domingo, 27 de abril de 2014

Maconha: Legal, controlada e útil

Até os EUA estão revendo a política de ‘guerra às drogas’ que hoje conflagra as grandes cidades brasileiras, diz socióloga 
 
Estadão, 26/04/2014, Ivan Marsiglia/O Estado de S. Paulo 
A socióloga Julita Lemgruber não defende a legalização de todas as drogas em busca da expansão da consciência, como alguns ativistas místicos, nem esgrime argumentos sobre a primazia da liberdade individual diante da opressão moral do Estado, como faz a revista britânica The Economist. Carioca, 67 anos e mãe de três filhos, a coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes toma essa posição por razões, diz, sobretudo práticas.
 
Legalização não seria ‘liberou geral’, mas algo semelhante ao que se fez com o tabaco
Ex-diretora-geral do sistema penitenciário fluminense entre 1991 e 1994, durante o segundo governo de Leonel Brizola, e ex-ouvidora de polícia do Estado do Rio de Janeiro, ela forjou suas convicções nessa experiência. "Quem conhece o sistema prisional de perto sabe que um terço de nossa população carcerária é composta de pequenos traficantes, a maioria réus primários, flagrados sem arma de fogo nem vinculações com organizações criminosas", afirma ela. Dentro da prisão – essa "maneira cara de tornar as pessoas piores", na definição do ex-ministro da Justiça inglês Thomas Hurd que ela gosta de citar – cursam a escola do crime e fazem sua "sindicalização" nas facções.

Na semana em que um confronto entre policiais e traficantes no Morro do Pavão-Pavãozinho vitimou um dançarino do programa de Regina Casé, provocando uma explosão de ira popular no Rio, e um simpósio internacional defendeu a liberação do uso da maconha medicinal em São Paulo, Julita Lemgruber conversou com o Aliás. Para a pesquisadora, é hora de o Brasil rever sua adesão à política da "guerra às drogas", como os próprios EUA têm feito, em troca de uma abordagem mais racional e pragmática do tema.

A discussão sobre a legalização das drogas entrou mesmo na pauta do País?
Acho que o tema vem ganhando importância não só no Brasil, mas no mundo inteiro, principalmente no que se refere à maconha. É importante ter claro que mesmo os Estados Unidos, que a partir dos anos 1970 levaram o mundo a essa nefasta "guerra às drogas", começam a se dar conta da estratégia equivocada que promoveram. A percepção desse fracasso vem se tornando cada vez mais clara para a população americana. Além dos 22 Estados que legalizaram o uso medicinal da maconha por lá, outros dois já permitem seu uso recreacional: Colorado e Washington. Quando os próprios EUA começam a mudar de rumo, vale a pena prestar atenção.

Como essa mudança de enfoque reverbera na América Latina, com destaque para o Uruguai, que legalizou a maconha?

De 2012 para cá, políticos latino-americanos importantes começaram a se pronunciar publicamente nessa direção. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o mexicano Ernesto Zedillo, o chileno Ricardo Lagos e o colombiano César Gaviria. E até presidentes ainda no poder, como o próprio José Mujica, Juan Manuel Santos, da Colômbia, e Otto Pérez Molina, da Guatemala. Eles começam a vir a público para dizer: "Há alguma coisa errada e precisamos rever essa política". Porque se os EUA são o país que mais consome substâncias ilícitas no mundo, a violência letal da guerra às drogas é terceirizada, sobretudo para a América Latina.

Quais são os efeitos colaterais dessa ‘política equivocada’ em relação às drogas?

Ela provoca enormes problemas, entre eles a violência e a corrupção. É um negócio que gera lucros fabulosos e, sendo ilegal, acaba corrompendo uma série de atores em todas as áreas da sociedade e do Estado, do Executivo ao Legislativo, da polícia ao sistema de Justiça criminal.

De que maneira sua experiência à frente do sistema penitenciário fluminense influiu nessa posição a favor da legalização?

O Brasil tem hoje a quarta maior população carcerária do mundo. Nosso número de presos simplesmente triplicou em 15 anos. Praticamente um terço desses presos responde por tráfico de drogas. E quem conhece de perto o sistema penitenciário sabe que quase todos são pequenos traficantes, sem nenhum poder na estrutura do tráfico, nem recursos para pagar um bom advogado. Pesquisas feitas no Rio e em Brasília mostraram que a maior parte desse contingente é de réus primários, presos em flagrante sem portar arma e sem vinculação com facções criminosas. Onde essa vinculação vai se dar? Depois, dentro da cadeia. É a velha máxima: eles entram para a universidade do crime. Como diz um ex-ministro da Justiça inglês (Thomas Hurd), "a prisão é uma maneira muito cara de tornar as pessoas piores".

A liberação da maconha pode aumentar a demanda e, por isso, a criminalidade?
Pelo contrário. Um estudo feito de 1990 a 2006 nos Estados americanos que legalizaram a maconha medicinal provou que em todos eles houve redução do índice de criminalidade. Principalmente de crimes contra a propriedade. No Colorado, que legalizou o uso recreacional, também houve redução. No Brasil, como a maconha é a droga ilícita mais consumida, sua legalização tiraria das mãos do tráfico grande parte de seu poder financeiro.

A sra. está dizendo que a flexibilização da repressão às drogas no Brasil teria efeitos positivos na segurança pública?

