sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Rapidinhas

Juntando os cacos Diante da possibilidade de uma debandada de congressistas, Lula reunirá as bancadas do PT nesta sexta e na segunda para tentar frear o movimento. Dirigentes relatam receio do ex-presidente de que, se não agir agora como um “ímã” em busca de unidade, as disputas pelos rumos da sigla possam acabar “esfarelando” a legenda. Petistas próximos de Lula avaliam que a discussão pública sobre a sucessão fragiliza ainda mais o partido e sugerem um debate reservado sobre a renovação.

À deriva “Neste momento de fragilidade, se o partido ficar parado, a tendência é que haja dispersão”, sustenta um deputado da sigla.

Nós e eles Petistas dizem que o partido está dividido em dois grupos: os que estão preocupados com sua capacidade eleitoral e os que acreditam na refundação do PT a partir do resgate de suas bandeiras históricas.

Alto e avante Após eleger os prefeitos que comandarão a maior fatia da população, o PSDB prevê conquistar uma bancada de 80 deputados federais em 2018, contra 54 eleitos no último pleito. Já o PT estima que pode perder metade de seus 59 deputados.

Fica tranquilo A inclusão de parentes de políticos na nova lei de repatriação não é a única “porta da esperança” do texto. O projeto também deve estender a quem já aderiu à primeira chamada do programa os benefícios extras que forem incluídos na próxima fase.

Meio cheio A Câmara, no entanto, não está 100% satisfeita com a retomada das conversas. Aliados de Rodrigo Maia dizem que ele se dedicou muito para que o projeto andasse, mas o Planalto não se empenhou o suficiente.

Quem vai? Agora, caciques na Casa só querem fazer o texto avançar com um compromisso mais claro do governo de que dará respaldo.

Nem vem A carta em que Rogério Rosso (PSD-DF) quase lança sua candidatura à presidência da Câmara não foi bem recebida por parte do próprio centrão. “Ele já teve a vez dele e não conseguiu. Não terá nosso apoio de novo”, diz um dos líderes do grupo.

Calma lá A ala do “deixa disso” diz, no entanto, que o líder do PSD só teve a intenção de chamar pela unidade da Câmara, sem colocar o carro na frente dos bois.

Conta gotas Depois de aceitar a denúncia contra Henrique Alves sob suspeita de recebimento de propina, a Justiça Federal no DF pediu ao Ministério Público que se manifeste sobre a possibilidade de o ex-ministro ter cometido também crime eleitoral.

Bola de neve Isso porque a conta na Suíça onde os recursos foram pagos não aparecia na declaração de bens quando ele foi candidato. A omissão pode lhe render multa e até três anos de prisão.

Água na fervura Alguns ministros do STF consideraram excessivamente rigorosa a medida de retirar do cargo o presidente da Câmara ou do Senado caso se torne réu. A aposta é que o tema demorará a voltar ao plenário da corte.

Na mão Caciques do Congresso levantaram outro porém: a tese torna os titulares desses cargos “reféns” do procurador-geral da República.

Papai Noel Um dos líderes da defesa de Eduardo Cunha na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS) programou uma “visita natalina” ao ex-deputado na prisão. Pretende ir até Curitiba em dezembro.

Caneta Embora o PSDB paulista articule um tucano para a sucessão de Geraldo Alckmin no Estado, dirigentes do PSB lembram que, com a possível candidatura do governador em 2018, Márcio França dará as cartas no Bandeirantes por nove meses.

Nota só O ativismo de França em favor de Alckmin é alvo de críticas de tucanos que defendem Aécio Neves candidato à sucessão de Temer.

Embaraço Vindo de um analista seria um equívoco, mas, vindo de quem já trabalha com ele, beira a irresponsabilidade expô-lo dessa forma. Do senador Aécio Neves, sobre o tucano Xico Graziano defender, em artigo na Folha, a volta de Fernando Henrique em 2018.

Teoria da criatividade Na reta final das campanhas municipais, Chico Alencar (PSOL-RJ) trabalhava pelo correligionário Marcelo Freixo, no Rio, quando foi abordado por uma jovem que queria saber seu voto na PEC 241, do teto de gastos.

O deputado fluminense explicou que a proposta já havia sido aprovada pela Câmara em dois turnos, mas que ainda seria votada no Senado. Alheia aos trâmites no Congresso, a garota vaticinou:

— Lá eles estão sentindo a pressão. Tanto é que, para disfarçar, até mudaram o número dela. Agora virou 55! — disse, sem se dar conta de que as propostas mudam de número quando passam de uma Casa para outra.

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