segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Por que a Globo está atacando Lula com tanta fúria?



Vale tudo contra Lula

Valentemente, assim que os donos determinaram, os jornalistas da Globo pararam de falar no impeachment de Dilma.

Um deles, Erick Bretas, tratou até de trocar a foto de perfil de seu Facebook. Ele tinha colocado a inscrição “gave over” (fim de jogo), por ocasião de uma manifestação anti-Dilma, para a qual conclamara seus seguidores.

Trocou-a, com a nova orientação patronal, por uma bandeira do Brasil.

Agora, com a mesma valentia com que recuaram instantaneamente, os editores, colunistas e comentaristas da Globo avançam, novamente sob ordens patronais, contra Lula.

Todas as mídias da Globo vêm sendo usadas para investir contra Lula, por conta, naturalmente, de 2018.

Tevê, jornal, rádio, internet – são os Marinhos e seus porta-vozes contra Lula.

A novidade aí parece ser a substituição da Veja pela Época na repercussão dos sábados à noite do Jornal Nacional.

Nem para isso mais a Veja serve. Nem para servir de alavanca para o Jornal Nacional. É uma agonia miserável e solitária a da revista dos Civitas.

Lula, em seus anos no Planalto, nada fe para enfrentar a concentração de mídia da Globo, algo que é um câncer para a sociedade pelo potencial de manipulação da opinião pública.

E agora paga o preço por isso.

Verdade que, acertadamente, ele decidiu não ficar “parado”. Pássaro parado, disse Lula, é mais fácil de ser abatido.

E então Lula decidiu reagir.

Pelo site do Instituto Lula, ele tem rebatido as agressões dos Marinhos, minuciosamente.

E tem anunciado processos quando se sente injustiçado – um passo fundamental para colocar alguma pressão nos caluniadores e, também, nos juízes complacentes.

Há um tributo involuntário no movimento anti-Lula da Globo. É um reconhecimento, oblíquo que seja, de sua força.

É assim que o quadro deve ser entendido.

Quem pode ser o anti-Lula em 2018? Aécio, Alckmin e Serra, os nomes do PSDB, seriam provavelmente destruídos ainda no primeiro turno.

Imagine Lula debatendo com cada um deles.

Fora do PSDB, é um deserto ainda maior. De Marina a Bolsonaro, os potenciais adversários de Lula equivalem ao Vasco da Gama no Brasileirão.

Neste sentido, o boneco de Lula, o Lulão, surge mais como desespero da oposição do que como uma gesto criativo dos analfabetos políticos de movimentos como o Brasil Livre de Kim Kataguiri.

A Globo vem dando um destaque de superstar ao Lulão, como parte de sua operação de guerra.

E Lula tem respondido como jamais fez. No desmentido da capa da edição do final de semana da Época, ele citou um aporte milionário de 361 milhões de reais do BNDES na Globo, em 2001, no governo FHC.

Ali se revelou outra face dos sistemáticos assaltos da Globo ao dinheiro público: o caminho do BNDES. Não são apenas os 500 milhões de reais em média, ao ano, de propaganda federal. São também outros canais, como o BNDES.

Não é exagero dizer que a Globo, como a conhecemos (não como o jornaleco de província a que se resumiu por décadas) é fruto do dinheiro público.

Como Lula, caso volte à presidência em 2018, tratará a Globo?

É essa pergunta que atormenta os Marinhos, já suficientemente atordoados com o florescimento da internet em oposição à decadência da tevê.

E é isso que explica a heroica valentia patronal dos jornalistas da Globo.

Fonte: DCM, 31/08/2015

Ministro da Justiça rebate Gilmar Mendes: "Um equívoco histórico"

Cardozo afirma que o vice-presidente do TSE cometeu - em entrevista ao Correio publicada ontem - um equívoco histórico, "talvez motivado por uma paixão política". Magistrado disse que a corrupção no país é um método de governança

Denise Rothenburg

As afirmações do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em entrevista publicada pelo Correio ontem enfureceram o governo e o PT, a ponto de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se prontificar a responder. “Ele comete um grave equívoco histórico, talvez motivado por uma paixão política que todos os cidadãos podem ter, mas não os juízes no exercício de suas funções”, rebateu Cardozo. O que mais irritou o governo, em especial a presidente Dilma Rousseff e os ministros, foi Mendes dizer que “o uso de recursos de estatais para atividade política não se trata de acidente, mas de um método de governança”.


