terça-feira, 11 de novembro de 2025

Unicef diz que Israel está bloqueando 1 milhão de seringas necessárias para vacinar crianças de Gaza

MUNDO

Unicef lançou a primeira de três rodadas de imunizações de recuperação no domingo para atingir mais de 40.000 crianças menores de três anos

Brasil 247,11 de novembro de 2025, 10:08 h

Crianças palestinas em Gaza (Foto: Reprodução/Vatican News)

Conteúdo postado por Paulo Emilio

O Unicef diz que Israel está bloqueando 1 milhão de seringas necessárias para vacinar crianças de Gaza - O Unicef afirmou nesta terça-feira que itens essenciais, incluindo seringas para vacinar crianças e mamadeiras para fórmulas infantis, estão sendo impedidos de entrar em Gaza por Israel, barrando ajuda de agências aos necessitados no território devastado pela guerra.

Enquanto o Unicef realiza uma campanha de vacinação infantil em massa com um frágil cessar-fogo em vigor, disse enfrentar sérios desafios para conseguir 1,6 milhão de seringas e geladeiras movidas a energia solar para armazenar frascos de vacina em Gaza. As seringas estão aguardando desembaraço alfandegário desde agosto, segundo o Unicef.

"Tanto as seringas quanto as geladeiras são consideradas de uso duplo por Israel, e temos encontrado muita dificuldade para que esses itens passem por liberação e inspeção, embora sejam urgentes", disse o porta-voz do Unicef, Ricardo Pires.

"Uso duplo" refere-se a itens que Israel considera ter possíveis aplicações militares e civis.

O Cogat, braço militar israelense que supervisiona o fluxo de ajuda para Gaza, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Já havia dito anteriormente que não está limitando a entrada de alimentos, água, suprimentos médicos e itens de abrigo. Também acusou o Hamas de roubar suprimentos humanitários, acusações que o grupo militante palestino nega.

O Unicef lançou a primeira de três rodadas de imunizações de recuperação no domingo para atingir mais de 40.000 crianças menores de três anos que não tomaram as vacinas de rotina contra poliomielite, sarampo e pneumonia, após dois anos de guerra em Gaza.

No primeiro dia da campanha, o Unicef imunizou mais de 2.400 crianças com várias vacinas.

"Campanha de vacinação já começou, mas ainda temos duas rodadas pela frente, e para isso precisamos de mais suprimentos", disse Pires.

O Unicef afirmou que mais ajuda humanitária está entrando em Gaza, mas alguns itens essenciais continuam a ter sua entrada negada pelas autoridades israelenses, incluindo 938.000 frascos de fórmula infantil pronta para uso e peças de reposição para caminhões de água.

"São quase um milhão de garrafas que poderiam estar chegando às crianças que sofrem de diferentes níveis de desnutrição", disse Pires em uma coletiva de imprensa em Genebra.

A trégua de 10 de outubro tem como objetivo desencadear um aumento maciço de ajuda em todo o enclave, mas as agências de ajuda humanitária têm dito repetidamente que não está chegando o suficiente para atender às necessidades de uma população de 2 milhões de pessoas, em grande parte deslocadas e desnutridas.

Artigos Relacionados

Mundo

Mundo

Mundo

Câmara adia votação do PL Antifacção após impasse com o governo

Motta se reúne com Lewandowski e promete não desfigurar projeto original do governo

Brasil 247, 11 de novembro de 2025, 11:52 h

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta - 6/8/25 (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Conteúdo postado por Guilherme Levorato

A Câmara dos Deputados adiou para esta quarta-feira (12) a votação do projeto de lei conhecido como PL Antifacção, uma das principais propostas do governo federal na área da segurança pública. A decisão foi confirmada pelo líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), que afirmou haver um entendimento com o Palácio do Planalto para postergar a análise da matéria. A proposta estava inicialmente prevista para ir a plenário nesta terça-feira (11).

De acordo com o Valor Econômico, o adiamento foi motivado pela insatisfação do governo com pontos específicos do texto após alterações promovidas pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP). O principal foco de divergência envolve a delimitação das competências da Polícia Federal (PF) e o enquadramento de determinadas condutas como terrorismo. “Não acho que esse projeto tenha que tratar de Polícia Federal, que já tem as suas atribuições muito bem definidas”, declarou Guimarães.

