quarta-feira, 23 de março de 2016

Casa Civil: Lula não constará mais como ministro no Diário Oficial

A Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República Substituta, Eva Chiavon, passará a constar do Expediente do Diário Oficial da União

Agência Estado, 22/03/2016

O ministério da Casa Civil informou nesta terça (22/3) por meio de nota, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não constará mais no Diário Oficial da União como ministro "em face da comunicação pelo Poder Judiciário de que foi suspensa a eficácia do ato de nomeação" do ex-presidente.

"A partir de hoje, o nome da Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da República Substituta, Sra. Eva Chiavon, passará a constar do Expediente do Diário Oficial da União, em face da comunicação pelo Poder Judiciário de que foi suspensa a eficácia do ato de nomeação do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva no referido cargo. Importante registrar que não houve nenhum ato assinado por Luiz Inácio Lula da Silva no cargo", diz a íntegra da nota assinada pela chefe da assessoria de comunicação da pasta, Sonia Carneiro.

Apesar da suspensão decretada pelo STF, o governo vinha tratando Lula oficialmente como titular da pasta. Desde quinta-feira, 17, dia seguinte à nomeação, Lula era identificado no Diário Oficial da União (DOU) como ministro de Estado chefe da Casa Civil. A Imprensa Nacional, responsável pela edição do DOU, é subordinada à Casa Civil.

Desde essa segunda (21) Lula está em Brasília com a missão de articulador "informal" do governo. Ele tenta conter a debandada do PMDB do governo, considerada determinante para o avanço do processo de impeachment. Nesta terça, 22, Lula se reuniu com o presidente do Congresso, Renan Calheiros, e com o ex-presidente José Sarney.

No site do ministério da Casa Civil, há na capa a notícia de que Jaques Wagner deixou a pasta e assumiu a chefia do Gabinete Pessoal da Presidência. Contudo, nas áreas referentes à agenda do ministro e no link "Conheça o ministro", que contém um currículo resumido do titular da Casa Civil, constam ainda o nome e informações referentes a Wagner. Questionada pela reportagem sobre a falta de atualização da página, a Casa Civil não respondeu até o momento.

Wagner: ‘Lula pode ser assessor especial se não for ministro’


Ministro Jaques Wagner, chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff, afirmou que o ex-presidente Lula pode se tornar assessor especial da Presidência da República caso não possa assumir a chefia da Casa Civil.

Wagner também disse que o processo de impeachment poderá resultar no agravamento da crise econômica.

Presidente Dilma diz que a decisão de Teori restabelece o primado da lei


Presidente disse considerar "importante" a decisão do ministro Teori Zavascki, do STF, que tirou das mãos de Sérgio Moro a investigação contra o ex-presidente Lula e pediu explicações ao juiz sobre a divulgação dos áudios envolvendo Lula e ela própria.

"A decisão do ministro Teori é importante porque estabelece o primado na lei nas relações dos órgãos que investigam com o presidente Lula", afirmou Dilma Rousseff, que voltou a criticar a divulgação das gravações.

"Acho que foi um absurdo", disse.

"Vazar um diálogo com a presidente da República, autorizar ele, é uma violência legal", ressaltou.

Durante visita às obras de um satélite em Brasília, Dilma disse ainda ter todo o interesse de que o PMDB fique no governo.

Metalúrgicos dizem não ao Golpe

Lembra deles, Gilmar...? Metalúrgicos do ABC...
Assembleia: o povo vota contra o golpe (Foto: João Cayres)

Saiu no site da CUT:


Em assembleias na manhã de ontem, 4 mil votam por democracia e defesa dos direitos

Trabalhadores e trabalhadoras da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo decidiram lutar contra o golpe e em defesa dos direitos trabalhistas. A decisão foi votada em assembleias realizadas na manhã de ontem, dia 22. A fábrica emprega 4 mil pessoas.

(...)

Ao final da assembleia, foi colocada em voto a seguinte resolução: “Vocês querem lutar contra o golpe e em defesa dos direitos trabalhistas?”. A resposta veio na forma de milhares de mãos erguidas e vozes em uníssono.
A partir de amanhã, haverá assembleias como esta em todas as fábricas da base do Sindicato.


Em tempo: hoje, dia 23, o ato acontece na Volks.

Fonte: Conversa Afiada, 23/03/2016

A Gestapo do Moro avança sobre o PiG!

Polícia sem chefe só no Nazismo!

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


A matéria foi publicada sem uma explicação, sem uma indignação, sem um protesto.

Para “cumprir tabela” da liberdade que está sendo atropela.

Não pelos “bolivarianos”, mas pelos beleguins de Sério Moro.

O relato, publicado por uma repórter do Estadão, sob nome fictício, sem uma linha de protesto do jornal.

Só muitas horas mais tarde o jornal assumiu o nome de sua profissional, provavelmente por insistência dela própria e da redação, envergonhada pela covardia.

