quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Tristeza e depressão são coisas diferentes

A primeira afeta emoções básicas. A segunda dura pelo menos duas semanas e inclui outros sintomas. Entenda, em detalhes, a diferença entre tristeza e depressão

Raquel Rivera, El País

Para que nos sintamos tristes, é preciso vivermos experiências dolorosas, frustrantes, infelizes, estressantes: a perda de um familiar, um divórcio, o desemprego, uma doença grave, o rompimento de uma amizade…. Mas, para nos sentirmos deprimidos, não é necessário passar por algum fato dramático, lamentável ou doloroso. A depressão é resultado da interação entre vários fatores: genética, mudanças neurobiológicas e causas ambientais. “A tristeza é uma emoção básica, que experimentamos por causa de situações negativas: quando morre uma pessoa querida, quando expectativas pessoais são frustradas… É como o medo, a raiva, o nojo”, explica Luis Caballero, conselheiro da Sociedade Espanhola de Psiquiatria.

“Por outro lado, a depressão é uma doença, no sentido psiquiátrico, em que há uma tristeza patológica que é intensa e mais duradoura, associada a outros sintomas. São eles a anedonia (incapacidade de sentir prazer), a abulia (notável falta de energia), a perda de peso e apetite, os transtornos do sono, a fadiga, as dificuldades de concentração, o sentimento de culpa reiterado, a preocupação excessiva com a saúde e as fantasias suicidas”, acrescenta o especialista.

A depressão pode ser desencadeada pelos fatos traumáticos citados inicialmente, mas também pode surgir sem uma causa externa que a justifique. “Pode aparecer numa vida normal, sem que a pessoa passe por situações estressantes”, explica Caballero, que é também chefe do serviço de psiquiatria e psicologia clínica do grupo espanhol HM Hospitais CINAC.

Um aspecto para diferenciar a tristeza da depressão é a duração. O estado de ânimo depressivo, com perda de interesse e esgotamento, dura pelo menos duas semanas.

As mudanças químicas do organismo influem no estado de ânimo, e em alguns casos os processos associados ao pensamento e a fatores biológicos contribuem para a depressão. Dependendo da intensidade, trata-se de um transtorno que, segundo José Ángel Arbesú, coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde Mental da Sociedade Espanhola dos Médicos de Atendimento Primário, pode afetar o funcionamento familiar e social da pessoa que o sofre.

Na opinião do especialista, “banalizou-se a palavra depressão”, entre outros motivos porque ela é confundida com outros problemas de saúde mental, como o transtorno adaptativo. “É um processo de tristeza que dura uns seis meses e que apresenta sintomas depressivos, mas não é realmente uma depressão, como acontece com a tristeza que sentimos ao perder um trabalho ou um ser querido.”

Existem sinais sutis que podem ajudar a identificar a depressão, de acordo com a Associação Americana de Psicologia (APA, na sigla em inglês), como a perda de identidade ou de autoestima.

Predisposição genética

Há influência genética no aumento das consultas por quadros depressivos? “Pode haver quadros mistos de ansiedade e depressão em pessoas predispostas, porque a depressão sempre se produz pela interação de vários fatores, genéticos e externos”, observa Caballero.

E como incide o fator genético? “Ele deixa uma pessoa vulnerável perante situações adversas”, aponta Arbesú. Existe também a depressão endógena, em que o componente biológico e genético pesa tanto que o transtorno pode se tornar crônico e mais profundo.

A depressão afeta entre 4 e 5% da população espanhola, e as mulheres, em relação aos homens, têm o dobro de propensão a sofrer um episódio, devido a fatores sociais e hormonais.

Outra diferença em relação à tristeza são os sinais orgânicos. Segundo Caballero, a doença às vezes fica mascarada por sintomas que são a ponta do iceberg. De fato, há ocasiões em que, por engano, “trata-se um quadro de perda de peso, fadiga crônica ou cólon irritável, mas não se aborda a depressão, que é o problema de fundo”, alerta o médico.

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Identificar as causas que conduzem à depressão é o primeiro passo para tratá-la, com ajuda profissional e a esperança de uma luz no fim do túnel. Quando o inimigo é a tristeza, há estratégias mais simples, como ligar para um amigo quando bater aquele desânimo numa tarde de domingo.

Fonte: Pragmatismo Político, 24/02/2016

Depois da energia, tarifas de gás vão aumentar até 300% na Argentina

Argentina: Governo Macri anuncia aumento de até 300% na conta de gás. Novas tarifas devem ser aplicadas em abril e ocorrem após alta de 600% na taxa de eletricidade. Os jornais golpistas do Brasil dirão o que sobre isso?

O ministro da Energia e Mineração da Argentina, Juan José Aranguren, informou nesta segunda-feira (22/02) que a tarifa de gás deve aumentar em até 300% a partir de março.

“Antes de junho acontecerá o aumento na tarifa. Hoje o preço do gás que está sendo produzido no país é maior do que o do gás importando”, argumentou Aranguren em entrevista à rádio Con Vos.

Segundo ele, o aumento deve começar nos 40% e pode chegar até os 300%. A mudança ocorrerá a partir de 1º de março, porém pode ser adiada até o dia 1º de abril, dependendo dos processos burocráticos e tecnológicos necessários para implementar a alteração.