Governo e Câmara buscam consenso sobre o texto

Nesta tarde, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem reunião marcada com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir os ajustes no projeto. Segundo Guimarães, Motta teria se comprometido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a não colocar em votação um texto que desfigure a versão original enviada pelo Executivo.

Enquanto isso, líderes partidários participam de uma reunião para definir a pauta de votações da semana, com a tendência de que a sessão desta terça seja “leve” e o PL Antifacção fique para o dia seguinte.

Nova versão de Derrite devolve poder à PF

Guilherme Derrite apresentou uma nova versão de seu parecer na noite de segunda-feira (10), após forte reação de integrantes do governo. No texto anterior, o relator previa que o combate a organizações criminosas seria responsabilidade das polícias estaduais, restringindo a atuação da Polícia Federal a situações em que houvesse provocação dos governadores.

Na nova proposta, Derrite restabelece a possibilidade de atuação autônoma da PF, desde que as investigações envolvam matérias de sua competência constitucional ou legal. “A Polícia Federal poderá participar das investigações de organizações criminosas, paramilitares ou milícias civis, em caráter cooperativo com a polícia estadual respectiva, sempre que os fatos investigados envolverem matérias de sua competência constitucional ou legal”, diz o documento.

Apesar disso, o parecer mantém o julgamento dos casos sob a alçada da Justiça que possuir a competência material para o delito, conforme as regras processuais vigentes.
Reações e bastidores políticos

O relator é secretário de Segurança Pública licenciado do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo — apontado como um dos principais nomes da direita para enfrentar Lula em 2026. Sua escolha foi vista como um revés político para o Planalto e aumentou a tensão entre governo e oposição.


O PL Antifacção foi enviado ao Congresso após uma megaoperação policial - que resultou em uma chacina com 121 mortos - contra o Comando Vermelho nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, e é considerado peça-chave da estratégia federal para enfrentar o crime organizado e as milícias.
Polícia Federal reage com críticas

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, criticou duramente o relatório original de Derrite. Em entrevista à CNN, ele afirmou: “É inaceitável. No momento em que o enfrentamento ao crime organizado é a preocupação número um da sociedade brasileira, é inconcebível que se cogite restringir o papel da Polícia Federal”.

Boulos vai pra cima de banqueiro André Esteves, do BTG, por críticas ao Bolsa Família

"POVOFOBIA"

Enquanto o banqueiro critica o Bolsa Família, dados oficiais mostram que 2 milhões de famílias deixaram o programa em 2025 com a melhora do emprego e da renda

Créditos: Créditos: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Luiz Prado/Wikimedia Commons

Por Raony Salvador Revista Forum, 11/11/2025 · 09:06 hs

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) respondeu nesta segunda-feira (10) às declarações do banqueiro André Esteves, fundador e presidente do conselho do BTG Pactual, que afirmou que o Bolsa Família “cresceu demais” e se tornou “desproporcional” em relação à economia brasileira.

Durante evento do Milken Institute, em São Paulo, Esteves defendeu que o programa social precisa de ajustes e comparou seus custos aos de países europeus. Segundo o banqueiro, o Brasil precisa de um ajuste fiscal de 2% do PIB para reduzir os juros e equilibrar as contas públicas. Ele também ironizou a política monetária, dizendo que o Banco Central age como “um agente de inteligência artificial” por seguir modelos matemáticos.

Boulos reagiu nas redes sociais. “André Esteves, do BTG, reclamou que o Bolsa Família cresceu demais. Lucro dos bancos: R$ 114 bilhões (só dos quatro maiores), crescimento de 24% no ano passado. Juros do cartão de crédito: 451% ao ano, o maior do planeta. Esses ele não diz que cresceram demais. A maioria dos bilionários tem povofobia”, escreveu.

Veja também: 



Com aumento de renda, 2 milhões de famílias deixam o Bolsa Família

Enquanto Esteves critica o tamanho do programa, dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social mostram o contrário: 2 milhões de famílias deixaram o Bolsa Família em 2025, o maior número desde o relançamento do programa no governo Lula. Segundo o ministério, a saída está relacionada ao aumento da renda e à melhora do emprego formal.

