domingo, 6 de dezembro de 2020

Haddad defende candidatura Lula em 2022 e cobra STF após "desmoralização de Moro"

"Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato", disse o ex-prefeito, que também Sérgio Moro desmoralizado depois da sua contratação pela Alvarez & Marsal

Brasil 247, 6/12/2020, 06:35 h Atualizado em 6/12/2020, 06:48
   Fernando Haddad, Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Felipe Gonçalves/Brasil 247 | STF)

O ex-prefeito Fernando Haddad, que disputou as eleições de 2018 e obteve mais de 46 milhões de votos, defendeu a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, especialmente depois da desmoralização do ex-juiz Sérgio Moro. "A minha posição sobre 2022 está muito ligada ao fato de eu estar lutando muito para que Lula recupere seus direitos políticos, sobretudo depois da desmoralização de Sergio Moro. Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato. Esse HC [habeas corpus] tem dois anos que foi pedido e é uma demanda jurídica que tem precedência sobre as outras. Acumulam-se evidências e provas de parcialidade do [então] juiz. Eu não sei mais o que precisa acontecer para que o sistema de justiça reconheça que houve clara violação de direitos fundamentais", afirmou ele, em entrevista à jornalista Carolinha Linhares, na Folha de S. Paulo.

Sobre uma frente com outros setores da política brasileira contra o fascismo bolsonarista, Haddad afirmou que eles é que devem ser questionados. "Temos [Luciano] Huck, Ciro [Gomes] e [João] Doria. Tem que perguntar para eles se votariam no Bolsonaro. Acho engraçado que o jornalismo não pergunte isso para aqueles que votaram no Bolsonaro em 2018. Se eles nos acusariam de extremista para justificar o voto no verdadeiro extremista ou não. Conheço tucanos que não repetiriam o voto no Bolsonaro e tucanos que repetiriam. Isso é relevante para mostrar quem é de fato extremista", afirmou.

Bolsonaro proíbe contato de todos os seus ministros com o embaixador chinês em Brasília

A ordem contra o embaixador Yang Wanming é mais um ataque aos interesses nacionais, uma vez que a China é o país que mais compra produtos do Brasil e mais investe na economia nacional

Brasil 247, 6/12/2020, 08:15 h Atualizado em 6/12/2020, 08:47
   Yang Wanming (Foto: Brasil247/reprodução)

"Há uma ordem expressa de Jair Bolsonaro aos seus ministros: nenhum deles pode receber em audiência o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming", informa o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no Globo.

Trata-se de mais uma agressão de Jair Bolsonaro aos interesses nacionais, uma vez que a China é o país que mais compra produtos brasileiros e também o que mais investe na economia nacional. Com a decisão, ele também demonstra, uma vez mais, a sua subordinação aos interesses da extrema-direita estadunidense, seguindo a política externa de Donald Trump, que foi derrotado por Joe Biden.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Todo antipetismo é anti-esquerda, nunca se esqueçam disso!

Viomundo, 02/12/2020 - 15h51
Fotos: Reprodução de redes sociais

Por Julian Rodrigues*, especial para o Viomundo

Já deu para decantar um pouco. Nessa temporada aberta de balanços eleitorais (luta política intensa em todos os espaços), alguns pontos queria destacar:

1) mesmo entre a esquerda, pouca gente considera, nas análises, a conjuntura internacional: maior crise do capitalismo desde anos 1930, impacto da pandemia, força do imperialismo, ascenso da extrema direita em todo mundo;

2) também pouco se menciona sobre o golpe de 2016, o novo período, a derrota monumental que toda esquerda sofreu, a prisão de Lula, a guerra híbrida, a aliança orgânica entre ultra-liberalismo e neofascismo, a retirada massiva de direitos; o desmonte dos sindicatos, a pauperização das massas; o crescimento do fundamentalismo religioso;

3) caminhamos, principalmente os petistas, sobre uma corda bamba (evitar o triunfalismo/sentimento de avestruz, pura autodefesa). Precisamos impedir a absorção do antipetismo hegemônico na mídia e forte também entre o “campo progressista”;

