quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Opep: Brasil terá maior crescimento global na produção de petróleo



No momento em que o Congresso discute a abertura do pré-sal a estrangeiros, um relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta quarta-feira 10, elevou a previsão para a produção da commodity no Brasil para este ano.
 
A expectativa de produção média brasileira subiu para 3,11 milhões de barris/dia, uma elevação de 10 mil barris diários de petróleo (BPD).
 
Já para 2017, a entidade prevê um aumento expressivo de produção no Brasil, de 260 mil barris diários.
 
Trata-se do maior volume entre todos os países produtores de fora do cartel.
 
As entidades do setor no País são totalmente contrárias à proposta do governo interino, de abrir a exploração do pré-sal a companhias estrangeiras.

Intelectuais confirmam: Dilma foi vítima de golpe

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Maior comunidade acadêmica dos Estados Unidos dedicada a estudos sobre a América Latina divulga nota em que reconhece o afastamento da presidente Dilma Rousseff como um golpe e classifica o processo de impeachment no Brasil como "arbitrário", "antidemocrático" e um "atentado contra a democracia brasileira".

O posicionamento foi definido por meio de uma votação interna dos pesquisadores, em que 87% dos membros reconheceram que o processo no Brasil foi um ato "antidemocrático".

Em maio, um abaixo-assinado de acadêmicos filiados à entidade pediu para que fosse retirada uma palestra do ex-presidente FHC programada em um evento que debateria a democracia.

Sob pressão, o tucano, que chegou a ser alvo de protestos em Nova York, desistiu de participar do debate.

Dilma reafirma golpe: “Continuamos lutando”

 

Presidente eleita Dilma Rousseff manda o recado de que não desistiu de lutar contra o processo de impeachment, que avançou mais uma casa no Senado esta semana.
 
"Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Continuamos lutando contra o golpe e pela democracia", postou Dilma no Twitter nesta quinta-feira 11.
 
Nos próximos dias, ela deve divulgar uma carta direcionada aos senadores em que firma compromisso com o plebiscito sobre novas eleições caso o golpe seja derrotado.

JB: grupo tomou poder “para se proteger e continuar saqueando”

 

Em palestra a empresários em São Paulo nesta semana, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal chamou partidos políticos de "facções" e, sem citar o PMDB de Michel Temer, declarou que o grupo que tomou o poder o fez para se proteger e continuar roubando.
 
"Nosso país está paralisado há mais de um ano em função de uma guerra entre facções políticas. Sabemos por alto que se trata de ambição, de ganância, de apego ao poder, tentativa de se perpetuar no poder para se proteger, mas também para continuar saqueando os recursos da nação", declarou.
 
Em maio, após a primeira votação do Senado pró-impeachment, ele havia denunciando um "conchavo" no Congresso e defendido enfaticamente novas eleições.

Rafael Correa: “O processo contra Dilma é uma piada”



Presidente do Equador diz em entrevista ao jornal Valor Econômico que o processo que afastou a presidente eleita Dilma Rousseff no Brasil "é a ditadura da maioria no Congresso, é absolutamente inconstitucional".
 
Ele destaca ainda que Dilma "é acusada de coisas que tanto [Fernando Henrique] Cardoso como Lula fizeram, e que eram permitidas. Então foram proibidas pelo Tribunal de Contas, e a julgam retroativamente".

Planalto opera e Maia adia cassação de Cunha para 12/9

 

Seguindo orientação do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), definiu que a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB) só ocorrerá no dia 12 de setembro, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A estratégia inclui postergar votação da cassação de Cunha para esvaziar sessão e evitar que o ex-presidente da Câmara faça delação explosiva.
O delator disse ontem que Cunha sustentava 200 deputados.

O Clarín admite ter usado ‘jornalismo de guerra’ para destruir Cristina K — o mesmo método da imprensa brasileira



Verguenza

O ambiente jornalístico argentino está em chamas.

O motivo é uma confissão.

O jornalista Julio Blanck, editor chefe e colunista político do Clarín, admitiu, numa entrevista, que seu jornal praticou um “jornalismo de guerra” contra Cristina Kirchner. Ele acrescentou que isso não é “bom jornalismo”.
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É um eufemismo.

É crime. “Jornalismo de guerra” é crime. Você torce as informações para favorecer seus interesses. Ilude o público.

Blanck diz que gostaria que o Clarín voltasse a ser a “consciência média” do argentino. Mas como? Credibilidade, uma vez perdida, adeus. É como virgindade. Ou inocência.

É tentador o paralelo com o que aconteceu no Brasil. A imprensa brasileira fez — ainda faz — um jornalismo de guerra contra Lula, Dilma e o PT.

Um antigo diretor de redação da Veja, pioneira no jornalismo de guerra, usou uma expressão mais suave. Ele falou em “jornalismo de exceção”.

É a mesma coisa, apenas atenuada. Regime de exceção, por exemplo, sempre foi um substitutivo para ditadura.