Atualmente, o programa atende 18,9 milhões de famílias — o menor número desde 2022. Entre as que saíram, 1,3 milhão deixou de receber o benefício por ultrapassar o limite de renda e outras 726 mil concluíram o período de transição previsto pela regra de proteção.

O governo afirma que a redução do número de beneficiários mostra um avanço sustentável e reforça que o programa é uma política de transição e não de dependência, contrariando o discurso de que o Bolsa Família teria se “expandido demais”.

PL Antifacção: após críticas, Derrite altera trecho que retirava poderes da PF, mas "texto continua ruim", diz governo Lula

SEIS POR MEIA DÚZIA

Hugo Motta intermediou reunião entre o secretário licenciado de Segurança Pública de SP e o diretor da PF para debater alterações no relatório; atuação da PF segue limitada

O deputado e secretário licenciado de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite
Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por Ivan Longo Revista Fórum, 11/11/2025 · 05:20 hs

O bolsonarista Guilherme Derrite (PP-SP), deputado federal e secretário licenciado de Segurança Pública do governo de São Paulo, após a forte repercussão negativa, apresentou na noite desta segunda-feira (10) uma nova versão de seu relatório para Projeto de Lei 5.582/2025, o chamado de PL Antifacção, proposta do governo Lula enviada ao Congresso Nacional para fortalecer o combate ao crime organizado.

Derrite alterou o trecho em que retirava poderes da Polícia Federal (PF) para investigar organizações criminosas, mas a nova versão segue limitando a atuação da instituição, o que tem gerado críticas de membros do governo Lula e parlamentares.

A própria escolha de Derrite, por parte do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para relatar o projeto já vinha sendo alvo de críticas do governo Lula e de sua base na Câmara. As críticas se multiplicaram após Derrite apresentar a primeira versão de seu relatório, que, na prática, sabotaria o combate coordenado às organizações criminosas no Brasil. O bolsonarista havia alterado o texto original enviado por Lula, retirando poderes da Polícia Federal (PF) nas investigações sobre facções.

Segundo o relatório de Derrite, a PF só poderia se envolver em investigações de organizações criminosas quando as apurações tivessem alcance nacional, e ainda assim mediante autorização dos governos estaduais.

O trecho provocou forte reação do governo Lula e da própria PF. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a retirada das atribuições da PF no relatório de Derrite representa "um presente para as facções que atuam em todo o país".

"As mudanças do relator Guilherme Derrite no Projeto de Lei Antifacção tiram a Polícia Federal do combate ao crime organizado. Isso é um presente para as facções que atuam em todo o país, inclusive no mercado financeiro, e que estão sendo enfrentadas com inteligência. As mudanças inviabilizam ações coordenadas contra a estrutura financeira das facções, como a Operação Carbono Oculto, e podem tumultuar os inquéritos e ações judiciais em andamento, porque alteram as competências da União e dos Estados, de forma inconstitucional. Na prática, as mudanças que o Secretário de Tarcísio de Freitas propõe, vão proteger a bandidagem e as facções, subvertendo totalmente o projeto enviado pelo governo do presidente Lula", disse a ministra em nota.

"E para piorar, ele mantém com outro nome a ideia de classificar facções como terroristas, que não resolve nada, mas é uma grave ameaça à soberania do país e nossas empresas. Crime organizado se combate com ações conjuntas e coordenadas, com planejamento e inteligência, como propõe a PEC da Segurança Pública que o governo enviou em abril à Câmara dos Deputados e esse projeto de Lei Antifacção", prosseguiu Gleisi.

A PF, por sua vez, se manifestou através de nota oficial expressando preocupação em relação às mudanças feitas por Derrite.

"A Polícia Federal acompanha com preocupação as alterações produzidas pelo relatório sobre o Projeto de Lei Antifacção, atualmente em debate no Congresso Nacional. A proposta original, encaminhada pelo Governo do Brasil, tem como objetivo endurecer o combate ao crime e fortalecer as instituições responsáveis pelo enfrentamento às organizações criminosas. Entretanto, o texto em discussão no Parlamento ameaça esse propósito ao introduzir modificações estruturais que comprometem o interesse público", aponta o texto da PF.