4) não foi só o PT que foi derrotado, o conjunto da ESQUERDA (PT, PCdoB e PSOL) também foi – como fomos em 2016 e 2018. A “centro-esquerda” (o amontoado que é o PDT, a metralhadora giratória do Ciro e o PSB) também diminuíram;

5) O PT não cresceu, mas não diminuiu em número de votos. E mostrou uma leve reação nas capitais e grandes cidades. O fenômeno Boulos e a vitória de Edmilson fortaleceram o PSOL, mas tendem a gerar ilusões de ótica – trata-se de um partido com 5 prefeituras e 75 vereadores (o PT tem 2.584 vereadores e 178 prefeituras);

6) a conexão com a juventude, com a luta antirracista, feminista, com a agenda LGBTI, dos direitos humanos propiciou que PSOL e PT elegessem novas lideranças nas Câmaras.

Não se trata de “pauta identitária” , como muitos na própria esquerda dizem (é uma luta contra as opressões, por representatividade, reconhecimento, uma luta interseccional – classe, raça, gênero, geração, liberdades sexuais e de gênero). Mas, é preciso não permitir o sequestro dessas lutas pelo “neoliberalismo progressista” , que esvazia seu conteúdo anticapitalista (tipo quebrando tabu da vida);

7) nem precisa ser sectário para cravar que não há a menor possibilidade de “frente ampla” ou “frente de centro-esquerda” em 2022.

DEM/PSDB/MDB/Mídia sustentaram e sustentam Bolsonaro até aqui e se preparam para construir uma chapa em 2022 (Doria/DEM) .

Esqueçam o Caldeirão – e Moro já arrumou emprego em Washington. Por outro lado, o coronel de Pidamonhangaba já explodiu todas as pontes ao mesmo tempo com PT, PSOL e até com o PCdoB (pasmem!). Ciro terá apoio do PSB e olhe lá;

8) todo antipetismo é anti-esquerda, nunca se esqueçam disso. O que não quer dizer que o PT não precise – nas palavras da brava Gleisi de uma “chacoalhada”.

Se quiser continuar a ser o maior partido da classe, liderando o bloco de esquerda, PT deve passar por uma profunda transformação, dar um “giro estratégico”, renovar, retomar o programa democrático-popular/socialista, investir na mudança da linguagem, nas redes, radicalizar a transição geracional, voltar ao território, fazer formação política, assumir a batalha ideológico-cultural.

Deixar de ser quase apenas uma máquina eleitoral e voltar a ser um PARTIDO;

9) desde agora, sem ultimatos ou sem achar que isso é a “tábua de salvação do mundo”, é preciso apostar em uma composição orgânica PT-PSOL-PCdoB. Que construa um programa comum.

Uma chapa presidencial com PSOL ou PCdoB como vices do nome petista, costurando o tabuleiro nos Estados, as contrapartidas, etc.

Dino é um excelente vice, por exemplo. Boulos e Freixo podem ser candidatos a governador em RJ e SP. Manu pode ser nossa candidata unitária no Rio Grande do Sul , e por aí vai;

10) o Ministério da Justiça confirmou que toda colaboração da Lava-Jato com os EUA não passou pelo governo federal.

Ou seja, foi ilegal. Moro acaba de se mudar para Washington pra ser funcionário de uma empresa internacional que vai ajudar na recuperação da Odebrechet (que ele mesmo quebrou).

Ou seja, resolveu receber em dólar sua parte na operação golpista. Nem depois disso vamos, coletivamente, voltar a pautar a suspeição do marreco de Maringá, o #AnulaSTF?

Lula pode até não ser candidato a presidente ou a vice, mas é uma questão básica para a restauração do mínimo de democracia, né?

#LulaLivre e #LulaInocente. Não é bonito ver gente de esquerda absorvendo antipetismo e anti-lulismo.

Se o PT fosse tão fraco assim, não seria o centro do debate sobre o balanço eleitoral.

*Julian Rodrigues é professor e jornalista; ativista LGBTI e de Direitos Humanos.

ABI repele intimação de Bonner e Renata: Tentativa de intimidar e calar a imprensa

ABI é solidária a Bonner e Renata

Viomundo, 05/12/2020 - 10h10
   Foto: Divulgação Globo

A Associação Brasileira de Imprensa manifesta o seu espanto e a sua indignação com o fato de terem sido intimados a depor, pelo Polícia Civil do Rio, os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos.