A política de segurança pública nos grandes centros urbanos do País está marcada pela estratégia da guerra às drogas, que acaba por provocar mais violência do que aquela que pretende combater. O Rio vive uma situação esdrúxula. De um lado, a política das UPPs e a proposta de implantação de um policiamento comunitário. De outro, os métodos de sempre: atira-se primeiro para perguntar depois. Além disso, muitas dessas áreas já estão contaminadas pela corrupção. A guerra fracassada ao tráfico deixa vítimas por todo o caminho. A última foi o dançarino Douglas Rafael da Silva, o DG, no Pavão-Pavãozinho. Morrem bandidos, moradores e policiais. Uma polícia que mata muito, morre muito. E as comunidades já começam a deixar clara sua indignação, indo para as ruas às centenas. Não venham me dizer que protestam "a mando do tráfico". Quem diz isso não quer encarar a realidade.

Falando do ponto de vista do usuário: há consenso na comunidade científica de que a maconha é menos prejudicial que o álcool?

Um estudo clássico do pesquisador britânico David Nutt, Drug Harms in the UK: A Multicriteria Decision Analysis, comparou os danos individuais e ao entorno – ou seja, ao meio social – causados por 20 tipos de drogas, lícitas e ilícitas. O resultado: numa escala de zero a 100, os danos causados pelo álcool chegam a 72; os da heroína a 55; do crack a 54; da cocaína a 27; do tabaco a 26; da maconha a 20; do ecstasy a 9; e do LSD a 7. Isso significa que todas as substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, causam algum tipo de dano, mas a que mais causa é uma lícita, o álcool. E veja que seu consumo no Brasil é amplamente admitido e estimulado, inclusive por campanhas publicitárias milionárias e frouxamente regulado. Isso num País que tem 16 milhões de dependentes de álcool e em que grande parte dos acidentes fatais de trânsito se dão porque havia alguém embriagado ao volante. Existe muita hipocrisia em torno do assunto.

E o argumento de que a maconha serve de ‘porta de entrada’ para drogas pesadas?

Não há nenhuma comprovação científica. Trata-se de um mantra repetido pelos proibicionistas que não tem qualquer amparo nos fatos. Ao contrário, o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz é que é o mercado ilegal de drogas e o contato com o traficante que expõe o usuário a drogas mais pesadas. Um trabalho do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, da Universidade Federal de São Paulo, mostrou que a maconha pode servir inclusive de "porta de saída" para usuários de crack. O que algumas pesquisas sugerem, isso sim, é uma correlação entre o consumo do álcool com o posterior uso de uma série de drogas hoje ilícitas.

Mesmo entre pais que fumaram maconha na juventude, é comum a preocupação sobre como tratar do tema com os filhos. Qual seria uma abordagem responsável?
Acho que cada pai deve avaliar o momento de discutir essas questões com seus filhos e, quando o fizer, deve ser absolutamente honesto. Não é possível ter uma postura de avestruz em casa e ignorar que os jovens estão expostos a todo tipo de droga no momento que saem de casa. A obrigação dos pais é esclarecer. O problema não é o uso, é o abuso da droga. No caso da maconha, menos de 10% dos usuários tornam-se dependentes.

Desde 2006 o Brasil não tem pena de prisão para quem consome drogas, mas a lei é ambígua. Além disso, o plantio de maconha em casa, mesmo em pequenas quantidades, pode ser tipificado como tráfico. É um erro?

Diz o artigo 28 da Lei 11.343: "Para determinar se a droga destina-se a consumo pessoal o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais…". O exame das tais "circunstâncias sociais" virou uma brecha para a criminalização de jovens pobres e negros, enquanto outros, com "melhores circunstâncias" enquadram-se como usuários e não são presos. A proibição do plantio é outra coisa a se discutir, pois obriga o usuário a recorrer a um traficante.

O Brasil caminha para a legalização ou maior repressão?

O Brasil vive hoje uma situação esquizofrênica. Há uma proposta de legalização da maconha nos moldes do que foi feito no Uruguai, de autoria do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), tramitando no Congresso. Espero que seja debatida com seriedade e aprovada. Mas tramita também na Casa uma reforma da lei de drogas do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) que, se aprovada, tornará a pena para o tráfico maior que a de homicídio. É um momento delicado, em que a questão pode se encaminhar para uma abordagem mais racional ou desaguar no recrudescimento da legislação.

Como a legalização ocorreria na prática? O consumo seria permitido em lugares públicos? O processo é paulatino, primeiro a maconha, depois outras drogas?

Legalizar não é "liberar geral" nem incentivar o uso de drogas. Pelo contrário, é possibilitar que elas sejam reguladas, taxadas, controladas. Um bom exemplo é o do tabaco, alvo de uma das políticas de saúde pública mais bem-sucedidas do Brasil. Com campanhas educativas, proibição da publicidade, restrição dos espaços para o fumo e alertas nos maços, o País obteve resultados impressionantes: segundo o Ministério da Saúde, entre 1980 e 2010, o número de fumantes caiu 65%. Proibir a venda de cigarros teria o mesmo efeito? Seguramente não. A interdição estimularia a formação de grupos criminosos, a corrução de policiais e juízes para acobertar o negócio, gangues armadas para disputar pontos de venda. Como na Chicago da Lei Seca. O princípio da legalização é o estabelecimento de regras: limite de idade para venda, definição de locais para o consumo, etc. Esse é um tema que precisa ser debatido pela sociedade para que ultrapassemos os preconceitos. É uma ilusão imaginar um mundo sem drogas. Elas sempre existiram e vão continuar existindo – e é bom que a gente aprenda a lidar com elas de forma a reduzir seus danos, principalmente, no caso de usuários problemáticos que são um porcentual muito pequeno do conjunto de pessoas que usa drogas, lícitas ou ilícitas.