O Estadão nem sequer merece os versos de Camões e os doces das receitas que estampava na época da (outra) ditadura.

Nojo profundo.

E aviso: na minha porta são serão tratados como agentes do Estado.

Serão tratados como o que estão consentindo ser: agentes da Gestapo.


Luciana Amaral ,antes identificada com nome fictício no Estadão

Hoje de manhã fui acordada com batidas na porta do meu apartamento e um sonoro: “Polícia Federal, abre a porta”. Como jornalista, já cobri várias operações da PF, mas nunca pensei que acabaria incluída em uma delas.

Ainda sonolenta, não sabia bem ao certo que horas eram. Meu cachorro acordou assustado e foi ver quem era. E eu continuava tentando entender o que acontecia. Pensava se não estava sonhando com o noticiário do dia a dia.

Só que as batidas continuavam. Assim como o insistente: “PF, abre a porta agora. Temos um mandado de busca e apreensão nesse endereço.” Não conseguia acreditar. Logo eu, que, como diz o ditado, nunca matei uma formiga e não gosto de escancarar minhas preferências políticas, apesar de, por ofício, precisar apurar casos de corrupção envolvendo políticos.

Sem saber como agir ou se aquilo era realidade, interfonei para o porteiro. Em resposta, ouvi: “É verdade. É a PF. Você vai ter que abrir.” Ok, fazer o quê? Quem não deve, não teme. Abri a porta ainda com a roupa de dormir e lá estavam três agentes da PF, dois do Paraná e um de São Paulo ­ nenhum japonês ­ além de duas pessoas do condomínio, como testemunhas. Os policiais se apresentaram e falaram que estavam ali a mando do juiz Sérgio Moro, como parte das investigações da Lava Jato. Li o mandado. Percebi que estavam atrás, principalmente, de dinheiro vivo.

Eu nem tinha tido tempo de abrir o jornal e saber da nova etapa da operação, nem dos atentados na Bélgica. Eu só conseguia pensar “Logo eu? Logo eu?”.

Atendi a porta. “Ok, podem entrar, mas pelo menos me deixem trocar de roupa.” Fui para o quarto, me arrumei e fui ver no que a visita ia dar.

Depois de fazerem festinhas com o meu cachorro, começaram o questionário. Agora, com tom de voz mais baixo. ­ Há quanto tempo você mora aqui?, perguntaram. ­

Um mês e meio, é alugado, respondi. ­

Com o que trabalha? ­

Sou jornalista

De onde?, quiseram saber. ­

Do Estadão. ­

Você cobre a Lava Jato? ­

Não, estou na editoria de Política agora, mas já cobri operações da PF em Brasília. ­

Você é de Brasília?

Tem informações privilegiadas da Lava Jato? ­

Não. ­

Você tem parentes políticos, ministros ou ligados a empreiteiras? ­

Não. ­ Você tem algum cofre aqui em casa?

Neste momento, apenas ri.

Depois de mais algumas perguntas e respostas, sempre me explicando o passo a passo da ação deles ali, os agentes pediram para abrir os armários do quarto. Deixei. Como não havia nada de excepcional para ver, logo voltamos para a sala. Papelada assinada, notificando que nada constava naquele endereço. Disseram que iriam atrás do antigo locatário: “Esse vai ser investigado.” Conversamos ainda um pouco sobre a situação política do País, a vizinhança do prédio e a viagem dos policiais paranaenses até São Paulo. Falaram para eu tirar o cachorrinho da varanda. “Não deixa ele preso lá não, tadinho. Ele deve estar estranhando todo esse povo na casa dele.” Se despediram de mim. ­

Gente, vamos embora que ela tem que trabalhar.

Muito bem. Eu tinha mesmo que trabalhar. Desejo que a investigação siga o seu rumo. Mas uma coisa é certa: este dia vai ficar marcado como o dia em que caí na Lava Jato. De paraquedas.

Fonte: Conversa Afiada, 23/03/2016

Teori manda Moro enviar investigação de Lula para o STF e coloca sigilo em gravações

Lula foi muito atingido, Dilma enfraquecida, cresceu a intolerância e o quadro político está muito ameaçado. Quem será responsabilizado?

Folha, 22/03/2016
Em uma de suas decisões mais duras, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou nesta terça-feira (22) que o juiz Sergio Moro encaminhe todas as investigações envolvendo o ex-presidente Lula na Lava Jato para o tribunal.

Teori decretou ainda sigilo em interceptações telefônicas envolvendo o petista, que atingiram a presidente Dilma Rousseff. A decisão do ministro, no entanto, não trata da nomeação de Lula para a Casa Civil, portanto, ele continua impedido de assumir o cargo.

O despacho evita que Moro deflagre uma nova ação contra o petista e possa até mesmo determinar sua prisão, como temiam integrantes do PT e do governo.

Relator dos inquéritos sobre o esquema de corrupção da Petrobras no STF, Teori quer avaliar de quem é a competência para continuar as apurações envolvendo Lula: se o caso ficará no Supremo ou se permanecerá na Justiça do Paraná.

