quarta-feira, 16 de setembro de 2015

"Debate do impeachment só serve para dividir a nação!"

"Basta ler o artigo 85 da Constituição para se concluir que só sobra uma coisa do atual debate sobre impeachment: o golpismo de 1964", afirmou nesta manhã o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pelo Twitter.

Segundo ele, "o debate sobre impeachment só serve para tumultuar e dividir a Nação, impedindo o debate sério sobre propostas para retomada do crescimento". 

Há dois dias, Dino participou de um jantar com Dilma Rousseff junto com outros 18 governadores que apoiam a conclusão do mandato da presidente.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Lula presta queixa contra historiador tucano


Os advogados do ex-presidente Lula entraram nesta terça (15) com queixa-crime contra o historiador Marco Antonio Villa, por causa de afirmações proferidas por ele na edição de 20 de julho do Jornal da Cultura 2ª edição, na TV Cultura.

No comentário, Villa disse que o ex-presidente “mente, mente”, que é culpado de “tráfico de influência internacional, sim”, além de “réu oculto do mensalão”, “chefe do petrolão”, “chefe da quadrilha” e teria organizado “todo o esquema de corrupção”.

No texto protocolado na Justiça Estadual de São Paulo, a defesa de Lula aponta que as acusações de Villa incorrem em calúnia, injúria e difamação. "Essas afirmações foram emitidas sem qualquer elemento que pudesse respaldá-las. Villa promoveu descabidos e rasteiros juízos de valor sobre Lula e, ainda, fez afirmações mentirosas sobre sua trajetória política, conduta e identidade”, diz a queixa.

Deputados batem boca em discussão sobre impeachment na Câmara

Alan Marques/ Folhapress 
Sessão de votação da Câmara teve cartazes contra a volta da CPMF

A Câmara dos Deputados reservou a maior parte da sessão desta terça-feira (15) para discutir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O plenário foi palco de intenso bate-boca, com direito a gritos e vaias, e segundo a oposição, marcou o início do processo de impedimento da petista.

A confusão teve início com a apresentação, pela oposição, de um questionamento ao presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre o rito que ele irá adotar na análise dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff.

Após mais de três horas de discussão, uma das votações marcadas para esta noite (os destaques da proposta do ISS) acabou adiada para quarta (16).

A oposição preparou placas com o dizer "Xô CPMF" e chamou, em discursos, a presidente de "mentirosa". Já os governistas improvisaram uma placa menor, com "Xô golpistas", e acusaram os adversários de "golpe" com o pedido de afastamento de Dilma.

O clima começou a ficar acirrado enquanto o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), lia o documento entregue a Cunha. Os defensores de Dilma argumentaram que não havia embasamento regimental para a apresentação dos questionamentos. Já a oposição defendia sua questão de ordem. O presidente Eduardo Cunha não deu um prazo para responder, mas afirmou que não se furtará à questão.

Logo após Mendonça, o vice-líder do governo na Casa, Sílvio Costa (PSC-PE), acusou Cunha de "desrespeito à democracia" e de estar "fazendo o jogo dos golpistas". "Se não estivesse comprometido com eles, não os deixariam nem ler", afirmou na tribuna. Em seguida, desabafou: "Isso é golpe! Fico engasgado com isso que está acontecendo".

MOVIMENTO

Para a oposição, a discussão desta noite marca o início do processo de afastamento da presidente Dilma. Os deputados afirmam que até quinta-feira (17) pretendem apresentar o pedido de impeachment feito pelo jurista Hélio Bicudo, que eles endossaram.

Um a um, os deputados tomam a tribuna da Casa, em defesa e em ataque à Dilma, intercalados.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), fez um discurso acalorado em salvaguarda ao governo e às medidas anunciadas na segunda (14). Foi vaiado pela oposição. "Vejo o cartaz 'Xô CPMF'. Foram você que criaram no passado. A gente precisa ter um pouco de caráter."

Para o petista, "a oposição quer de qualquer jeito cassar o mandato de uma mulher limpa". "Não cutuquem a onça com vara curta. Pensem duas vezes. Não é como ameaça, mas temos capacidade de mobilização."

Durante seu discurso, houve uma discussão paralela entre parlamentares no meio do plenário. Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Orlando Silva (PcdoB-SP) trocaram ofensas e foram afastados pelos colegas.

