quarta-feira, 23 de junho de 2021

STF proclama suspeição do ex-juiz Sergio Moro

Ex-juiz que prendeu o ex-presidente Lula para que ele não disputasse as eleições presidenciais de 2018 foi declarado suspeito pelo STF por 7 votos a 4; com isso, condenações de Lula estão anuladas e ex-presidente se fortalece para a disputa presidencial

Brasil 247, 23/06/2021, 16:13 h Atualizado em 23/06/2021, 16:22
Sérgio Moro, condenado pelo STF, e o ex-presidente Lula (Foto: Divulgação)

Com os votos dos ministros Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quarta-feira (23) por 7 a 4 o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marco Aurélio e Fux, os únicos que faltavam votar, se posicionaram contra o entendimento de que Moro foi um juiz suspeito ao julgar Lula, sendo derrotados, pois já havia sido declarada maioria a favor da suspeição em março deste ano.

Em seu voto, o decano da corte, Marco Aurélio, que está prestes a se aposentar, fez uma defesa enfática da Operação Lava Jato, sobre a qual destacou o “combate à corrupção”, e de Sergio Moro, quem chamou de “herói nacional” que "honrou o Judiciário". Sobre os diálogos expostos na Operação Spoofing, que revelou irregularidades entre procuradores da força-tarefa de Curitiba e de Sergio Moro, o ministro considerou "normais".

“Sim, o juiz Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, é tomado como suspeito”, afirmou o magistrado. Sem citar o nome de Gilmar Mendes diretamente, Marco Aurélio fez críticas ao colega pelo pedido de vista feito por ele inicialmente nesse caso.

Já Fux chamou Lula de “criminoso” logo no início de seu voto, declarou que o julgamento por Sergio Moro “não prejudicou o réu” e afirmou que a principal sustentação da defesa - em referência aos áudios da força-tarefa, que sequer estão nos autos - são “prova totalmente ilícita, roubada, mas que depois foi lavada. Como se faz lavagem de dinheiro. Houve uma lavagem dessa prova”.

O Plenário do STF retomou o julgamento em que se discute a decisão da 2ª Turma da corte que declarou a suspeição de Moro na ação penal contra Lula referente ao tríplex. A sessão foi realizada por meio de videoconferência.

Os sete votos pela manutenção da decisão da 2ª Turma, a favor da suspeição, foram dos ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. Com a conclusão do voto de Marco Aurélio, que havia pedido vista dos autos, e do presidente da Corte, Luiz Fux, o julgamento foi concluído em 7 x 4. Os dois acompanharam o relator, Edson Fachin, assim como Luís Roberto Barroso.

terça-feira, 22 de junho de 2021

Luana Araújo afirma que insistência em cloroquina é "ideia delirante"

A médica Luana Araújo, cuja indicação para cargo superior no Ministério da Saúde foi retirada por pressão de Jair Bolsonaro, refuta as teses negacionistas do governo sobre a pandemia

Brasil 247, 22/06/2021, 04:59 h Atualizado em 22/06/2021, 05:38
Luana Araújo (Foto: Reprodução/TV Senado)

A médica infectologista Luana Araújo rebateu em entrevista à Folha de S.Paulo a versão apresentada à CPI da Covid pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que afirmou ter retirado a indicação por conta própria em razão de resistências na classe médica ao nome da especialista.

"O que depreendi da fala do ministro é que o meu comportamento pró-ciência é desagregador. Mas, se o comportamento agregador não é o pró-ciência, a quem estamos querendo agregar?", questiona.

Luana Araújo avalia que o Brasil nunca saiu da primeira onda da Covid e considera "equivocadas" as estratégias adotadas pelo governo para enfrentar a pandemia.

Para a médica, que fez críticas na CPI à busca por medicamentos sem eficácia, gastar tempo, energia e dinheiro em discussões como a cloroquina é uma ideia delirante.

