sábado, 31 de julho de 2021

Lula lidera corrida presidencial em Minas Gerais, aponta pesquisa DataTempo

Pelo histórico, nenhum candidato a presidente vence a eleição sem ganhar em Minas Gerais

Brasil 247, 31/07/2021, 10:47 h Atualizado em 31/07/2021, 11:12
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Lula (PT) é o favorito para a eleição presidencial de 2022 em Minas Gerais, diz pesquisa DataTempo/CP2. Pelo histórico, nenhum candidato a presidente vence a eleição sem ganhar no estado.

Segundo o levantamento, Lula lidera as intenções de voto quando a lista de candidatos é apresentada. Na pesquisa espontânea, que mede a solidificação dos votos, Bolsonaro se aproxima do ex-presidente e chega a um empate técnico. A margem de erro é de 2,72 pontos percentuais para mais ou para menos.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Enfraquecido, Bolsonaro segue o caminho de Collor, diz analista

“Cada vez mais o governo Bolsonaro se parece com o governo Collor. Bolsonaro está adotando um caminho muito parecido. Não significa que, necessariamente, teremos um impeachment. Mas mostra um governo cada vez mais enfraquecido”, diz o professor da FGV Cláudio Couto

26 de julho de 2021, 11:51 h Atualizado em 26 de julho de 2021, 12:00
Fernando Collor de Mello e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)



Rede Brasil Atual - De acordo com o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cláudio Couto, o governo Bolsonaro está cada vez mais enfraquecido. Acuado, Bolsonaro busca reforçar a aliança com o Centrão para tentar barrar as ameaças de impeachment. O analista comparou a chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para assumir o comando da Casa Civil ao “ministério de notáveis” do governo do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, que visava garantir governabilidade a um governo em crise.

“Cada vez mais o governo Bolsonaro se parece com o governo Collor. Bolsonaro está adotando um caminho muito parecido. Não significa que, necessariamente, teremos um impeachment. Mas mostra um governo cada vez mais enfraquecido”, disse Couto.

Em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (26), Couto apontou que as ameaças dos militares à democracia somaram mais um motivo que ajudou a levar pessoas a saírem às ruas para protestar contra o governo no último sábado (24).
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Apesar da entrada de Ciro Nogueira ser uma tentativa de melhorar o diálogo do governo com o Congresso Nacional, Couto afirma que pode não ser suficiente. Isso porque o governo Bolsonaro é “tóxico”, em termos eleitorais, inclusive para os políticos integrantes do Centrão.

“Até porque Bolsonaro vai seguir sendo Bolsonaro. Os problemas que ele produz, para si próprio e para a sua administração, vão continuar. Não é a ida de Ciro Nogueira que vai resolver o problema”, comentou o analista.
Bolsonaro: acuado, mas perigoso

Contudo, mesmo diante do enfraquecimento contínuo, Couto alerta que o governo Bolsonaro ainda tem potencial para causar danos às instituições democráticas. Ele afasta a possibilidade de uma ruptura institucional clássica, aos moldes do golpe de 1964, apesar das ameaças dos militares. Contudo, ele teme que grupos bolsonaristas possam criar um cenário de violência política durante as eleições do ano que vem.
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O risco é que grupos milicianos, setores das polícias e grupos de atiradores bolsonaristas possam produzir uma “confusão imensa”. E esse risco aumenta na medida em que as chances de reeleição de Bolsonaro diminuem, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais.

Além disso, há uma série de ataques deliberados produzidos pelo próprio governo, que vão desde a atuação desastrosa na pandemia, passando pela deterioração da imagem do Brasil no cenário internacional, até os ataques contra os povos indígenas, alvo inclusive de acusação formal de genocídio no âmbito do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Militares foram alvos do TCU em quase 280 investigações de desvios

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez pelo menos 278 auditorias em órgãos das Forças Armadas nos últimos 20 anos. O número foi referente às chamadas Tomadas de Contas Especiais (TCEs), tipo de processo administrativo usado em contextos que envolvem prejuízo aos cofres públicos

Brasil 247, 26/07/2021, 10:04 h Atualizado em 26/07/2021, 10:05
(Foto: Divulgação)

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez pelo menos 278 auditorias em órgãos das Forças Armadas nos últimos 20 anos, desde 2001. O objetivo do tribunal foi apurar possíveis prejuízos para os cofres públicos. O número foi referente às chamadas Tomadas de Contas Especiais (TCEs) em unidades militares e no Ministério da Defesa. As 278 apurações representaram cerca de 10% dos 2.743 processos do tipo abertas no período, excluindo as relacionadas a prefeituras ou governos estaduais. A TCE é um tipo de processo administrativo usado em contextos que envolvem prejuízo aos cofres públicos.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, as investigações incluíram desde suspeitas de fraudes em obras até o desvio de combustível de navios da Marinha. Um exemplo foi uma apuração envolvendo o roubo de mais 100 mil litros de óleo diesel da antiga corveta Frontin, afundada em um exercício militar em 2016.