Jandira Feghali (PcdoB-RJ) subiu à tribuna em seguida e foi uma das mais aplaudidas. Também em defesa de Dilma, a deputada disse que "guerra é guerra". "Nossas armas estão na luta popular e saberemos fazê-la."

Fonte: Folha de São Paulo, 15/09/2015

Líderes do Congresso fazem manifesto em favor da presidente Dilma


Presidentes do PMDB, PCdoB, PP, PSD e PROS assinaram nesta terça-feira 15 um manifesto em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff; documento será entregue pessoalmente a Dilma na reunião que ocorre hoje no Palácio do Planalto com líderes da base aliada.

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) disse que a presidente está "100% forte no cargo" e criticou movimentos da oposição que, desde o início do segundo mandato, vêm buscando fundamentos para abertura de um processo de impedimento do governo.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, defendeu o pacote de medidas anunciado ontem pelo governo e o mandato de Dilma; "Não podemos macular o fortalecimento e a imagem da nossa democracia com ações que não estejam compatíveis com a legalidade".

Com medo de Lula, oposição que mudar a lei para impedir que ele seja candidato

A oposição não quer facilitar a vida da presidente Dilma tampouco a esperança eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva

Filha do delator do mensalão, o ex-presidiário Roberto Jefferson – que manda no PTB, agora contra o Governo – a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) protocolou a PEC 125/2015, que pode enterrar a carreira de Lula, se aprovada, porque ele pretende se candidatar em 2018.

O texto proíbe a “reeleição por períodos descontinuados para cargos do Executivo'', desde prefeitos até presidente da República. Segue o modelo norte-americano, onde um presidente, reeleito ou não, fica proibido de tentar nova candidatura.

A proposta altera o Artigo 14 e o parágrafo 5º fica com esta nova redação:

“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente, sendo proibida, a reeleição por períodos descontínuos''.

A referência velada ao ex-presidente Lula, que já citou que pode se candidatar novamente, está no trecho da Justificativa da PEC protocolada na Mesa Diretora:

“Ademais, um candidato recorrente possui uma vantagem desproporcional e desleal sobre os seus adversários, visto que este já possui um nome e um legado já conhecido pelo povo.''

REPERCUSSÃO NA CÂMARA

A PEC tem a simpatia de todos os partidos da oposição e de muitos do PMDB, a maior bancada do Congresso.

Questionado pela Coluna, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha – opositor declarado do PT – diz não saber de nada. Mas acredita que a PEC vai para a CCJ em breve.

Há um obstáculo para os anti-lulistas. A PEC barra também pretensões de prefeitos e governadores, que têm seus interesses e forte influência em suas bancadas no Congresso; Eles podem impedi-la.


Dilma se reúne com deputados em busca de apoio a medidas de ajuste no Orçamento

15/09/2015

Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma Rousseff recebe dos líderes da base aliada na Câmara documento de declaração em defesa da democracia e do mandato popular

A presidente Dilma Rousseff está reunida na manhã desta terça-feira (15) com deputados da base aliada no Palácio do Planalto, dando continuidade à articulação do governo federal para conseguir apoio dos parlamentares e garantir a aprovação das medidas para cobrir o déficit do Orçamento de 2016 anunciadas na segunda-feira, 14. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa do encontro. Um dos únicos parlamentares que chegou pela entrada da frente do Palácio, onde a imprensa tem acesso, foi o deputado Rogério Rosso, líder da bancada do PSD na Câmara. Ele passou sem conversar com os jornalistas. A assessoria de imprensa da Presidência ainda não divulgou a lista com o nome de todos os participantes.

A maior parte dos projetos anunciados na segunda-feira depende do aval do Congresso para ser concretizada. O mais polêmico deles é o retorno da CPMF, e o Executivo espera contar com a ajuda de Estados e municípios para levá-la adiante. A ideia é que governadores e prefeitos pressionem as bancadas na Câmara e no Senado para aumentar a alíquota de 0,20% durante a tramitação da proposta para, desta forma, ficarem com parte do total arrecadado. Da maneira como a proposta que restabelece a CPMF foi apresentada inicialmente, toda a alíquota ficaria com a União.

A estratégia do governo federal foi posta em prática já na noite desta segunda-feira, quando a presidente jantou com governadores para pedir apoio às medidas. Ao longo do dia de ontem, Dilma já havia entrado pessoalmente nas negociações ao fazer contato com diversas lideranças do Legislativo.

