quarta-feira, 28 de junho de 2017

PSDB se divorcia do povo e pula no caixão de Temer

Pelo visto o partido quer manter os cargos no governo e tentar salvar Aécio Neves. Onde fica o povo?
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O PSDB segue dentro do barco de Michel Temer e afundará junto com ele. Foi o que deixou claro o Instituto Teotônio Vilela, braço tucano de formação política, em carta divulgada nessa terça-feira, 27, depois que Temer tentou se defender da acusação de corrupção passiva feita pela PGR.

"Pode, sim, haver corrupção, mas o que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ontem seguramente não contém provas necessárias e suficientes para a condenação de um presidente da República", diz a nota.

Para o instituto presidido pelo ex-senador José Aníbal (PSDB-SP), seria ruim ao País o cenário de Temer ser afastado, o presidente da Câmara assumir, um mandatário ser eleito por via indireta e outro por via direta nas eleições de outubro de 2018. "O que temos a ganhar entrando nessa roda-viva?"

Moro recebe alvará, mas mantém Vaccari preso por outra condenação


Depois de ser derrotado no TRF-4, num processo que anulou a primeira condenação de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, sob o argumento de que ninguém pode ser condenado apenas com base em delações, o juiz Sérgio Moro não cumpriu o alvará de soltura.

Moro alegou que Vaccari deve continuar preso por estar condenado em outros processos que ele próprio julgou.

Ao contrário de Vaccari, os cinco delatores que o acusaram ganharam o regime aberto.

Vaccari já ficou mais de dois anos presos preventivamente, embora tenha sido agora absolvido em segunda instância.

Deputados da base do governo na CCJ não defendem Temer publicamente


Apesar de tentar demonstrar confiança em seu apoio político, Michel temer enfrenta problemas com parlamentares de sua própria base.

Questionados por jornalistas, deputados estão evitando se posicionar publicamente em defesa do peemedebista.

Dos 66 deputados titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, apenas quatro se dispuseram a defender abertamente a rejeição da denúncia.

Comissão irá deliberar sobre a admissibilidade e constitucionalidade da peça elaborada por Rodrigo Janot e é a primeira etapa da tramitação na Câmara.

Favorito de Janot para sucessão na PGR, Dino defende reforma política


O sub-procurador geral da República, Nicolao Dino, favorito de Rodrigo Janot para sucede-lo na PGR, escreveu um artigo em que critica o "escuso custeio de campanhas eleitorais por poderosos grupos econômicos".

Para Dino, isso reafirma a ideia de que não se pode cogitar de reformas estruturais no país sem inserir nesse debate o tema da reforma política e eleitoral.

Lindbergh: “Quem defender Temer não se elege a mais nada”


Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o presidente do Senado, Eunício Oliveira, deveria suspender as votações na Casa para que os parlamentares discutam a crise política; Segundo Farias, não se pode dar “ares de normalidade” com o que está acontecendo no país, pois "está claro que Dilma Rousseff sofreu um golpe parlamentar".

terça-feira, 27 de junho de 2017

Temer está morto mas o Brasil precisa reduzir os custos do seu funeral


"Temer é um zumbi que o Brasil precisa mandar logo para o mundo dos mortos. Agora ele vai, pisou no próprio feitiço. Temer só não cairá se as leis fundamentais da política tiverem sido revogadas e se não restar ao país o mais tênue compromisso com a decência", escreve Tereza Cruvinel.

Sobre a votação no Congresso que aceitará ou não a denúncia contra Temer por corrupção passiva, ela acredita que "muito dificilmente a Câmara negará a licença, apesar da maioria que Temer de fato hoje controla, graças a cargos, favores e o temor comum da Lava Jato".

"É preciso abreviar o sofrimento e conter a sangria. Nada de acordão 'com Supremo e tudo', à moda de Romero Jucá, mas vai se tornando imperativo um acordo nacional, republicano e transparente, envolvendo as forças políticas democráticas, responsáveis e representativas", defende a jornalista, citando FHC e Lula.

Zarattini: Temer deve explicações sobre ilações contra Janot


deputado Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, cobrou explicações de Michel Temer, que em pronunciamento insinuou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teria recebido propina da JBS.

"Se ele não comprovar o que disse sobre a PGR, é algo gravíssimo", avaliou o deputado.

Para Zarattini, Temer "não esclareceu as acusações que lhe foram feitas e ainda lançou ilações contra o PGR".

"Temer deve explicações ao País sobre o que está acontecendo na PGR", disse o deputado petista.

Renan: ‘Temer errou ao governar influenciado por um presidiário’


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do PMDB no Senado, foi à tribuna do Senado nesta terça-feira, 27, para dizer que Michel Temer está "fazendo de conta que governa o País".

Para o senador, Temer errou ao "achar que poderia governar o Brasil influenciado por um presidiário de Curitiba", referindo-se ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), condenado a 15 anos de prisão por corrupção na Lava Jato.

Renan defendeu ainda que Temer deixe de adiar uma decisão sobre o futuro do governo. "Demorar mais um mês, dois meses, um ano a frente do governo não vai mudar nada. É uma resistência para o nada", disse.

Temer mente ao dizer que ex-procurador teria que cumprir quarentena


Ao lançar suspeitas sobre o ex-procurador da Procuradoria Geral da República (PGR) Marcelo Miller, que deixou o órgão para trabalhar num escritório de advocacia que presta serviço para JBS, Michel Temer disse que ele Miller deveria ter passado por quarentena.

"E vocês sabem que quem deixa a procuradoria tem uma quarentena, se não me engano de dois ou três meses. Não houve quarentena nenhuma. E o cidadão saiu e já foi trabalhar para essa empresa", disse Temer no pronunciamento.

A informação, no entanto, é falsa; o decreto nº 4.187, de 8 de abril de 2002, que dispõe sobre o impedimento de autoridades exercerem atividades ou prestarem serviços após a exoneração do cargo que ocupavam é clara em excluir os membros do MP da necessidade de quarentena.

Janot contesta Temer e diz que há 'fartos elementos de prova'


Em nora divulgada no final desta tarde, a Procuradoria-Geral da República contestou as afirmações de Michel Temer, que em pronunciamento disse que a denúncia contra ele por corrupção passiva é fruto de "ilações".

PGR afirmou que a denúncia contra Temer está ancorada em "fartos elementos de prova", como laudos da Polícia Federal, relatórios circunstanciados, registro de voos, contratos, depoimentos, gravações ambientais, imagens, vídeos, certidões, "entre outros documentos, que não deixam dúvida quanto à materialidade e a autoria do crime de corrupção passiva".