segunda-feira, 11 de junho de 2012

Perpétua sobre juventude e política:"Eu acredito na rapaziada"

Mostrar à juventude que praticamente tudo na vida envolve política foi o desafio enfrentado pela deputada Perpétua Almeida, na última sexta-feira (25), quando fez palestra para uma plateia de 1.200 estudantes das três séries do segundo grau, de uma escola pública em Rio Branco (AC).

A deputada destacou que juventude não combina com comodismo

Atendendo convite dos professores, Perpétua falou sobre juventude e ética na política. A música “E vamos à luta”, de Gonzaguinha deu o tom ao que foi denominado de “aula diferente”. Parodiando a música “Eu vou à luta” de Gonzaguinha, Perpétua disse: “ Eu vou à luta é com essa juventude que não corre da raia, porque juventude não combina com comodismo. Por isso faço um desafio vamos melhorar Rio Branco, o Acre e o Brasil?”

Na palestra, a deputada fez um retrospecto dos movimentos mundiais como o Occupy Wall Street , a Primavera Árabe e a luta dos estudantes chilenos por educação pública e utilizou frases de Che Guevara e partes do Estatuto da Juventude para falara sobra importância da participação jovem na luta política.

“Quando a gente não discute, não debate, não sabe o que quer, é porque não sabe que rumo tomar, e quem não sabe que rumo tomar se limita a seguir o rebanho. Nós somos racionais, podemos e devemos fazer uso dessa faculdade, porque afinal se o posto de saúde do bairro não funciona, a escola não tem quadra de esportes, o ônibus no qual eu venho para a escola não passa na hora, tudo é política e depende de nós nos mobilizarmos e exigirmos o tratamento adequado”, avaliou.

A semente caiu em terreno fértil. Os membros do Grêmio Estudantil pediram o auxílio da deputada que marcou uma reunião com eles.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), os jovens brasileiros se interessam por política, apesar de envolverem pouco em partidos e movimentos sociais. Mesmo assim, 65% deles procuram se informar sobre política e 85% entendem que é preciso abrir canais de diálogo entre os cidadãos e o governo. Apenas 4,3% dos jovens brasileiros se dedicam a atividades político-partidárias.

Fonte: www.acrealerta.com

domingo, 10 de junho de 2012

Lei da "Ficha Limpa" deve ser aprovada na Câmara de Itaituba

Medida deverá valer para a contratação de comissionados da Prefeitura e da Câmara.

Os vereadores de Itaituba, a exemplo da maioria das cidades brasileiras, se não aprovaram, devem aprovar um projeto de lei que instituia a exigência de "Ficha Limpa" para a contratação de pessoas em cargo de comissão no funcionalismo municipal. A medida deverá valer tanto para a Prefeitura quanto para a Câmara Municipal.

Restrições

Enquanto proposta de critérios da lei que vão enquadrar alguém como ficha-suja, estamos sugerindo:

• Condenação pela Justiça Comum ou Eleitoral, por órgão colegiado, com decisão transitada em julgado até um prazo de 8 anos da decisão em um rol de crimes elencados pela lei.

• Militares que tenham praticado crimes contra a pátria, crimes comuns ou tenham comportamento pessoal incompatível com a função.

• Reprovação de contas relativas ao exercício de cargos e funções públicas por decisão irrecorrível dos órgãos de controle.

• Cassação dos direitos políticos em decisão proferida por órgão colegiado.

• Cassação do registro por conselhos profissionais devido a infração ético-profissional.

• Demissão do serviço público em processo administrativo ou judicial pelo prazo de oito anos contados da decisão.


Após a publicação no Diário Oficial, o Executivo e o Legislativo terão 90 dias para se adaptar à lei.

Na prefeitura, a fiscalização da lei ficará a cargo das secretarias de Governo, Recursos Humanos e da Procuradoria-Geral do Município. Já na Câmara Municipal, a própria direção do Legislativo terá a incumbência de dar cumprimento à nova lei.