Na entrevista ao Correio, Gilmar Mendes disse também que, na política, vivemos hoje uma hemorragia. Nas duas últimas semanas, ele pediu investigações sobre eventuais irregularidades no financiamento da campanha de Dilma. À reportagem, Mendes traçou um paralelo entre o mensalão e o petrolão. “A rigor, eles são irmãos gêmeos, é claro que o que se percebe no petrolão é que há uma abrangência muito maior.”

Para o governo, entretanto, Mendes ultrapassou todos os limites. “Um governo que tem como método a corrupção não se investiga nem cria mecanismos para essas investigações”, disse Cardozo. “Quem regulamentou as delações premiadas foi o nosso governo. Do governo Lula para cá não nomeamos engavetadores. Antes do governo Lula, tínhamos ausência efetiva de políticas e mecanismos de combate à corrupção, que, no Brasil, não nasceu hoje, é histórica.”

O ministro da Justiça afirmou ainda não se lembrar de um tempo em que o Supremo debatesse tantos casos de corrupção. “E não é que não tenha existido, e sim porque a maioria dos processos nem chegava lá. Eram engavetados antes”, comentou. Quanto à análise que o ministro Mendes faz das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, Cardozo mencionou que os advogados do partido “entendem que Gilmar não poderia agir nesse caso até por decisões anteriores”. “Mas não vou me pronunciar sobre isso. Não tenho por hábito comentar manifestações de juízes, até por respeito à separação dos Poderes, mas, quando um magistrado envereda pelo campo da discussão política, como cidadão, me sinto autorizado a colocar a minha discordância. E ela se prende à análise política feita pelo cidadão Gilmar Mendes e se vê que a paixão distorce a realidade dos fatos”, afirmou.

Apoios

Os tucanos, por sua vez, aplaudiram Mendes. “O ministro do STF traduz um sentimento que está na sociedade. Vivemos um vendaval positivo de intolerância à corrupção. Assustou a dimensão do que se descobriu a partir da Lava-Jato, uma escala industrial, organizada e orgânica”, disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). “Isso tem a cara do Zé Dirceu (ex-ministro da Casa Civil, preso em Curitiba) que é disciplinado e centralizador, vem da escola das organizações que ele frequentou”, completou Pestana.

Cardozo não comentou o arquivamento pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, do pedido do ministro Gilmar Mendes para investigar a gráfica VTPB, suspeita de ser uma empresa de fachada. A VTPB recebeu nas últimas eleições R$ 28 milhões, sendo R$ 16 milhões da campanha da presidente Dilma. A oposição considerou que o procurador estaria protegendo a presidente. Ontem, a própria procuradoria divulgou uma nota de esclarecimento para explicar que arquivamento se referia a um procedimento de maio e que, “conforme análise, não foram constatadas irregularidades praticadas pela empresa no que diz respeito às esferas eleitoral e penal”. “Os fatos narrados não trazem indícios de que os serviços gráficos não tenham sido prestados nem apontam majoração artificial de preços. Por isso, a PGE manifestou-se pelo arquivamento do procedimento. Cabe destacar que outras representações continuam em andamento na Procuradoria-Geral da República”, diz o texto.

Na entrevista ao Correio, Mendes citou outra empresa que considera suspeita, a Focal, que trabalha com comunicação visual.O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) considera que “o governo do PT misturou partido com governo e governo com Estado”. “A Petrobras é uma empresa do Estado e não do governo”, disse, mas fez ressalvas às declarações de Mendes. “O ministro Gilmar até tem razão, mas vi uma contradição nas declarações dele. Ele está segurando a proposta que acaba com o financiamento de empresas para campanhas políticas. A empresa não é cidadã. Cidadãos são os eleitores. Ele, ao mesmo tempo em que fala em método de governança e aliança espúria, deveria liberar logo o voto dele”, cobrou Cristovam. O senador se referia ao voto de Mendes numa ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que deseja restringir as doações de campanha às pessoas físicas. Cristovam esteve com Mendes em junho, antes do recesso justamente para pedir que o ministro liberasse o voto sobre o tema. “Ele prometeu para logo, agosto, passou, chegamos a setembro e o voto não veio”, lembrou.