Ela afirma sobre a decisão do governo de não mais nomeá-la para o cargo depois de ter sido indicada que nunca houve nenhuma dificuldade técnica, pelo contrário. "O que aconteceu é que foram resgatadas declarações minhas" [de antes de assumir o cargo, contra o uso de cloroquina para a Covid, por exemplo].

Luana Araújo reafirma o que disse na CPI sobre como o ministro Queiroga lhe comunicou que não seria mais nomeada: "O ministro chegou a falar em uma questão de validação política que, para mim, técnica, não filiada e apartidária, só pode ter sido atribuída a meu posicionamento pró-ciência. Mas um cargo técnico ter virado questão de validação política é extremamente temerário. Isso me deixa um pouco constrangida com eventuais rumos".

Quando fala em estratégias equivocadas, a médica se refere ao "investimento feito em medicações que não são apropriadas como estratégia prioritária de política pública, a falta de informação clara, precisa e única para a população, pouco investimento na testagem, a não utilização da atenção primária como ferramenta básica de combate à epidemia e o direcionamento da resposta à atenção terciária" [rede de hospitais].

Questionada por que muitos médicos se posicionaram a favor de medicamentos sem eficácia para a Covid, a médica afirmou que "existe uma falha na educação médica que sempre foi importante, mas que a pandemia evidenciou. Uma dificuldade enorme de compreensão de epidemiologia, do que é um artigo científico, como interpretar metodologias".

Leia a íntegra na Folha de S.Paulo

Bolsonaro tem 15 dias para explicar ao TSE declarações sobre supostas fraudes em urnas

Jair Bolsonaro, sem provas, já afirmou que, por exemplo, a eleição de 2018 foi manipulada e que somente venceu o pleito por ter tido muito mais votos que Haddad

Brasil 247, 21/06/2021, 19:39 h Atualizado em 21/06/2021, 19:39
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil | Isac Nóbrega/PR)

O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu 15 dias para que Jair Bolsonaro explique as declarações sobre supostas fraudes eleitorais por meio das urnas eletrônicas.

Por mais de uma vez, Bolsonaro afirmou que as eleições no Brasil são fraudadas e que somente ganhou o pleito em 2018 por ter tido muito mais votos que seu adversário, o ex-ministro Fernando Haddad. O chefe do governo federal, no entanto, nunca apresentou provas.

O ministro ainda determinou a abertura de procedimento administrativo para apurar se houve de fato alguma fraude em 2018.

Governo Bolsonaro superfaturou compra de vacina indiana em mais de 1.000%

Escândalo de corrupção pode fragilizar ainda mais o governo, no momento em que Jair Bolsonaro mostra total descontrole emocional

Brasil 247, 22/06/2021, 06:34 h Atualizado em 22/06/2021, 07:41
(Foto: ABr)

No momento em que Jair Bolsonaro demonstra total descontrole emocional, um escândalo de corrupção na compra de vacinas pode fragilizar ainda mais o seu desastroso governo. "Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante.

Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia 'custaria menos do que uma garrafa de água'. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis vacinas compradas até agora", aponta reportagem de Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

"A ordem para a aquisição da vacina partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro. A negociação durou cerca de três meses, um prazo bem mais curto que o de outros acordos. No caso da Pfizer, foram quase onze meses, período em qual o preço oferecido não se alterou (US$ 10 por dose). Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do produto da farmacêutica americana foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, só fechada em março deste ano", aponta a repórter.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Repúdio ao genocídio e apoio ao 19J rompem a bolha e têm adesão de 80% dos internautas

Há uma mudança de qualidade nas redes sociais no Brasil: a esquerda furou sua bolha e hoje o repúdio ao genocídio e o apoio às manifestações contra Bolsonaro já tem adesão de 80% dos internautas

Brasil 247, 21/06/2021, 09:29 h Atualizado em 21/06/2021, 09:49
(Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

247 - O pesquisador Pedro Barciela, especialista em análise de redes e monitoramento voltado para temas político-eleitorais, constatou que o repúdio ao genocídio promovido pelo governo Bolsonaro na pandemia e o apoio ao 19J furou a bolha da esquerda e tem adesão de 80% dos internautas. Ele indica que o antibolsonarismo “cumpre um papel muito próximo ao que um dia foi o antipetismo: ele fomenta a criação de alianças contranaturais e intensivas entre setores que antes eram marcados estritamente por alianças sociopolíticas”.