As estatísticas apontaram que o problema mais comum investigado pelo TCU é o pagamento indevido de pensões: pelo menos 52 das 278 apurações abertas foram sobre o tema - desde filhas que continuaram recebendo após a morte dos beneficiários até o caso de uma mulher que recebeu pensão como viúva de um servidor da Defesa sem nunca ter sido casada com ele.

As filhas do ex-coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), por exemplo, também recebem as pensões. Renata Silva Brilhante Ustra e Patrícia Silva Brilhante Ustra ganham o benefício desde março de 2016. O valor foi de R$ 10,1 mil líquidos, em fevereiro deste ano.

No caso das Forças Armadas, a maioria dos processos do tipo TCE ainda está em andamento: das 278 apurações abertas desde 2001, somente 77 são consideradas encerradas pelo tribunal. E, desde 2010, apenas 73 militares foram punidos pelo Tribunal com multas e com a obrigação de reparar o dano, apontaram números compilados pelo TCU.

Ramos, Mourão e Heleno, assim como Braga Netto, receberam mais de R$ 100 mil em junho

O maior vencimento foi do general Luiz Eduardo Ramos, que recebeu R$ 111,2 mil em junho

Brasil 247, 26/07/2021, 11:22 h Atualizado em 26/07/2021, 12:07
Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos (Foto: Anderson Riedel/PR)

Por Igor Gadelha, no Metrópoles - Assim como o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, outros generais da reserva que ocupam cargos no primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro também receberam salário líquido de mais de R$ 100 mil em junho.

O maior vencimento foi do general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Casa Civil e que deve ser transferido para a Secretaria-Geral da Presidência. Ramos recebeu salário líquido de R$ 111,2 mil em junho.

Na sequência, aparecem o vice-presidente Hamilton Mourão, que ganhou R$ 108,7 mil, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que recebeu R$ 107,2 mil.

Leia a íntegra no Metrópoles.

domingo, 25 de julho de 2021

Em números percentuais, o Brasil é o campeão de mortos por COVID - 19, no mundo

Negar a ciência, se contrapor a forma como o mundo se posicionou para combater o COVID - 19, foi o comportamento do governo brasileiro deste o início da pandemia e o resultado é desastroso: percentualmente, o Brasil é o campeão de mortos por COVI, no mundo

23 de abril: enterro coletivo para vítimas de Covid-19 é realizado no Parque Tarumã, em Manaus. — Foto: Bruno Kelly/Reuters

Enquanto os governantes mundiais se esforçavam, ao máximo, para evitar o pior, diante da pandemia que alastrou no planeta, o presidente Jair Bolsonaro, sem partido, e seu governo, negava a pandemia, a letalidade da doença; usava e usa as redes socais para espalhar fakes news a respeito da situação catastrófica; ganhava a antipatia mundial e passou a ser chamado de genocida

Os dados abaixo(https://www.trt.net.tr/portuguese/covid19) , não deixam dúvidas, percentualmente, o Brasil tem o maior número de mortos, seguido da Colômbia, Argentina e depois Itália. Os EUA poderia está ocupando essa liderança sinistra, mas com o término do mandato de Trump e o início do governo Biden, a pandemia passou a ser encarada de outra forma e o quadro mudou radicalmente.

Confira os números:


País

 

         População

           Nº de               mortos

        % de        Mortos

EUA

 

331 449 281

626.717

1,89%

Índia

 

1380 004 385

420.758

0,30%

Brasil

 

211 755 692

549.500

2,59%

Rússia

 

145 934 462

153.874

1,05%

França

 

65 273 511

111.616

0,17%

Reino Unido

 

67 886 011

129.158

1,90%

Turquia

 

84 339 067

50.879

0,60%

Argentina

 

45 195 774

103.584

2,29%

Colômbia

 

50 882 891

118.538

2,32%

Itália

 

60 461 826

127.949

2,10%

Espanha

 

46 754 778

81.221

1,73%

Alemanha

 

83 783 942

92.037

1,09%

Irã

 

83 992 949

88.800

1,06%

Indonésia

 

273 523 615

83.279

0,30%

Polónia   

    

   37 846 611         

75.242

1,98%


Na sequência de tanta insensibilidade do governo federal, o Senado responde com uma CPI, que levanta todas as informações sobre o quadro crítico estabelecido no país e o seu resultado pode ser até o impeachment de Bolsonaro, que desgastado negocia cargos com o Centrão, que antes era um grupo politico indesejado, dado o histórico de suas atuações.

Greve de caminhoneiros: resistência diminui e grupos param na 2ª feira

Movimento foi convocado pelo CNTRC e tem ganhado a adesão de mais entidades

Poder360, MARINA BARBOSA21.jul.2021 - 6h00


Caminhoneiros durante paralisação de 2018; categoria ensaiou nova greve em 2021
Marcelo Camargo/Agência Brasil

A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros ainda enfrenta resistências, mas voltou ao radar da categoria. É que o Cntrc (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas) promete parar a partir de 2ª feira (26.jul.2021) e grupos que eram contrários ao movimento também já falam em aderir à paralisação. Na pauta, os preços do diesel e a tabela do frete.