Além da prever a volta da CPMF, o pacote anunciado ontem pelo governo inclui um corte de R$ 26 bilhões nas despesas, adia reajustes a servidores públicos e eleva vários impostos, na tentativa de reverter o déficit de 0,5% do PIB (R$ 30,5 bilhões) no Orçamento de 2016 e alcançar um superávit de 0,7% no próximo ano - o equivalente a R$ 34,4 bilhões. Às 14 horas desta terça-feira, está prevista a reunião da presidente com as lideranças do Senado.

Leia mais em: http://zip.net/brr04f

Fonte: Bol, 15/09/2015

Para ministros do PMDB, medidas anunciadas pelo governo são necessárias

As medidas econômicas anunciadas na segunda-feira (14) pelo governo, para reequilibrar o Orçamento e as contas públicas foram consideradas "necessárias" por ministros peemedebistas que estão em Moscou, acompanhando o vice-presidente Michel Temer em viagem oficial.
Pedro Ladeira/FolhapressO ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, disse nesta terça-feira (15) que os cortes estão dentro do esperado. "Reclamava-se de uma ação do governo nessa direção. Agora, o governo fez propostas e propõe um debate no Parlamento em vários temas. Agora, cabe ao [Poder] Legislativo, com absoluta liberdade e independência, fazer o debate."

As medidas propostas para um ajuste de R$ 64,9 bilhões no Orçamento de 2016 dependem, em sua maioria, de aprovação do Congresso Nacional. Entre as medidas para elevar a arrecadação e ajudar a fazer superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) em 2016, o governo anunciou um corte adicional no valor de R$ 26 bilhões no Orçamento do próximo ano, por meio do congelamento do reajuste dos servidores públicos e da suspensão de concursos, de mudanças no financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), especialmente no Minha Casa, Minha Vida, e nos investimentos na área de saúde.

Além disso, o governo também anunciou que pode propor a criação de um tributo nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), com alíquota de 0,2%. De acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a volta do chamado "imposto do cheque" proporcionará arrecadação de R$ 32 bilhões.

Apesar de o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter criticado as medidas anunciadas e afirmado achar pouco provável a aprovação da volta da CPMF, o ministro do Turismo acredita que há chances de o tributo ser aprovado se o tema for bem debatido e explicado para a sociedade.

"Eu espero que essa discussão seja feita de forma muito democrática naquela Casa [Câmara]. Agora é a hora do convencimento e não da imposição. Acho que, nessa realidade de hoje, de obter receita, pode ser um caminho dentro dos prazos estabelecidos pelo ministro Levy. É uma proposta do governo para ser debatida. Pode ser que o Legislativo venha a aprimorar [a proposta]", afirmou Henrique Alves.

Ele acrescentou que há um pleito dos governadores para aumentar a alíquota para 0,38%. "Os governadores querem ampliar para 0,38% como era antes para ter a participação de estados e municípios. Agora [atual proposta] é para a União para a Previdência", disse Alves.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, destacou que as receitas adicionais são necessárias para o custeio, mas ressaltou a necessidade de diminuir as despesas da máquina pública e dos programas sociais, tornando-os mais eficientes. "A informação que nos chegou foi de que os recursos da CPMF são para cooperar com o custeio da Previdência. O tema foi lançado ontem e haverá discussão das lideranças do PMDB na Câmara e no Senado".

Para o ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, o governo está fazendo sua parte "que é primeiro propor cortes e depois cuidar da receita". "O governo propõe cortes e indica caminhos para a receita. Agora, cabe ao Congresso avaliar quais são as consequências da não aprovação dessas receitas".

Fonte: Bol, 15/09/2015

1º dia de competição dos Jogos Internos do BCS





Os Jogos Internos da Escola BCS tiveram continuidade no dia de ontem. As competições propriamente ditas foram iniciadas e a bola, maltratada por uns e bem tratada por outros, rolou na quadra da escola para o delírio das torcidas, que acompanharam e gritaram a cada lance emocionante.


Aqui, a expectativa pelo início dos jogos, na manhã de ontem


Grupos formados e o papo "rolando" em torno, principalmente das competições

    Na hora da pose o José e a professora Daniela não se fazem de rogados

 Essa turma foi pega meio que desprevenida...

