Franklin Martins, defende a regulação do setor
Já
está na hora do Brasil ter uma lei de imprensa semelhante a dos EUA e a da Europa
que, inclusive, já querem revê-la para torná-la ainda mais democrática. Por que
aqui não?
A
imprensa brasileira se constituiu, ao longo do tempo, num poderoso monopólio que derrubou presidentes e facilitou a chegada de outros ao poder.
É um grupo que ficou conhecido como o 4° poder, depois do executivo,
legislativo de judiciário e está vinculado aos interesses do grande capital internacional
, dos especuladores da bolsa de Wall Street, da City e de Londres.
Essas
organizações publicam toda sorte de baixezas, corrompem os jovens, incitam ao
sexo precoce, projetam grandes eventos "musicais" à céu aberto, onde
bandas de guitarristas drogados levam os jovens à loucura. Não se ouve da parte
deles reprovação a esses encontros danosos à saúde física e psíquica dos
jovens, prisioneiros da propaganda ardilosa, multicolorida e sedutora.
É
difícil, hoje, nesse contexto dominado pelos grandes meios de comunicação, educar
um jovem no Brasil. Ele está cercado de toda sorte de atrações sedutoras,
apelando para seus instintos mais primitivos e básicos.
A má vontade dos diários conservadores paulistas e cariocas, cristaliza-se
de forma a evidenciar, segundo analistas políticos, a existência de um cartel
formado com o objetivo de atuar como um partido político não convencional.
Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da
Presidência da República, editou um projeto-de-lei que determina parâmetros
para que a concentração de poder neste segmento, no país, não seja alvo de
novos escândalos, como aquele noticiado pela organização não governamental
Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, que aponta a existência, no
Brasil, de 30 berlusconis, referindo-se ao capo da mídia italiana.
Segundo o relatório da RSF, divulgado na semana passada, o Brasil
é “o país dos 30 Berlusconis”, numa crítica à concentração dos veículos de
comunicação do país em poucas mãos. “O Brasil apresenta um nível de
concentração de mídia que contrasta totalmente com o potencial de seu
território e a extrema diversidade de sua sociedade civil”, analisa a ONG de
defesa da liberdade de imprensa. “O colosso parece ter permanecido impávido no
que diz respeito ao pluralismo, um quarto de século depois da volta da
democracia”, destaca a RSF.
O relatório foi composto após visitas de membros da ONG a
Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o RSF, “a topografia midiática do
país que vai receber a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 pouco mudou
nas três décadas que sucederam a ditadura militar de 1964-1985″. O documento
destaca que as 10 maiores companhias de mídia do país estão baseadas em São
Paulo ou Rio de Janeiro, o que “enfraquece a mídia regional”.
“A independência editorial da mídia impressa e transmitida e
minada pela pesada dependência de propaganda do governo e suas agências”,
analisa o relatório, que destaca que, em 2012, houve 11 jornalistas mortos no
país. Segundo a ONG, um dos problemas endêmicos do setor da informação no
Brasil é a figura do magnata da imprensa, que “está na origem da grande
dependência da mídia em relação aos centros de poder”. “Dez principais grupos
econômicos, de origem familiar, continuam repartindo o mercado da comunicação
de massas”, lamenta a RSF.
Portanto,
o Brasil precisa, urgentemente, ter uma lei que regulamente a existência da sua
imprensa, dos grandes veículos de comunicação e que a elaboração desta lei envolva
todas as partes interessadas.
Um
País que avança na construção e consolidação de um projeto de desenvolvimento
que represente os interesses da maioria de seu povo não pode se tornar refém de
uma imprensa que caminha na direção oposta.
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