A greve de domingo (25.jul) foi convocada desde junho pelo Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas –entidade que também tentou uma greve em fevereiro de 2021, mas não teve adesão da categoria à época. Nesta semana, virou pauta dos grupos de conversa dos caminhoneiros.

“A adesão está maior, com mais entidades representativas da categoria se posicionando a favor, inclusive algumas que se posicionaram contra em fevereiro. E vários sindicatos ainda estão se reunindo nesta semana para avaliar a adesão”, afirmou o presidente da Antb (Associação Nacional de Transporte no Brasil), José Roberto Stringasci.

Segundo Stringasci, os caminhoneiros estão “inconformados” com os aumentos dos combustíveis. Ele disse que o último reajuste foi anunciado poucos dias depois da 1ª reunião da categoria com o novo presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna.

O presidente da ANTB afirmou que a paralisação tem apoio da maior parte dos integrantes dos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros e já foi confirmada por líderes de regiões como a Baixada Santista. Segundo ele, o objetivo é realizar protestos no domingo (25.jul), que é o dia dos caminhoneiros, e organizar pontos de parada e piquete na 2ª feira (26.jul). A continuidade da greve vai depender da adesão.

Na 2ª feira (26.jul), a greve também terá apoio do Movimento GBN (Galera da Boleia da Normatização Pró-Caminhoneiro). Um dos representantes do GBN, Joelmis Correia, era da base do governo de Jair Bolsonaro e não apoiou a greve em fevereiro. Porém, disse que agora vai aderir ao movimento porque os caminhoneiros foram prejudicados por projetos recentes do governo. Ele citou como perdas a criação do DTE (Documento Eletrônico de Transporte), anunciada em maio dentro de um pacote que tentava agradar os caminhoneiros.

“Vou apoiar porque não sobrou outra alternativa a não ser brigar pelo diesel, já que perdemos no DTE”, afirmou. Correia diz, no entanto, que o GBN não vai protestar contra o aumento dos combustíveis, mas pela constitucionalidade do piso mínimo do frete.

O movimento, no entanto, não é unânime. A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), por exemplo, é contra. O assessor da Abcam, Bolívar Lopes Brambila, disse que a associação prefere focar em “questões técnicas que possam aumentar o rendimento do caminhoneiro”. “O aumento dos combustíveis está exagerado e a política internacional de preços é absurda para o Brasil, mas tentamos buscar alternativas junto ao governo que melhorem a situação”, afirmou.

‘EUA vão armar um novo golpe contra Lula’, avisa Brian Mier

“A gente não pode pensar que só porque Lula está liderando em todas as pesquisas ele vai ser eleito presidente. Tem outra tentativa de golpe eleitoral sendo montada”, alertou o jornalista norte-americano em entrevista à TV 247. 

Brasil 247, 23/07/2021, 15:53 h Atualizado em 23/07/2021, 16:18
Brian Mier e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

O jornalista norte-americano Brian Mier falou à TV 247 sobre a declaração do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, acerca da preocupação de seu país com a corrupção no Brasil, e não com a democracia. Segundo o jornalista, os EUA já preparam um novo golpe contra o Brasil.

“Ele foi honesto. Os Estados Unidos não se preocupam com democracia, se preocupam com petróleo. Esse foi exatamente o motivo principal para o golpe de 2016, para privatizar o pré-sal”, disse Brian Mier sobre a fala de Chapman.

Para ele, é preciso ficar atento para uma nova investida norte-americana contra o Brasil, principalmente com o objetivo de impedir a volta do ex-presidente Lula ao poder. O jornalista recomendou que se arme uma defesa contra o que está por vir. “Se prepara para mais um golpe no ano que vem, se prepara para um bombardeamento nas mídias sociais contra o PT e contra o Lula, porque essa é a nova ferramenta da guerra do espectro total, originado dos Estados Unidos”.

“A gente precisa pensar em como vamos nos defender de um ataque dessa natureza. Está sendo tudo montado. A gente não pode pensar que só porque Lula está liderando em todas as pesquisas ele vai ser eleito presidente. Tem outra tentativa de golpe eleitoral sendo montada com ajuda dos Estados Unidos, com a CIA, provavelmente, que estava lá visitando o Bolsonaro, e eu fico um pouco preocupado”, completou.

Ciro Nogueira, indicado por Bolsonaro para a Casa Civil, é alvo em inquéritos por beneficiar empreiteiras

Indicado por Jair Bolsonaro para a chefia da Casa Civil, o líder do Centrão responde a cinco inquéritos

Brasil 247, 25/07/2021, 11:46 h Atualizado em 25/07/2021, 12:07
Senador Ciro Nogueira (PP-PI) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do Centrão, escalado por Jair Bolsonaro para comandar a Casa Civil, responde a cinco inquéritos por beneficiar empreiteiras. Duas dessas investigações são sigilosas, informa o Congresso em Foco.

Em um dos casos até agora desconhecidos, o novo chefe do principal ministério do governo Bolsonaro é investigado pela suspeita de ter recebido pagamentos da OAS em troca de apoio a uma medida provisória no Senado.