A Argentina possui cerca de 1.300 tarifas distintas de gás para as residências. Cada uma delas sofrerá uma alteração diferente. Em alguns casos, o aumento será superior a 300%, mas em outros não passará dos 40%.

De acordo com o ministro, a economia de gás será recompensada na tarifa e serão analisados os benefícios sociais dados a certos setores da população, principalmente os mais pobres, para decidir quais serão mantidos.

Aranguren também anunciou que os apagões terão continuidade nos nos próximos dias.

“Estes cortes programados se devem à capacidade que temos de produzir energia elétrica e a problemas na distribuição. Em casos de zonas onde a população ficou muitos dias sem eletricidade, nós puniremos as empresas e iremos ressarcir os moradores”, disse Aranguren.

Eletricidade

Em janeiro, a Argentina já havia anunciado um aumento de 300% na tarifa de eletricidade, colocando fim aos subsídios concedidos nos últimos 12 anos ao fornecimento de energia elétrica. No entanto, a tarifa acabou subindo mais de 600%, como reportam os meios de comunicação do país.

A medida entrou em vigor no início de fevereiro e, segundo o governo, foi adotada a fim de reduzir o déficit público do país. Como consequência, uma série de cidades argentinas, inclusive a capital Buenos Aires, passam por uma série de apagões, chamados cortes programados.

Medidas impopulares

Desde sua posse, o presidente da Argentina, Maurício Macri, vem tomando uma série de medidas impopulares que têm gerado protestos por parte da população, como a tentativa de modificação da Lei de Meios, o fim dos subsídios estatais na tarifa de eletricidade e a prisão da líder comunitária Milagro Sala, que faz oposição ao governador do estado de Jujuy, Geraldo Morales, aliado de Macri.

Como resultado, o Ministério de Segurança aprovou uma restrição aos protestos em vias públicas do país. Segundo a nova diretriz, as manifestações, que durante o período kirchnerista eram livres, deverão agora ser comunicadas às autoridades, que vão autorizar ou não o percurso indicado e poderão dispersar os protestos quando julgarem que estes estejam afetando o trânsito.

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O protocolo ainda prevê certas regras para os protestos em vias públicas, a repressão das manifestações com uso da força pela polícia e a prisão de manifestantes que se opuserem à dispersão.

Fonte: Pragmatismo Político, 24/02/2016

Polícia Federal: Não há irregularidades em campanhas petistas

Polícia Federal conclui que não há irregularidades em campanhas petistas feitas por João Santana. Relatório dos investigadores que pediram a prisão do marqueteiro aponta que valores pagos pelo partido para as campanhas de Lula, Dilma e Haddad foram todos declarados

André Richter, Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) concluiu que não foram encontradas irregularidades nos pagamentos do PTpelos serviços prestados pelo publicitário João Santana nas campanhas eleitorais da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O relatório da Polícia Federal, com as informações, foi citado pelo juiz federal Sérgio Moro aodeferir o pedido de prisão de Santana e de sua mulher, Mônica Moura.

De acordo com a PF, as suspeitas em relação ao publicitário e Mônica Moura são referentes a cerca de US$ 7,5 milhões que teriam sido recebidos pelos dois no exterior, por meio de uma empresa offshore que seria controlada pela empreiteira Odebrecht.

“Os valores referentes aos pagamentos pelo préstimo de serviços de João Santana e Mônica Moura para as campanhas eleitorais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006), Fernando Haddad (2012) e da atual presidente da República Dilma Rousseff (2010 e 2014) totalizam R$ 171.552.185,00. Não há, e isto deve ser ressaltado, indícios de que tais pagamentos [das campanhas] estejam revestidos de ilegalidades”, concluíram os delegados no relatório citado pelo juiz Sérgio Moro em sua decisão.

No despacho no qual autorizou a prisão dos investigados na 23ª fase da Lava Jato, o juiz federalSérgio Moro citou os valores do relatório da Polícia Federal e disse que, “ao que tudo indica”, os recursos foram declarados.

A empresa Odebrecht, alvo de investigação da Operação Lava Jato, confirmou, por meio de nota, que agentes da Polícia Federal realizaram ações nos escritórios da companhia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, visando ao cumprimento de mandados de busca e apreensão. Informou ainda que “está à disposição das autoridades para colaborar com a operação em andamento”.

Fonte: Pragmatismo Político, 24/02/2016

Você acredita que juízes são “apolíticos”?

Nos EUA, todos os ministros da Suprema Corte são vinculados a ideais dos dois maiores partidos políticos. Nas Américas, quem escolhe cúpula do Judiciário de modo mais democrático e transparente é a Argentina


A morte de Antonin Scalia, um dos nove juízes da Suprema Corte dos EUA, trouxe para o debate discussões sobre como, quando e quem será selecionado para ocupar a sua vaga na Corte. Scalia era o fiel da balança republicano que desempatava o placar de quatro juízes republicanos e quatro democratas. Até sua morte, a corte tinha uma maioria conservadora. Agora, Obama tem a chance de deixar mais um legado de sua gestão ao nomear um democrata e reverter a posição política majoritária do tribunal.