 ...Mas convencida, fez até pose para sair bem na foto

 Galera beneditina nas arquibancadas acompanhando e vibrando com os lances

 Aqui, de novo, a galera atenta as jogadas e alguns, é claro, "viajando" ou conversando

 Mas uma foto que retrata a presença das torcidas para estimular seus times

 De outro ângulo, a presença e o apoio dos torcedores das equipes da manhã

 uma das partidas realizadas ontem de manhã

 As equipes, bem treinadas, buscaram resultados positivos nos confrontos

 A comemoração da equipe de amarelo, após um lance de gol

 Tivemos lances para todos os gostos

 Enquanto isso, na sala ao lado, evidentemente, não faltava assunto...
...trabalho e alegria, depois do cumprimento das tarefas relacionadas a organização do local e aos jogos internos da escola

Não se pode, de antemão, fechar, fechar a porta da CPMF, disse deputado


247 - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), defendeu cautela no Congresso para uma análise mais profunda das medidas de ajuste anunciadas pelo governo neste contexto de crise: “Este debate tem que ser feito. Vamos discutir se é o ideal. Vamos olhar com calma. Se for necessário, vamos propor mais cortes.”

Ele também citou a volta da CPMF. “Não pode, de antemão, fechar a porta”, disse Picciani.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que considera “improvável” a aprovação de uma PEC com a volta da CPMF. “Acho temeroso condicionar o sucesso de um ajuste fiscal a uma receita que sabemos ser de difícil equacionamento”, disse. “Além de o governo estar com uma base muito frágil, o tema por si só já é polêmico."

Fonte: Brasil 247, 15/09/2015

Governadores jantaram com Dilma, são contra o golpe vão apoiar negociação das medidas econômicas

A primeira reunião dos 27 governadores com lideranças da Câmara Federal será dia 27/09

247 – Os 19 governadores presentes no jantar com a presidente Dilma Rousseff e os ministros da área econômica e da articulação política reafirmaram apoio ao governo. “É preciso combater o crescimento desses movimentos pró-impeachment”, sugeriu o governador petista do Piauí, Wellington Dias.

Eles se disseram dispostos a assumir a negociação com o Congresso pela aprovação do aumento da alíquota de 0.20% para 0.38% para que a nova CPMF seja compartilhada com estados e municípios.

“Eu acho que precisa haver, sim, esse compartilhamento com estados e municípios. Vou defender que a proposta seja alterada. Os estados também têm um déficit de Previdência. Aliás, o grande gargalo do meu governo é a Previdência”, reclamou o governador do Rio, Luiz Pezão.

“Vai caber a nós a construção desse caminho no Congresso”, concordou o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A primeira reunião dos 27 governadores foi marcada para a quarta-feira da semana que vem na Câmara, com lideranças de todos os partidos.

Leia aqui a reportagem de Maria Lima sobre o assunto.

Fonte: Brasil 247, 15/09/2015

Dilma recebe 19 governadores em jantar no Palácio da Alvorada

14/09/2015


Dezenove governadores aliados confirmaram participação no jantar oferecido pela presidente Dilma Rousseff, na noite desta segunda-feira, 14, no Palácio da Alvorada, informou, em nota, a assessoria de imprensa do Planalto. Na lista estão, por exemplo, o petista Fernando Pimentel (MG) e os peemedebistas Renan Calheiros Filho (AL) e Luiz Fernando Pezão (RJ), além de Raimundo Colombo (SC), do PSD, e Flávio Dino (MA), do PCdoB.

A assessoria de imprensa da presidente não soube informar o teor do encontro. De acordo com fontes, acompanham Dilma os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Ciência e Tecnologia (Aldo Rebelo). A presidente se deslocou para o jantar por volta das 20 horas.

O jantar ocorre horas depois de os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa terem anunciado uma série de medidas para equilibrar as contas do governo em 2016. Dilma deve aproveitar para apresentar as propostas e buscar respaldo dos governadores, que podem ajudar no convencimento dos parlamentares de cada base estadual. Só que o pacote prevê, entre outras medidas, a volta da CPMF com estimativa de que a alíquota de 0,20% fique integralmente para a União, diferente do que vinha sendo conversado com os Estados.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Bancada da bala quer liberar armas para o povo:”As pessoas,ao invés de sair no tapa,sairão no tiro “

Na prática, caso o documento do parlamentar seja aprovado, as pessoas poderão andar armadas pelas ruas, dentro de seus carros, em bares, restaurantes, escolas e supermercados. E o processo para conseguir os documentos que autorizam o porte será mais simples do que para tirar carteira de motorista.