Veja o cenário das redes montado por Barciela e a seguir sua análise:

A avaliação de Barciela:

A revolta causada pela marca de 500 mil mortos enterrou a narrativa de que se tratam de manifestações “apenas partidárias”. As manifestações contra Bolsonaro e seu governo foram ampla maioria, com mais de 80% dos usuários se manifestando contra o genocídio em curso no Brasil.

É interessante observar como o antibolsonarismo hoje cumpre um papel muito próximo ao que um dia foi o antipetismo: ele fomenta a criação de alianças contranaturais e intensivas entre setores que antes eram marcados estritamente por alianças sociopolíticas.

A ideia de “contranaturais” se aplica a união de atores não politicamente conectados ao redor de temáticas específicas que, por si só, não produzem filiação.

O campo antibolsonarista representou mais de 80% dos usuários divididos em uma série de agrupamentos. O bolsonarismo, por sua vez, segue isolado em um único cluster, formado pelo núcleo do bolsonarismo. No mais, reforço o fato de que a triste marca de 500 mil mortes jogou uma pá de cal na narrativa de que “eram apenas movimentos partidários”, fazendo com que atores que até então não haviam se posicionado voltassem sua atenção para o genocídio em curso no Brasil.

domingo, 20 de junho de 2021

'Fora Bolsonaro' explode pelo País e mostra que o povo vai ocupar cada vez mais as ruas contra o genocídio

"Arthur Lira não conseguirá represar por muito tempo mais o impeachment de Bolsonaro. Após 500 mil mortes, o país mostrou neste sábado 19 que está cada vez mais disposto a dar um basta no genocídio", escreve o jornalista Aquiles Lins, editor do 247

Brasil 247, 20/06/2021, 14:10 h Atualizado em 20/06/2021, 14:35
(Foto: Elineudo Meira)

Por Aquiles Lins

O Brasil viveu neste sábado, 19 de junho, um dia importante em sua história. Governado por um presidente genocida e negacionista, o país ultrapassou a marca de 500 mil mortes pelo novo coronavírus. A maioria delas poderia ter sido evitada, se Jair Bolsonaro tivesse adotado as providências necessárias para a vacinação da população, e dado o exemplo de respeito à vida. Nosso maior problema, no entanto, é que ele atua na promoção da morte.

Mas este 19 de junho também entra para a história como o dia em que o povo voltou às ruas contra Bolsonaro. Os organizadores da Campanha Nacional Fora Bolsonaro estimaram a realização de 427 atos em todos os estados e no Distrito Federal, e outros 17 no exterior, com a participação de um total de 750 mil pessoas. Nos atos de 29 de maio, houve no total 227 manifestações, distribuídos em 213 cidades no país e 14 cidades no exterior, com cerca de 420 mil pessoas. ​

No momento em que a pandemia se recrudesce, o país se mobilizou novamente nas ruas para pedir o impeachment de Bolsonaro, intensificação da vacinação, auxílio emergencial de pelo menos R$ 600 e muitas outras reivindicações. A TV 247 fez uma cobertura histórica de mais de 10 horas ao vivo das manifestações, recebendo centenas de vídeos de assinantes, telenautas, além de entradas ao vivo de várias cidades.

A intensidade das manifestações mostraram que o povo está cada vez mais disposto a ir às ruas, apesar do coronavírus, para exigir a saída de Jair Bolsonaro. O nível da pressão política consequentemente subirá no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, terá cada vez menos condições políticas para ignorar os mais de 130 pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro. As manifestações deverão continuar e ser cada vez maiores, à medida em que a população for se vacinando contra o coronavírus. Lira não conseguirá represar por muito tempo mais o impeachment de Bolsonaro. Após 500 mil mortes, o país mostrou neste sábado 19 que está cada vez mais disposto a dar um basta no genocídio.