Na pauta de julgamento estão casos que questionam políticas implementadas durante a gestão do presidente como aborto, ações afirmativas e imigração. A nomeação de um democrata poderia trazer mais sensibilidade às decisões relacionadas a atos e políticas da atual administração.

Tais casos não são muito diferentes dos que estão na pauta de julgamento da suprema corte brasileira ou de outras cortes constitucionais. São debates eminentemente políticos, decididos por meio de interpretação e aplicação de princípios e regras constitucionais. O sistema estadunidense de seleção para os juízes que integram a suprema corte também é semelhante aos de Argentina, Brasil eMéxico, com a indicação de um nome pela presidência e sua confirmação pelo Senado.

Contudo, a naturalidade da discussão nos EUA sobre se o próximo juiz será democrata ou republicano pode dar um nó na cabeça de quem clama por um judiciário imparcial e independente da política.

Luiz Edson Fachin, último ministro a ingressar na suprema corte brasileira por indicação de Dilma Rousseff, teve muito trabalho em provar para os grandes jornais e ao Senado que, na qualidade de ministro, seria apolítico, mesmo já tendo manifestado apoio ao MST e à eleição da presidenta petista em 2010.

A Assembleia Nacional da Venezuela, por sua vez, foi alvo de críticas ao selecionar 11 juízes para sua suprema corte antes que a nova maioria antichavista pudesse fazê-lo e colocar em risco as políticas implementadas durante a gestão de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Maurício Macri, novo presidente argentino e claro oposicionista das gestões kirchneristas, tentou nomear, por decreto e sem aval do Senado, 2 juízes para a suprema corte, sob o argumento de urgência para as nomeações. Diante de duras críticas da sociedade argentina, Macri desistiu do decreto e deverá aguardar a aprovação do nome pelo Senado, que possui maioria kirchnerista.

Apesar de ser natural para os Estados Unidos e um escândalo para países da América Latina, a disputa política pela nomeação de juízes para supremas cortes é inevitável e absolutamente compreensível diante do protagonismo político que as próprias constituições exigem dos tribunais [1] [2].

A disputa pode parecer uma afronta à independência judicial, mas defender que quem irá decidir grandes temas da sociedade deve estar alheio à política é voltar a 1789, auge do pensamento liberal clássico, que via o juiz como mero garantidor de liberdades individuais em face do Estado.

Constituições são, por natureza, cartas políticas e permitem interpretações diferentes para um mesmo dispositivo constitucional. Um claro exemplo seria o do artigo 5º, inciso XXII, da Constituição brasileira, que diz: “é garantido o direto à propriedade”. Tal dispositivo pode ser acionado tanto pelo proprietário de terras improdutivas para evitar que elas sejam ocupadas quanto por quem quer ter acesso a elas por não ter propriedade para produzir. Em última instância, ficaria a cargo do STF definir qual interpretação será aplicada.

Fonte: Pragmatismo político,23/02/2016

Moro já corroeu a Soberania Nacional

O Pentágono suspenderia a construção de submarinos nucleares por causa de um Moro qualquer?

Publicado 24/02/2016

O renascimento da Petrobrax no Senado, com a vitória desmoralizante do Renan foi apenas o lance mais dramático do longo processo de desmanche da Soberania Nacional.

O objetivo imediato da Lava Jato, como se sabe, é prender o Lula.

O objetivo de médio prazo é dilapidar a Soberania Nacional.

E transformar o Brasil num Estado-cliente dos Estados Unidos.

Um México!

Uma Colômbia!

Um Porto Rico!

(Para entender melhor como se dá a capitulação, recomenda-se a leitura de “A Tolice de Inteligência Brasileira – ou como o país se deixa manipular pela elite”, do professor Jessé Souza, que deu entrevista à TV Afiada.

Jessé desmonta a lógica vira-latas de intelectuais como Gilberto Freyre (o verdadeiro, com “y”), Sergio Buarque, aquele DoMatto, do Globo, e o mais “pífio” de todos, segundo Jessé, o Príncipe da Privataria.

Segundo Jessé, a teoria de “Dependência”, a doutrina de “tirar os sapatos” para entrar nos Estados Unidos não vale nada – e não tem nada de novo.

É a maldição do Cerra – FHC também nunca teve uma ideia original…)

Para voltar ao Moro.

O Brasil é um dos poucos países que desenvolveu tecnologia própria para beneficiar urânio, além de possuir uma das maiores jazidas de urânio do mundo.

O Brasil construía o seu submarino nuclear, com urânio próprio enriquecido por ele mesmo.

O Brasil seria um dos poucos países a exportar submarinos nucleares.

Mas, antes, a tarefa principal dessa frota de submarinos seria proteger a Amazônia Azul e o pré-sal que, agora, se vê, será da Chevron!

Como os submarinos nucleares se tornaram obsoletos, diante da destruição da Petrobras e sua – finalmente ! - substituição pela Petrobrax, o próximo passo do Moro e sua caravana será fechar o programa de construção dos submarinos.

A Odebrecht é uma – entre milhares, com milhares de trabalhadores brasileiros! - das empresas brasileiras envolvidas no projeto.

Moro realizará o que FHC, presidente, quase conseguiu: fechar a pesquisa com urânio e impedir produção de submarinos.