Serão analisadas investigações como as ações da 24ª fase da Lava Jato, que tiveram o petista, pessoas próximas, empresas e imóveis como alvo, além de casos conexos.

A decisão do ministro foi motivada porque pessoas com o chamado foro privilegiado, que só podem ser investigadas com aval do STF, foram alcançadas nas apurações da força-tarefa da Lava Jato, especialmente a presidente.

Com isso, o STF deve mandar para a Procuradoria-Geral da República avaliar se há alguma ilegalidade nos diálogos de Dilma e Lula que justifiquem a abertura de uma investigação contra a petista. Em um dos grampos, a presidente foi flagrada avisando que mandaria o termo de posse para Lula assinar.

Segundo investigadores, a fala pode indicar que Dilma tentou obstruir as investigações da Lava Jato ao garantir foro para Lula diante do receio de que Moro pedisse a prisão dele. O Planalto nega, diz que o termo foi enviado em caso de Lula não poder comparecer a posse e que as gravações foram ilegais porque ocorrem após a Justiça determinar o fim.

O despacho de Teori atendeu a um pedido de Dilma, representada pela AGU (Advocacia-Geral da União), argumentando que Moro colocou em risco a soberania nacional ao divulgar os grampos do petista e usurpou competência do tribunal.

O ministro criticou duramente a publicidade dos áudios e rebateu o argumento do magistrado de que "é saudável o escrutínio público sobre a atuação da administração pública" e que a sociedade exige saber o que fazem os governantes "mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombra".

Para Teori, Moro deveria ter agido com cautela. "Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal", disse.

"É descabida a invocação do interesse público da divulgação ou a condição de pessoas públicas dos interlocutores atingidos, como se essas autoridades, ou seus interlocutores, estivessem plenamente desprotegidas em sua intimidade e privacidade", completou.

Segundo o ministro, o segredo das gravações se faz necessário nesse caso para evitar o comprometimento da validade de provas colhida e até de eventuais consequências no plano de responsabilidade civil, disciplinar ou criminal.

"A esta altura, há de se reconhecer, são irreversíveis os efeitos práticos decorrentes da indevida divulgação das conversações telefônicas interceptadas", afirmou o ministro. "Ainda assim, cabe deferir o pedido no sentido de sustar imediatamente os efeitos futuros que ainda possam dela decorrer e, com isso, evitar ou minimizar os potencialmente nefastos efeitos jurídicos da divulgação", disse.

Editor da Globo prevê revolta contra Teori

Já que ele entende tanto de lei, a Dilma deveria indicá-lo para o Supremo
Jornalista Diego Escosteguy, editor de Época, se manifesta no Twitter de forma que pode ser interpretada como incitação contra um ministro do Supremo Tribunal Federal, o relator da Lava Jato, Teori Zavascki.

Nas redes sociais, ele disse que investigações contra Lula foram suspensas, quando o ex-presidente poderá ser investigado pelo STF caso se torne ministro, ou até pelo Paraná, se sua nomeação não se efetivar.

De outro, afirmou que será difícil conter a revolta popular contra Teori, que condenou a divulgação dos grampos de pessoas com foro especial como a presidente Dilma Rousseff e o ministro Jaques Wagner – o que foi considerado crime pela grande maioria dos juristas do País.

Na noite de ontem, manifestantes decidiram bater panelas em frente à casa de Teori em mais um momento da escalada fascista no País.

Um dos internautas pregou "guilhotina nesse vagabundo".

Um dos fundadores do PSDB diz que Moro quer impor Lula como de esquema


A declaração é do economista Luis Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda e um dos fundadores do PSDB, em entrevista para o programa Espaço Público, da TV Brasil, destacada pelo diretor do 247 em Brasília, Paulo Moreira Leite; "Eu estava muito empolgado no início da Operação e fiquei contente com a prisão de tantos corruptos“, admite ele.

Aos poucos, diz, passou a notar que o objetivo principal da operação não era localizar, acusar e prender corruptos que infestavam a Petrobras, mas provar que o presidente Lula era o "chefe" do esquema.

Em tom de ironia, Bresser recorda que apenas um dos integrantes assumidos do esquema, Pedro Barusco, foi obrigado a devolver mais de 90 milhões de dólares ao país.

Contra Lula, recordou, a maior acusação envolve pedalinhos no lago de um sítio em Atibaia. Para ser o chefe, disse, Lula deveria ter devolvido pelo menos um bilhão de dólares.

Depoimento de Miriam Dutra contra Fernando Henrique será no dia 07 de abril


“Estou esperando essa solicitação da Polícia Federal para depor e contar o que realmente acontecia. O senhor Fernando Henrique Cardoso não pode esquecer que tenho todos os recibos, e tenho os contratos comigo. Não se iluda”, disse a jornalista Mirian Dutra a Joaquim Carvalho, do Diário do Centro do Mundo.