Ao Correio, Mendes disse que levaria seu voto ao plenário do Supremo em breve e que não pretendia esperar a decisão do Congresso sobre a reforma política. O ministro não antecipou seu voto, mas técnicos do Tribunal Superior Eleitoral já o alertaram para o risco de as doações de pessoas físicas dificultarem a fiscalização. Nada impede que os partidos façam uma verdadeira “caça aos CPFs”, ou seja, obtenham os recursos via caixa dois e procurem CPFs para legalizar essas doações. Colaborou Eduardo Militão

Fonte: Correio Braziliense, 31/08/2015

Carlos Araújo: agenda de Dilma é sair da crise

Ex-marido e conselheiro informal de Dilma Rousseff, Carlos Araújo diz que a presidente ficou abalada com a crise econômica e com a queda na popularidade, mas permanece tranquila por acreditar na recuperação do apoio ao governo com a volta do crescimento.

Segundo ele, apesar do “ajuste severo”, Dilma não vai embarcar em uma agenda conservadora que defenda a flexibilização dos direitos dos trabalhadores: “A agenda de Dilma é sair da crise”, afirma.

domingo, 30 de agosto de 2015

Obama sobre Lula : ” Adoro esse cara. É o político mais popular da terra “

Barack Obama diz que Lula "é o cara" em reunião do G20 


No encontro do G20, no dia 02 de Abril de 2009, em Londres, Obama troca um aperto de mãos com o presidente brasileiro, olha para o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, e diz, apontando para Lula: “Esse é o cara! Eu adoro esse cara!”.

Em seguida, enquanto Lula cumprimenta Rudd, Obama diz, novamente apontando para Lula : “Esse é o político mais popular da Terra”.

Rudd aproveita a deixa e diz : “O mais popular político de longo mandato”.

“É porque ele é boa pinta”, acrescenta Obama.

Fonte: Br29, 29/08/2015

Chegou a hora e a vez do respeito

Nenhuma autoridade, seja de que partido for, de que governo for, não pode ser desrespeitada, achincalhada por ignorantes, independente de suas colorações partidárias, ideologias ou vontades políticas. Mas, infelizmente, de vez em quando, os meios noticiosos divulgam fatos nada agradáveis relacionados a esse aspecto. 

A oposição pode e deve ser trabalhada sempre no campo das idéias, mas nunca no campo do desrespeito velado ao contrário.

A ofensa, a agressão, a violência cria um estado de animosidade extremamente prejudicial as nossas relações sociais. Os governos, os partidos políticos passam, a sociedade continua.

Chegamos a um ponto que não dá mais para ficar calado. Governo e pessoas que votaram em Dilma diariamente são ofendidas, reduzidas a seres que não pensam. Isso ocorrem de forma mais clara nas redes sociais, onde os ignorantes de plantão acusam, processam, julgam e condenam, como se fossem os donos da verdade. 

O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, surpreendido e vaiado por um grupo de manifestantes contrários ao governo, na cidade de São Paulo, disse: “Eu acho que passa um pouco do ponto, ou passa muito do ponto, do ponto de vista de se fazer imputações à honra de autoridades. As pessoas devem criticar. É legitimo que critiquem, que manifestem suas posições, mas há certas questões que são ofensivas, que atingem a imagem e a honra, acho que isso não se coloca de bom tom numa democracia que custamos tanto para conquistar”.

Pessoas que não conhecem a história, que não tem capacidade de discutir e entender o mínimo do processo político e administrativo, devem ter cuidado com o que dizem e o que fazem.

Uma coisa é certa, pessoas que não sabem ser oposição, não sabem respeitar os contrários, não entendem que não pode haver julgamento e condenação sem provas e sem o amplo direito a defesa e através da Justiça, são alienadas, reacionárias e colocam a nossa jovem democracia em risco. 

Questionar, se opor, manifestar sua contrariedade, apresentar proposta, é um direito que todo cidadão tem, sem esquecer que o meu direito termina onde começa o direito do outro.