Porque Lula e Dilma foram os responsáveis por dar vida aos sonhos dos grandes brasileiros Alvaro Alberto e Renato Archer!

Mas, Moro prendeu o engenheiro que desenvolveu a tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio.

Moro também prendeu o presidente da empresa estatal que realizou o enriquecimento de urânio.

Agora, ontem, 23/02, a busca centenária da afirmação de Soberania foi de novo abortada!

Ontem mesmo, Moro e sua cruzada entreguista revelaram uma próxima etapa da destruição do projeto de afirmação da Soberania Nacional.

Ao decretar a prisão de João Santana, Moro indicou que vai desconstruir todos os elos de ligação das empresas nacionais de Engenharia com suas atividades no exterior.

Leia “Assim Moro manda no Brasil e põe de férias todos os outros juízes”.

O Brasil tem um dos mais eficientes corpos de Engenharia do Mundo!

Suas empresas foram mundo afora levar tecnologia brasileira e trazer dólares para a conta de capital do balanço de pagamentos.

Além da influência política que vai esteira do investimento em obras de infraestrutura.

Isso tudo agora é irremediavelmente suspeito.

É tudo uma roubalheira desenfreada.

Qualquer um dos executivos de empresas brasileiras no exterior, desde ontem, é um criminoso em potencial!

Suspeito de que?

Não se sabe.

Só se saberá daqui a uns dez anos...

A Engenharia brasileira será reduzida a obras locais, de construção de pinguelas e penicos.

Amigo navegante, que outro país do mundo permitiria essa destruição da Soberania Nacional no espaço de um ano!

Num ano, o Brasil foi devolvido à posição de Colônia!

Os vira-latas estão eufóricos!

Abanam o rabo no jornal nacional!

Que outro país do mundo aceitaria isso, inerte, passivo, imobilizado pela incompetência do zé da Justiça, entre outras…

Os Estados Unidos deixariam um juizeco de província, que mal sabe falar e fazer perguntas, destruir as empresas que fornecem para o Pentágono, porque meia dúzia de ladravazes surrupiou na calada da noite?

Ou será que nenhuma empreiteira roubou o Pentágono?

Nunca teve um sobre-preço num submarino da Marinha americana...

Os Estados Unidos interromperiam seu programa de construção de submarinos nucleares em nome do combate à corrupção?

Uma corrupção de um lado só – uma corrupção do Não Vem ao Caso?

E, se o Obama tolerasse isso, seria bem capaz de sofrer um impeachment promovido pelo seu próprio Partido Democrata!

Israel toleraria um Dr Moro?

O Irã?

A China?

O Putin?

A Índia?

O Paquistão?

Que país, além do Brasil?

O México!

Porto Rico, que deixou de ser país e hoje é um guichê dos fundos abutres de WallStreet!

Essa é a obra magna do Moro.

Do Moro e de um “país que se deixa manipular pela elite”.

Um país de tolos!

O Brasil vira-latas!

Paulo Henrique Amorim

Marqueteiro sai em defesa de João Santana


Augusto Fonseca, que atuou na campanha de Aloizio Mercadante, em 2010, e no ano passado assessorou o candidato governista à Casa Rosada, Daniel Scioli, na Argentina, postou no Facebook um relato em defesa de João Santana, preso pela PF na Lava Jato: "É um dos profissionais mais corretos com quem trabalhei na minha vida. Se recebeu legalmente R$ 171 milhões, como noticia a imprensa, porque se lambuzar com um valor muito menor e ilegal? Não vejo sentido. O João começou a trabalhar para o Lula e o PT depois do turbilhão chamado Mensalão e sabia que sua única opção era andar na linha, porque seria alvo certo de investigações e denúncias", disse.

"E ele é inteligente o suficiente para não ter duvidado disso. Acho que a qualquer momento a investigação do juiz Sergio Moro, se ele for um magistrado realmente criterioso, vai chegar a esta conclusão", acrescentou.

Por que escândalos envolvendo tucanos não avançam na Justiça?


Processos e escândalos envolvendo tucanos ou ocorridos durante gestões do PSDB estão emperrados na Justiça; o que explica este ‘fenômeno’?, questiona o Pragmatismo Político: "Inquéritos estacionados há anos, juízes arquivando denúncias e penas prescrevendo: esta é a história da lista de Furnas, do trensalão e do mensalão tucano".

Temer: 'Brasil precisa de injeção de otimismo'


Durante evento sobre oportunidades no setor portuário, nesta quarta-feira, 24, o vice-presidente Michel Temer disse que o Brasil precisa de uma "injeção de otimismo" para retomar o crescimento.

"Estamos precisando de uma certa injeção de otimismo", afirmou; "Estamos numa fase passageira de eliminação de empregos. Precisamos das concessões para recuperar a geração de empregos", disse Temer, defendendo uma "sociedade" entre o governo e o setor produtivo.

O governo prevê investimentos de R$ 51 bilhões nos portos brasileiros nos próximos anos.

Mírian Dutra diz ter documentos contra FHC


Jornalista concordou que o ex-presidente arcasse com as despesas de um apartamento que comprou em Barcelona e afirma ter documentos para provar o que diz, mas só usará se for necessário, e os guarda em cofre de banco, escreve Joaquim de Carvalho para o Diário do Centro do Mundo.