“Me arrependo do voto em Bolsonaro em 2018”, diz senador Alessandro Vieira

O senador Alessandro Vieira, em entrevista à TV 247, revelou estar arrependido de ter votado em Bolsonaro nas últimas eleições. Ele lamentou ter subestimado a “má qualidade” do presidente e disse que, no primeiro turno de 2022, vai apoiar um candidato da terceira via. “O Brasil merece mudar de página”. 

Brasil 247, 18/06/2021, 19:45 h Atualizado em 18/06/2021, 23:24
Senador Alessandro Vieira (Podemos-SE) na CPI da Covid (Foto: Jefferson Rudy)

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), em entrevista à TV 247, disse estar arrependido de ter votado em Jair Bolsonaro em 2018. Agora, ele diz trabalhar para, no primeiro turno das próximas eleições, eleger uma terceira via.

“Eu fiz uma escolha, a comuniquei. Na escolha, já disse que ia ter uma atuação o mais incisiva possível para evitar aqueles problemas que já se anunciavam, o autoritarismo, o despreparo”, justificou o senador sobre o voto em Bolsonaro. “Mas, hoje, tenho que reconhecer que me arrependo do voto. Subestimamos o problema do Bolsonaro, subestimamos a má qualidade, o dano que ele podia causar. E superestimamos o entorno. Se imaginou que aquele entorno de generais e de técnicos conseguiria controlar os arroubos do deputado radical Jair Bolsonaro. E isso não aconteceu, aconteceu o contrário, ele submeteu esse entorno”, ressentiu.

O parlamentar acredita que o Brasil agora deve “mudar de página”, e que nem Lula e muito menos Bolsonaro poderiam resolver os problemas do país: “Agora, com esse arrependimento, como vamos fazer para 2022? A minha intenção nesse momento é trabalhar para uma terceira via. O Brasil merece mudar de página. Não acredito que um retorno do ex-presidente Lula vá resolver os nossos problemas. E tenho certeza também que a permanência de Jair Bolsonaro não ajuda. Mas é uma construção democrática. No final das contas, quem decide é o eleitor. E se chegarmos novamente ao segundo turno com o projeto do PT e o projeto do Bolsonaro, eu vou ter que refletir junto com o eleitor de Sergipe e tomar uma decisão, e ela vai ser pública. Me esconder não faz parte do cardápio”.

CPI da Covid

O senador, que tem atuação marcante na CPI da Covid, prevê que os fatos mais graves irão emergir das investigações. No entanto, ele se mostrou pessimista quanto às chances de um impeachment contra Bolsonaro.

“Temos convicção de que, ao final, a CPI vai ter provas de fatos graves. Decidir se isso vai ser ou não suficiente para o impeachment passa por outra esfera. A gente sabe que o processo de impeachment no Brasil passa por uma etapa que é a decisão unilateral do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Arthur Lira. É muito improvável que ele dê andamento a qualquer situação que tenha referência ao impedimento do presidente”, disse o senador.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Pesquisa mostra Lula em crescimento e Bolsonaro em queda, com mais rejeição que apoio em todas as regiões

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas confirma o esvaziamento de Jair Bolsonaro. Numa simulação de segundo turno presidencial em 2022, o resultado é de empate técnico, mas com tendência de crescimento do petista e queda de Bolsonaro

Brasil 247, 17/06/2021, 13:41 h Atualizado em 17/06/2021, 15:24
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 
(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quinta-feira (17) mostra como está a corrida eleitoral para as eleições em 2022 com a saída de Luciano Huck e Sérgio Moro da disputa, e a entrada de José Luiz Datena como aposta para a 3ª via. A pesquisa confirma o esvaziamento de Jair Bolsonaro. Foram apresentados três cenários de primeiro turno e outros três de segundo turno.