No outro, os investigadores apuram se Ciro exerceu influência na liberação de um financiamento para a Engevix na Caixa Econômica Federal.

Ciro Nogueira já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República duas vezes: em um caso é acusado de receber propina de R$ 7,3 milhões da Odebrecht em troca de apoio no Congresso; em outro, é suspeito de obstruir investigações ao atuar para mudar depoimento de um ex-assessor do PP que colaborava com a Justiça.

O advogado Antonio Carlos de Castro, o Kakay, que defende Ciro, afirma que as investigações são fruto de um processo de criminalização da política patrocinada pela Operação Lava Jato.

“Bolsonaro é quase um serial killer, comete crimes todos os dias”, diz governador Flávio Dino

Em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão diz ainda que “Jair Bolsonaro é um caso que estudiosos de Direito Constitucional no mundo inteiro irão estudar ao falar sobre crimes de responsabilidade”. 

Brasil 247, 23/07/2021, 21:18 h Atualizado em 23/07/2021, 21:18
Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: GOVMA | Marcos Corrêa/PR)

Por Victor Castanho - O advogado e governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), apontou como a retórica de Jair Messias Bolsonaro fere a Constituição brasileira e carrega consigo peso de criminalidade. “É muito difícil encontrar alguém que cometa tantos crimes de responsabilidade quanto ele. É quase um serial killer, comete crimes todos os dias”, disse.

Flávio Dino, que foi professor de Direito Constitucional da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) por 20 anos, além de juiz federal, destacou entre os crimes cometidos por Bolsonaro o desprezo que nutre pela verdade. “O desapreço à verdade e a aproximação com a mentira já constituem crimes de responsabilidade porque são condutas difamatórias da dignidade e decoro do cargo de presidente da República. Isso está tipificado no artigo 85 da Constituição e na lei 1079”, afirmou.

O portal Aos Fatos compila todas as declarações de Bolsonaro feitas a partir do dia de sua posse e confere sua veracidade. Segundo essa base de dados, atualizada na quarta-feira (21), em 933 dias como presidente, Bolsonaro deu 3418 declarações falsas ou distorcidas. Dessa forma, são mais de três mentiras diárias ditas publicamente.

“Não acontece o impeachment não por falta de evidências”, aponta o governador Flávio Dino diante dessa conjuntura. Para o professor, Bolsonaro ganhou o parlamento quando passou às casas legislativas a alocação dos recursos públicos. “É o que eu tenho chamado de parlamentarização da despesa pública: o arbitramento de onde o dinheiro é gasto hoje está nos partidos, na liderança do Congresso e, dessa forma, não há interesse nem demanda para o impeachment”, acrescentou o governador.

“O impeachment é uma necessidade não apenas para o bom funcionamento do País, mas seria um exercício pedagógico ao povo brasileiro. Retirar Jair Bolsonaro demonstraria que os crimes no Brasil não saem impunes”, finalizou.

Jessé Souza: "Bolsonaro é o líder político da milícia"

Sociólogo e professor avalia em entrevista à TV 247 que Jair Bolsonaro age como um chefe de quadrilha, e lembrou que, há duas décadas, ele vem trabalhando em conjunto com as milícias. “Um país que elege Bolsonaro é como a Alemanha que elegeu Hitler. E não é apenas uma aproximação retórica. Estamos falando de dois absurdos humanos, dois monstros”, diz Jessé Souza. 

Brasil 247, 23/07/2021, 15:21 h Atualizado em 23/07/2021, 16:03
(Foto: Brasil247)

Os desmandos políticos e sociais cometidos por Jair Bolsonaro desde que assumiu a presidência da República e a sua ligação com organizações paramilitares deram o tom da entrevista do escritor, advogado e sociólogo Jessé Souza a Ricardo Nêggo Tom no programa “Um Tom de resistência” na TV 247.

Para Jessé, o projeto de poder do atual mandatário do País visa unificar milícias e forças de segurança do Estado para garantir a sua governabilidade. “Esse sempre foi o seu plano. E ele nunca deixou de explicitar isso. Bolsonaro é o líder político da milícia, e trabalha há duas décadas em conjunto com essa organização, tendo várias ligações entre eles. A forma como ele se utiliza da política, a questão das “rachadinhas”, que, certamente, foi ele quem ensinou aos filhos como se faz. Ele age como um chefe de quadrilha. Não tem outra definição melhor”.

O autor de “A elite do atraso” associa a suposta política de combate ao crime que levou Bolsonaro ao poder - e que conta com a operacionalidade das milícias como braço do Estado - à continuidade do genocídio da população preta brasileira, o que ele classificou como racismo. “Bolsonaro é o principal representante da mensagem miliciana, que propaga uma noção de guerra contra o crime, sob a forma de um racismo popular. Porque quem morre na guerra contra a polícia é o jovem negro. As balas disparadas pela polícia sempre escolhem o corpo negro como alvo. Nas classes populares, quando se fala de violência policial, de guerra contra o crime, guerra contra as drogas e etc, as pessoas sabem que isso é uma senha para a matança indiscriminada de jovens negros. Obviamente, isso é uma das formas de racismo. Quase sempre, o racismo precisa assumir uma forma, uma máscara, para que ele possa se exercitar dizendo que é outra coisa”.