Ela recebeu, no dia 21 de fevereiro, o telefonema de um escrivão da Polícia Federal em Brasília, e marcou a data do depoimento, que será em São Paulo, no dia 7 de abril, às 10 horas.

Mirian vai depor como testemunha, num inquérito aberto depois que ela revelou ter assinado um contrato fictício com a Brasif quando FHC ainda era presidente da República, para ser bancada com seu filho no exterior.

Janot: Ministério Público não deve se influenciar pelas paixões das ruas

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou carta aos integrantes do Ministério Público Federal pedindo que esqueçam vaidades e não se deixem influenciar pelas “paixões das ruas".

Intitulado “União e Serenidade”, o texto contém críticas a certas atitudes de procuradores. Os integrantes do MPF devem evitar o "messianismo", as "cizânias personalistas" e os "arroubos das idiossincrasias individuais", diz.

Destaca ainda que o MPF não possui ideologia ou partido e que os guias da instituição são o texto da Constituição e as leis.

Orienta também seus subordinados a ficarem "alheios aos interesses da política partidária" e a evitarem "que as paixões das ruas encontrem guarida" entre as nossas hostes".

Nassif: ameaças a Teori não podem passar em branco

"Assim que foi divulgada a decisào de Teori, o Ministro foi alvo de ameaças explícitas de jornalista da Época, insuflando populares contra ele", diz o jornalista Luis Nassif.

"Outros jornalistas-blogueiros da Globo já haviam sugerido suicídio a Dilma e espalhado o boato de que Lula teria contratado um capanga para atingir Sérgio Moro. Até agora esses abusos estavam blindados por um conceito algo torto de liberdade de imprensa. Não poderão passar em branco, sob pena de desmoralização da Justiça".

Teori tira caso Lula de Moro e cobra explicações

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, determinou na noite desta terça (22) que o juiz federal Sérgio Moro envie para o STF as investigações da Operação Lava Jato que envolvem o ex-presidente Lula.

Determinação de Teori inviabiliza decisão do ministro Gilmar Mendes que havia decidido que as investigações sobre Lula ficassem com Moro.

Teori decretou novamente o sigilo sobre os grampos em Lula e cobrou explicações de Moro sobre a retirada do segredo de Justiça das investigações.

Executivo da Odebrecht cita doação a Aécio à PF

Presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Junior, afirmou, em depoimento à Lava Jato, que trocou mensagens em novembro de 2014 com o presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, sobre doação eleitoral ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), um mês antes de ter sido derrotado nas urnas; para a PF, isso confirma "a noção de que Benedicto é funcionário acionado por Marcelo para a tratativa de assuntos escusos, certamente não se limitando a obter recursos para financiamento oficial de campanhas eleitorais".

Mulher e filha de Cunha entregam passaportes à Justiça

Cláudia Cruz e Danielle Cunha, mulher e filha de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, são suspeitas de se beneficiarem da suposta propina de US$ 5 milhões, referente a um contrato da Petrobras, depositada em contas associadas ao peemedebista no exterior.

A entrega dos passaportes foi voluntária e, com isso, elas ficam proibidas de deixar o país. As investigações contra elas estão sob a responsabilidade do juiz Sergio Moro.

Boulos: Não haverá um dia de paz se houver impeachment

Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos disse, nesta terça-feira, que se houver impeachment da presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula for preso, o Brasil será "incendiado por greves, ocupações e mobilizações". “Não haverá um dia de paz do Brasil”, afirmou.

Kennedy: Delações da Odebrecht tendem a ser amplas

Segundo o colunista Kennedy Alencar, ao falar em nota de “um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país”, a Odebrecht faz uma sinalização clara de que deverá fazer revelações que alcançarão diversas legendas.

'No curto prazo, isso é péssima notícia para Dilma. Mas o PMDB e o PSDB também deverão ver caciques importantes em apuros', conclui.

Odebrecht promete novas práticas com o poder publico

Em nota, empresa de Emílio Odebrecht disse que decidiu por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato e que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas: “Ao contribuir com o aprimoramento do contexto institucional, a Odebrecht olha para si e procura evoluir, mirando o futuro. Entendemos nossa responsabilidade social e econômica, e iremos cumprir nossos contratos e manter seus investimentos”.

Fascismo chega às escolas e leva professora a pedir de demissão

O caso aconteceu no colégio Medianeira, em Curitiba (PR). “Se minha filha aparecer em casa com ideia esquerdista, vai dar confusão”, disse o pai de uma das estudantes em meio a inúmeras ameaças e ofensas feitas à professora de História por ela ter, há pouco tempo, criticado o protesto de alunos que foram estudar vestindo preto em um “protesto contra a corrupção”. A instituição declarou apoio à docente.

PMDB pode rachar e adiar sua convenção

Segundo o colunista Ilimar Franco, ministros e senadores do PMDB querem adiar a reunião do Diretório Nacional, marcada para 29 de março.
Eles seriam contra o rompimento com o governo e dizem que o partido vai rachar.

