domingo, 28 de maio de 2017

Cacique da velha política tentam garantir indiretas

Para continuar as reformas que a sociedade não quer e também porque eles não têm votos para ganhar eleição

A possibilidade de o povo eleger diretamente quem quer ver no lugar de Michel Temer no Planalto não agrada a uma boa parte das lideranças partidárias brasileiras, que querem manter a decisão sobre a sucessão nas mãos do Congresso Nacional.

Com exceção da esquerda, que é minoritária, todas as principais lideranças partidárias se declararam contra as Diretas-Já. Essas lideranças sabem que não têm um nome com possibilidades reais de ganhar uma eleição direta, no voto.

Presidente interino do PSDB e um dos favoritos em caso de eleição indireta, Tasso Jereissati é abertamente contra as eleições diretas.

O presidente do PMDB, Romero Jucá também não quer ver o povo decidindo: "Diretas-Já só em 2018", reforça.

Os caciques da velha guarda já perceberam que, em caso de eleições diretas, seu grupo político provavelmente seria enxotado da órbita do poder.

OAB: PEC das Diretas pode aprimorar a Constituição


A Ordem dos Advogados do Brasil assumiu, pela primeira vez, uma possível favorável à realização de eleições diretas, após a cassação de Michel Temer, seja por impeachment, seja pela ação no Tribunal Superior Eleitoral.

"Uma PEC criando a figura das eleições diretas, sem ruptura constitucional, para caso de vacância até seis meses antes do fim do mandato, pode significar um aprimoramento do sistema constitucional. Vou levar esse tema para debate dentro do Conselho Federal da OAB", disse Claudio Lamachia, presidente do conselho federal da OAB, ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho.

Lamachia também bateu duro em Temer; "ele confirmou ou tornou incontroversos os fatos divulgados pelos áudios: que o fanfarrão ou delinquente, palavras dele, foi ao Palácio do Jaburu tarde da noite, que entrou com outro nome, que a audiência não foi marcada ou colocada na agenda, que o diálogo foi aquele".

Constatação

“A verdade é que um país não pode ir mudando o Direito conforme o réu. Isso não é um Estado de direito, é um Estado de compadrio”, disse o ministro. Instado a explicar as razões da dificuldade de punir criminosos do colarinho branco no Brasil, Barroso respondeu: “Acho que é cultural. É uma parceria histórica e ideológica das elites brasileiras, inclusive as do Poder Judiciário, uma certa dificuldade de prender os iguais. O Brasil ainda não é um país verdadeiramente igualitário.”

sábado, 27 de maio de 2017

Barroso contesta Gilmar e diz que delação não pode ser desfeita


"A delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança de que o acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em breve o instituto deixará de existir", disse o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

A declaração é uma resposta ao colega Gilmar Mendes, que sugeriu que a delação da JBS, que praticamente selou a queda do governo de Michel Temer e o fim da carreira política do senador Aécio Neves (PSDB-MG), teria que ser aprovada pelo plenário da corte.

Barroso também questionou outra declaração de Gilmar, que se disse inclinado a rever seu voto sobre prisões em segunda instância.

"Voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público", disse Barroso.

Gilmar fornece gado a Joesley. Só gado?

O currículo é comprometedor

Conversa Afiada, 27/05/2017

Sai na Fel-lha:

A família do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é fornecedora de gados para a JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo e que acaba de ter um acordo de delação premiada homologado pelo tribunal.

A informação foi dada pelo ministro à Folha. No cargo, Gilmar pode ter de tomar decisões sobre a delação.

A reportagem questionou o ministro sobre encontro recente que teve com o empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS que gravou secretamente o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Gilmar confirmou a reunião, ocorrida, segundo ele, a pedido do advogado Francisco de Assis e Silva, um dos delatores da empresa. Joesley, de acordo com Gilmar, apareceu de surpresa ao encontro, que, diz o ministro, tratou de questão referente ao setor de agronegócio.

A conversa ocorreu fora do Supremo, no IDP, escola de direito em Brasília da qual o ministro do STF é sócio. A data da conversa, segundo Gilmar, é posterior a 30 de março, quando o tribunal realizou um julgamento sobre o Funrural, fundo abastecido com contribuições de produtores rurais à previdência.

N a v a l  h a

O Ministro Gilmar foi quem disse que a família fornece gado ao Joesley - a Folha não sabia disso.

Sabia apenas do encontro.

Estranho o ministro explicar que a família fornece ao Joesley.

Em Mato Grosso, 99,99% dos pecuaristas fornecem ao Joesley espontaneamente ou coagidos por práticas desleais de comércio. 

O currículo do Ministro permite levantar suspeitas.

Os dois HCs Canguru a Daniel Dantas e a liberdade ao notório monstro Abdelmassih, por exemplo, são pontos culminantes de sua fulgurante carreira.

Será que o ministro fornece APENAS gado ao ladrão do Joesley?

PHA

Chega de Lava Jato! Veja apóia Gilmar!

A página virou! Deixa só os petistas lá dentro... (Em síntese é essa a idéia!)

Conversa Afiada, 27/05/2017

Como demonstrou a TV Afiada "Fachin e Janot quebraram as pernas do Gilmar", esse Ministro que fornece gado ao Joesley (só gado?), há uma tentativa frenética de fechar a Lava Jato com os petistas dentro e os golpistas fora.