Julita Lemgruber é socióloga/Coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes

sábado, 26 de abril de 2014

Saiu do armário: anúncio de casamento de Jodie Foster com fotógrafa surpreendeu Hollywood

Durante anos, a sexualidade da atriz era um segredo da indústria cinematográfica
 
Correio Braziliense, 26/04/2014
Jodie Foster surpreendeu ao anunciar o casamento com a fotógrafa Alexandra Hedison

A notícia do casamento de Jodie Foster. 51 anos, com a fotógrafa Alexandra Hedison, 44, anunciado nesta semana, surpreendeu Hollywood. Apesar da atriz, vencedora do Oscar por duas vezes (O silêncio dos inocentes e Acusados), ser homossexual assumida, a oficialização da união foi umas informações mais comentadas dos últimos dias.

A vida pessoal de Jodie Foster sempre foi discreta. Embora pessoas próximas à atriz soubessem da orientação sexual, ela sofria críticas por não ter reconhecido a relação de 20 anos com Cydney Bernard - produtora e companheira, com a que teve dois filhos, Charles e Kit. A estrela também nunca utilizava as palavras lésbica ou gay para definir a sexualidade.

Foi durante a cerimônia de entrega do Globo de Ouro que a atriz aproveitou para confirmar a notícia que era mantida em segredo dentro da indústria."Faz milhares de anos que saí do armário", disse.

De acordo com amigos da atriz, ela e Alexandra se conheceram há menos de um ano e a paixão foi fulminante. Alexandra Hedison trabalhou como atriz na série The L world, que acompanhava a rotina de um grupo de lésbicas.

...Entre escolhas e consequências!

Cuidado! Ficha Suja, não!

  
Este ano haverá eleições para deputado estadual, deputado federal, governador, senador e presidente da República e como o voto no Brasil é obrigatório, você certamente votará.

Recentemente, depois da coleta de milhões de assinaturas, foi aprovada a Lei da Ficha Limpa, mas isso não basta. é preciso que você colabore para que as eleições sejam realmente limpas e ao poucos, possamos ter candidatos eleitos nas diversas esferas do poder, identificados com os interesses da sociedade.

Antes das convenções partidárias a Justiça Eleitoral vai apresentar a relação de pessoas que são "fichas sujas" e que, portanto, não podem concorrer as eleições e este blog vai fazer a divulgação.

Abra os olhos!

Seja forte! Continue sua caminhada!

A paz da consciência




Comissão pede rigor na apuração da morte de torturador confesso

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) solicitou reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir “urgência e máximo rigor” na apuração da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães. Ele foi encontrado na chácara onde morava, no Rio de Janeiro, na sexta-feira, com sinais de asfixia.

Malhães ficou conhecido nacionalmente por ter confessado à Comissão Nacional da Verdade ter torturado e assassinado presos políticos durante a ditadura (1964–1985). As denúncias ocorreram há cerca de um mês.
 
A presidente da CDH, Ana Rita (PT-ES), disse que a investigação deve ser rigorosa para que “não prevaleçam dúvidas quanto à autoria e circunstâncias do crime”.
(Com informações da assessoria da CDH)

Senado deve pautar regras para criação de novos municípios, na próxima semana

É grande a expectativa em torno dessa matéria

Na próxima semana, os senadores poderão analisar o Projeto de Lei do Senado (PLS) 104/2014, com regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, que está em regime de urgência e por isso também tem prioridade.

O projeto sobre novos municípios, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), é uma alternativa a proposta anterior (PLS 98/2002 — Complementar) integralmente vetada pela presidente Dilma Rousseff em outubro de 2013. A principal diferença é o aumento no número mínimo de habitantes que uma nova cidade deve ter. Para as Regiões Sul e Sudeste, passou de 12 mil para 15 mil habitantes. No Nordeste, é de 8,5 mil. No Centro-Oeste, 6,5 mil. No Norte, porém, está prevista uma redução de 6 mil para 5 mil habitantes.

O relator, Valdir Raupp (PMDB-RO), explicou que havia perspectiva de criação de muitas pequenas cidades, dividindo ainda mais os recursos do Fundo de Participação dos Municípios e reduzindo as verbas das cidades já existentes, com prejuízos na prestação de serviços.

 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Pressionado a renunciar, André Vargas pede desfiliação do PT

Brasília – Pressionado pelo PT a renunciar ao mandato e evitar danos à campanha da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal licenciado André Vargas (PR) pediu nesta sexta-feira, 25, sua desfiliação do partido. A justificativa do parlamentar, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, é que o desligamento do PT permitirá que ele invista em sua defesa no Conselho de Ética da Casa, onde responde a um processo por quebra de decoro parlamentar.

A gota d’água para que Vargas tomasse a decisão de deixar o PT, no entanto, foram os danos causados à campanha do candidato petista ao governo de São Paulo, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. Nesta sexta, o Estado revelou que um relatório da operação Lava Jato, da PF, sugeriu que Padilha indicou o executivo Marcus Cezar Ferreira de Moura ao Labogen, laboratório controlado por Youssef. À época, a empresa tentava obter um contrato milionário com a pasta, que não chegou a ser assinado. “Não quero prejudicar Padilha, que é meu amigo”, afirmou Vargas em conversas reservadas.

Na terça-feira, 22, o presidente do PT, Rui Falcão, pediu a Vargas que renunciasse ao mandato para não prejudicar as campanhas da presidente Dilma Rousseff, de Padilha, e da senadora Gleisi Hoffmann ao governo paranaense.

Falcão disse ao deputado que, se ele não renunciasse, seria expulso pela Comissão de Ética do PT. Em resposta, aliados de Vargas chegaram a afirmar que na sigla não existe “rito sumário”. No PT, as previsões davam como certa a expulsão do deputado licenciado na Comissão de Ética. 

Vargas encaminhou carta de desfiliação ao diretório municipal de Londrina na manhã desta sexta.