‘Temer tratou disso com o presidente do Senado, Renan Calheiros, ontem à noite. Um peemedebista foi duro: “Se ele não tem condições de unir o PMDB, como vai unir o país?”’, disse.

Temer já discute até ministro da Fazenda

Grupo aliado do vice-presidente Michel Temer (PMDB) avalia nomes para ocupar a área econômica, caso a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment.

Entre eles, figuram os de Armínio Fraga e Henrique Meirelles; a agenda do governo Temer aceleraria propostas de reforma da Previdência, tributária e trabalhista.

Tales e Fernando Castelo Branco dizem que Presidência foi violada

Para os criminalistas Tales e Fernando Castelo Branco, a “Presidência da República, como instituição, foi violada, na medida em que Sérgio Moro, juiz de primeira instância, permitiu a divulgação da gravação que deveria ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, única instância judicial competente para fazê-lo”. Segundo eles, não se pode confundir parcela da opinião popular com opinião pública.

Teori: Decisão de Moro sobre grampos é inconstitucional

Além de determinar que o juiz Sérgio Moro envie para o STF todas as investigações que envolvem o ex-presidente Lula, o ministro Teori Zavascki cassou a decisão que levantou o sigilo dos grampos telefônicos envolvendo Lula, por entender que o magistrado não tinha competência para isso.

De acordo com ele, o decreto de fim do sigilo dos grampos foi ilegal e inconstitucional: "é descabida a invocação do interesse público da divulgação ou a condição de pessoas públicas dos interlocutores atingidos, como se essas autoridades, ou seus interlocutores, estivessem plenamente desprotegidas em sua intimidade e privacidade".

terça-feira, 22 de março de 2016

Lula divulga todas as palestras

"Em resposta aos injustificados ataques promovidos por setores da imprensa e do judiciário"
O Presidente realizou palestras remuneradas de forma legítima e legal, diz o Instituto Lula

No Instituto Lula:


Em resposta aos injustificados ataques promovidos por setores da imprensa e do judiciário contra a atividade de palestrante remunerado exercida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre 2011 e 2015, sua equipe organizou um relatório que apresenta todas as palestras pagas, em ordem cronológica, para conhecimento do povo brasileiro.

Lula realizou palestras remuneradas de forma legítima e legal, com todos os rendimentos subsequentes declarados à Receita Federal, como é praxe entre todos os chefes de estado que, mesmo após o fim de seus governos, seguem sendo interlocutores sobre assuntos estratégicos para o desenvolvimento global.

No mesmo período, Lula também realizou centenas de palestras gratuitas para movimentos sociais, partidos políticos, sindicatos, organizações não-governamentais e outras entidades sem fins lucrativos. Essas palestras, cujo registro pode ser encontrado no histórico de notícias do site do Instituto Lula, não constam do relatório porque não houve remuneração por elas.




Constatação

Na Globo é assim: "O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde"

Brito sensacional: Gilmar mandou encanar Moro!

Juizeco absolutista, acima da própria Justiça !

Do navegante José, no C Af


Esse Fernando Brito ... a Paula Marinho, também amiga do Azenha, esse Fernando Brito... aPaula Marinho já ouviu falar dele.


A dica me vem da ótima matéria da BBC, onde Gilmar Mendes explica como simples casualidade sua animada conversa de restaurante com José Serra e Armínio Fraga pouco antes de começar a bloquear a nomeação de Lula. E de um julgamento de um habeas corpus que relata as arbitrariedades do juiz Sérgio Moro quando ainda não era o “herói do golpe” e a turma acusada era do Paraná, alguns com ligações com o Dem de Jaime Lerner.

Não preciso acrescentar mais uma palavra uso as de Gilmar, que pediu vistas no processo relatado por Eros Grau, já avisando a razão:

É de afirmar, e o Tribunal tem-se manifestado várias vezes em relação a essa questão, que o juiz é órgão de controle no processo criminal. Tem uma função específica. Ele não é sócio do Ministério Público e, muito menos, membro da Polícia Federal, do órgão investigador, no desfecho da investigação. De modo que peço vista dos autos para melhor exame.

E, depois de examinar os autos, o julgamento que faz sobre as atitudes de Moro:

“questiona-se neste writ (habeas corpus) a atuação de SÉRGIO FERNANDO MORO, Juiz Federal titular da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba PR, na condução do processo n. 2004.70.00.012219-8, processo no qual é imputada ao paciente a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, crimes tipificados na Lei n. 7.492/86.”(…)

A questão, portanto, cinge-se a verificar se o conjunto de decisões revela atuação parcial do magistrado.

E, reafirmo, impressionou-me o contexto fático descrito na inicial do presente habeas corpus, pois, objetiva e didaticamente, logrou narrar e destacar excertos das decisões proferidas pelo magistrado excepto, desenhando um quadro deveras incomum.