De acordo com reportagem publicada no site O Cafezinho, no primeiro cenário proposto pela pesquisa, no qual Datena aparece, Bolsonaro tem 34,3%, contra 32,5% de Lula, o que configura empate técnico. Na pesquisa anterior, de maio deste ano, Bolsonaro tinha 33% e Lula 29%. O crescimento mais expressivo, portanto, foi o do petista. Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima, ao passo que Lula cresceu 3,5%.

Para um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a pesquisa aponta empate de 40% para cada um, porém Bolsonaro vem perdendo pontos, ao passo que Lula vem crescendo nas pesquisas.

A pesquisa apontou que o segundo turno das eleições pode ser decidido pelas mulheres. Enquanto Lula tem 44,3% dos votos femininos, Bolsonaro tem 32,5%. Entre as regiões, Lula permanece com vantagem no nordeste com 49,7% contra 33,8% de Bolsonaro.

A pesquisa traz ainda o potencial eleitoral dos principais candidatos. Na tabela, chama a atenção a rejeição de 57% de João Doria. Lula e Bolsonaro seguem empatados na coluna do “voto com certeza”. Ciro Gomes e Datena têm uma boa pontuação na coluna “poderia votar”.

A aprovação do governo Bolsonaro também foi avaliada na pesquisa. Em relação ao levantamento de maio, houve uma leve piora na avaliação do governo. No mês passado, 44% aprovavam o governo, contra 52% que o desaprovavam. Na pesquisa divulgada nesta quinta, o governo Bolsonaro tem 42% de apoio e 54% de rejeição.

Ele tem mais rejeição que apoio em todas as regiões. No Nordeste, todavia, sua situação é pior: o governo tem 58% de rejeição.

O governo é melhor avaliado no Norte & Centro/Oeste, onde tem 47% de aprovação e 50,5% de rejeição.

No Sudeste, também subiu a rejeição ao governo Bolsonaro, que agora é de 53% (contra 42% de aprovação).

Leia a pesquisa na íntegra:

19J: organizadores confirmam mais de 310 atos 'Fora Bolsonaro' no Brasil e exterior; veja lista

De terça para quarta, foram mais de 70 novas manifestações confirmadas. São 319 atos no total

Brasil 247, 16/06/2021, 21:45 h Atualizado em 16/06/2021, 22:26
Manifestação de 29 de maio na Av. Paulista contra Bolsonaro e por vacina (Foto: Mídia Ninja)


Mais de 310 cidades brasileiras já confirmaram protestos contra o governo Jair Bolsonaro no próximo sábado, 19, em todas as regiões do País. São 319 atos no total.

Também há atos previstos para acontecer no exterior, em locais como Inglaterra, Itália e Portugal. A TV 247 fará ampla cobertura das manifestações.

Além das manifestações do dia 19, as jornadas contra Bolsonaro também ocorrerão nos dias 18 e 20. Confira a lista divulgada nesta quarta-feira, 16. De terça para quarta, foram mais de 70 novas manifestações confirmadas.

Saiba aqui quais as cidades terão programação Fora Bolsonaro:



TCU diz que governo Bolsonaro não tem plano para combater a covid

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmam, após auditoria, que o governo Bolsonaro não tem planos de combate à covid-19. Além do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o governo não tem plano estratégico de ação e não entrega os equipamentos necessários ao enfrentamento da pandemia

Brasil 247, 21/06/2020, 05:36 h Atualizado em 21/06/2020, 06:21
Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia de cobid-19.

Reportagem da jornalista Constança Rezende aponta que entre os problemas constatados estão a falta de entrega de equipamentos de proteção individual, respiradores, kits de testes e irregularidades em contratos.

Os auditores do TCU também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a covid e o de entrega das seringas e agulhas.

Questionado sobre o relatório, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que viabiliza ações para o combate à covid-19. Mas o tribunal afirma que não há um planejamento minimamente detalhado.

O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, não compreende como função do ministério a articulação de ações com os estados e municípios, o que dificulta ações integradas de compras de materiais e representa risco para o adequado uso de recursos.

De acordo como o TCU, o não cumprimento pelo governo das ações necessárias ao combate à pandemia pode gerar a responsabilização dos gestores do ministério".