Mírian Dutra teria ficado chateada com a reação do filho sobre suas entrevistas e irritada com uma nota na imprensa, de que Tomas teria se solidarizado com Fernando Henrique.

CNT/MDA: aprovação do governo sobe para 11,4%


Em outubro, o índice que avaliava o governo da presidente Dilma como ótimo ou bom era de 8,8%.

A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou ainda nesta quarta-feira que a avaliação ruim/péssima do governo recuou para 62,4%, ante 70,0% em outubro. 

Para 79,3% dos entrevistados, Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica.

‘Estamos maduros para fortalecer nossa integração bilateral’, diz vice-presidente da Argentina


Dilma presenteou a vice-presidente com os mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, Vinícius e Tom. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma se reuniu na tarde desta quinta-feira (23) com a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti. No encontro, elas falaram sobre temas relacionados ao fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países, principalmente nas áreas econômica e comercial.

Segundo Gabriela Michetti, o governo argentino pretende criar uma comissão parlamentar permanente para tratar da política externa com o Brasil, a exemplo do que já realiza com o México e Chile.

“Percebo que ambos os países estão maduros para estreitar e fortalecer nossa integração bilateral, de maneira que protagonizemos novamente juntos o fortalecimento de todos os países do Mercosul e da região latino-americana. Como diz a presidenta, temos um casamento indissolúvel”, destacou.

Outros tópicos tratados na reunião foram a integração energética entre os dois países e a busca de saídas para o escoamento de exportações pelos oceanos Pacífico e Atlântico. “Vivemos situações econômicas difíceis e podemos nos ajudar mutuamente. Se estamos juntos, as crises vão ser menos importantes e mais curtas”.

Fonte: Blo do Planalto, 23/02/2016

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Mesmo com a maior receita de sua história, o Pará tem menor investimento de 20 anos

O dinheiro sumiu: Pará tem a maior receita da história, mas investimentos são os piores em 20 anos. Média de investimentos de Jatene é de apenas 6,5% ao ano e até a previsão de investimentos de 2016 é a menor das últimas décadas. Estado é lanterna da Região Norte e perde até para o Piauí e o Maranhão. Pelo menos R$ 2,5 bilhões viraram fumaça no segundo Governo Jatene. É o Pará rumo ao fundo do poço.

Nunca antes se viu nada assim no estado do Pará.

Nos últimos 20 anos, nenhum governador paraense teve tanto dinheiro quanto o tucano Simão Jatene.

Entre 2011 e 2014, as receitas totais de seu governo somaram mais de 79,8 bilhões, em valores atualizados, num crescimento real (ou seja, já descontada a inflação) de 198% em relação à primeira administração de Almir Gabriel, cujas receitas, entre 1995 e 1998, ficaram em R$ 26,7 bilhões.

Mas, por incrível que pareça, Jatene é também o governador com os mais baixos níveis de investimentos das últimas duas décadas – e, talvez, de toda a história do Pará.

Entre 2011 e 2014, a média anual de investimentos de seu governo ficou em apenas 6,46% das despesas totais.

Em 2015, a receita prevista pelo Governo era superior a R$ 22,2 bilhões.

Mas até outubro, diz o último Balancete do Estado disponível na internet, Jatene só investiu R$ 1,1 bilhão – ou apenas 6,73% dos R$ 16,3 bilhões que gastou.

Para 2016, com o aperto da crise mundial, o quadro é até assustador: a previsão de investimentos do Orçamento Geral do Estado (OGE) é de apenas 6,55%. Isto mesmo: 6,55%.

Talvez, a menor previsão de investimento dos governadores paraenses nos últimos 20 anos.

E olhe que o orçamento do Pará, para 2016, é o maior de todos os tempos: R$ 23,3 bilhões. 

Uma combinação explosiva. E quem paga o pato é você 

O baixo nível de investimentos por cinco anos consecutivos já começa a cobrar a conta aos paraenses: é o caos na Saúde, Segurança, Educação.

Um resultado previsível – e sobre o qual a Perereca vem alertando desde 2013.

Segundo o IBGE, o Pará ganha 130 mil habitantes por ano. Isso significa 650 mil novos habitantes nestes cinco anos, ou mais de 1 milhão até 2018, quando Jatene deixar o governo.

Além disso, o estado possui uma grande massa de pobres e déficits históricos nos serviços públicos.

Em 2010, o censo do IBGE mostrou que mais de 1,267 milhão de paraenses, ou 16,74% da população, viviam em favelas.

Em dezembro do ano passado, diz o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quase 63% dos eleitores paraenses (gente na faixa de 16 a mais de 79 anos) possuíam, no máximo, o fundamental completo (No topo da pirâmide, só 3% haviam completado uma faculdade).

E mais: o Pará já possui o 3º pior índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, atrás apenas de Alagoas e Maranhão e empatado com o Piauí.

Então, como imaginar que a situação não se agravaria com essa combinação explosiva de pobreza, déficit de atendimento público e baixo investimento?

Afinal, é com o dinheiro de investimentos que o Poder Público amplia, equipa e moderniza a sua estrutura física, para melhorar os seus serviços e levá-los, em condições decentes, a mais cidadãos.