Impasse fiscal exige acordo político


"O recuo da CPMF foi correto pois, diante do furor das reações, o governo estaria apenas cavando mais uma derrota política no Congresso. Mas sem os estimados R$ 80 bilhões que o tributo garantiria, não há como apresentar uma proposta sem déficit", diz a colunista Tereza Cruvinel, que prevê como consequência a perda do grau de investimento.

Segundo ela, "num país de elites responsáveis, teria chegado a hora do entendimento". Tereza argumenta que caberá ao Congresso encontrar uma solução para o rombo fiscal. "Politicamente seria muito ruim para o governo entregar o abacaxi para o Congresso descascar mas talvez possa vir por este caminho a construção de uma saída fiscal, quem sabe em torno da própria CPMF".

Enquanto Lula volta a voar, a Globo volta a bater

Considerando que o canal de televisão não pode ser contra este ou aquele governo ou partido e o fato de ser uma concessão do Estado, está na hora de colocar a Globo no seu devido lugar

No mesmo dia em que o ex-presidente Lula, ao lado do líder uruguaio José Pepe Mujica, abriu suas asas e disse que "voltou a voar", o grupo Globo, da família Marinho, apontou todas as suas armas contra ele. 

Na edição de ontem do Jornal Nacional, foram nada menos que seis minutos de reportagem, num tom claramente agressivo, que criminaliza as gestões de Lula para que o Brasil financiasse o Porto de Mariel, em Cuba, que foi construído pela Odebrecht.

Em entrevista a uma rádio mineira, Lula anunciou que concorrerá à presidência da República em 2018, caso seja necessário. Ele também mandou um recado aos adversários: “Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no galho. Se ele voar, fica difícil. Eu voltei a voar outra vez”. 

Em nota do Instituto Lula questiona os ataques da Globo.

Fonte: Brasil 247, 29/08/2015

Ouve, Senhor, meu clamor e minha oração!


Acusação contra Aécio: pau que bate em Chico bate em Francisco?

Acusação a Aécio Neves foi completamente ignorada pelos jornais

No caso de Aécio Neves, o silêncio da imprensa ensurdece

Na batalha de Itararé, confronto inexistente, em que se transformou sua sabatina no Senado, o procurador-geral Rodrigo Janotrecorreu a um surrado ditado para jurar isenção e senso republicano: “Pau que bate em Chico bate em Francisco”. Foi uma resposta às provocações inúteis do senadorFernando Collor, denunciado no escândalo da Petrobras por Janot, a quem chama de Janó.

Reconduzido a mais dois anos de mandato por 59 votos a 12, o procurador negou um acordão com o Palácio do Planalto para denunciar Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e assim liquidar uma pedra no sapato do governo. Na longa sessão, driblou a oposição, ainda em busca de elementos para tentar derrubar Dilma Rousseff, e escapou dos petistas que reclamaram da seletividade do Ministério Público nas denúncias, pois próceres oposicionistas implicados no esquema têm sido solenemente ignorados, caso do senador tucano Aécio Neves.

No dia anterior, em depoimento à CPI da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef voltara a afirmar que o presidenciável do PSDB recebia propina de Furnas, estatal do setor elétrico, conforme lhe relatara o falecido José Janene, ex-deputado do PP, compadre do contraventor e sócio no esquema. Youssef foi bem detalhista: seriam 150 mil reais por mês, repassados à irmã de Aécio Neves. É um relato muito mais preciso do que as referências ao ex-presidente Lula e a Dilma. Nesses casos, o doleiro afirmou acreditar que, dadas as circunstâncias e a magnitude da roubalheira, eles deveriam saber do esquema.

Ao menos em relação ao comportamento dos meios de comunicação, está provado: pau só dá mesmo em Chico, nunca em Francisco. Se as ilações contra Lula e Dilma mereceram extensa cobertura midiática às vésperas das eleições do ano passado, a acusação contra o tucano foi completamente ignorada pelos jornais. Silêncio ensurdecedor.

Fonte: Carta Capital, 29/08/2015

Globo ataca Lula, criminaliza suas ações, vive na Guerra Fria e inferniza o Brasil