O escritor aponta ainda o presidente da República como o homem escolhido pela elite burguesa para manter a estrutura social racista e excludente no País. “Bolsonaro é, e sempre foi o líder político desse racismo, que ele uniu ao racismo secular das classes dominantes brasileiras, que apoiaram Sérgio Moro no ‘combate à corrupção’. Que também é uma máscara para o racismo, excluindo a participação de negros e pobres, para estigmatização do povo, para criminalizar a soberania popular e os eventuais líderes que as classes populares, na sua maioria, negra e mestiça, possa colocar no poder”. Jessé Souza também avaliou a educação brasileira sob o governo de Jair Bolsonaro e classificou como “maldade em estado puro” o fato de o presidente ter recorrido ao STF para não ter que oferecer internet aos alunos da rede pública de ensino.

Jessé entende que “não há outra admissão para este fato. Bolsonaro não é apenas um político conservador como, por exemplo, Geraldo Alckmin, que governa para a elite, mas não é obrigatoriamente um monstro. Imagina um cara que recorre ao STF para impedir as crianças brasileiras que mais precisam de terem acesso à internet. Isso é algo que demonstra a monstruosidade do que está acontecendo no País, que está no seu pior instante. A questão é entender como 57 milhões de pessoas votaram para eleger esse monstro, que todos já sabiam que era assim. O que está vindo à tona sobre ele são detalhes. Porém, o que ele sempre foi e desejava já estava explícito. Estamos lidando com alguém que nunca escondeu quem ele era. E isso foi legitimado pela parte da sociedade que o elegeu. Uma prova de que estamos num país perverso e literalmente doente. Um país que elege Bolsonaro é como a Alemanha que elegeu Hitler. E não é apenas uma aproximação retórica. Estamos falando de dois absurdos humanos, dois monstros”.

Queiroz se queixa de abandonado por aliados de Bolsonaro e dá indireta: "metralhadora está cheia de balas"

“É! Faz tempo que eu não existo para esses três papagaios aí!”, disparou Queiroz ao reclamar de abandono por parte de três aliados próximos de Bolsonaro. Ele ainda deu uma indireta de que sua "metralhadora está cheia de balas" ao responder um comentário de um internauta

Brasil 247, 25/07/2021, 15:05 h Atualizado em 25/07/2021, 15:34
Queiroz manda recado para aliados de Bolsonaro e reclama de abandono

Por Guilherme Amado, no portal Metrópoles - Fabrício Queiroz, o ex-chefe de gabinete de Flávio Bolsonaro, postou em suas redes sociais neste domingo (25/7) uma mensagem em que reclama do abandono por parte de três antigos amigos, hoje muito próximos de Jair Bolsonaro, o deputado Hélio Negão, o assessor presidencial Max de Moura e o assessor de Flávio Bolsonaro Fernando Nascimento Pessoa, investigado no inquérito das fake news.

“É! Faz tempo que eu não existo para esses três papagaios aí! Águas de salsicha literalmente! Vida segue…”, escreveu Queiroz.

Há um possível texto subjacente na postagem. Se Queiroz só reclama do abandono dos três “papagaios”, pode-se concluir que, com a figura principal da foto, segue tendo contato.

Ele ainda deu uma indireta de que sua "metralhadora está cheia de balas" ao responder um comentário de um internauta.

Aldo Rebelo diz que fogo em estátua de Borba Gato faz parte da guerra híbrida contra o Brasil

Ele compara o protesto ao movimento "não vai ter Copa", que surgiu na onda de junho de 2013

Brasil 247, 25/07/2021, 05:44 h Atualizado em 25/07/2021, 07:26
Aldo Rebelo (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
 
O ex-deputado federal Aldo Rebelo, que foi ministro da Defesa, da Articulação Política e do Esporte, nos governos do PT, condenou a ação de um grupo chamado Articulação Periférica, que surgiu em julho deste ano nas redes sociais e ateou fogo à estátua de Borba Gato, desviando o debate sobre os protestos do dia 24 de julho contra Jair Bolsonaro. Segundo ele, este tipo de ação faz parte da guerra híbrida contra o Brasil, que consiste em um conjunto de técnicas para desestabilizar países adversários, utilizada contra o Brasil a partir de junho de 2013, levando ao golpe de 2016. Confira:

Canalhas, bandidos, assassinos da memória nacional. Vejam que não molestam as dezenas de imitações de “estátuas da liberdade” espalhadas pelo Brasil, escolhem a obra de artista brasileiro, um símbolo da história e da identidade da cidade de São Paulo. https://t.co/RKZlamyb5e— Aldo Rebelo (@aldorebelo) July 24, 2021

“O que houve no Brasil foi uma clara intervenção do imperialismo norte-americano”, diz Deyvid Bacelar

Para o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “o principal interesse do imperialismo norte-americano aqui no Brasil são as novas fronteiras do pré-sal”. Assista na TV 247

Brasil 247, 23/07/2021, 15:57 h Atualizado em 23/07/2021, 16:18
Deyvid Bacelar (Foto: Reprodução | Reuters/Yuri Gripas)

Coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar falou à TV 247 sobre a interferência dos Estados Unidos no Brasil nos últimos anos, que gerou a operação Lava Jato, o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e culminou na eleição de Jair Bolsonaro.Na quinta-feira (22), o embaixador estadunidense no Brasil, Todd Chapman, admitiu que seu país não se preocupa com a democracia brasileira, e sim com o petróleo.