Prova disso é a política de desfalcar a Lava Jato de delegados, como fizeram com a Satiagraha: matar de inanição.

O detrito sólido de maré baixa e o Estadão, em estado comatoso, são exemplos dessa virada tsunâmica: pau na Lava Jato!

(...) Na semana passada, ocorreu novo episódio de violação da lei das interceptações telefônicas, quando veio a público o diálogo do jornalista Reinaldo Azevedo, ex­-blogueiro de VEJA e colunista do jornal Folha de S.Paulo, com Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves. A gravação estava autorizada judicialmente e se realizou dentro do prazo de validade, mas o conteúdo da conversa entre os dois nada tinha a ver com as investigações. O material deveria ter sido incinerado. Também não foi. Configurou-se outra afronta à lei, com uma agravante: a Constituição prevê a inviolabilidade da comunicação de um jornalista com sua fonte. Esse é um dos pilares do jornalismo nos países democráticos, dado que, sem tal garantia, não existe liberdade de imprensa.

É lamentável que autoridades encarregadas de fazer cumprir a lei — policiais, procuradores, juízes — acabem se tornando violadoras da lei. A Lava-Jato é um poderoso desinfetante em um país de corrupção sórdida. Mas esse tipo de agressão — à lei, à privacidade, à liberdade de imprensa — não é digno de um Estado democrático de direito. É coisa própria de Estados policiais.


(...) Afinal, num mundo “apodrecido”, conforme dizem Janot, Dallagnol e outros, pouco importa o tamanho do crime que se comete, já que todos são criminosos. E, se todos são criminosos, então estão todos absolvidos, já que a culpa objetiva só pode ser do “sistema”. Afinal de contas, não é o “sistema” que é corrupto? Não por acaso, essa é a abstrusa tese do PT, de onde saíram os líderes da quadrilha do mensalão e do petrolão. Sendo assim, nenhum dos procuradores haverá de se queixar do despudor do ex-presidente Lula da Silva, que se sentiu à vontade para dizer, no Twitter, que “o PT pode ensinar inclusive como combater a corrupção”. Os tais procuradores tiveram o melhor dos professores.

Temer comprou o silêncio de Rocha Loures


"Rocha Loures contaminou a credibilidade não só da Câmara, mas do Congresso. Nunca se viu uma cena que desmoralizou de tal maneira todos os parlamentares brasileiros. Nunca o decoro parlamentar foi quebrado de forma tão grotesca, desde o episódio em que um deputado posou de cueca samba-canção para a revista 'O Cruzeiro', nos anos 50", diz o colunista Alex Solnik, ao comentar o episódio do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Segundo ele, a Câmara não tomou nenhuma medida contra o deputado por pressão de Michel Temer.

"Não há dúvida que a decisão de não deixar Rocha Loures ferido na estrada foi de Temer. É evidente que, se falar a verdade, Rocha Loures pode ser mais letal que Cunha, pois seu episódio diz respeito ao atual mandato presidencial e não a malfeitos pretéritos", afirma.

Aloysio, o pitbull do Itamaraty, acusa ONU e OEA de má-fé


O chanceler de Michel Temer, Aloysio Nunes Ferreira, que é investigado por caixa dois na Lava Jato, divulgou uma nota desaforenta contra as Nações Unidas e a OEA, que condenaram o uso excessivo da força nas manifestações contra as reformas e por eleições diretas no Brasil, ocorridas na última quarta-feira.

"Causa espanto a leviandade com que o ACNUDH e a CIDH fantasiosamente querem induzir a crer que o Brasil não dispõe de instituições sólidas, dedicadas à proteção dos direitos humanos e alicerçadas no estado democrático de direito", disse Aloysio, que acusou ainda as duas entidades de má-fé.

Na nota, ele também afirmou que "o governo brasileiro atua amparado na Constituição Federal e de acordo com os princípios internacionais de proteção aos direitos humanos", quando o mundo esclarecido vê o Brasil de hoje como uma república bananeira, onde políticos corruptos promoveram um golpe parlamentar para tentar se salvar da Justiça.

Golpe atualizou e fortaleceu contraposição entre direita e esquerda


"A direita promove um programa desastroso no governo e a esquerda se reagrupou na resistência ao governo golpista e neoliberal, unindo movimentos sociais, partidos, personalidades, forças culturais, todos juntos na oposição", afirma o colunista do 247, Emir Sader.

"O golpe favorece a tomada de consciência de amplos setores da população em relação a quem representa o que, ao que a direita tem a propor ao país e o que a esquerda representa. A direita deu o golpe, quer novas eleições indiretas, a manutenção do pacote neoliberal do Meirelles. A esquerda luta por eleições diretas, pela retomada do modelo de desenvolvimento com distribuição de renda, pelo resgate da politica externa de soberania".

Gilmar diz que sua família fornece gado para a JBS


O ministro Gilmar Mendes confirmou que sua família é fornecedora de gados para a empresa JBS, que está no centro do furacão que envolve Michel Temer e tem um acordo de delação homologado no STF.

"Minha família é de agropecuaristas e vendemos gado para a JBS lá (Mato Grosso)", disse o ministro, explicando que um irmão é quem negocia os valores com a empresa.

Segundo o ministro, a relação comercial com a empresa não é motivo para ele se declarar impedido de participar das votações futuras relacionadas à JBS no STF.

"Não. Por quê? As causas de impedimentos ou suspeição são estritas".