sexta-feira, 6 de março de 2015

Falta de liberação de licença para frigorífico prejudica a livre concorrência.

Preço da carne sobe abusivamente e o povo paga a conta

A reabertura do frigorífico Araticum, ao que parece, deixou de ser uma questão meramente técnica e passou a ser um problema político. Esse é o entendimento que começa a se formar entre alguns seguimentos organizados da sociedade que não entendem o excesso de burocracia criada pela administração municipal para expedir as licenças para esse empreendimento voltar a funcionar.

É claro que os setores responsáveis por licenciar esse tipo de atividade precisam ser criteriosos nesse trabalho, porque está se tratando de alimento, e todas as normas precisam ser obedecidas; só que esse mesmo zelo que a prefeitura está tendo em relação ao frigorífico Araticum não se aplica a outros casos.

Nas feiras, por exemplo, os alimentos expostos contrariam todas as normas de higiene. Na Décima Sexta rua, a carne é vendida ao ar livre em bancas de madeira. E o que dizer do Mercado Municipal, sobre o qual a prefeitura literalmente ignora as condições que os alimentos ali são comercializados.

No galpão da Johil, na Décima Segunda rua, à noite, os ratos disputam o espaço com as aves que são abatidas e vendidas para a população; e o peixe que vem de outras cidades, que não possui garantia de origem, mas é comercializado livremente!

Todos esses casos citados já deveriam ter sofrido uma intervenção de fiscalização das instâncias competentes da prefeitura, mas nada é feito nesse sentido. A a birra se restringe apenas ao Frigorífico Araticum, e com isso a prefeitura criou uma espécie de reserva de mercado nesse seguimento, fato que tem castigado duramente a população com o aumento do preço da carne.

Essa atitude também contraria o principio da livre concorrência, prejudicando a economia popular e, os seguimentos organizados da sociedade precisam reagir contra essa situação, buscando o apoio do Ministério Público para apurar o que de fato há por trás dessa questão.

O certo é que a população não pode ser penalizada por causa de interesses comerciais ou políticos de quem quer que seja.

Comentário do jornalista Weliton Lima no telejornal Focalizando, em 05.03.2014

Fonte: Blog do Jota Parente, 05/03/15

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