"A execução de operações pela Polícia Federal dependeria de solicitação do governo estadual da região investigada, o que constitui um risco real de enfraquecimento no combate ao crime organizado. Essa alteração, somada à supressão de competências da Polícia Federal, compromete o alcance e os resultados das investigações, representando um verdadeiro retrocesso no enfrentamento aos crimes praticados por organizações criminosas, como corrupção, tráfico de drogas, desvios de recursos públicos, tráfico de pessoas, entre outros", prossegue o comunicado.
Seis por meia dúzia

Diante da forte repercussão negativa, o presidente da Câmara, Hugo Motta, intermediou uma reunião, na noite desta segunda-feira (10), entre Derrite e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pouco depois o secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo apresentou a nova versão de seu texto com alterações.

Nesta nova versão, Derrite exclui o trecho que havia causado críticas e, no lugar, propõe "garantir que a Polícia Federal participe das investigações de organizações criminosas, paramilitares ou milícias civis". Segundo o bolsonarista, a PF atuará "em caráter cooperativo com a polícia estadual respectiva, sempre que os fatos investigados envolverem matérias de sua competência constitucional ou legal".

A alteração, entretanto, não representa uma mudança significativa. Isso porque a participação da PF nas investigações, segundo a nova versão do relatório, seguiria se dando de maneira "cooperativa" com as polícias estaduais, e só poderia atuar nesses casos mediante solicitação do delegado de polícia estadual ou do Ministério Público estadual ou por iniciativa própria, desde que comunique previamente a investigação aos governos estaduais. Ou seja, a autonomia da PF para investigar o crime organizado seguiria limitada.

A nova versão não agradou o governo Lula e sua base no Congresso Nacional, que consideram a mudança como trocar "seis por meia dúzia". Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, disse que o texto "continua muito ruim".

"O texto continua muito ruim. Ele retirou a exigência de provocação ao governador, mas mantém a lógica de transferir toda a competência às polícias civis ou de submetê-la à autorização do estado", afirmou.

Glesi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, também se manifestou de forma contrária à nova alteração feita por Derrite no PL Antifacção.

"Não há e não haverá acordo que suprima as competências, atribuições e autonomia da Policia Federal. Encaramos com preocupação qualquer manobra pra modificar o papel da PF no combate ao crime organizado", escreveu Gleisi em suas redes sociais.

Já o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirma que Derrite fez um texto "para domesticar a PF e isso é inegociável".

"Acaba de sair o novo parecer do relator Derrite sobre o PL Antifacção. As alterações não mudam coisa alguma: ele continua atacando a Polícia Federal, tentando transformar um instrumento de Estado em refém de interesses políticos. É um texto feito para domesticar a PF e isso é inegociável! 'Algo deve mudar para que tudo continue como está.' A frase de Lampedusa descreve o truque: a PF só pode agir se houver solicitação estadual, ou — pasmem — se 'agir por iniciativa própria', precisa avisar antes, como se pedisse autorização. Estão com medo de uma operação surpresa?", escreveu o petista.

"O parecer ainda inclui todas as organizações criminosas, como facções, milícias, tráfico e grupos paramilitares, na condição de equiparáveis ao terrorismo, com o objetivo de blindar o crime organizado. Por trás disso está o braço político do crime, interessado em proteger agentes, contratos e emendas que a Operação Carbono Oculto começou a revelar. A matança de anônimos virou cortina de fumaça para esconder a aliança entre o poder e o crime. O Brasil não vai aceitar esse golpe de impunidade!", emendou Lindbergh.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

‘Guerra da Papuda’ expõe disputa entre Moraes, Ibaneis e Damares sobre destino de Bolsonaro

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda

Brasil 247, 10 de novembro de 2025, 06:12 hAtualizado em 10 de novembro de 2025, 06:16 h

Jair Bolsonaro, escurecido na foto - 30/07/2021 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Conteúdo postado por Laís Gouveia

A possibilidade de Jair Bolsonaro iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses no Complexo Penitenciário da Papuda desencadeou uma série de embates institucionais e políticos no Distrito Federal. A movimentação envolve o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o governo de Ibaneis Rocha (MDB), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o deputado distrital Fábio Felix (PSOL). As informações foram publicadas originalmente por O Globo, que detalhou a escalada de tensões nas últimas semanas.