Segundo a polícia, eles devem explicar a veiculação de supostas informações sigilosas a respeito do esquema de corrupção conhecido como “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj.

Nosso espanto vem do fato de terem sido Bonner e Renata os convocados a depor, e não Flávio Bolsonaro e o miliciano Fabrício Queiroz, seu assessor.

Nossa indignação vem do fato de que, uma vez mais, se tenta intimidar a imprensa e calar a sua voz, num claro atropelo à Constituição.

Fiel aos seus 112 anos de defesa da liberdade de expressão, a ABI se coloca incondicionalmente ao lado dos jornalistas atingidos.

Bonner e Renata, contem com o nosso apoio.

Paulo Jeronimo – Presidente da ABI

O revoltante caso da candidata que fez campanha sob proteção e foi morta

                      Leila Arruda, foi assassinada, mesmo sob medida protetiva


Abinoan Santiago

Colaboração para Universa

05/12/2020 04h00


Candidata pelo PT à Prefeitura de Curralinho, interior do Pará, a pedagoga Leila Arruda, 49, andou dezenas de comunidades ribeirinhas em busca de apoio para as causas que defendia durante os 45 dias de campanha. O que os eleitores e demais apoiadores não imaginavam é que a candidata percorria os rios em estado de alerta, com uma medida protetiva que a deveria manter a salvo do ex-marido, Boaventura Dias.

Ele não aceitava o fim da relação. E, por isso, ao longo de um mês e meio, a pedagoga buscou não andar sozinha em nenhum momento. Apesar de o ex-marido não morar em Curralinho, era um sinal de prevenção.

Leila ficou em terceiro lugar na disputa pelo comando da cidade, com pouco mais de 3.000 votos. Cleber Edson dos Santos Rodrigues (PSD), 67, venceu com 7.236. Quatro dias depois do resultado, Leila foi assassinada em Belém.

Sob medida protetiva desde 2019

De acordo com a família, Leila e Boaventura terminaram o casamento em 2017, depois de 26 anos de união. Eles moravam em Belém, mas se conheceram ainda jovens em Curralinho, pequena cidade de 26 mil habitantes do Arquipélago de Marajó, no Pará.

O irmão de Leila, o servidor público Léo Arruda, 52, conta que após a separação, Boaventura tentou por diversas vezes reatar com a ex-esposa, que mantinha as recusas. Em uma das ocasiões, o suspeito teria agredido verbalmente a pedagoga. Com medo, ela o denunciou à Polícia Civil e conseguiu uma medida protetiva, em 2019.

Leia na íntegra
Segundo a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, a direita tenta se unir mais uma vez para "conter a ameaça que Lula representa para suas ambições". "Para eles, Lula não pode ser candidato, porque ganha a eleição. Defender e lutar efetivamente pela absolvição de Lula é a única saída para que surja um país democrático e com justiça social", disse

Brasil 247, 5/12/2020, 15:34 h Atualizado em 5/12/2020, 15:35
   Ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Stuckert)

A presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que o reconhecimento da inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Judiciário brasileiro e uma candidatura do petista ao Palácio do Planalto é a única saída para o Brasil voltar a crescer economicamente e retomar os direitos sociais.

De acordo com a ex-presidente, "toda a direita, aí incluída a parte neoliberal e aquela que se disfarça de centro, em suas diversas graduações, se une mais uma vez para conter a ameaça que Lula representa para suas ambições". "Para eles, Lula não pode ser candidato, porque ganha a eleição. Defender e lutar efetivamente pela absolvição de Lula é a única saída para que surja um país democrático e com justiça social", continuou. 

"Devemos ter claro que líderes com a força eleitoral e política de Lula têm, em geral, histórias longas, não surgem repentinamente, pois são forjados em anos de lutas identificadas com o povo", complementou. 


O ex-presidente Lula foi condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) e a defesa aguarda o Supremo Tribunal Federal analisar o pedido de suspeição de Sérgio Moro. O petista foi acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS, mas nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. Ao apresentar a denúncia, em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do apartamento.