Na nota, o deputado ressalta que passou 24 anos no PT e agradece a oportunidade de “servir” ao Paraná e ao Brasil. “Confio na isenção, imparcialidade e tratamento isonômico da Câmara em relação ao meu caso, reafirmando a minha crença na Democracia e no Estado de Direito”, finaliza.
 
Fonte: Estadão, 25/04/14

Comparando, pensando e entendendo que...

Nestor Cerveró não chamou a Presidente Dilma de mentirosa. O que ele disse foi que a compra da refinaria foi um bom negócio e, a Dilma, ao que parece, muito mal informada, disse que desconhecia duas cláusulas envolvidas no negócio, que, aliás, o Cerveró afirmou que tais cláusulas, comuns nesse tipo de transações, não eram prejudiciais.

E, ao contrário do que a grande imprensa alardeia, vários outros executivos, como Sérgio Gabriele (presidente da Petrobras à época), Fábio Barbosa (executivo do Grupo Abril, que edita a Veja), Jorge Gerdau (presidente da Siderúrgica Gerdau), dizem que a compra da refinaria foi um bom negócio.

Quem confia na Rede Globo, uma empresa envolvida em sonegação fiscal de R$ 700 milhões, corrupta, portanto, está fadado a se alienar completamente da realidade brasileira. E se você fala de dinheiro do BNDES em obras no exterior (Cuba, Nicarágua, Uruguai etc.), que tal falar também que este mesmo BNDES emprestou dinheiro público para empresas privadas, como a Globo para abrir emissora na Itália e as empresas que compraram a Vale, vendida por R$ 3,2 bilhões, mas valia R$ 100 bilhões. Isto, sim, foi um enorme assalto aos cofres públicos, não a Petrobras, cujo patrimônio, em 2002, girava em torno de R$ 15 bilhões e, hoje, vale R$ 180 bilhões, apesar da crise mundial.

O povo precisa conhecer a verdade, não o que a imprensa golpista costuma noticiar em benefício próprio e de outros grupos empresariais riquíssimos que assaltam nosso país impondo todo tipo de miséria, com o desemprego em alta a enormes contingentes da população economicamente ativa. 
 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Valoriza as pessoas com as quais convive

Educação requer mais dinheiro e melhor gestão


Convidados da comissão temporária que trata do financiamento do setor defendem também turno integral e melhor formação dos professores
 
Além de elevar o volume de recursos para a educação, é igualmente importante melhorar a gestão da área. Essa foi uma das conclusões dos convidados da audiência pública promovida pela comissão temporária criada para propor soluções para o financiamento da educação.

Priorizar a formação e a carreira do professor e envolver os pais no processo educacional também foram sugestões dos participantes.

Antonio Jacinto Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social, relacionou os bons resultados das notas escolares à melhoria de renda do aluno e à redução das desigualdades.

Ele defendeu mais articulação entre as secretarias municipais e estaduais de Educação com o governo federal e setores da sociedade para a elaboração de políticas para a área. Uma das propostas é aumentar o investimento na educação integral.

Financiamento


Especialista em finanças públicas, Raul Velloso apontou os gastos com funcionalismo, previdência e assistência social como os que consomem boa parte do Orçamento do país. Com a carga tributária que também sufoca a economia nacional, ele chama a atenção para a insustentabilidade das contas públicas e prevê muita dificuldade para investir mais em educação se não houver grandes reformas.

Nelson Cardoso Amaral, representante da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação, também considera a dinâmica populacional, a distribuição de renda e o crescimento econômico como essenciais para aumentar o volume de recursos.

— É necessário que seja dado esse salto financeiro para que a gente possa exigir da educação brasileira uma competitividade — disse.

Marta Teresa da Silva Arretche, professora do Departamento de Ciência Política da USP, lembrou que novas fontes de recursos com tributação, caso de impostos e taxações como a CPMF, requerem antes aumento na credibilidade da educação pública. Ela citou como exemplo a melhoria gradual no desempenho dos alunos da rede municipal.

— Para além da questão do financiamento, que é importante e estratégica, é necessário entendermos melhor quais são os mecanismos que estão produzindo o fracasso ou o bom resultado escolar — afirmou.

Federalização

A proposta de federalização da educação de Cristovam Buarque (PDT-DF), relator da comissão, dividiu a opinião dos debatedores. O senador defende a transição do atual sistema para um novo em 20 ou 30 anos. Com recursos federais, de 6,6% do PIB, ele prevê um salário de R$ 9,5 mil para os professores.

Jornal do Senado, 24/04/14

País recicla apenas 3% dos reaíduos sólidos urbanos


e, mesmo assim, graças ao esforço de catadores. Segundo dados apresentados em audiência, um terço de todo o lixo urbano é potencialmente reciclável

Apenas 3% dos resíduos sólidos produzidos nas cidades brasileiras são reciclados, apesar de um terço de todo o lixo urbano ser potencialmente reaproveitável. E essa reciclagem só é viabilizada pelo esforço de catadores, que enfrentam falta de apoio do poder público e desconhecimento da população. A situação foi apresentada em debate na Subcomissão Temporária de Resíduos Sólidos, ligada à Comissão de Meio Ambiente (CMA).

Segundo Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o país produz 63 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, sendo o quinto maior gerador de lixo urbano. O brasileiro produz 383 quilos de lixo per capita ao ano, volume que cresceu 21% nos últimos dez anos, enquanto a população brasileira aumentou 9,6% no período. Carlos Roberto informou que 60% dos municípios têm “alguma iniciativa” de coleta seletiva.

— Isso não significa que tenham coleta seletiva em todo o território ou que tenham programa formalizado porta a porta, apenas que o município está aberto ao tema — disse.