Bruno Langeani, coordenador do Instituto Sou da Paz, afirma que “o projeto vende a ilusão da legítima defesa”, mas que em uma sociedade que já é violenta, “as pessoas ao invés de sair no tapa, sairão no tiro”.

O texto elaborado prevê que qualquer pessoa possa solicitar o porte de armas de fogo permitidas, desde que atenda a algumas condições. É preciso ter mais de 21 anos, não ter nenhuma condenação por crime doloso, ser aprovado em um exame psicotécnico e fazer um curso com carga horária de 10 horas para se familiarizar com o manejo da arma.

Para efeito de comparação, a obtenção da carteira nacional de habilitação depende da realização de um curso teórico com carga horária de 45 horas/aula, e mais 25 horas de aulas práticas. Segundo o texto, o porte de arma em locais públicos só será proibido onde “houver aglomeração de pessoas em virtude de eventos tais como espetáculos artísticos, comícios e reuniões em logradouros públicos, estádios desportivos e clubes”.

A bancada da bala da Câmara está um passo mais perto de conseguir liberar o porte de armas para a população brasileira. Um texto do deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG), relator da comissão especial da Câmara analisa um projeto de lei que acaba com o Estatuto do Desarmamento.


Desde que o Estatuto do Desarmamento foi sancionado, o porte de armas é proibido para civis, e apenas categorias profissionais que trabalham com segurança pública ou defesa nacional (polícias, forças armadas e guardas) têm autorização para andarem armadas nas ruas.

Atualmente, a posse de armas em residências é permitida apenas em situações excepcionais, ponto que o novo texto da comissão também altera, retirando entraves para a compra e manutenção dos artefatos de fogo – basta atender aos requisitos necessários para o porte, citados acima. Se aprovado o texto do relator, cada pessoa poderá ter até seis armas em casa.

O porte funcional, concedido a algumas categorias profissionais, também foi ampliado. Guardas de trânsito – os amarelinhos -, deputados, senadores, vereadores, oficiais de Justiça, fiscais do Ibama e fiscais do trabalho terão autorização para andar com arma à vista em qualquer local.

Bruno Langeani, coordenador do Instituto Sou da Paz , diz que o texto de Laudivio é “um passo atrás, é voltar para o cada um por si, é desistir das instituições e apostar em soluções que não funcionam”. Ele traça um cenário sombrio caso o relatório seja aprovado. “A perspectiva, com base nas pesquisas, é de que aumente o número de homicídios e de latrocínios”, diz, citando estudos que apontam que em apenas 18% dos casos onde a pessoa armada reage a assaltos existe sucesso na reação. “É uma falsa esperança de que as pessoas vão colocar em pratica a auto defesa”, afirma.

O texto de Laudivio deve ser votado na comissão especial na semana que vem, e depois segue para o plenário. A expectativa de grupos que atuam com controle de armas é de que o relatório do deputado seja aprovado sem dificuldades na comissão, integrada por vários parlamentares que receberam doações de companhias do setor de armas e membros da bancada da bala.

Fonte: Br29, 14/09/2015

Juristas e STF discordam com relação à delação premiada

Juristas alertam para exageros e dizem ser perigosa a missão de "prender para delatar". Ministros do STF avaliam que não há excessos na estratégia da Justiça

A assinatura do acordo de delação premiada do lobista Fernando Baiano, preso há nove meses e apontado como o operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, revela que a polêmica estratégia do juiz Sérgio Moro, de atuar com mão de ferro para forçar a colaboração de criminosos, tem surtido efeito. Já são 30 envolvidos que se dispuseram a falar o que sabem para conseguir a diminuição da pena. A linha de atuação do magistrado, à frente dos processos relativos à Operação Lava-Jato, considerada extremamente dura, tem o respaldo de boa parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, juristas ouvidos pelo Correio alertam para o que chamam de “exagero de uma sociedade extremamente punitivista” e ressaltam ser bastante perigosa a missão “de prender para delatar”.
Sérgio Moro: 30 envolvidos concordaram em colaborar
O professor de direito penal da Universidade de São Paulo (USP) Davi Teixeira de Azevedo é defensor por princípio do instituto da delação premiada, mas salienta que, na Lava-Jato, as garantias individuais e os preceitos constitucionais não estão sendo preservados. “Eu concordo que na Lava-Jato existe prisão para delatar. Discordo frontalmente desta prática. Um dos princípios essenciais de quem delata é a voluntariedade. É preciso ter um âmbito de decisão autônoma. Não pode existir algo que constranja”, ressalta.