Incomum porque não me parece razoável admitir que, em causas que versem sobre crimes não violentos, por mais graves e repugnantes que sejam, se justifiquem repetidos decretos de prisão, salvo, evidentemente, circunstâncias extraordinárias, pois reiteradamente esta Corte tem assentado o caráter excepcional da prisão antecipada:

“A prisão preventiva não pode – e não deve – ser utilizada, pelo Poder Público, como instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou a prática do delito, pois, no sistema jurídico brasileiro, fundado em bases democráticas, prevalece o princípio da liberdade, incompatível com punições em processo e inconciliável com condenações sem defesa prévia” (HC 93.883, rel. Min. Celso de Mello).

Atípico, também, pelo fato de os decretos de prisão, submetidos à reexame das instâncias superiores, terem sido, em sua maioria, não confirmados, autorizando, assim, o juízo crítico lançado pelos impetrantes.

Já tive a oportunidade de me manifestar acerca de situações em que se vislumbra resistência ou inconformismo do magistrado, quando contrariado por uma decisão de instância superior. Em atuação de inequívoco desserviço e desrespeito ao sistema jurisdicional e ao Estado de Direito, o juiz irroga-se de autoridade ímpar, absolutista, acima da própria Justiça, conduzindo o processo ao seu livre arbítrio, bradando sua independência funcional.

Ora, quando se cogita de independência, essa deve ser havida como:

“expressão da atitude do juiz em face de influências provenientes do sistema e do governo. Permite-lhe tomar não apenas decisões contrárias a interesses do governo – quando o exijam a Constituição e a lei – mas também impopulares, que a imprensa e a opinião pública não gostariam que fossem adotadas. A vinculação do juiz à ética da legalidade algumas vezes o coloca sob forte pressão dos que supõem que todos são culpados até prova em contrário”. (Ministro Eros Grau, HC 95.009).

Chega? Não, Gilmar Mendes diz mais de Moro:

Destaco, ainda, o seguinte excerto da lavra do Min. Eros Grau:

“(…) a independência do juiz criminal impõe sua cabal desvinculação da atividade investigatória e do combate ativo do crime, na teoria e na prática.

O resultado dessa perversa vinculação não tarda a mostrar-se, a partir dela, a pretexto de implantar-se a ordem, instalando-se pura anarquia. Dada a suposta violação da lei, nenhuma outra lei poderia ser invocada para regrar o comportamento do Estado na repressão dessa violação. Contra ‘bandidos’ o Estado e seus agentes atuam como se bandidos fossem, à margem da lei, fazendo mossa da Constituição. E tudo com a participação do juiz, ante a crença generalizada de que qualquer violência é legítima se praticada em decorrência de uma ordem judicial. Juízes que se pretendem versados na teoria e na prática do combate ao crime, juízes que arrogam a si a responsabilidade por operações policiais transformam a Constituição em um punhado de palavras bonitas rabiscadas em um pedaço de papel sem utilidade prática, como diz Ferrajoli. Ou em papel pintado com tinta; uma coisa que está indistinta a distinção entre nada e coisa nenhuma, qual nos versos de Fernando Pessoa”. 

Penso que não pode ser diferente o papel desta Corte e de nós juízes, pois é inaceitável, sob qualquer fundamento ou crença, tergiversar com o Estado de Direito, com a liberdade do cidadão e com os postulados do devido processo legal.

Como já se disse: “decidir com isenção, não dar abrigo ao ódio, não decidir com facciosidade, não ser tendencioso, superar as próprias paixões, julgar com humildade, ponderação e sabedoria, são virtudes essenciais ao magistrado” (Júlio Fabbrini Mirabete, Processo Penal, Atlas, 2000, p. 326).

E, embora não defenda o afastamento de Moro do processo, é claro ao sugerir sua punição disciplinar pelo Conselho Nacional de Justiça:

Conquanto censuráveis os excessos cometidos pelo magistrado, não vislumbro, propriamente, causa de impedimento ou suspeição; não se mostram denotativos de interesse pessoal do magistrado ou de inimizade com a parte. Ao meu sentir, os excessos cometidos, eventualmente, podem caracterizar infração disciplinar, com reflexos administrativos no âmbito do controle da Corregedoria Regional e/ou do Conselho Nacional de Justiça, não o afastamento do magistrado do processo.

E, adiante, o reitera:

Eu estou pedindo que se encaminhe à Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região e à Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.

Esses são fatos gravíssimos. Por exemplo, monitoramento de advogados.

Ou seja, Gilmar Mendes pede punição a Moro por monitorar advogados, o que aliás fez com o advogado de Lula. O que dirá, então, monitorar a Presidenta da República?

Se Gilmar Mendes não mudasse de discurso conforme a qualidade do freguês eu não teria dúvidas de recomendá-lo como advogado a Lula.

Nunca antes, na história deste país, alguém traçou tão bem um perfil de Sérgio Moro.