É com esse dinheiro que se constroem hospitais e postos de saúde, para que as pessoas não penem em longas filas, ou acabem até morrendo por falta de atendimento.

É com ele que se ampliam escolas, para atender mais estudantes, ou até para reduzir as turmas e melhorar a aprendizagem.

É com esse dinheiro que são construídos sistemas de saneamento, delegacias de polícia, presídios, quartéis de bombeiros; que são comprados equipamentos para os hospitais, carteiras para as salas de aula, viaturas, armamentos, embarcações para a polícia.

Isso significa que, sem investimentos, a tendência é de um sucateamento acelerado dos serviços públicos, até porque a demanda não para de crescer.

É isso que está acontecendo no Pará.

Um problema que já está custando caro aos paraenses.

E que, certamente, custará mais caro ainda no futuro. 

“Lanterninha” do Norte e "freguês" do Piauí e Maranhão 
É para “tirar o atraso” que os estados mais pobres do Brasil investem até o dobro que os mais ricos: todos querem construir a estrutura de atendimento (ampla, decente) que ainda não possuem.

Todos, menos o Pará.

Em 2014, pelo quarto ano consecutivo, o Pará foi lanterna de investimentos da Região Norte e, também pelo quarto ano consecutivo, perdeu até para o Maranhão e Piauí, dois dos estados mais pobres do Nordeste e do Brasil.

O Acre investiu 19,05% de tudo o que gastou. Roraima, 14,51%; o Amazonas, 14,22%; o Tocantins, 12,52%; o Amapá, 9,09%; Rondonia, 8,27%.

O Maranhão investiu 13,02% do total da despesa; o Piauí, 12,29%.

Já o Pará investiu apenas 7,97% de suas despesas totais.

E olhe que 2014 representou o melhor nível de investimentos de Jatene.

Três anos antes, em 2011, ele emplacou o pior percentual de investimentos de que se tem notícia, na história do Pará: apenas 4,51% da despesa total. 

Um desempenho impressionante: Jatene perde até pra ele mesmo

A comparação entre os investimentos do segundo governo de Jatene e os de seus antecessores impressiona ainda mais quando se leva em conta a receita per capita.

Ou seja, quando se pega todo o dinheiro que o governo possuía em um determinado ano e se divide pela população da época.

Em 1998, no último ano de seu primeiro governo, o tucano Almir Gabriel dispôs de apenas R$ 1.519,72, em valores atualizados, para gastar com cada paraense, ao longo de 12 meses. Mesmo assim, conseguiu investir 16,57% de tudo o que gastou.

Já em 2014, no último ano de seu segundo governo, Jatene dispôs de R$ 2.727,63, também atualizados. Mas só conseguiu investir 7,97% da despesa total.

Ou seja: Jatene teve uma receita per capita quase 80% maior, em termos reais, mas o seu percentual de investimento não chegou nem à metade de Almir.

É claro que R$ 2.727,63 para gastar com cada paraense é uma autêntica mixaria: dá R$ 227,30 por mês, ou apenas R$ 7,57 por dia.

No entanto, como explicar a disparidade entre os desempenhos de Almir e de Jatene?

Mas não pense que a comparação só é ruim para Jatene quando do outro lado está Almir Gabriel, talvez o melhor administrador público da História do Pará.

Na verdade, o segundo governo de Jatene perde também para a petista Ana Júlia Carepa e até para ele mesmo, Jatene, no primeiro governo.

Em 2010, no último ano de sua administração, a petista Ana Júlia Carepa dispôs de R$ 2.277,93 para gastar com cada paraense, ao longo de 12 meses – mas investiu 11,15%.

Em 2006, no último ano de seu primeiro governo, Jatene dispôs de ainda menos: apenas R$ 1.683,70. Mas conseguiu investir 13,70%. 

O pior da história recente 
O resultado dessa performance é que já é de Jatene a pior média anual de investimentos do Pará, nos últimos 20 anos: apenas 6,46%.

Almir, mesmo enfrentando orçamentos deficitários, em 1995 e 1996, conseguiu emplacar a média de 10,39% de investimentos, em seu primeiro governo. E, no segundo, a média saltou para 13,55% - a melhor marca dos últimos 20 anos.

Já o primeiro governo de Jatene alcançou a média de 11,35%.

O de Ana Júlia ficou em 8,87%, com um detalhe: é dela o maior volume de investimentos, em números absolutos, registrado na história recente do Pará.

Só em 2010, ela investiu mais de R$ 1,886 bilhão, em valores atualizados, ou R$ 200 milhões a mais do que Jatene, em 2014. 

Palavras que o vento levou e bilhões que viraram fumaça 

“Um governo que não se dispuser a usar pelo menos 10% do que tem nos cofres em investimentos não terá feito absolutamente nada”, afirmou Jatene, ao lançar a sua Agenda Mínima, em abril de 2011.

Na ocasião, ele prometeu investir 10% da receita do seu governo, então estimada em R$ 48 bilhões, para quatro anos. Isso daria uns R$ 4,5 bilhões de investimentos, nos cálculos do próprio governador.