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda, no mês passado, revelada pelo portal Metrópoles. A inspeção alimentou especulações de que o ministro estaria preparando o envio de Bolsonaro ao presídio antes de autorizar eventual pedido de prisão domiciliar por questões de saúde. Aliados do ex-presidente interpretaram o cenário como um gesto de “humilhação pública” e começaram a atuar em diversas frentes para tentar evitar a transferência.

Do lado do governo do Distrito Federal, o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, enviou um ofício ao gabinete de Moraes solicitando que Bolsonaro fosse submetido a avaliação médica especializada. O objetivo seria verificar se o “quadro clínico complexo” do ex-presidente seria compatível com a assistência disponível no sistema prisional do DF. Segundo interlocutores do bolsonarismo, um eventual agravamento de saúde dentro da Papuda poderia gerar forte desgaste político para Ibaneis Rocha, que pretende disputar o Senado com apoio da direita.

A resposta de Moraes veio de forma breve e direta: o ministro negou o pedido, classificando-o como “inoportuno”.

Após a negativa, a senadora Damares Alves intensificou sua ação política. Ela enviou à Secretaria de Administração Penitenciária um pedido para visitar as instalações da Papuda — sem o objetivo de encontrar réus do 8 de Janeiro, o que afastaria a necessidade de aval de Moraes. No documento, ressaltou que Bolsonaro “apresenta quadro clínico complexo, decorrente das sequelas do atentado sofrido em 2018”, e citou múltiplas cirurgias, episódios de obstrução intestinal e crises recorrentes de refluxo, gastrite e vômitos.

Damares também mencionou relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que apontou superlotação superior a 230%, perda acentuada de peso entre internos e falhas estruturais no atendimento de saúde e jurídico na Papuda.

A disputa ganhou novos contornos quando o deputado distrital Fábio Felix, uma das principais vozes da esquerda no DF, decidiu reagir ao que classificou como tratamento privilegiado ao ex-presidente. Ele enviou ofício ao governo Ibaneis solicitando que todos os 27 mil presos do sistema penitenciário da capital passem por avaliação médica semelhante à defendida para Bolsonaro. “Essa seletividade do governador entra em choque com princípios que regem o Estado democrático de direito, como o da impessoalidade e o tratamento isonômico”, afirmou Felix ao blog. “O próprio governo Ibaneis tenta beneficiar Bolsonaro para que ele não seja transferido para a Papuda.”

Enquanto isso, aliados do ex-presidente reforçam o argumento de que sua presença na Papuda poderia desencadear instabilidade no presídio. Segundo um interlocutor, “Ele também gera enorme instabilidade no sistema prisional. Toda a segurança deve ser reforçada para evitar rebelião, que seria provável”.

O governo do DF informou que está “adotando as tratativas necessárias” para viabilizar a visita solicitada por Damares. Sobre o pedido de Felix, a secretaria afirmou que ainda analisa a viabilidade das medidas.

A disputa ocorre em meio ao julgamento virtual dos embargos de declaração apresentados pela defesa de Bolsonaro contra a condenação por tentativa de golpe de Estado, imposta pela Primeira Turma do STF. A decisão sobre onde o ex-presidente cumprirá o início da pena — e por quanto tempo — tornou-se um novo campo de batalha entre seus aliados, adversários e autoridades responsáveis pela execução penal.

domingo, 9 de novembro de 2025

Os benefícios do chá da folha de manga rosa

O chá é mas é usado para o controle da pressão arterial e do estresse, além de ter potencial para ajudar em inflamações, gripes, diarreias e problemas respiratórios.

09/11/2025

O chá da flor de manga rosa (ou simplesmente flor da manga) não é o mais estudado, mas é tradicionalmente usado para ajudar no controle da pressão arterial e do estresse, além de ter potencial para ajudar em inflamações, gripes, diarreias e problemas respiratórios.