Pena que não tenha um jornaleco destes que se acham imenso para escrever sobre isso e perguntar ao Dr. Mendes se alguém mudou, ou ele ou Sérgio Moro.

PS. Quem, como eu, está tão de boca aberta que acha que não pode ser verdade, o acórdão doHC 95518 / PR está todinho aqui para você conferir.

“Lava Jato foi montada para esmagar Lula e o PT”, diz Comparato


Jurista Fábio Konder Comparato, professor emérito de Direito da USP, disse que desde a condução coercitiva do ex-presidente Lula, a operação Lava Jato tem atropelado garantias individuais previstas na Constituição.

"Tenho a impressão de que se trata de uma operação pré-montada para esmagar o PT e o Lula", afirma.

Comparato exemplifica que até hoje não se explicou por que o primeiro processo da Operação Lava Jato foi distribuído ao juiz Sérgio Moro, que passou a processar e julgar todas as demais denúncias da Operação.

"A meu ver o juiz Sérgio Moro está despontando como o "herói da pátria" e, segundo toda probabilidade, ele será incentivado a se apresentar como candidato à presidência da República. Já a Lava Jato, perdeu o rumo", afirmou.

Líder do DEM e um dos principais críticos de Dilma, é condenado por desvios de R$ 4,6 mi

Um dos principais defensores da moralidade e ferrenho crítico do governo da presidente Dilma Rousseff, o deputado Pauderney Avelino, líder do DEM na Câmara, foi condenado a devolver R$ 4,6 milhões aos cofres da prefeitura de Manaus.
Segundo auditoria do Tribunal de Contas do Amazonas, Avelino praticou sobrepreço nos contratos de aluguéis de prédios usados como escolas no período em que foi secretário de Educação da capital.

Professor da PUC-SP recusa entrevista na Globonews: “canal que incita o ódio”


Professor Reginaldo Nasser, que leciona Relações Internacionais na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), publicou em sua conta no Facebook a resposta que deu ao convite para participar do programa da jornalista Cristiane Pelajo, da Globonews; "Não dou entrevista para um canal que além de não fazer jornalismo, incita a população ao ódio num grave momento como esse", afirmou.

Ministra Rosa Weber, do Supremo, nega HC contra suspensão da posse de Lula

Ministra Rosa Weber, do supremo Tribunal Federal, negou nesta terça-feira, 22, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e assinado por vários juristas brasileiros contra suspensão da nomeação dele como ministro da Casa Civil do governo da presidente Dilma Rousseff.

"Ante o exposto, não ultrapassando por qualquer ângulo o juízo de cognoscibilidade, a despeito da delicadeza e complexidade do tema de fundo, nego seguimento ao presente habeas corpus", escreveu a ministra em decisão.

Carta aos livres e democratas


Num duro artigo, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente nacional da OAB, criticou a divulgação ilegal das conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

"As gravações e transcrições decorrentes dos chamados 'grampos' apensam-se aos autos do processo penal pelo cadeado inviolável do segredo de justiça. Arrombá-lo fora das hipóteses legais constitui crime", afirma.

Batochio critica também o grampo aos advogados de Lula e compara o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, ao pensador francês Maximilien de Robespierre.

"Se não por outras e justificáveis razões, a prudência recomenda que não se desrespeitem os advogados, pois de um deles se pode precisar".

AGU pede que inquéritos referentes a Lula sejam enviados para o STF

A petição, assinada pelo ministro José Eduardo Cardozo, tem a data desta segunda-feira 21.

Na ação, o advogado-geral da União alega que o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, não tem competência para determinar quais dos processos devem ser enviados ao STF e que tal decisão cabe à própria Corte.

Renan: ‘impeachment sem crime tem outro nome’


Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou nesta terça-feira, 22, responsabilidade da Câmara na tramitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"Eu acho que o impeachment, em uma circunstância normal, é uma coisa normal. Mas é bom que as pessoas saibam, e a democracia exige que façamos essa advertência, que para haver impeachment tem que haver a caracterização do crime de responsabilidade. Quando o impeachment acontece sem essa caracterização o nome, sinceramente, não é impeachment. É outro nome", disse o senador, na chegada ao Congresso.

"Por isso temos que ter muita responsabilidade com o país e com a democracia".

Renan voltou a dizer que vai agir com isenção se o processo de impeachment for aprovado pela Câmara e chegar ao Senado.

Dilma diz que um golpe contra a democracia está em curso e que não vai renunciar


Em um duro discurso contra a ruptura da democracia, durante encontro que reuniu uma centenas de juristas pela legalidade democrática, a presidente Dilma Rousseff denunciou que impeachment sem crime é golpe.

"Que fique claro. Me sobram energia, disposição e respeito à democracia para fazer o enfrentamento necessário à conjuração contra a estabilidade democrática".

Ela sugeriu que façamos a defesa das instituições "das ameaças que estão sofrendo" e declarou: "tenho certeza, não vai ter golpe!".