Ronei Alves, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, disse que o material proveniente da coleta seletiva em Brasília é despejado em lixões e lá os catadores fazem a coleta a céu aberto e sem estrutura adequada.

— Coleta seletiva não é só pintar o caminhão de verde. É a população separar seus resíduos em casa e, em dias alternados, recolher os secos e os orgânicos, destinar os perigosos para pontos de coleta específicos. Infelizmente, isso não acontece — lamentou.

Esclarecimento
Carlos Roberto sugeriu programas permanentes de esclarecimento e incentivos à separação do lixo, punições para descarte de materiais recicláveis no sistema regular de limpeza urbana e taxa para coleta proporcional à geração de resíduos.
 
A representante do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, apontou a necessidade de integração dos envolvidos na logística reversa, que é “a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para o reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. Ela aponta como corresponsáveis os consumidores, os fabricantes e comerciantes, o orgão público responsável e os catadores. José Antônio da Motta Ribeiro, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), informou que há no país cerca de 500 mil catadores de recicláveis, mas apenas 10% deles participam de alguma das
1,1 mil associações existentes.

Ao final do debate, foi aprovado requerimento de audiência pública sobre o custeio da política de logística reversa e a tributação no setor de resíduos sólidos.


Jornal do Senado, 24/04/14

Projeto fixa regras para desmonte de carros

Senado aprova regulamentação para desmontagem de veículos. Objetivo do projeto é ajudar a combater furtos e roubos de carros e de peças. O veículo só poderá ser desmontado com certidão de baixa

Pelo projeto, empresas de desmontagem devem ter dedicação exclusiva e estar registradas nos órgãos de trânsito Foto: José CruzUm projeto que disciplina a desmontagem de veículos e pode ajudar a combater o furto e o roubo de carros foi aprovado ontem no Senado. O PLC 38/2013, do deputado Armando Vergílio (SDD-GO), estabelece conceitos de desmontagem, de empresa de desmontagem e fixa regras para o exercício dessa atividade. Segundo a proposta, as empresas do setor devem se dedicar exclusivamente à atividade de desmontagem. Têm ainda que estar registradas nos órgãos estaduais de trânsito.

A oferta e a apresentação de peças devem assegurar ao comprador informações claras e suficientes sobre a procedência e condições do produto. O projeto estabelece que um carro só poderá ser desmontado depois de expedida a certidão de baixa do registro (emitida pelo Detran quando o veículo é considerado irrecuperável).

Está prevista também a criação de um banco nacional de dados sobre os carros ­desmontados, as atividades exercidas pelas empresas do setor e sobre as peças ou os conjuntos destinados à reposição. A proposta cobra ainda o registro das peças que virarem sucata. A implementação, gestão e alimentação desse banco de dados será responsabilidade do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que terá também a função de disciplinar os critérios para a verificação das condições das peças usadas, os requisitos de segurança e a lista das peças que não podem ser usadas para reposição.

Se o projeto for sancionado e virar lei, as regras vão entrar em vigor um ano após a publicação. As empresas terão que se adequar à nova lei em até três meses. Também ontem, antes de ir para Plenário, a matéria foi aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e ­Cidadania (CCJ).

Jornal do Senado, 24/04/14

Senado aprova indenização para soldados da borracha

Trabalhadores dos seringais da Amazônia durante a 2ª Guerra Mundial serão indenizados em pagamento único de R$ 25 mil reais. Pensão mensal continuará sendo de dois salários mínimos
 
O Plenário aprovou ontem, em dois turnos, uma indenização de R$ 25 mil, em pagamento único, para os soldados da borracha — trabalhadores que durante a 2ª Guerra Mundial foram recrutados pelo governo para extrair seringa na Amazônia. Uma pensão vitalícia de dois salários mínimos será mantida. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 61/2013 segue para promulgação do Congresso.

Dos cerca de 55 mil soldados da borracha, apenas 5.879 estão vivos. A indenização poderá ser recebida também pelos dependentes, totalizando cerca de 12 mil beneficiários.

Com promessa de melhor qualidade de vida, os soldados da borracha foram recrutados — a maioria no Nordeste — pelo Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia. Segundo Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), mais da metade morreu devido às péssimas condições de trabalho. A borracha produzida era enviada aos Estados Unidos e usada nos equipamentos dos Aliados para a guerra contra as forças do Eixo.
 
Sérgio Petecão (PSD-AC) votou a favor da proposta, mas argumentou que não se trata de uma vitória dos soldados da borracha. Para ele, a justiça seria mesmo feita se a pensão mensal passasse a ser de sete salários mínimos.

— O povo do Acre esperava muito mais. Esperávamos que fosse reconhecido o trabalho desses verdadeiros guerreiros que dedicaram toda a vida pela região amazônica — afirmou.

Mário Couto (PSDB-PA) fez coro com Petecão na defesa de uma pensão maior para os soldados da borracha. Para ele, a proposta não reconheceu a bravura, a honestidade e o respeito merecidos por esses brasileiros.
 
Vanessa considera que a aprovação da PEC é uma conquista importante para milhares de brasileiros.

— Só diz que isso não é uma vitória quem nunca conversou com um soldado da borracha — afirmou a senadora, em apoio ao relatório de Anibal Diniz (PT-AC).