Bacelar listou diversas “movimentações” dos Estados Unidos no Brasil a partir do descobrimento do pré-sal que, segundo ele, evidenciam a clara intenção dos norte-americanos de interferir no cenário brasileiro. “O que ocorreu aqui no Brasil foi sim uma interferência do imperialismo norte-americano. A partir da descoberta do pré-sal, os Estados Unidos começaram a fazer uma série de movimentações aqui no Brasil. Todo mundo se lembra de treinamentos diversos que a Justiça norte-americana fez aqui no Brasil para policiais federais, delegados da Polícia Federal, a ‘República de Curitiba’ quase toda com aqueles procuradores que estão sumidos, o Sergio Moro, outros juízes da Justiça Federal com treinamentos feitos como se fossem agentes da CIA. Outras movimentações: a 4º frota naval norte-americana deslocada para cá, a mudança da embaixada norte-americana quando trazem a embaixadora que se envolveu em um golpe de Estado ali no Paraguai quando tiram o presidente Fernando Lugo, quando se envolvem diretamente no processo de espionagem da companheira Dilma Rousseff, no processo de espionagem de ministros do Estado, de espionagem da Petrobras”.

“É óbvio que o principal interesse do imperialismo norte-americano aqui no Brasil são as novas fronteiras do pré-sal brasileiro”, concluiu.

Polícia prende homem suspeito de participar de incêndio contra estátua de Borba Gato em SP

O homem, que não teve identidade revelada, é o motorista de um caminhão que conduziu parte do grupo até o endereço onde está localizada a estátua de Borba Gato, com pneus que foram usados no incêndio

Brasil 247, 25/07/2021, 12:18 h Atualizado em 25/07/2021, 12:31
Incêndio na estátua do Borba Gato, em São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

A Polícia Civil prendeu, na madrugada deste domingo (25), um homem suspeito de atuar no incêndio da estátua de Borba Gato, em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, na tarde deste sábado (24). A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo as investigações do 11º DP (Santo Amaro), o suspeito é o motorista de um caminhão que conduziu parte do grupo até o endereço onde está localizada a estátua com pneus que foram usados no incêndio.

A polícia diz que o veículo usado também estava com as placas adulteradas. "As investigações prosseguem para identificar e localizar os demais autores", disse, por nota, o governo de João Doria (PSDB).

De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a polícia busca imagens e outras informações que possam ajudar "na identificação e localização dos demais autores do ato de vandalismo".

A reportagem ainda informa que o que já se sabe é que, por volta das 13h30, um grupo desembarcou de um caminhão e espalhou pneus na avenida Santo Amaro e em torno do monumento, ateando fogo logo depois. Um movimento chamado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio.

sábado, 24 de julho de 2021

Pazuello é representado no MP militar por negociar Coronavac com empresa intermediária

Apesar de ter dito à CPI da Covid que não cabe ao ministro negociar vacinas, vídeo mostra Pazuello tratando sobre a aquisição do imunizante da Sinovac com representantes de empresa ao triplo do preço oferecido pelo Instituto Butantan

Brasil 247, 23/07/2021, 20:50 h Atualizado em 23/07/2021, 21:18
(Foto: Divulgação)

Revista Fórum - O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) acionou uma série de órgãos para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, seja investigado pelo crime de improbidade administrativa.

O motivo é o fato de Pazuello, conforme mostra vídeo divulgado na última semana, ter tentado negociar a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, com uma empresa intermediária. A reunião aconteceu em 11 de março, fora da agenda oficial do então ministro.

Antes do vídeo vir à tona, o militar havia dito aos senadores da CPI do Genocídio que não caberia ao ministro da Saúde negociar imunizantes, mas sim à sua equipe. O vídeo, no entanto, mostra Pazuello tratando da aquisição das vacinas com representantes da World Brands, uma empresa de Santa Catarina que lida com comércio exterior.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

15 partidos são a favor ou sinalizam apoio ao impeachment de Bolsonaro

Os 15 partidos que apoiam ou sinalizam apoio têm 181 deputados e 25 senadores. Para que um pedido de impeachment seja aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados são necessários 342 votos

Brasil 247, 23/07/2021, 15:21 h Atualizado em 23/07/2021, 15:23
(Foto: ABr)

Levantamento feito pelo site Poder 360 aponta que pelo menos 12 dos 33 partidos são a favor do impeachment de Jair Bolsonaro. Outras 3 legendas sinalizam apoio.

Ainda segundo o levantamento, os 15 partidos que apoiam ou sinalizam apoio têm 181 deputados e 25 senadores. Para que um pedido de impeachment seja aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados são necessários 342 votos.