Os benefícios são geralmente atribuídos aos compostos encontrados na planta, mas é importante salientar que o chá da folha de mangueira é que tem mais estudos científicos associados a propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

Usos tradicionais e potenciais benefícios

Saúde cardiovascular: Pode ajudar a relaxar os vasos sanguíneos e regular a pressão arterial.

Relaxamento e estresse: As propriedades calmantes podem ser benéficas para combater o estresse e a ansiedade.

Ação anti-inflamatória: Contém compostos que podem ajudar a reduzir inflamações.

Problemas respiratórios e gripes: É frequentemente utilizado para aliviar sintomas de gripes e o catarro.

Saúde digestiva: Tradicionalmente usado para ajudar em casos de diarreia e disenteria.

Antioxidante: A planta é rica em antioxidantes, como vitamina A, que combatem os radicais livres e ajudam a proteger a pele e a saúde dos olhos.

Observações importantes

Falta de estudos específicos: A maior parte da pesquisa científica se concentra nas folhas, e não nas flores, de manga.

Consulte um profissional: É fundamental procurar orientação médica ou de um fitoterapeuta antes de usar o chá, especialmente se você tiver alguma condição de saúde, estiver grávida ou amamentando.

Não é substituto de tratamento médico: O chá deve ser visto como um complemento, e não como um substituto para tratamentos médicos convencionais.
























































Gleisi: "governo Lula está do lado do povo paranaense"

Tragédia no Sul

Ministra detalha ações do governo federal em socorro à população de Rio Bonito do Iguaçu, atingida por tornado

Brasil 247, 08 de novembro de 2025, 19:28 h

Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução/SRI)

Conteúdo postado por Guilherme Levorato

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou neste sábado (8) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está totalmente mobilizado para apoiar as famílias atingidas pelo tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná. Em visita à cidade, Gleisi destacou que a prioridade do governo federal é garantir socorro imediato e iniciar a reconstrução das áreas destruídas.

A ministra esteve acompanhada do ministro interino da Saúde, Adriano Massuda; do diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun; do diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Carlos Carboni; e de equipes da Defesa Civil que atuam na linha de frente do resgate.

Governo Lula envia apoio emergencial

Gleisi relatou que se reuniu com o prefeito Sezar Bovino e outras autoridades locais para definir as medidas prioritárias. “Estive hoje em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, levando nosso apoio e a solidariedade do presidente Lula às famílias atingidas pelo tornado”, escreveu. Segundo ela, o governo federal já formalizou o reconhecimento da situação de calamidade pública, o que permite o envio rápido de recursos e a ampliação da assistência humanitária.

A ministra destacou ainda que a ação do governo inclui desde o envio de alimentos e itens de higiene até o planejamento para reconstruir as áreas devastadas. “O governo do presidente Lula está mobilizado e atuando em cooperação com o estado e os municípios para garantir assistência às famílias paranaenses afetadas pelas tempestades. Já encaminhamos o reconhecimento imediato da situação de calamidade pública e vamos unir esforços para ajudar o Paraná”, afirmou.

Tragédia sem precedentes no centro-sul do Paraná

O tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu na sexta-feira (8) foi classificado como de categoria EF3, com ventos de até 250 km/h, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O fenômeno deixou seis mortos, mais de 750 feridos e destruiu 90% da cidade, uma das mais afetadas por eventos climáticos extremos na história recente do estado.

Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) seguem atuando na busca por desaparecidos e no atendimento às famílias que perderam tudo. O governo do estado e o governo federal trabalham em conjunto para garantir abrigos, assistência médica e apoio psicológico às vítimas.
União de esforços pelo Paraná

Gleisi reforçou que a reconstrução das áreas afetadas será uma prioridade do governo Lula. “Desde o socorro emergencial, com alimentação e itens de higiene, até o planejamento para a reconstrução das áreas atingidas. É o Governo do Brasil, do lado do povo paranaense!”, declarou.
Economia

Saldo positivo dos investimentos indicam economia bombando acima da média global, apesar do alarmismo fiscal da Faria Lima; IDE chega a US$ 37 bilhões

Brasil 247, 09 de novembro de 2025, 08:43 h

Brasília (DF) - 12/02/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Conteúdo postado por Leonardo Sobreira

O interesse de investidores estrangeiros no Brasil cresceu mais que a média global nos últimos anos. Ao todo, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) em novos projetos produtivos no País aumentou 67% de 2022 a maio de 2025 na comparação com o período de 2015 a 2019, enquanto, globalmente, o número foi de 24%, informou o site InfoMoney no sábado (8).