Comprovação

De acordo com a lei, caberá aos servidores comprovarem no momento da nomeação que não há condenação na Justiça contra eles. A informação deverá ser confirmada uma vez por ano pelo servidor, que deverá apresentar os documentos necessários a cada mês de janeiro.


Marcha Para Jesus leva milhares de pessoas para as ruas de Itaituba

A Marcha para Jesus percorreu as principais ruas de Itaituba 

Milhares de evangélicos tomaram conta das ruas de Itaituba  neste sábado (9) durante  mais um edição da Marcha Para Jesus, com o tema Jesus: A Esperança Para Itaituba, evento organizado pelo Conselho de Pastores  de Itaituba (COPEI).
 
A manifestação atraiu uma multidão ávida da palavra de Deus

A marcha saiu da Praça do Cidadão às 17h, e percorreu as principais  ruas da cidade com destino a orla cidade, onde um grande palco foi montado para a apresentação do cantores de várias igreja de Itaituba,  com a participação de seus pastores.

A vibração e o entuasiamo tomou conta dos participantes 
 
O trânsito até a chegada à orla da cidade foi coordenado pelos agentes do DETRAN que acompanhou e orientou todo o percurso previamente determinado. A Marcha Para Jesus  reuniu adeptos  e não adeptos do protestantismo que acompanharam os carros de som que proclamavam o Nome do Senhor Jesus, onde os fieis paravam em vários pontos da cidade orando e intercedendo pela famílias de Itaituba
  Evangélicos e não-evangélicos de todas as idades participaram com brilhantismo
 
Breve histórico da Marcha para Jesus
No ano de 1993, a Marcha Para Jesus chegou ao Brasil através da vinda do Apóstolo Estevam, que hoje é o presidente da Marcha no Brasil, quando aconteceu a primeira edição do evento em São Paulo. Naquele ano, a Marcha saiu da Avenida Paulista, desceu a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e chegou ao Anhangabaú para a concentração.
  Show Gospel fechou a programação com chave de ouro
 
Seis anos depois, cerca de 10 milhões de pessoas de mais de 170 países marcharam para celebrar o nome de Jesus Cristo. Cidadãos de diversas religiões, idade e raças saíram às ruas em países como Argentina, Canadá, Colômbia, Cuba, EUA, Finlândia, França, Itália, Japão, Moçambique, Rússia, entre outros.

Fonte: Blog do Gilson Vasconcelos, 09/06/12

Veja como saber o valor da sua restituição do IR

Cristiane Gercina, do Agora

Os 1,84 milhão de contribuintes que vão receber a restituição no primeiro lote do Imposto de Renda, que será pago na sexta-feira, têm duas formas de saber o valor exato da grana que será depositada: pelo extrato do IR ou fazendo as contas.
Ao fazer a consulta por CPF no site da Receita Federal ou pelo telefone 146, os contribuintes não sabem o valor final da restituição com juros e correção monetária, que será paga neste primeiro lote de pagamento.
O contribuinte com acesso à internet deve ter um código para conseguir ver o seu extrato da declaração.
No caso de quem já tem o código é só digitá-lo e informar o número do CPF e a senha.
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Complicada complexidade

Crédito: PEDRO LOBO SCALETSKY
<br /><b>Crédito: </b> ARTE PEDRO LOBO SCALETSKYNada mais complicado do que a complexidade, que deveria ser simples. Como diz o sábio Edgar Morin, que completará 90 anos em julho, citando Pascal, que completaria 349 em agosto, o contrário de uma verdade profunda pode não ser um erro sem fundo, mas outra verdade profunda. Complicou. Especialmente para quem sonha com preto no branco, sim ou não, Grêmio ou Inter, chimango ou maragato, comunismo ou capitalismo, Estado mínimo ou Estado máximo. Jornalistas, muitas vezes, querem verdades simples e sem qualquer oposição. A criminalidade aumentou: mais cadeia, mais repressão, mais Polícia e aumento no tempo das penas. E as causas como ficam? Do outro lado, tem aqueles que, diante do mesmo problema, querem verdades simples opostas: mais programas sociais, menos repressão, mais explicações sociológicas e mais tolerância. E as consequências como é que ficam?