Ainda na campanha eleitoral de 2018, o então juiz Sérgio Moro recebeu o convite da equipe do atual governo Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça - deixou o cargo em abril deste ano apontando crime de responsabilidade, ao denunciar tentativa de interferência na Polícia Federal por Jair Bolsonaro, o que motivou abertura de investigações por parte do STF. 

Agora, o ex-juiz anunciou que vai trabalhar na consultoria Alvarez & Marçal, com sede nos Estados Unidos. Um documento apontou que a empresa aparece na Lava Jato, em 2017, numa petição da defesa de Lula. Nesse caso, documentos comprovaram que o tríplex do Guarujá era da OAS.

Por sua vez, Dilma foi vítima de um golpe em 2016, acusada de ter cometidas as chamadas "pedaladas fiscais". Naquele ano, o Ministério Público Federal (MPF) inocentou a então presidente. O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as acusações. 

Também em 2016, uma perícia feita por técnicos do Senado foi entregue na à comissão do impeachment afirmou que Dilma não praticou as pedaladas. "Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos", disse um trecho do laudo.

Uma rápida análise da participação dos partidos de esquerda nas eleições de 2020

Nas eleições deste ano, é possível fazer um recorte do processo e fazer uma análise sobre o desempenho dos partidos de esquerda (que são os de esquerda, centro/esquerda e extrema esquerda) nas eleições de 2020.

Os partidos de esquerda (PT/PSB/PSOL/PDT/PCdoB/Cidadania/PMN/PSTU/REDE), com maior destaque para o Partido dos Trabalhadores, não alcançaram  grandes vitórias, mas continuam embalando sonhos, alimentando esperanças! Nos debates e nas entrevistas, a esquerda apresentou propostas para melhorar a Educação, a Saúde, a Habitação Social, a Segurança Pública, a Água e o Esgoto,  a Infraestrutura, o Esporte e o Lazer. Até porque, nestas políticas todas, a esquerda, e em especial o PT tem um grande legado! 

Na disputa eleitoral deste ano, juntos os partidos de esquerda, conquistaram 952 municípios, dos 5.464 já decididos, restando 104 situações de vencedores "sub júdice"! As 952 cidades representam 17,42% do total. O fato que chama atenção é que nas cidades com mais de 200 mil eleitores, a esquerda ficou com cerca de 40% dos votos válidos. 

De um modo geral, a esquerda não alcançou a juventude com sua força transformadora, como gostaría; ela estava desestruturada, desarticulada e desmobilizada e consequentemente fragilizada, pelos seguidos ataques midiáticos mentirosos que vem recebendo desde 2013 e sua militância, acuada e escondida; e mais, apesar das denúncias de que a esquerda é corrupta, esse "dinheiro" não foi investido na campanha eleitoral, até porque, ele não existe e, ainda, sem dúvida alguma, talvez o mais pesado golpe que a esquerda sofreu nessas eleições foi a repetição de um viés de 2018: o uso criminoso de fakes news.

Mesmo diante de tantas dificuldades, a esquerda foi a luta, fez campanha e suas lideranças, que no geral, são frutos das lutas dos trabalhadores, levantaram a bandeira da defesa dos interesses e da valorização dos servidores públicos. das empresas estatais, da soberania nacional e de melhores dias para o nosso País.

Os candidatos da esquerda, ao longo de toda a campanha, demonstraram conhecimento da realidade de seus municípios, foi propositiva e ficou clara a sua relação, o seu compromisso com os interesses da sociedade. 

A esquerda, pelos motivos ditos acima, não teve condição de ocupar espaços e enfrentar os adversários na rua, em todas as cidades; foi a que menos promoveu aglomerações por conta do risco eminente do novo corona vírus; não usou a máquina pública para obrigar servidores a fazer campanha para seus candidatos; não distribui cestas básicas; não comprou votos e não usou caixa 2 e, atuou de acordo com a legislação eleitoral.

Com relação a pesquisa, a lei deixa espaço para a ação criminosa de empresas e candidaturas, pois se pode registrar a intenção de fazer a pesquisa, o formulário de pesquisa, mas não obriga a registrar o relatório da pesquisa e, com isso, o resultado pode ser aquele que o divulgador da pesquisa quiser apresentar nos jornais locais, legitimiada pelo numero de registro junto ao TSE, acaba sendo uma ação estratégica. principalmente as portas da eleição e, assim, mudar o voto de parte significativa do eleitorado. Há fortes indícios de que isso, ocorreu com muita frequência e acabou modificando o resultado da eleição de muitas cidades. Muita gente migrou seu voto de uma candidatura para outra, alegando que não queria perder o voto, caracterizando assim o chamado voto útil.