Oito partidos se declararam contrários ao processo: PTB, PSC, PROS, Patriota, PMB, PP, PRTB e DEM. Estes somam 100 deputados e 18 senadores.

Outras 5 siglas não se posicionaram contra ou a favor, entre as quais o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018.

Para o PSDB, o impeachment pressupõe condições que ainda não estão postas, pois considera que Bolsonaro tem base ativa nas ruas e nas redes e acordos eficientes com Congresso.

O MDB defende que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), precisa deliberar sobre os mais de 120 pedidos apresentados. O assunto não está na pauta do Podemos. Já o PMN diz que “se houverem as condições formais” para o processo de impeachment, o partido é favorável à sanção.

Avante, PL, Republicanos, PTC e Solidariedade não responderam ao contato feito pelo Poder360.

México anuncia envio de artigos alimentares e sanitários a Cuba: "solidariedade internacional"

O carregamento mexicano inclui seringas, cilindros de oxigênio e máscaras faciais para enfrentar a emergência sanitária, além de leite em pó, feijão, farinha de trigo, latas de atum, óleo de cozinha e diesel

Brasil 247, 23/07/2021, 19:16 h Atualizado em 23/07/2021, 20:11
Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador (Foto: REUTERS/Henry Romero)

Numa medida que denominou de “solidariedade internacional”, o governo do México, de López Obrador, anunciou que enviará suprimentos médicos, alimentos e gasolina a Cuba para ajudar a ilha que sofre com o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e viu sua situação econômica deteriorar durante a pandemia da Covid-19.

O anúncio do governo mexicano ocorre após protestos golpistas, apoiados pelo presidente dos EUA, Joe Biden, ocorrerem no país. Apesar da reação, com centenas de milhares de manifestantes contra o golpe nas ruas, ter vencido os protestos da direita, a situação ocorrida em Cuba foi inédita e se deu pelo aproveitamento diante da situação ruim do país em decorrência do bloqueio norte-americano.


O carregamento mexicano inclui seringas (fundamentais para a vacinação contra a Covid-19), cilindros de oxigênio para tratar o vírus e máscaras faciais para enfrentar a emergência sanitária causada pelo novo coronavírus, além de leite em pó, feijão, farinha de trigo, latas de atum, óleo de cozinha e diesel.

Cuba enviou brigadas médicas ao México para tratar da pandemia no início deste ano.

O governo mexicano também anunciou que na próxima terça-feira entregará 150 mil doses da vacina anticovid da AstraZeneca à Guatemala, depois de já ter doado 400.000 vacinas a Cuba, Honduras e El Salvador.


Lula pede fim do bloqueio econômico a Cuba

O ex-presidente Lula (PT) assinou uma carta pedindo para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, interrompa imediatamente o bloqueio econômico a Cuba. Além de Lula, mais de 400 ex-chefes de estado, políticos, intelectuais, cientistas, religiosos, artistas, ativistas e movimentos sociais de todo o mundo assinaram o documento.

Entre os signatários do “Let Cuba Live” (Deixe Cuba Viver), estão Jane Fonda, Susan Sarandon, Emma Thompson, Danny Glover, Wagner Moura, Mark Ruffalo, Judith Butler, Noam Chomsky, Gayatri Spivak, Adolfo Pérez Esquivel, Rafael Correa e movimentos como o Black Lives Matter (EUA) e o MST.

“Consideramos inescrupuloso, especialmente durante uma pandemia, bloquear intencionalmente as remessas e o uso de instituições financeiras globais por parte de Cuba, visto que o acesso a dólares é necessário para a importação de alimentos e medicamentos”, diz a carta.

Além de manter o bloqueio econômico, o governo Biden anunciou que vai impor sanções às forças militares cubanas e aos oficiais do Ministério do Interior do país. Biden disse que as sanções dos EUA contra Cuba são "apenas o início", e afirma que Washington continuará a sancionar os responsáveis pela suposta opressão do povo cubano.

Precisa fraudou documentos enviados à Saúde, diz fabricante da Covaxin

Laboratório indiano Bharat Biotech afirma que dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde foram fraudados

Brasil 247, 23/07/2021, 14:00 h Atualizado em 23/07/2021, 14:00
(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Reprodução)

A Bharat Biotech, laboratório indiano que produz a vacina Covaxin, afirma que dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos para o Ministério da Saúde, com o carimbo da empresa papel timbrado e assinatura do diretor-executivo, são fraudados. A farmacêutica anunciou nesta sexta-feira (23) o fim do memorando de entendimentos assinado com a Precisa para a comercialização do imunizante no Brasil.

"Recentemente, fomos informados de que certas cartas (conforme anexo), supostamente assinadas por executivos da empresa, estão sendo distribuídas online. Gostaríamos de ressaltar, enfaticamente, que esses documentos não foram emitidos pela empresa ou por seus executivos e, portanto, negamos veementemente os mesmos", disse a Bharat Biotech por meio de nota.