No primeiro caso, os extremistas chegam a sonhar com pena de morte. No segundo caso, os radicais chegam a sonhar com o fim da repressão. Vem o especialista em complexidade e pontifica: precisamos atacar nas duas frentes ao mesmo tempo. Temos de buscar o equilíbrio. Nem Estado mínimo nem Estado máximo. Nem aumento da repressão cega nem aumento da tolerância frouxa. Como é que se faz isso? Aí é que a complexidade torce o rabo da porca. Soluções simples para problemas complexos produzem resultados simplórios. Tem quem ache que o problema do Brasil é a impunidade. Para quem, cara pálida? As cadeias estão abarrotadas. Mas quem está nelas? O simplório, no sentido nobre dessa palavra, que estou inventando agora, o defensor do simples como saída profunda, é contra progressão de regime de apenados. Põe na rua criminosos.

No outro lado, pois sempre há um outro lado, o idealizador da progressão de regime pode ter pensado menos na reinserção dos apenados na sociedade e mais numa maneira de fazer o Estado economizar com presidiários. Não existe almoço grátis. Muito menos na prisão. Mais tempo de cadeia, poderia argumentar, porém, um advogado da complexidade teórica, tende a aumentar o tempo de exposição à pós-graduação do crime. Não, poderia dizer o simplório, se as cadeias vierem a ser o que deveriam ser, todas de segurança máxima, com prisioneiros trancafiados para sempre em celas isoladas, sem celular nem joguinho de futebol ao sol. A cadeia como eliminação em vida. Quanto pior a cadeia, maior o ressentimento. É humano.

Quando eu fazia doutorado em Sociologia na Sorbonne, em Paris, tínhamos um professor, o saudoso André Akoun, que gostava de revirar essas questões. Jogava de um lado, a turma ia. Jogava do outro, a turma ia também. Parecia um Garrincha. Passava o pé em cima da bola, um "João" caía. Num dia, argumentava em favor do aumento da repressão. Convencia. No outro, mostrava o simplismo dessa tese. Convencia. No terceiro, provava que tínhamos poucas convicções e que a maioria dos argumentos sobre esses temas não tem consistência, não passando de achismo ou de mera reação visceral. Ser complexo dá trabalho.
 
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br
 
Fonte: Correio do Povo, 16/04/11

Desejo o melhor pra você!


sábado, 9 de junho de 2012

A luta do SIM continua! Queremos o Estado do Tapajós!


PSB pode romper aliança com PT em Recife e lançar candidato próprio

FÁBIO GUIBU/DE RECIFE
A crise interna que coloca em risco a hegemonia de 12 anos do PT na Prefeitura de Recife poderá levar seu principal aliado, o PSB, a lançar candidato próprio a prefeito na capital pernambucana.

Por determinação do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, quatro secretários de Estado foram exonerados ontem de seus cargos e nomeados pré-candidatos do partido em Recife.


Sileno Guedes, Danilo Cabral, Geraldo Julio e Tadeu Alencar acompanharão as articulações internas do PT, mas também se movimentarão de forma independente.

Os socialistas, que ocupam a vice-prefeitura da capital, querem estar preparados para a possibilidade de o candidato imposto pelo PT, o senador Humberto Costa, não conseguir unir a base aliada, formada por 15 partidos.

A Folha apurou que Campos já avisou o ex-presidente Lula da possibilidade de romper a aliança em Recife.

O governador disse que aguardaria as tentativas de pacificação no PT, mas que seu limite seria o risco de uma derrota eleitoral, possibilidade que passou a enxergar com a resistência do prefeito João da Costa (PT) em aceitar a candidatura do senador.

O prefeito afirma que não se submeterá "a um ato de força" da Executiva Nacional do PT. Ele deve recorrer ao Diretório Nacional e não descarta procurar a Justiça para viabilizar a sua candidatura.