Enquanto uma parte do eleitorado votar neste ou naquele candidato não por acreditar na proposta dele, mas porque ele vai ganhar, certamente não vamos eleger quem entendemos que seja o melhor nome, a melhor proposta, a pessoa mais confiável.

O recado das urnas é muito claro: infelizmente uma grande parcela da população ainda está sob o efeito dos fakes news e sem a politização necessária para buscar as mudanças que tanto precisa em termos de políticas públicas, elegendo candidatos sem compromisso e identidade com as reais necessidades dos meios em que vivem.

Outro fator foi a não compreensão, por parte dos trabalhadores, de que não se pode pensar pela cabeça dos empresários.

Finalmente, o pior adversário da esquerda nessa eleição foi antipetismo, o antisocialismo, o anticomunismo, bastante evidenciado, principalmente nas falas de direitistas contumazes e de evangélicos ernganados por seus pastores de linha eminentemente conservadora, que acredita piamente que o homosexualíssimo, a corrupção, a desestruturação familiar, etc, são práticas e bandeiras da esquerda, o que não é verdade.

Deputado Paulo Teixeira questiona ao GSI presença de Eduardo Bolsonaro armado em gabinete presidencial

Foto da família Bolsonaro no gabinete presidencial mostra Eduardo com um revólver na cintura. Paulo Teixeira pergunta se quaisquer autoridades públicas podem portar arma de fogo nas dependências do Palácio e do gabinete presidencial

Brasil 247, 4/12/2020, 20:25 h Atualizado em 4/12/2020, 20:44
   Flávio, Carlos, Jair, Eduardo (armado) e Renan. Família Bolsonaro (Foto: Reprodução / @BolsonaroSP no Twitter.)

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) enviou um requerimento ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, questionando a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) armado no gabinete presidencial de Jair Bolsonaro.

Foto da família Bolsonaro no gabinete presidencial, publicada nas redes sociais, mostra Eduardo, que é servidor da Polícia Federal, com um revólver na cintura.

“Amanhã um parlamentar que tenha divergência com o presidente vai entrar armado e pode matá-lo. Essa situação criou um precedente gravíssimo. É uma falha de segurança”, diz Teixeira.




O petista ainda pergunta se quaisquer autoridades públicas, do Executivo, Judiciário e Legislativo, podem portar arma de fogo nas dependências do Palácio e do gabinete presidencial e questiona se a segurança presidencial permitiu que o deputado entrasse armado.

Mercadante: ‘se deixarem o Lula ser candidato, ele ganha em 2022’

‘Desde os anos 80 vem essa conversa de que o Lula não dá mais. Vamos ver o Lula percorrendo esse País e vamos ver quem é a esperança do povo’, disse o ex-ministro, repercutindo na TV 247 as declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA). 

Brasil 247, 4/12/2020, 18:58 h Atualizado em 4/12/2020, 19:44
   Lula e Aloizio Mercadante (Foto: Brasil247)

Ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante comentou na TV 247 as declarações do senador Jaques Wagner (PT-BA) sobre a necessidade de uma “mudança geracional” no PT e de se criar no partido uma independência em relação ao ex-presidente Lula.

De acordo com Mercadante, a retórica de que o nome de Lula já se esgotou e de que sua rejeição é alta já se arrasta desde 1980, quando o ex-presidente criou o PT e foi acusado de rachar a oposição democrática. O ex-ministro afirmou que ainda hoje o ex-presidente tem força para concorrer à presidência da República e garantiu sua vitória no pleito. “Em 80, disseram que o Lula estava em crise por causa da greve, na realidade em 79, porque ele fez um acordo trabalhista com as empresas, já estava no início da crise e achavam que ele tinha traído a luta. Aí ele cria o PT. Criou o PT, ‘o Lula acabou porque o PT está rompendo o partido-ônibus da democracia que é o MDB e está dividindo a oposição’. Em 82 ele sai candidato ao governo, eu participo da campanha e ele só teve 14% dos votos: ‘o Lula acabou’. Chega 86, estávamos em um movimento de crescimento do partido, veio o Plano Cruzado e nos arrebentou. O PMDB fez 22 governadores, maioria absoluta no Congresso. Nós elegemos sete ou 12 deputados, foi um banho de água fria. Acabou o Cruzado e o PT voltou com muita força, e nas Diretas também. Veio 89 e nós tivemos a campanha, que ninguém acreditava, a imprensa nunca disse que a gente ia para o segundo turno, o Lula mergulhou no Brasil profundo e aquela campanha bateu no coração do povo e ele nunca mais saiu”.

