Praticamente terminada a apuração da eleição plebiscitária sobre a divisão territorial do Pará, o resultado já está definido, o NÃO foi vencedor com cerca de 66%.
O Pará continua grande como queriam os defensores do NÃO. Grandes também continuam os problemas sociais na região do Tapajós, onde os investimentos em políticas públicas, por parte do Governo do Estado, historicamente sempre foram menores que os das demais regiões paraenses. Na prática, é como se o ser humano que aqui reside tivesse menos importância nas ações governamentais do que o ser humano das outras regiões.
Diante deste resultado, cabe ao Governo do Estado, fazer um planejamento mais abrangente, repensar a aplicação de recursos de forma mais igualitária, valorizar mais o homem desta região tão desprezada por todos os governos estaduais paraenses.
Maior ainda é a dor, o ressentimento dos defensores do SIM, que levantaram a bandeira da divisão territorial na esperança de dias melhores para suas regiões. Não foram oportunistas ou simplesmente separatistas, como foram rotulados pelo outro lado. Defenderam uma vontade secular, queriam mais integração, mais participação, mais recursos governamentais para resolver ou diminuir as sequelas sociais de um povo.
Grande vai continuar a distância para chegar até os órgãos sediados em Belém, capital do estado, onde na maioria absoluta das vezes encontramos servidores que não dão a menor importância as reclamações e solicitações dos interiorianos, ficando as pendências por isso mesmo, ou seja, sem solução.
Grande também é o desafio que o Governo do Estado tem de trazer as secretarias estaduais para o interior, de se fazer presente, de inserir democraticamente esta gente na formulação de propostas viáveis.
Grande deve ser também, a partir de agora, o desejo de garantirmos proporcionalmente a eleição de representantes de nossa região para o parlamento estadual e federal. Só assim, teremos nossa voz ecoando mais longe e mais forte na defesa dos nossos interesses.
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