Jornal do Senado, 24/04/14

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A tecnologia perdeu para um garimpeiro

A queda do avião bimotor da Jotan nas proximidades de Jacareacanga, no Pará, deixa muitas duvidas sobre a tecnologia avançada existente no Brasil. Neste caso, várias tecnologias e mecanismos foram usados para tentar localizar a aeronave, todas sem sucesso, pois quem encontrou o avião foi o garimpeiro Fausto Pereira da Silva (foto), que procurava ouro à aproximadamente 30 quilômetros da cidade de Jacareacanga, rumo a Itaituba. 
Foram mais de 30 dias de buscas com helicópteros e até com avião que possui detectador de metal, chegando a localizar restos de uma aeronave que havia caído há mais de 20 anos naquela região de garimpo. 
Outro fato que tem que ser lembrado é a existência em Jacareacanga do Projeto SIVAM, que até hoje ninguém sabe qual sua finalidade, uma vez que o seu objetivo seria vigiar o espaço aéreo da fronteira do Brasil, mas que em momento algum detectou em seu sistema (radares) o avião bimotor da Jotan que chegou a sobrevoar a área por mais de 10 minutos antes de cair. Se as pessoas que estão ou estavam dentro deste avião, precisassem de atendimento urgente morreriam ou morreram sem assistência, já que somente agora, a aeronave foi encontrada. É a pergunta que fazemos, nossa tecnologia não funcionou para localizar o avião da Jotan.
 
Nossa felicidade, claro que gostaríamos que todos os ocupantes estivessem vivos, foi um herói e anônimo garimpeiro ter encontrado o avião, se não até quando a tecnologia ia fazer ou suspender as buscas sem localizar a aeronave?
 
Ficou provado que a tecnologia perdeu para a experiência, coragem e força de vontade destes humildes homens chamados de “GARIMPEIROS” que exploram nossas matas a procura do sustento de suas famílias e mesmo assim são tratados como bandidos.   
Não podemos deixar de reconhecer e agradecer o empenho e dedicação dos munícipes indígenas e não indígenas de Jacareacanga que nesses 36 dias não mediram esforços em se embrenharem naquelas matas a procura do avião e possíveis sobreviventes, os servidores do DSEI Rio Tapajós e toda sociedade Itaitubense que contribuíram para que as buscas não parassem. Por fim agradecemos a DEUS que deu forças aos familiares e seus colegas de trabalho para suportar tamanha espera e dor. 
Fonte: Blog do Peninha, 23/04/14

STF determina instalação imediata da CPI 'exclusiva' da Petrobrás

Na decisão que atende aos pedidos feitos pela oposição, ministra Rosa Weber ordena a suspensão da discussão em plenário sobre a abrangência da comissão parlamentar


Brasília - A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber determinou na noite desta quarta-feria, 23, a instalação imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigação exclusiva das suspeitas de irregularidades envolvendo negócios da Petrobrás.

Weber ainda determinou que, até que o mérito da ação seja julgado, que o Senado suspenda a discussão em plenário da abrangência da CPI. A ministra ainda rejeitou o pedido de liminar feito pelo PT para que impedisse a instalação da CPI exclusiva.

A decisão da ministra é liminar. O mérito da ação ainda será julgada pelo plenário do Supremo, mas ainda não há data definida para isso acontecer.

Confira trecho da decisão:

"(...) defiro em parte a liminar , sem prejuízo, por óbvio, da definição, no momento oportuno, pelo Plenário desta Suprema Corte, da cognoscibilidade da presente ação mandamental e de seu mérito, e até que tal ocorra, para suspender o ato impugnado, no que implica submeter à deliberação da maioria do Senado o requerimento da CPI da minoria, a despeito do aparente cumprimento dos requisitos constitucionais, e para determinar que a CPI seja implementada não com o objeto alargado do RQS nº 303, de 2014, e sim com o objeto restrito proposto no RQS nº 302, de 2014, de que signatários os impetrantes. Notifique-se a autoridade apontada como coatora para que preste informações, em dez dias (arts. 7º, I, da Lei 12.016/09 e 203 do RISTF). Cientifique-se a AGU (art. 7º, II, da Lei 12.016/09). Após, vista ao Ministério Público Federal (arts. 12, caput , da Lei 12.016/09 e 205 do RISTF). Publique-se. Brasília, 23 de abril de 2.014 (22 h)"

Fonte: Msn, 23/04/14

1 em cada 5 professores de 6° a 9° ano não fez curso superior

Cristiane Capuchinho/Do UOL, em São Paulo 23/04/201405h00


Alex Almeida/Folhapress

       Em 2013, 21,5% dos professores brasileiros que davam aulas nos anos finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano) não fizeram ensino superior. Dos profissionais em sala de aula nessa fase de ensino, 35,4% não são habilitados para dar aula --ou seja, não fizeram licenciatura. Os dados são do Censo Escolar e foram compilados pela ONG Todos pela Educação.

No ensino médio, 22,1% dos professores brasileiros não fizeram licenciatura. São administradores, advogados ou profissionais com alguma formação de ensino superior que estão na escola dando aulas de física, química, matemática e educação física, entre outras.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, todos os docentes de ensino fundamental e médio deveriam ter diploma de ensino superior em pedagogia ou uma licenciatura para estar em sala de aula. No entanto, o Brasil ainda não conseguiu superar o déficit de formação do professorado.

Professor no Brasil
Má formação dos professores atrapalha educação brasileira
Licenciaturas não formam professores profissionais, afirma pesquisadora
Veja o que os governos estaduais e federal podem fazer pelo professor
Professores do Estado de SP relatam situação 'humilhante' para pegar aulas
Salário varia entre menos que o piso e padrão finlandês

"Não temos professores formados em quantidade suficiente em várias áreas, principalmente em física, química, artes. Os cursos se concentram nas grandes cidades, embora, os cursos superiores de educação a distância estejam contribuindo com a formação de professores em cidades do interior", aponta Bertha do Valle, pesquisadora da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

A dificuldade em encontrar professores com formação adequada é um misto entre falta de profissionais nos lugares em que são necessários, baixa atratividade da profissão e dificuldades dos professores nas salas de aulas se especializarem.