“Quando chega em 2001, havia um movimento dentro do PT de que o Lula não dava mais, que a rejeição era muito alta. O Lula fez um jantar lá em Brasília que estava ele, Cristovam Buarque, que era um dos que defendia isso, o Suplicy, que era um dos que queria ser candidato, Tarso Genro, que queria ser candidato, eu e o Zé Dirceu. O Lula falou: ‘está todo mundo falando que eu estou inviabilizado, da minha rejeição, que já tive três derrotas. Se alguém aqui quiser se viabilizar, por favor, se viabilize e seja candidato a presidente’. Alguns saíram, o Cristovam saiu para ser candidato, o Suplicy exigiu uma prévia. Só que eles não entenderam que a militância, a base social queria o Lula, e o Lula teve uma vitória estrondosa em 2002. Olhando para a história, desde 80 vem essa conversa. O Lula é a maior liderança que nós temos, um patrimônio desse povo. Se deixarem ele ser candidato, ele ganha essa eleição. Vamos ver o Lula percorrendo esse País e vamos ver quem é a esperança do povo”, afirmou.



Mercadante também defendeu que o partido comece a pensar desde já em um bom candidato para disputar a presidência em 2022.

‘Precisamos de Lula e do PT para uma frente em 2022’, diz Flávio Dino

“É claro que a gente tem que ter uma aliança, mas com o Lula e com o PT, e não contra. O PT é o partido mais nacional da esquerda brasileira”, disse à TV 247 o governador do Maranhão. 

Brasil 247, 4/12/2020, 22:52 h Atualizado em 4/12/2020, 23:09
    Lula e Flávio Dino (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Twitter)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou na TV 247 sobre a camiseta “Lula Livre” que utilizou para votar no segundo turno da eleição municipal em São Luís e disse que sua intenção era passar o recado de que não se pode deixar o ex-presidente Lula e nem o PT de fora de uma aliança do campo progressista para eleição nacional de 2022.

Dino destacou o protagonismo do PT e de Lula nos últimos anos e defendeu fortemente a participação de ambos em uma frente para derrotar Jair Bolsonaro no próximo pleito. “É claro que sozinho o presidente Lula e o PT não darão conta desse desafio. Mas, por outro lado, é no mínimo falta de modéstia achar que você pode descartar a figura do Lula e descartar o PT. Isso não existe. Como é que você pega o presidente que tem a melhor avaliação da história do Brasil e vai dizer ‘não, ele não serve mais para nada. Está aposentado’? Mesmo que ele tivesse aposentado, ele seria de grande utilidade. É claro que a gente tem que ter uma aliança, mas com o Lula e com o PT, e não contra. Esse foi o sentido do uso da camiseta. O PT é o partido mais nacional da esquerda brasileira, é o partido que está do Oiapoque ao Chuí, de leste a oeste. Tem que ter um pouco de modéstia”.

Questionado sobre como foi possível unir Marina Silva, Lula e Ciro Gomes em apoio a Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo, Dino disse que o psolista é uma figura “agregadora” e que, por esta razão, fica mais fácil que outros partidos se juntem à sua candidatura. “O Boulos é uma pessoa que eu conheço há pouco tempo mas é uma pessoa com essa visão agregadora, ele não valoriza aresta. Ou seja, a atitude dele também é positiva. Não foi possível no primeiro, no segundo turno juntou, como juntou em Porto Alegre. Acho que o Boulos, assim como a Manu [Manuela D’Ávila], tiveram essa capacidade de minimizar divergências, acho que esse é o certo”.