Os cerca de 30 mil consumidores que foram enganados pela compra premiada da loja Eletromil há dois anos, até hoje esperam por justiça. Muitos ainda não receberam o dinheiro de volta.
O comerciante Geraldo Sá perdeu cerca de R$ 13 mil depois de ter feito o consórcio de uma moto que estava sendo negociada pela loja Eletromil, em Castanhal. Na época, ele pagava a última parcela quando soube que estava sendo enganado.
“Eu paguei as 36 prestações e quando terminei, fui lá e conversei com uma moça, que perguntou se eu queria a moto ou o dinheiro. Respondi que queria o dinheiro. Ela disse para eu retornar na loja, que receberia o valor. Quando cheguei lá, vi aquele monte de gente, e já estava fechada a loja”, disse.
Em 2012, a polícia começou a investigar a empresa Eletromil. Os casos ocorrem na Região Metropolitana de Belém (RMB) e em pelo menos dez municípios do interior do estado. Segundo o Ministério Público, cerca de 30 mil pessoas foram enganadas, somando prejuízo de R$ 25 milhões para os clientes.
Na chamada “compra premiada”, os clientes são atraídos com a promessa de adquirir bens, como motos, por exemplo. Grupos de participantes são formados, que pagam parcelas mensais e concorrem aos sorteios e quem ganha o prêmio fica livre das prestações.
Os donos da empresa Eletromil são acusados de estelionato e formação de quadrilha. A Polícia Civil já decretou a prisão de todos os envolvidos, mas até agora ninguém foi preso.
Os empresários Eduardo Fernandes Facunde, a esposa dele, Maria Sailene Facunde, além do filho do casal, Eduardo Facunde Junior, são considerados foragidos. A polícia acredita que eles podem ter enganado outras pessoas no estado do Maranhão.
“Falta a polícia do Pará cumprir esses mandados. A gente espera a ajuda da população, caso veja esse casal é só ligar para 181, não precisa se identificar”, disse o delegado Neivaldo Silva.
Fonte: G1 PA, 04/01/2014
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