores individuais".

"Se eles tinham lastro, se eles tinham condições financeiras para fazer aquela doação? Temo que possamos estar dando, com a melhor das intenções dos senhores ministros do STF, um passo atrás. Não sou o dono da razão, mas a minha experiência parlamentar e a minha posição como dirigente de um importante partido político me levam a trazer à luz do dia essa discussão. E acho que aqui, no Senado, onde se fazem as leis, e na Câmara dos Deputados, que essa questão tem que ser decidida", reforçou.

Veto de Dilma

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça-feira (29) o projeto de lei da reforma política aprovado pelo Congresso, mas decidiu vetar o trecho que permitia a doação de empresas a campanhas eleitorais. O veto foi publicado em edição extra do "Diário Oficial da União". O artigo vetado pela presidente é o 24-B, que tinha ficado com a seguinte redação após ser aprovado no Congresso: "Doações e contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais poderão ser feitas para os partidos políticos a partir do registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações". Ao justificar o veto, Dilma se baseou na decisão do Supremo.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Mini Reforma Política altera Lei para as próximas eleições

FUP a Serra: "Entregar reservas é patriótico?"


Em audiência pública no Senado, nesta segunda (28), que debateu os impactos do projeto do senador José Serra (PSDB) que retira da Petrobras a exclusividade na operação das reservas do pré-sal e a participação mínima em 30% dos campos, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, criticou a proposta do tucano.

"É patriótico a gente entregar nossas reservas para as empresas multinacionais? O setor petróleo no Brasil foi aberto em 1997 e qual foi o investimento que as multinacionais fizeram no nosso país nesses quase vinte anos?", questionou.

"Como operadora única e sendo uma empresa do Estado, a Petrobras é que vai ditar o ritmo de produção do pré-sal para evitar a produção predatória", disse.

O coordenador da FUP fez ainda um chamado ao Congresso, ao governo e à sociedade para que defendam a Petrobras e o pré-sal: "Não podemos abrir mão!".

sábado, 26 de setembro de 2015

Dilma sanciona janela e 6 meses para filiação de candidatos



O Diário Oficial da União deve publicar nesta sexta-feira, 25, a sanção parcial da presidente Dilma Rousseff à reforma política aprovada na Câmara Federal, válida já para as eleições municipais de 2016.

Líderes da base aliada foram comunicados que a presidente vetou o financiamentoempresarial de campanhas políticas, mas manteve a janela de 30 dias para mudança de partido e a diminuição de 1 ano para 6 meses do prazo para filiação partidária de quem queira disputar as eleições.

A janela, ou seja, a permissão para mudança de partido sem o risco de perda de mandato vigorará no mês de março.

O que muda nas eleições

MUDANÇACOMO É HOJECOMO FICA
Candidatos e tempo de campanhaPartidos definem candidatos em junho. Campanha começa em julho e dura 90 dias até o primeiro turnoPartidos definirão candidatos entre 20 de julho e 5 de agosto. Campanha terá 45 dias
DebatesÉ assegurada a participação de todos os candidatos de partidos com representação na CâmaraPartidos precisarão ter mais de 9 deputados na Câmara para participar



Prestação de contasDirigentes do partido, inclusive o tesoureiro, respondem civil e criminalmente por quaisquer irregularidades. Desaprovação das contas implica a suspensão de novas cotas do fundo partidário e sujeita os responsáveis a penasDirigentes partidários só responderão por irregularidade grave e insanável que resulte em enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio do partido. A desaprovação das contas levará à devolução da importância irregular, mais multa de até 20%
Propaganda eleitoralDura 45 dias. Em eleição de prefeitos, há dois blocos de 2ª a sábado de 30 minutos, além de 30 minutos diários para propagandas na TV –só para candidatos a prefeitoVai durar 35 dias. Em 2016, haverá dois blocos diários de 10 minutos, além de 60 minutos diários de propagandas –60% para candidatos a prefeito e 40% para candidatos a vereador



TransparênciaSão feitas prestações de contas parciais, em agosto e setembro, e a final, após a eleição. Em caso de transferências do partido, doador original deve ser identificadoSerá preciso divulgar na internet valor e fonte de financiamento até 72 horas depois de seu recebimento. Não será preciso identificar doadores originais, apenas registrar transferência dos partidos
Troca-trocaMudança de partido sem justa causa pode levar a perda de mandatoTroca-troca ficará liberado no sétimo mês anterior à eleição, desde que o político esteja no último ano de seu mandato
Urna eletrônicaVoto é eletrônicoHaverá impressão do voto para efeito de conferência