A diferença entre o caso argentino e o brasileiro foi a resposta dos atacados. Cristina entendeu que estava numa guerra, e guerreou de volta. Dilma, como Lula antes dela, respondeu com flores às bombas. Não exatamente flores, aliás: dinheiro. Dinheiro copioso. Bilhões de reais em publicidade.

Vistas as coisas, você entende o espírito maligno da plutocracia sulamericana. Compreende também por que um ex-presidente da Turquia disse desdenhoso, referindo-se ao golpe fracassado, que seu país não é igual às repúblicas da América do Sul.

(É nisso que os golpistas nos transformaram: num país ridicularizado mundialmente.)

De volta ao jornalismo.

Você admite métodos de guerra. Com isso, interfere diretamente na política e na democracia.

E nada de consequências?

Apenas como comparação. Na Inglaterra, tão logo o centenário tabloide News of the World reconheceu que invadia celulares regularmente em busca de furos, foi sumariamente fechado. Não restou ao dono, Murdoch, outra saída tal o clamor da opinião pública.

Mas no Brasil e na Argentina — e mais genericamente na América do Sul — as coisas são bem diferentes.

A plutocracia faz o que quiser para manter suas mamatas e privilégios, incluído aí o jornalismo de guerra das grandes empresas corporações de mídia.

E não acontece nada.

Os argentinos pelo menos deram um passo à frente em relação a nós. Confessaram, pelo editor chefe do Clarín, o antijornalismo que fizeram.

Nem isso ocorreu no Brasil.

Os donos da mídia fingem, cinicamente, que fazem jornalismo. Seus fâmulos — os comentaristas e colunistas — fazem a mesma coisa.

Mas sabemos todos que o que Globo, Veja, Folha e Estadão praticam está longe de ser jornalismo.

É, para roubar a expressão de Blanck, jornalismo de guerra.
 
Fonte: DCM, 18.07.2016

“Tenho 200 deputados para sustentar”, disse Cunha, segundo delator

Do Brasil 247:

O lobista Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que em 2011, foi pressionado e extorquido pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) – ex-presidente da Câmara – a pagar propina de US$ 5 milhões. A denúncia ocorreu na segunda(9) durante depoimento na 6.ª Vara Criminal Federal da Justiça Federal em São Paulo.

Segundo Julio Carmargo, “para justificar a cobrança dos valores, ele (Eduardo Cunha) disse que tinha uma bancada de mais de duzentos deputados para sustentar”, afirmou o delator.

Eduardo Cunha é acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber ao menos US$ 5 milhões de propina referentes a contratação de um estaleiro para a construção de dois navios-sonda pela Diretoria Internacional da Petrobrás, em 2006 e 2007.

Júlio Camargo não se intimidou com a presença de Cunha que estava presente à audiência. Cara a cara com o acusado, Júlio Camargo reiterou os detalhes da extorsão que afirma ter sofrido.

Júlio Camargo manteve as informações que já havia revelado à força-tarefa da Lava Jato sobre propinas para Eduardo Cunha no âmbito de um contrato para operação de navio-sonda da Petrobrás.

Anteriormente, à Justiça Federal ele contou que na época em que estava sofrendo pressão de Cunha chegou a procurar ajuda do então ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB/MA). Segundo ele, Lobão ligou para o deputado e disse. “Eduardo, você está louco?” O telefonema, segundo o delator, ocorreu no final da tarde de um domingo, em 2011, na Base Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio.

A informação está publicada no blog do jornalista Fausto Macedo através do link.
 
Fonte: DCM,  09.08.2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Lula vai ao CNMP contra procuradores da Lava Jato



Advogados do ex-presidente protocolaram nesta quarta-feira 10 uma reclamação ao Corregedor Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra atos de quatro procuradores da República "por terem antecipado juízo de valor em relação a Lula sobre fatos que ainda são objeto de investigação".
 
Na última sexta-feira, dia da abertura da Olimpíada do Rio, a defesa de Lula já havia apontado que a peça divulgada à imprensa pelo Ministério Público teve como objetivo "servir de manchete" na mídia contra o petista.
 
A reclamação diz que procuradores, "em vez de se limitarem à discussão jurídica" em torno da competência do juiz Sérgio Moro, disseram que "já há elementos de prova de que LULA participou ativamente do esquema criminoso" e que recebeu "vantagens indevidas".

Kotscho: “Fecham-se as cortinas, fim de jogo para Dilma”

 

"Mais do que a nova derrota, foi o placar estampado no painel do Senado que selou o destino da presidente afastada, agora tornada ré no processo de impeachment em que é acusada por crime de responsabilidade fiscal", afirma o jornalista, destacando a "goleada de 59 votos a favor do prosseguimento do processo e 21 contra".
 
Para Ricardo Koscho, Dilma "não tem mais chances de voltar ao seu cargo no Palácio do Planalto".