Dilma voltou a criticar a gravação e a divulgação de conversas suas pelo juiz Sérgio Moro.

"A Constituição é rasgada quando são gravadas e divulgadas conversas da presidente sem autorização do STF".

Fonte: Brasil 247, 22/03/2016

Instituto Lula diz que Jornal Nacional esconde e manipula grampos


Quem afirma é o Instituto Lula, responsável pela assessoria de imprensa do ex-presidente.

Em nota, a entidade acusa a TV Globo de "atacar a imagem de Lula, suprimindo o outro lado, fazendo interpretações ilógicas e sensacionalistas das conversas e, pior, editando os áudios para eliminar trechos fundamentais das falas de Lula".

Nota diz ainda que, "ao perceber que esses áudios são mais uma prova de que o ex-presidente jamais praticou nenhum ato ilegal, a emissora não se contentou em fazer apenas jornalismo isento".

"O apresentador William Bonner terminou a edição de quinta-feira (17) defendendo a Rede Globo dos protestos que vêm sofrendo no país todo: 'a imprensa não produz grampos'. É verdade. Mas esconde e manipula quando não gosta da informação, voltando a fazer hoje, em 2016, o que fez em 1989 e tantas outras vezes quando este país era governado por ditaduras", critica a nota.

O ex-presidente afirma que não tem "nada a esconder" e divulga a íntegra dos áudios.

Na mesma quinta-feira, dia 17, a Globo reproduziu o seguinte trecho de uma conversa entre Lula e o cientista político Alberto Carlos Almeida.
Acompanhe a manipulação:

O áudio, segundo a Globo:

Alberto Carlos: Eu acho, tá, tem uma coisa que tá na mão de vocês, é ministério, acabou. Agora, você tem uma coisa na tua mão. Você, o PT, a Dilma... Vai ter porrada? Vão criticar? E daí? Numa boa, você resolve outro problema, que é o problema da governabilidade. Você e Dilma, um depende do outro. Pô, tá esperando o quê? Que arranjo vocês estão esperando?

Lula: Não, não tô esperando nenhum arranjo não. Pra mim é muito difícil essa hipótese. Na verdade, ela já ofereceu, sabe? Mas eu vou ter uma conversa hoje, que, depois eu te ligo.

Pois veja agora o resto do áudio.

O trecho que a Globo tirou do áudio para distorcer a informação:

Lula: Deixa eu te falar uma coisa. Eu até acho que ele deve fazer para ver o que acontece. Porque eu quero... eu tou vivendo uma situação de anormalidade. Ou seja, esses caras podem investigar minha conta na casa do caralho que eles não vão encontrar um centavo. Esses caras sabem que eu não tenho apartamento, esses caras sabem que eu não tenho a chácara. Esses caras sabem que não só eu fiz muita palestra como eu fui o mais bem pago conferencista do começo do século 21. Só eu e o Clinton, e não sei se o Stiglitz depois. Agora, se o cidadão começa a levantar suspeita de tudo isso... eu quero ver como é que eles vão provar que eu tenho uma chácara, que eu tenho um apartamento. Porque alguém vai ter que pagar pra mim ter, eu não posso ter sem pagar, entendeu?

"O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde"

Revivendo uma prática histórica da emissora, o Jornal Nacional tem se esforçado muito para esconder diversos trechos dos grampos telefônicos. Você não vai ver, por exemplo, este trecho da conversa entre Lula e o governador do Piauí, Wellington Dias, do PT: 

Lula: Deixa eu te falar. Eu vou ter uma conversa com ela porque não é fácil. Não é uma tarefa fácil. Eu jamais irei pro governo pra me proteger.

Wellignton Dias: Não, eu sei. Mas não é pra isso. Isso que você está fazendo é uma coisa excepcional, é fantástico o que você está fazendo. Acho que dá resultado, se caminhar nas duas direções. Isso que você está fazendo junto àquelas medidas da economia que a gente está tratando. Estou aqui pra falar com ela disso.

Nada a esconder

Sem nada a esconder, o Instituto Lula oferece os links dos áudios na íntegra para que todos possam ouvir o verdadeiro conteúdo das conversas:




Professor de Ética, na USP, diz que Rosa Weber deveria ter declarado suspeição

Uma vez que teve o juiz "trabalhando todo um tempo em seu gabinete"

Professor de Ética da Universidade de São Paulo (USP) e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro afirma que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, não tinha isenção para julgar o caso sobre o ex-presidente Lula.

O motivo: ela já trabalhou com o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.

O ex-ministro lembra que Rosa Weber teve o juiz "trabalhando todo um tempo em seu gabinete".

Janine também apontou a suspeição do ministro Gilmar Mendes; "Melhor teria feito Gilmar não examinando um recurso impetrado por auxiliar sua".

"Quando você não decide assunto em que próximos seus estão interessados, sua decisão soa mais justa", defende o professor.