Para o professor, uma das referências do direito penal brasileiro, falta fundamento na manutenção de algumas prisões preventivas. “É evidente que, do ponto de vista pragmático, essa estratégia tem dado certo para Moro. Temos uma sociedade extremamente punitivista. As pessoas querem linchamento. O lema é punir logo. E isso é perigoso porque, neste ambiente de punição imediata, as garantias individuais acabam sendo atropeladas”, informou.

Teixeira avalia que, por princípio, é totalmente a favor dos acordos de delação premiada, desde que se façam dentro de parâmetros legais e razoáveis. “Sob a ótica da estratégia de defesa e sob o aspecto político, é muito positivo. Qualquer instituto jurídico que faça que o Estado tenha diminuído o seu poder de interferência na liberdade individual é bom. O Estado terá sempre suas fronteiras de atuação diminuída”, defendeu.

Fonte: Correio Braziliense, 14/09/2015

S&P precisa rebaixar Brasil mais 4 vezes para voltar ser como era no tempo de FHC


Agência de classificação de risco Standard & Poor's precisa rebaixar a nota do Brasil mais quatro vezes para que se chegue ao nível de classificação da época do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando a nota máxima obtida foi 'BB-', em janeiro de 2001, para depois, em julho de 2002, ser rebaixada a 'B+'; para o economista e professor da Unicamp Pedro Rossi, mídia tradicional dá importância exagerada ao rebaixamento da nota para agravar a crise política.

"No fundo eles estão avaliando uma coisa específica que é a saúde do país diante do credor. E o que é bom para o credor não é necessariamente bom para a população ou para a estratégia a ser seguida pelo país”, afirmou.

Fonte: Brasil 247, 14/09/2015

Levy e Barbosa confirmam; vem aí a nova CPMF


A fim de eliminar o déficit de R$ 30,5 bilhões previstos em 2016, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia a redução de carta tributária do governo e a criação de novas receitas, como elevação do Imposto de Renda para contribuintes com rendas mais altas que vendam bens de valores vultosos e o retorno da CPMF no valor de 0,2% para cada movimentação financeira; "Esse seria o caminho com menor impacto inflacionário", disse Levy.

Já o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciou cortes de gastos de R$ 26 bilhões, como a suspensão do reajuste dos servidores do Executivo e de concursos públicos no ano que vem.

Fonte: Brasil 247, 14/09/2015

Temer diz que o Brasil vai superar a crise e Dilma vai até 2018


Na liderança de uma comitiva de sete ministros e 51 empresários em missão empresarial à Rússia e à Polônia, o vice-presidente disse acreditar que o Brasil vai superar a crise "com muita tranquilidade".

Durante a reunião com empresários brasileiros que estão em Moscou nesta manhã, Michel Temer contou ter ouvido deles "sugestões extraordinárias" contra a crise, "que me fizeram crer naquilo que tenho acreditado há muito tempo: vamos enfrentar tudo isso com muita galhardia".

"A presidenta está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato", afirmou ainda o vice-presidente.

Governo anunciará ajuste orçamentário de R$ 70 bi


Valor envolverá R$ 25 bilhões em cortes de despesas e R$ 45 bilhões em novas receitas, informa a jornalista Tereza Cruvinel.

Com isso, o governo alcançará R$ 70 bilhões, sanando o deficit orçamentário de R$ 30 bilhões e realizando o superavit de 0,7% do PIB em 2016. As novas receitas viriam de reonerações e de uma CPMF provisória. 

Segundo um ministro da presidente Dilma, o governo mostrará, com o anúncio, que teve coragem de cortar na carne, mas espera que o Congresso faça sua parte, aprove as receitas e mantenha os vetos a projetos da pauta bomba, como o aumento do Judiciário. 

O anúncio será feito nesta tarde pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa.

Dilma terminará mandato em 2018, diz Temer na Rússia

Agência Brasil/EBC14/09/2015

Romerio Cunha/Vice Presidência
O vice-presidente Michel Temer (terceiro da esquerda para a direita) reúne-se com ministros e empresários em Moscou

O vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (14) ter certeza de que a presidente Dilma Rousseff terminará o mandato em 2018. "A presidenta está se recuperando cada vez mais e tenho certeza que terminará o mandato", disse Temer após visita ao Pavilhão Brasileiro no World Food Moscow, na Rússia.

