quarta-feira, 21 de julho de 2021

Isolado, Bolsonaro confirma reforma ministerial e vai recriar Ministério do Trabalho

Bolsonaro afirma que anunciará reforma ministerial na segunda. Centrão ganhará mais poder e governo tentará interromper perda de base social e política acelerada

Brasil 247, 21/07/2021, 10:17 h Atualizado em 21/07/2021, 11:05
Bolsonaro, Ciro Nogueira e General Ramos (Foto: Reuters | Edilson Rodrigues/Agência Senado | Anderson Riedel/PR)

Cada dia mais isolado, Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta quarta-feira (21) que fará uma reforma ministerial na próxima segunda-feira (26). Foi durante uma entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga. Ele argumentou que a reforma ministerial vai ser importante para "continuar administrando o país". Ele não adiantou em quais ministérios deverá mexer, mas é certo nos meios políticos que entregará a estratégica Casa Civil a um dos líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas. Outra medida seria a recriação do Ministério do Trabalho, extinto com enorme alarde no início de seu governo, sob alegação de “modernização”.

Bolsonaro reconheceu a situação difícil de seu governo ao afirmar na entrevista que a reforma ministerial vai ser importante para "continuar administrando o país". E se queixou outra vez de sua função: “Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos".

O general Luiz Eduardo Ramos deve deixar a Casa Civil para ocupar a Secretaria Geral da Presidência, ocupada por Onyx Lorenzoni, que iria para o Ministério do Trabalho.

O objetivo da mudança é conter a vulnerabilidade de Bolsonaro no Congresso e tentar estancar a crise de perda de base política e social que está desidratando seu mandato.

A movimentação também implica em enfraquecimento ainda maior de Paulo Guedes, com a desidratação do Ministério da Economia, pois os temas do trabalho e Previdência Social sairão de sua alçada.

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