Esse nível de crescimento ocorre mesmo em meio à fragmentação política e ao aumento de barreiras tarifárias, analisa a reportagem do jornalista Iuri Santos.

“Observa-se uma mudança relevante na geografia de investimentos: eles estão sendo direcionados a distâncias geográficas maiores, mas a distâncias geopolíticas menores”, avalia o economista Nelson Ferreira, sócio-sênior da consultoria multinacional McKinsey.

O caminho adotado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante do cenário de guerra comercial global, priorizando a abertura de novos mercados e negociações diretas com o governo dos EUA, que aplicou um tarifaço global em abril, também são fatores determinantes para o crescimento da economia brasileira e a percepção positiva da imagem do país a investidores estrangeiros.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Trump muda de Bolsonaro para Lula por vê-lo como “vitorioso”

Presidente dos EUA realinha discurso e aproxima-se de Lula após considerar Bolsonaro um “perdedor” na disputa política brasileira

Brasil247, 27 de outubro de 2025, 20:18 h Atualizado em 27 de outubro de 2025, 22:20 h

Lula e Trump (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu romper a aliança simbólica que mantinha com Jair Bolsonaro e aproximar-se de Luiz Inácio Lula da Silva, a quem agora descreve como um líder “vitorioso”. A mudança de postura reflete o incômodo do republicano em ser associado a figuras derrotadas, segundo fontes ouvidas pela CNN Brasil.

Trump concluiu que Bolsonaro perdeu sua batalha pela anistia, enquanto Lula aparece fortalecido e com boas perspectivas de reeleição. Para o mandatário americano, associar-se ao atual presidente brasileiro reforça sua imagem de sucesso e superação — elementos que ele considera essenciais em política, segundo fontes.

Reviravolta estratégica

A aproximação com Lula foi influenciada também por uma leitura pragmática da conjuntura internacional. Embora fatores econômicos, como os altos preços da carne e do café exportados pelo Brasil, tenham pesado na decisão, não foram determinantes. O ponto central, segundo fontes, é que Trump valoriza estar ao lado de quem representa vitória.

O presidente americano teria reorganizado sua narrativa política para se identificar com Lula, a quem passou a ver como vítima de perseguição judicial — um reflexo de como ele próprio se enxerga diante dos processos que enfrenta nos Estados Unidos.

O encontro em Kuala Lumpur

Durante o encontro entre os dois líderes, realizado neste domingo (26) em Kuala Lumpur, Trump perguntou a Lula sobre o período em que esteve preso. Ouviu com atenção o relato do brasileiro e respondeu dizendo que ambos “deram a volta por cima e se saíram vitoriosos”, segundo fontes próximas à reunião.

Na coletiva que antecedeu a conversa, Trump foi questionado sobre Jair Bolsonaro. Lula reagiu com gestos de desaprovação, enquanto o presidente americano limitou-se a comentários breves, evitando se aprofundar. Durante a reunião, Lula explicou que o ex-presidente e os réus da trama golpista tiveram amplo direito de defesa. Trump ouviu em silêncio, sem contestar, segundo fontes.

O republicano também teria demonstrado surpresa ao saber que a filha do ministro Alexandre Padilha foi incluída nas sanções impostas pelos EUA.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Saiba tudo sobre IPVA

Afinal, quanto tempo posso andar com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) vencido? Entender isso é importante para evitar multas e problemas legais relacionados ao atraso no pagamento do tributo e regularização do veículo.

Quer saber mais sobre o assunto? Fique com a gente e confira a seguir!

Fonte: Zuldigital

Posso rodar com o IPVA atrasado?

Sim, é permitido dirigir o veículo mesmo com o IPVA atrasado. Boa parte dos estados, no entanto, não permite que o licenciamento seja feito com o IPVA em aberto. Com o licenciamento atrasado, aí sim, o motorista poderá sofrer penalidades.