Segundo Temer, os cortes de gastos discutidos pelo governo ainda não estão definidos. "Foi pregado intensamente no sentido que se façam os cortes. Mas os cortes não estão definidos ainda. Se houver cortes, acho que é um bom passo e um atendimento a vários setores que pleiteiam exatamente cortes", disse o vice-presidente.

Temer não quis comentar sobre um possível aumento de impostos para reequilibrar o Orçamento para 2016.

Crise será superada "com tranquilidade"

Liderando uma comitiva de sete ministros e 51 empresários em missão empresarial à Rússia e à Polônia, o vice-presidente disse que o Brasil vai superar a crise "com muita tranquilidade". Ele reuniu-se na manhã desta segunda-feira em Moscou com ministros e empresários para acertar os últimos detalhes da agenda política e empresarial da viagem oficial de quatro dias que inclui Varsóvia, na Polônia.

"Hoje pela manhã tivemos reunião com empresários brasileiros que estão aqui. Não só pudemos falar, eu e os ministros que me acompanham, como especialmente ouvimos os empresários. Foram sugestões extraordinárias que me fizeram crer naquilo que tenho acreditado há muito tempo: que nós vamos superar essa crise com muita tranquilidade, vamos enfrentar tudo isso com muita galhardia. Tenho certeza de que o empresariado brasileiro vai colaborar, o governo brasileiro está fazendo o possível", disse Temer, com exclusividade, à Agência Brasil.

Segundo o vice-presidente, é importante reforçar as exportações brasileiras e incrementar a relação comercial com a Rússia. "As exportações brasileiras enriquecem nosso país. Temos que incentivar e incrementar muito essas exportações. Vejo aqui na Rússia um grande interesse para acolher outros produtos, além de carne e soja. Vejo interesse em importar outros produtos, como minérios e acordos nas áreas de energia e de turismo."

Temer encerra a visita a Moscou na quarta-feira (16), quando vai presidir a 7ª Reunião da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia, ao lado do primeiro-ministro Dmitri Medvedev. O encontro termina com assinatura de ato, seguida de declaração à imprensa. Criada em 1997, a comissão é a mais alta instância de negociação entre os dois países. Nessa reunião, deverão ser tratados temas de cooperação econômico-comercial, energia, defesa, agropecuária, ciência e tecnologia e espacial.

"Vamos ter a comissão de alto nível com o primeiro-ministro Medvedev. As perspectivas são muito boas, temos oito acordos para assinar e temos certeza de que isso vai incrementar muito a relação comercial Brasil-Rússia", disse o vice-presidente.

Integram a comitiva oficial os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu; da Defesa, Jaques Wagner; de Minas e Energia, Eduardo Braga; do Turismo, Henrique Eduardo Alves; da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, e da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Kátia Abreu e Jaques Wagner chegam amanhã (15).

domingo, 13 de setembro de 2015

Aécio diz que PSDB vai impedir votação de projeto de repatriação de recursos



O senador Aécio Neves (MG), informou que, mesmo com um apelo pessoal pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o partido vai tentar impedir a votação do projeto que prevê a repatriação de recursos de brasileiros no exterior não declarados à Receita Federal.

“Eu recebi um telefonema do ministro da Fazenda,Joaquim Levy e conversei sobre o tema. Acho que não há condições de que essa proposta seja votada como gostaria o governo. É algo complexo, temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros países que tomaram essa decisão”, afirmou Aécio.

“O que me parece mais relevante é termos mecanismos que possam permitir a diferenciação entre recursos lícitos e aqueles que são frutos de tráfico de drogas ou corrupção”, emendou.

Sobre a discussão de temas relacionados à reforma política que deverão ser votados na Câmara dos Deputados, o senador disse que o partido, em relação ao financiamento de campanha, se posicionará a favor de um modelo privado misto. “Vamos estabelecer limites e transparência para esse financiamento privado que poderá do ponto de vista das empresas ser dado apenas aos partidos políticos até 2% do faturamento bruto de cada empresa. E no máximo um quarto desse valor para determinado partido”, disse.

Fonte: Br29, 12/09/2015

Lewandowski denuncia o despudor de Gilmar e Moro

Juiz político é uma ameaça à Democracia
Lewandowski: "o protagonismo extra-muros pode cercear direitos fundamentais"

O Conversa Afiada reproduz antológico artigo do presidente do Supremo Tribunal Federal.