No entanto, as receitas do Governo cresceram muito além do previsto, atingindo mais de R$ 66 bilhões, entre 2011 e 2014, em valores da época.

Já os investimentos ficaram em apenas R$ 4,1 bilhões.

Ou seja, para investir 10% desses R$ 66 bilhões de receitas e “fazer alguma coisa” Jatene teria de ter destinado a investimentos mais R$ 2,5 bilhões, além desses R$ 4,1 bilhões.

Daí a pergunta: onde é que foram parar esses R$ 2,5 bilhões?

Será que foram consumidos no custeio da máquina, a exemplo da explosão de viagens de 2014 (http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2015/09/jatene-gasta-mais-em-viagens-do-que-em.html) e dos impressionantes gastos em propaganda 

Pior: a diferença entre os R$ 48 bilhões de receitas inicialmente previstas e os R$ 66 bilhões de receitas que se concretizaram é de R$ 18 bilhões. Isto mesmo: R$ 18 bilhões.

Um espetacular incremento financeiro que parece ter, simplesmente, se desmanchado no ar. 

Achatamento 

Em 2015, a previsão inicial era que as receitas do Pará totalizassem R$ 20,8 bilhões. Mas essa estimativa foi atualizada para mais de R$ 22,2 bilhões (e o Governo ainda não divulgou em quanto elas ficaram, afinal).

A dotação inicial para investimentos, que era de quase R$ 1,9 bilhão, também subiu para R$ 2,640 bilhões.

Mas até outubro, Jatene só havia investido R$ 1,1 bilhão, o que levanta a possibilidade que seus investimentos tenham alcançado apenas R$ 1,3 bilhão até dezembro. Quer dizer: que sejam até inferiores ao registrado em 2014 e 2013.

Não dá pra entender...

Como um estado pobre, onde as pessoas estão morrendo nas filas dos hospitais; onde até os policiais estão morrendo às dezenas nas mãos de assaltantes, tem para investir R$ 2,640 bilhões, mas não consegue gastar nem a metade?

Mas não pense que isso aconteceu apenas em 2015.

Em 2011, o orçamento previa mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos – mas Jatene só investiu R$ 552 milhões.

Em 2012, o que estava orçado para investimentos era superior a R$ 1,9 bilhão – mas ele só investiu R$ 923 milhões.

Em 2013, estavam previstos mais de R$ 2,3 bilhões em investimentos - mas o que foi investido não chegou nem a R$ 1,2 bilhão.

Em 2014, o que estava previsto para investimento era superior a R$ 2,264 bilhões – mas Jatene não investiu nem R$ 1,5 bilhão. E olhe que ele estava até disputando a reeleição...

Para 2016, a previsão de investimentos é de R$ 1,5 bilhão – ou apenas 6,55% dos R$ 23,3 bilhões que poderão ser gastos.

Quer dizer: quem sabe achatando a previsão de investimentos a níveis nunca vistos, o governador consiga, enfim, chegar lá. 

Veja como foram feitas as tabelas da Perereca  e refaça os caminhos desta reportagem

A tabela das receitas totais dos governos, que abre esta matéria: os valores da época, entre 1995 e 2014, são dos balanços gerais do Estado (BGEs), que podem ser conferidos no site da Secretaria de Estado da Fazenda: http://www.sefa.pa.gov.br/index.php/receitas-despesas/contabilidade-geral/4593-balancos-gerais

A Receita atualizada de 2015 é do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), do quinto bimestre (setembro/outubro), extraído do site da Sefa e você confere aqui:https://drive.google.com/file/d/0B8xdLmqNOJ12a1hoWm50dVY5MFk/view?usp=sharing

A Receita prevista para 2016 é do Orçamento de 2016, volume I, que pode ser conferido no site da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan): http://www.seplan.pa.gov.br/projeto-oge-2016


A atualização monetária das receitas (e de todos os números atualizados das demais tabelas) foi realizada pela Perereca com a ajuda da Calculadora do Cidadão, do Banco Central:https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores

O índice usado foi o IPCA-E de dezembro de 2015.

O percentual de crescimento da receita, no período de 1999 a 2006, foi calculado pelo blog (para checar: divida a receita do ano, em valores da época, pela receita do ano anterior, diminua 1 e multiplique por 100). Nos demais anos, o percentuais são dos BGEs.

A média de investimento dos governos foi calculada pela Perereca – veja a tabela que traz as despesas totais, as despesas com investimentos e os percentuais de investimento ano a ano de cada governo, tudo extraído dos BGEs. 

A média foi calculada somando-se os percentuais de investimento de cada governo e dividindo por quatro (o tempo de duração de cada qual).

O percentual de investimento de 2015 foi calculado pelo blog com base no Balancete consolidado de outubro, também no site da SEFA: http://www.sefa.pa.gov.br/index.php/receitas-despesas/contabilidade-geral/10519-balancetes-de-2015

Já o percentual de 2016 foi calculado com base nos números do OGE. Lá, o percentual foi arredondado para 7%, mas o correto é 6,55%. Veja também: Mensagem do OGE de 2016http://www.seplan.pa.gov.br/sites/default/files/mensagem_oge_completa_2016.pdf

Para checar o cálculo desses percentuais: divida o valor do investimento pela despesa total e multiplique por 100 (use os valores da época).