Apesar da criação de programas de incentivo à formação dos professores, como cursos de licenciatura a distância da UAB (Universidade Aberta do Brasil) ou bolsas de curso superior específicas para quem quer se tornar professor, especialistas consideram que ainda falta uma política coordenada.

"Existe o curso, mas o professor que está em sala não é liberado de suas aulas para fazer a licenciatura. Ele tem que se desdobrar e nem sempre consegue fazer os dois, sobretudo em municípios mais afastados", destaca Bernadete Gatti, que pesquisa a formação docente na Fundação Carlos Chagas.

Serra do Cachimbo gera polêmica em debate


Agricultores e órgãos de preservação do meio ambiente divergem sobre projeto que transforma reserva biológica no Pará em parque nacional e área de preservação ambiental

Jornal do Senado, 23/04/2014 - Meio ambiente
 
Enquanto agricultores do Pará apoiam o projeto (PLS 258/2009) de Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que transforma a Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo em modalidade de conservação que permite o turismo e outras atividades, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) defendem a manutenção da destinação original da área.

O assunto foi discutido ontem na Comissão de Meio Ambiente (CMA). O projeto divide a reserva, localizada no oeste do Pará, em Parque Nacional Nascentes da Serra do Cachimbo e Área de Proteção Ambiental Vale do XV.

Os agricultores da Associação de Produtores do Vale do XV argumentam que já ocupavam as terras quando foi feita a demarcação da reserva, em 2005. As terras agora devem ser desapropriadas, pois uma reserva biológica não permite propriedade privada nem uso dos recursos. Os agricultores defendem o projeto porque parques nacionais podem receber turistas e áreas de proteção ambiental podem desenvolver atividades econômicas sustentáveis e com proteção da biodiversidade.

Fábio Barbosa, presidente da associação, disse que a reserva e outras unidades de conservação na região foram usadas como moeda de troca para a pavimentação da BR-163.

— Tínhamos um sonho de ver a pavimentação da BR-163, de desenvolver nossa região, mas isso se tornou pesadelo, pois agora somos obrigados a sair da nossa propriedade.

Roberto Vizentin, presidente do ICMBio, reconheceu que as famílias foram levadas à região por programas de ocupação do poder público. Se há justificativa técnica e científica para a criação da reserva, disse, o governo deve indenizar essa população. Ele teme que a mudança na Serra do Cachimbo abra precedente para reversão de outras unidades.

O ICMBio emitiu parecer contrário ao projeto, por considerar que as áreas da Reserva Nascentes da Serra do Cachimbo, pela composição de solo, topografia e suscetibilidade à erosão, precisam ser protegidas. Para ele, seria um erro permitir atividade econômica.

Paulo Barreto, do Imazon, manifestou preocupação com o aumento do desmatamento, caso a área deixe de ser uma reserva biológica. Ele informou que uma área equivalente à do território de Alagoas foi desmatada no Pará, entre 1995 e 2013, e outros 2,4 milhões de hectares poderão ser abertos, caso sejam aprovados o projeto de Flexa e outras propostas. Barreto lembrou que a redução do desmatamento na Amazônia foi acompanhada de crescimento da produção agropecuária, indicando que a preservação da floresta não impede o agronegócio.

O engenheiro florestal Ederson Zanetti afirmou que a população que vive na região está disposta a se ajustar às demandas do governo, fazendo a recuperação das áreas degradadas para produção sustentável e a proteção das áreas ainda florestadas.

Achado avião desaparecido em Jacareacanga

 (Foto: Reprodução/DOL)

Foi achado por volta das 17h desta terça-feira (22) o avião que havia desaparecido no município de Jacareacanga, sudoeste do Estado, há mais de um mês. A aeronave foi achada a cerca de 40 km da cidade, em uma área de mata fechada, próxima a vicinal do Jaburu. Não há sobreviventes.


 Avião caiu de bico num pântano Foto de Wálter Tertulino (Facebook)

A aeronave foi encontrada por um garimpeiro, que avisou a  FAB - Força Aérea Brasileira, responsável direta pelas buscas do bimotor no município.

O avião desapareceu no último dia 18 de março, após decolar do município de Itaituba, por volta das 11h40. Pouco mais de uma hora de voo ele desapareceu.

No avião, além do piloto, havia um motorista e três técnicos de enfermagem. As vítimas foram identificadas como Rayline Sabrina Brito Campos, Luciney Aguiar de Sousa, Raimunda Lúcia da Silva Costa, um homem identificado apenas por Ary, além de Luiz Feltrin (piloto).

Fonte: DOL, 22/04/14

terça-feira, 22 de abril de 2014

PT ameaça André Vargas de expulsão caso ele não renuncie ao cargo

Em resposta, deputado licenciado desafia a cúpula petista afirmando que permanece no cargo 'até o fim' e diz que fará o sucessor na vice-presidência da Câmara

Atualizado: 22/04/2014 18:18 | Por Vera Rosa, estadao.com.br

Brasília - Em reunião ocorrida em Brasília na manhã desta terça-feira, 21, dirigentes do PT avisaram o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) que, se ele não renunciar ao mandato, será expulso do partido. Vargas resistiu e desafiou a cúpula petista. "Não renuncio. Agora vou até o fim e vou fazer o meu sucessor na vice-presidência da Câmara", afirmou, numa referência ao deputado Luiz Sérgio (RJ).

O presidente do PT, Rui Falcão, disse a Vargas que as denúncias de irregularidades envolvendo o nome dele desgastam ainda mais a imagem do partido, já abalada com o escândalo do mensalão. "Você já deveria ter renunciado para evitar tudo isso", afirmou Falcão, em tom duro.