João da Costa venceu a prévia contra o deputado Maurício Rands, mas o PT anulou o resultado e marcou outra consulta. Antes da votação, o PT pediu que os dois retirassem suas pré-candidaturas em favor do senador. Rands aceitou; o prefeito, não.

Humberto Costa evita falar da polêmica e adota um tom conciliador em seus discursos. Ele disse que vai procurar o prefeito "quando a poeira baixar" e que pretende conversar com Campos sobre a manutenção da aliança.

Dos quatro pré-candidatos do PSB, os mais cotados para disputar a eleição são Sileno Guedes e Danilo Cabral.

Os dois já foram vereadores e têm perfis diferentes. Guedes é amigo antigo do governador e coordenava ações de mobilização popular. Cabral, que já ocupou a pasta da Educação, era secretário de Cidades e gerenciava obras, inclusive em Recife.

Assinatura do Jornal Mundo Jovem

Assinatura do Mundo Jovem/2012

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Agroecologia: caminhos para o futuro

Em tempos de Rio+20, a humanidade vive uma encruzilhada civilizatória. A crise ambiental que vivemos não tem precedentes. É preciso mudar com urgência os rumos do desenvolvimento.
Muito da crise se deve ao sistema agroalimentar industrial, insustentável, que desmatou, matou ecossistemas e expulsou populações para dar lugar a monocultivos para exportação. Um sistema que usa mecanização pesada, agrotóxicos e sementes transgênicas produzidas por empresas multinacionais. As consequências são a expulsão de agricultores familiares para os centros urbanos, perda de solos e de biodiversidade, assoreamento e poluição de cursos d’água, contaminação dos alimentos. Esse modelo contribui para o aquecimento global, emite gases de efeito estufa porque desmata florestas e depende de queimar petróleo para fabricar fertilizantes e fazer a comida viajar longas distâncias.

Uma esperança
É nesse cenário que vem ganhando força no mundo um movimento contra-hegemônico: a defesa da agroecologia, uma ciência que aplica os princípios da ecologia à agricultura. Busca promover agriculturas em harmonia com a natureza, preservando florestas e águas, recuperando a fertilidade dos solos através do uso de matéria orgânica, promovendo a diversificação de cultivos e criações, com sementes crioulas produzidas pelos próprios agricultores, não usando agrotóxicos que poluem o ambiente e nem fertilizantes industriais que enfraquecem os solos. Com a agroecologia é possível produzir alimentos saudáveis, de alto valor biológico, livres de agrotóxicos e transgênicos. A ciência da agroecologia não é uma ciência autoritária e privatizada, mas democrática, pois respeita e valoriza os conhecimentos dos agricultores, e promove um diálogo destes com conhecimentos produzidos nas instituições de pesquisa.

Agroecologia é também um movimento social, pois defende propostas para a agricultura e luta por elas. O movimento agroecológico, que no Brasil tem como expressão política a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), é contra o latifúndio e defende a reforma agrária e o reconhecimento dos territórios tradicionais. Pois o desenvolvimento da agroecologia só acontece com uma agricultura familiar numerosa e forte. Também defende circuitos locais e solidários de produção e consumo de alimentos, crítico, portanto, aos impérios dos hipermercados.

Apesar das evidências dos impactos positivos da agroecologia, é necessário enfrentar mitos e construções ideológicas erguidos pelos defensores do sistema agroalimentar industrial. Este, para legitimar-se na sociedade como único caminho possível, desqualifica o enfoque agroecológico e a agricultura familiar como atrasados e incapazes de alimentar o mundo e promover desenvolvimento.

Os principais desafios da agroecologia são, portanto, de natureza política. Para enfrentá-los será necessário muita mobilização e resistência. Que sejam fortalecidas e multiplicadas experiências nos territórios, construídas redes solidárias entre o campo e cidade, e que se lute pela democratização do Estado e a construção de políticas públicas capazes de promover a agroecologia como o enfoque orientador para a agricultura e o meio rural, no Brasil e no mundo.

Denis Monteiroengenheiro agrônomo, secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Rio de Janeiro, RJ.

 Fonte: Mundo Jovem, edição nº 428, julho de 2012