Em resumo: é possível rodar com o IPVA atrasado, sim, mas somente até o vencimento do licenciamento.

Para saber exatamente o prazo do licenciamento anual, os proprietários de veículos devem consultar a data de vencimento da placa de seus veículos de acordo com cada estado do país. Em São Paulo, o calendário de licenciamento em 2024 vai de julho a dezembro, por exemplo.


O que acontece se eu for pego na blitz com o IPVA atrasado?

Rodar com o IPVA vencido não é uma infração de trânsito. Se o licenciamento anual do veículo estiver um único dia atrasado, a história é outra. As autoridades de trânsito podem, nestas situações, aplicar multa por infração gravíssima, que rende cobrança de R$ 293,47 mais 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O carro também fica sujeito à apreensão e remoção para o pátio, situação que ainda mais taxas serão cobradas para liberação.

Aliás, é importante ressaltar que em boa parte dos estados, com destaque a São Paulo e Paraná, a realização do licenciamento só é concretizada quando o IPVA e possíveis multas estiverem em dia. Em outras palavras, a emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), chamado de “documento do carro”, só pode quando não constarem débitos relacionados ao carro.

Portanto, se o seu IPVA está atrasado, tente pagá-lo o quanto antes e evite complicações com as autoridades.

É possível parcelar o IPVA atrasado?

Sim, mas cada região define as regras para que o imposto atrasado seja parcelado. Com o app Zul+, motoristas da Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo estão aptos a parcelar o IPVA em até 12 parcelas.

Abaixo, o passo a passo de como parcelar o IPVA atrasado:Baixe o app gratuitamente (clique aqui);

Entre no app e selecione o menu “IPVA, Multas e Licenciamento”;
Selecione a opção “IPVA 2024”;
Informe os dados requeridos;
Opte pela melhor condição de pagamento, do Pix até 12 parcelas;
Confirme o pagamento,
Pronto, você está em dia com a legislação de trânsito!

Qual a diferença entre IPVA e licenciamento?

O IPVA é um imposto cobrado anualmente de todos os proprietários de veículos como carros, motos, caminhões, ônibus e até aeronaves. A cobrança e valores arrecadados ficam sob responsabilidade dos governos estaduais. Sua finalidade é financiar investimentos em áreas como segurança, educação e saúde pública.

O valor do IPVA é calculado com base no valor venal do veículo, ou seja, o seu valor de mercado. A taxa varia, ainda, conforme o estado no qual o veículo está registrado. Em resumo, o cálculo é feito da seguinte forma:
Valor do IPVA = valor venal do veículo x alíquota estadual

Se a alíquota do IPVA for 4% (caso dos veículos de passeio em São Paulo) e o valor venal do veículo R$ 30.000, o valor do IPVA será R$ 1.200.

O licenciamento, por outro lado, costuma ter um valor único para automóveis. O montante é anunciado pelos governos estaduais e deve ser quitado rigorosamente seguindo o calendário divulgado. Em caso de atraso, o motorista pode ser multado e o veículo apreendido e guinchado.

Para onde vai o dinheiro do IPVA?

O IPVA foi criado em 1985 para viabilizar a construção e manutenção de estradas e rodovias no Brasil. Seu pagamento é condição obrigatória para o licenciamento anual de carros, motos, caminhões e ônibus. Criado para financiar estradas e rodovias do país, hoje em dia o tributo tem um papel muito mais flexível no orçamento público brasileiro.
IPVA financia a educação no Brasil

Do total arrecadado pelo imposto, 20% é destinado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Do restante, 50% é destinado para o governo do Estado e outros 50% é destinado para os municípios onde os veículos foram registrados. Depois disso, o governo estadual e as prefeituras podem utilizar a verba do IPVA como quiserem, assim também como o dinheiro de multas e do licenciamento.

O app número 1 para quem dirige

Baixe o Zul+, o app número 1 para quem dirige. Com a plataforma digital da Estapar você pode configurar o alerta de rodízio, tem acesso garantido ao conteúdo da revista Quatro Rodas, tag de pedágio sem mensalidade e pagamento do estacionamento rotativo em diferentes cidades do país, com destaque a São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Santo André (SP), Curitiba (PR). Belo Horizonte (PR) e Salvador (BA).