A reunião, na sede do PT, foi marcada pela tensão. A portas fechadas, o presidente do PT pediu a Vargas que abra mão do mandato para não prejudicar o partido e as campanhas eleitorais de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo; de Gleisi Hoffmann à sucessão no Paraná e da própria presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.

Diante da resistência de Vargas - que levou para a reunião os deputados José Mentor (SP) e Luiz Sérgio (RJ) -, dirigentes petistas deixaram claro não haver dúvida sobre sua expulsão do PT, uma vez que o caso já está com a Comissão de Ética da legenda.

Vargas também é alvo de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que investiga suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, por suspeitas de lavagem de dinheiro e outros crimes.

"Nós sabemos que você não vai conseguir sustentar sua versão dos fatos no Conselho de Ética e no plenário da Câmara", disse Falcão a Vargas. "Ele tem o direito de se defender e nós vamos ajudá-lo", rebateu Mentor.

Nos bastidores do partido e do governo, Luiz Sérgio, Mentor e o deputado Cândido Vaccarezza (SP) são chamados de "tropa de choque" de Vargas.

Protelação. A pedido do deputado licenciado, o petista José Geraldo (PA) apresentou, na tarde desta terça, pedido de vista no processo disciplinar contra o ex-vice-presidente da Câmara. Com a manobra, ele conseguiu ganhar tempo e adiar a análise do caso para o dia 29.

Pressionado pelo PT e por ministros, Vargas só renunciou até agora à vice-presidência da Câmara. Integrante da corrente "Construindo um Novo Brasil", majoritária no partido, ele está disposto a fazer de Luiz Sérgio o seu sucessor, desafiando o grupo de Rui Falcão, que prefere no cargo o deputado José Guimarães (PT-CE).

Ainda nesta terça, Falcão fará relato da conversa com Vargas à presidente Dilma, com quem se reunirá à noite, no Palácio da Alvorada, juntamente com outros coordenadores da campanha.

Para o líder do PT na Câmara, Vicente Paulo da Silva (SP), o Vicentinho, Vargas está cometendo um "grande erro" ao expor o partido, o governo e seus candidatos. "Ele vai ficar sangrando em praça pública", disse Vicentinho, que também participou da reunião de hoje com Vargas. "Esperamos que ele volte atrás."

Defendendo a Petrobrás

A parte da imprensa que serve à oposição se encarregou de transformar a compra de Pasadena num escândalo com um massacre midiático inimaginável

Ultimamente muitas notícias sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás, se constituíram em verdadeiros ataques que estão sendo articulados de fora do Brasil e tem aqui, boa parte da imprensa como aliada e aqueles que fazem oposição ao governo, a partir de manipulação grosseira de dados e informações, com o objetivo único de desgastar politicamente a presidenta Dilma, visando ganhar a disputa eleitoral para presidente da República, neste ano e, depois, privatizar a maior empresa nacional estatal do mundo no ramo petrolífero.

Por trás dessas noticias plantadas estão as grandes petroleiras mundiais que não se conformam em ver o Brasil ter o controle efetivo de uma riqueza incomensurável. Todos os documentos que envolvem a negociação das ações da refinaria de Pasadena são públicos, disponíveis em bolsas de valores internacionais, passíveis de auditorias por instituições que controlam negociações no mercado. As informações detalhadas estão ao alcance de todos em : Apresentação de José Sérgio Gabriele

A negociação foi um bom negócio para a Petrobras e era uma vontade do Brasil desde o governo do ex-presidente FHC, em 1999. O negócio foi fechado devido a estagnação do mercado brasileiro de gasolina e diesel desde 1996 até 2007. A última refinaria construída no Brasil era de 1980, a de São José dos Campos. Em 2002, a Petrobras valia R$ 15 bilhões. Hoje, mesmo depois da crise, vale R$ 184 bilhões. Hoje a Petrobrás é a única empresa no mundo que detém a tecnologia de perfuração da camada Pré-Sal e despertou interesses de mega-petroleiras internacionais, mega-bancos, e dos maiores fundos de pensão dos EUA, abarrotados de dólares, que buscam negócios mundo a fora.

Fonte: Artigo de Newton Lima, 14/04/2014, no jornal Brasil 247 

O crime organizado está em ação



Terça-feira (22.abr.2014) - Ao menos 30 ônibus da empresa Urubupungá são incendiados na garagem, em Osasco, na grande São Paulo, durante a madrugada. De acordo com a rádio CBN, suspeitos teriam rendido os seguranças da empresa e derramado gasolina nos veículos para incendiá-los. Segundo a PM, não houve feridos. A empresa informou que as operações seguem normalmente nesta terça-feira, sem alteração nas linhas Edison Temoteo.

Ontem, em postagem intitulada: " Estamos caminhando para a barbárie", neste blog, disse que uma boa parte dos 326 ônibus incendiados neste ano, agora 356, é responsabilidade direta do crime organizado.

Por que o crime organizado está respondendo assim? Justamente porque nunca foi reprimido como hoje. Seus chefões estão nos presídios. Parte de seus integrantes está sendo assassinada nos confrontos diretos com a polícia. É inegável que os chefões presos dão ordens, mas pior seria se eles estivessem em liberdade.

Por que o crime organizado se contrapõe neste momento político? Porque entendem a população vai se revoltar contra o governo e dará a resposta nas eleições; que a troca de partido, de comando no governo, vai beneficiá-los. Eu, entendo que independentemente de quem seja eleito, o combate ao crime tem que continuar; que as polícias vão continuar a cumprir o seus papéis institucionais. Portanto, apostar nessa direção é "chover no molhado".

Com informações e foto do bol, 22/04/14