O Conversa Afiada o interpreta como uma crítica explícita à despudorada atuação político/partidária do ministro (sic) Gilmar, que se reúne com dois parlamentares (sic) ameaçados de ir para cadeira para tramar o impítim; e do Juiz da Vara de Guantánamo, que se assemelha aos juízes do regime nazista, pretende "provocar abalos na economia", e "desestabilizar as instituições" com a proposta de criminalizar APENAS e EXCLUSIVAMENTE os supostos corruptos que estão num ÚNICO lado do espectro político!

Viva Lewandowski !

Chega !

Já que o Governo e seu Ministro (sic) da Justiça são seres inanimados ...


Entre juízes, posturas ideológicas são repudiadas pela comunidade jurídica e pela opinião pública, que vê nelas um risco à democracia

RICARDO LEWANDOWSKI

É antigo nos meios forenses o adágio segundo o qual juiz só fala nos autos. A circunspecção e discrição sempre foram consideradas qualidades intrínsecas dos bons magistrados, ao passo que a loquacidade e o exibicionismo eram –e continuam sendo– vistos com desconfiança, quando não objeto de franca repulsa por parte de colegas, advogados, membros do Ministério Público e jurisdicionados.

A verbosidade de integrantes do Poder Judiciário, fora dos lindes processuais, de há muito é tida como comportamento incompatível com a autocontenção e austeridade que a função exige.

O recato, a moderação e mesmo a modéstia são virtudes que a sociedade espera dessa categoria especial de servidores públicos aos quais atribuiu o grave múnus de decidir sobre a vida, a liberdade, o patrimônio e a reputação das pessoas, conferindo-lhes as prerrogativas constitucionais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos para que possam exercê-lo com total independência.

O Código de Ética da Magistratura, consubstanciado na Resolução 60, de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, consigna, logo em seu artigo 1º, que os juízes devem portar-se com imparcialidade, cortesia, diligência, integridade, dignidade, honra, prudência e decoro.

A incontinência verbal pode configurar desde uma simples falta disciplinar até um ilícito criminal, apenada, em casos extremos, com a perda do cargo, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

A Lei Complementar nº 35, de 1979, estabelece, no artigo 36, inciso III, que não é licito aos juízes "manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos ou em obras técnicas ou no exercício do magistério".

O prejulgamento de uma causa ou a manifestação extemporânea de inclinação subjetiva acerca de decisão futura, nos termos do artigo 135, V, do Código de Processo Civil, caracteriza a suspeição ou parcialidade do magistrado, que permitem afastá-lo da causa por demonstrar interesse no julgamento em favor de alguma das partes.

Por mais poder que detenham, os juízes não constituem agentes políticos, porquanto carecem do sopro legitimador do sufrágio popular. E, embora não sejam meros aplicadores mecânicos da lei, dada a ampla discricionariedade que possuem para interpretá-la, não lhes é dado inovar no ordenamento jurídico.

Tampouco é permitido que proponham alterações legislativas, sugiram medidas administrativas ou alvitrem mudanças nos costumes, salvo se o fizerem em sede estritamente acadêmica ou como integrantes de comissões técnicas.

Em países civilizados, dentre eles o Brasil, proíbe-se que exerçam atividades político-partidárias, as quais são reservadas àqueles eleitos pelo voto direto, secreto e universal e periódico. Essa vedação encontra-se no artigo 95, parágrafo único, inciso III, da Constituição.

Com isso, não só se impede sua filiação a partidos como também que expressem publicamente as respectivas preferências políticas. Tal interdição mostra-se ainda mais acertada porque os magistrados desempenham, ao par de suas relevantes atribuições, a delicada tarefa de arbitrar disputas eleitorais.

O protagonismo extramuros, criticável em qualquer circunstância, torna-se ainda mais nefasto quando tem o potencial de cercear direitos fundamentais, favorecer correntes políticas, provocar abalos na economia ou desestabilizar as instituições, ainda que inspirado na melhor das intenções.

Por isso, posturas extravagantes ou ideologicamente matizadas são repudiadas pela comunidade jurídica, bem assim pela opinião pública esclarecida, que enxerga nelas um grave risco à democracia.

RICARDO LEWANDOWSKI, 67, professor titular da Faculdade de Direito da USP, é presidente do STF - Supremo Tribunal Federal e do CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Fonte: Conversa Afiada, 13/09/2015