Importante: nas tabelas de reportagens anteriores não constavam os números de 1995, só recentemente localizados pelo blog. 

A tabela que compara a per capita da receita do primeiro e do último ano de cada governador: as receitas foram extraídas dos BGEs. A per capita foi calculada dividindo a receita pela população paraense daquele ano.

A população do Pará de 2001 a 2015 é da estimativa enviada pelo IBGE ao TCU (Tribunal de Contas da União) e pode ser conferida aqui:http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2015/default.shtm

Para os anos anteriores, clique no link específico, na página acima (formato xls).

A projeção populacional de 2016 você confere aqui: http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pa&tema=projecao2013

E note um fato interessante: a receita per capita até caiu em 2015, caso se confirmem as estimativas de uma receita total apenas R$ 200 milhões maior que a de 2014, em valores atualizados.

Tais quedas também ocorreram em 2003 e 2011, primeiros anos dos governos de Jatene.

(Sinal de que o atual governador enfrenta problemas com o começo do mandato, mesmo quando sucede a si mesmo...) 

As tabelas dos investimentos dos estados da Região Norte e do Maranhão e Piauí: os números são dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREOs), documentos que todos os estados e municípios enviam à Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Para checar:https://www.contaspublicas.caixa.gov.br/sistncon_internet/index.jsp

Escolha a esfera de governo (Estadual), a UF (Unidade Federativa), o Poder (Executivo), o Órgão (Governo do Estado), o Ano Base (2014) e o Tipo de Declaração (RREO-6º Bimestre) e clique em “Pesquisar”. Marque então a bolinha do RREO e clique em “visualizar”.

A Perereca extraiu a despesa e os investimentos da coluna “Despesas Empenhadas/Até o Bimestre”. 

Leia as reportagens anteriores do blog
sobre os investimentos de Jatene 

12 de agosto de 2013 – “O Pará ladeira abaixo: investimentos atingem os piores percentuais dos últimos 17 anos. Gastos sem licitação de Jatene chegam a quase R$ 13,3 bilhões. Despesas com propaganda ultrapassam R$ 40 milhões”: http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/08/o-para-ladeira-abaixo-investimentos.html

13 de agosto de 2013 – “Gastos sem licitação de Jatene atingem R$ 13,3 bilhões, ou quase 90% da despesa. Pagamentos classificados como impossíveis de licitar saltaram de 70%, na administração petista, para 84% na gestão tucana. Diferença equivale a mais de R$ 2 bilhões:http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/08/gastos-sem-licitacao-de-jatene-atingem.html

17 de agosto de 2013 – “Percentuais de investimento do Pará são os piores da Região Norte. Estado perde até para o Piauí e o Maranhão. Mas despesas com contratações temporárias alcançam quase meio bilhão. Diárias e passagens consomem mais de R$ 105 milhões”:http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/08/percentuais-de-investimento-do-para-sao.html

19 de agosto de 2013 – “Gastos do Governo Jatene com servidores temporários subiram mais de 70% entre 2010 e 2012. Maior aumento foi no ano eleitoral de 2012, quando despesas com esses servidores atingiram o maior valor da década: mais de R$ 513 milhões”:http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/08/gastos-do-governo-jatene-com-servidores.html

1 de setembro de 2013 – “Pará pode virar lanterninha do IDHM do Brasil. Crescimento do IDHM do estado é um dos piores do Norte e Nordeste. Percentuais de investimento do estado estão entre os menores do País. Tudo na primeira parte da reportagem “O Pará ladeira abaixo”:http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/09/para-pode-virar-lanterninha-do-idhm-do.html

9 de setembro de 2013 – “Incrível! Pará investe apenas 33 centavos por dia por cidadão paraense. Em 2012, investimento per capita do Pará ficou em R$ 121,83 e foi o antepenúltimo do ranking nacional. Per capita de investimento do Pará leva surra na Região Norte. Tudo na segunda parte da reportagem “O Pará ladeira abaixo”:http://pererecadavizinha.blogspot.com.br/2013/09/incrivel-para-investe-apenas-33.html

Leia também a reportagem publicada pelo Diário do Pará, em 23 de setembro de 2015, que traz um resumo deste material. Note que alguns números dali já estão defasados porque a atualização monetária daquela reportagem é de junho ou julho:http://digital.diariodopara.com.br/pc/cadernos/17

Veja os documentos de 2014 e 2015 

Nas reportagens do blog, linkadas acima, você confere grande parte dos documentos que embasam esta reportagem. 

Quanto aos números de 1995, eles foram localizados em um quadro do BGE de 1999. 

Há ligeira diferença entre os números desse quadro, que é do relatório técnico-contábil, e os utilizados pela Perereca, quanto aos anos de 1997 e 1998. 

Explica-se: o relatório, ao listar as despesas totais desses anos, deixou de lado os superávits. Já aPerereca apenas copiou e colou os números dos demonstrativos dos BGEs. E preferiu manter os números usados nas tabelas anteriores até porque a diferença é mínima. 

No relatório, também há diferença, a menor, do valor dos investimentos de 1996. Mas o blog, novamente, manteve o número dos demonstrativos do BGE. 

Fonte: A Perereca da Vizinha, 22/02/2016