De acordo com reportagem do UOL, as duas cartas, supostamente assinadas pelo diretor-executivo Krishna Mohan Vadrevu, estão incluídas nas 1.008 páginas do processo de compra da Covaxin, enviadas pelo Ministério da Saúde para a CPI da Covid. O colegiado investiga uma série de irregularidades no contrato celebrado pela pasta com a Precisa, que atuaria como intermediária da negociação.

Os documentos são datados do dia 19 de fevereiro deste ano, seis dias antes da assinatura do contrato para o fornecimento de 20 milhões de doses, totalizando R$ 1,6 bilhão. O valor por dose única, de US$ 15, foi o mais alto dentre todas as vacinas adquiridas pelo Brasil.

Saiba mais sobre o assunto na reportagem abaixo.

Reuters e 247 - O laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina contra Covid-19 Covaxin, anunciou nesta sexta-feira a extinção imediata do memorando de entendimentos que havia assinado com a farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos para comercialização no Brasil do imunizante.

Em comunicado, a companhia indiana afirmou que, apesar do fim do acordo, continuará a trabalhar com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para completar o processo de obtenção de aprovação regulatória da vacina no Brasil.

As negociações para compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde tornaram-se alvo da CPI da Covid no Senado, por suspeitas de irregularidades, o que levou a pasta a suspender o contrato para compra do imunizante, após o empenho orçamentário de 1,6 bilhão de reais para pagar pelo fornecimento das doses da vacina.

Prevaricação

No fim de junho, os senadores do chamado G7 da CPI da Covid concluíram que o governo Bolsonaro prevaricou e pode ter cometido crime de uso da máquina pública em favor de entidades privadas por causa do escândalo Covaxin-Precisa. Para a cúpula da CPI da Covid as denúncias contra o governo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin abriram um caminho sem volta na investigação, que pode levar à responsabilização de Jair Bolsonaro.

Os senadores que constituem a maioria da CPI da Covid consideram que se forem comprovados os atos de corrupção na negociação de compra da vacina Covaxin, Bolsonaro pode responder por prevaricação e pelo crime de advocacia administrativa, que é o uso da máquina pública em favor de entidades privadas.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Consumo de carne bovina é o menor em 12 anos; brasileiro agora opta por ovos

Consumo de ovos (9%) e frango (7%) aumentou em 2020; o de carne bovina caiu 5%. Para especialista, mudança no padrão de consumo veio para ficar

O preço da carne bovina saltou 16,2% em 2020 frente 2019
Sérgio Lima/Poder360 - 6.dez.2019

20.jul.2021 (terça-feira) - 6h00

Os brasileiros estão trocando a carne bovina por proteínas mais baratas. O consumo de carne caiu 5% no ano passado, para 36 kg por pessoa. É o menor nível desde 2008. Trata-se também do 4º ano seguido de queda.

Os dados foram compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a pedido do Poder360, com base nos números da Ministério da Economia, do IBGE, do Rally da Pecuária e da Athenagro.

Atualmente, o Brasil é o maior vendedor individual de carne bovina do mundo.
NA MESA, FRANGO E OVO

O consumo de ovos (251 unidades per capita) saltou 9% em 2020. O de frango subiu 7%, para 45 kg por pessoa. Os números são da ABPA (Associação Brasileira da Proteína Animal).

INFLAÇÃO ATACA

Tudo ficou mais caro em 2020. Motivo: aumento do custo dos insumos (muitos deles importados) para a criação dos animais e alta demanda externa de países como a China.

carne suína: + 29,5%;
frango: + 17,1%;
carne bovina: + 16,2%;
ovo: + 11,4%

MUDANÇA VEIO PARA FICAR

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirma que esse cenário permanecerá mesmo depois da pandemia: “Vai haver um ‘boom’ ainda maior no consumo de frango, suíno e de ovos”.

Na avaliação do especialista, a chegada da crise acelerou um rearranjo na participação dos diferentes tipos de proteína na cesta de compras da população. Segundo estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o brasileiro consumirá neste ano a menor quantidade de carne vermelha por pessoa em 25 anos.

Santin explica que o início do pagamento do auxílio emergencial ajudou as famílias a comprar mais frangos, ovos e suínos. “Agora nos primeiros 6 meses de 2021, repete-se esse fenômeno: aumento do consumo”.

Porém os preços vão subir ao longo do ano, avalia o especialista. “A gente foi resiliente na pandemia. Investimos mais de R$ 1 bilhão para não deixar as plantas pararem, protegendo os trabalhadores e não deixando faltar comida. Não aconteceu aqui o que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, de falta de comida na prateleira. Mas agora a gente a gente está perdendo um pouco o fôlego por conta do aumento do preço do milho e do farelo de soja”.

Para se ter uma ideia, insumos compõem de 70% a 80% dos custos de produção do setor. De janeiro de 2019 até julho de 2021, em média, o preço do milho saltou 170% e a soja, 120%. Nem as embalagens escaparam da inflação. Os pacotes flexíveis de polietileno subiram 91% de julho de 2020 até abril deste ano.

O aumento dos custos será repassado ao consumidor e o preço das proteínas seguirá elevado em 2021, estima Santin.


Projeções apontam que esses produtos vão encarecer acima do IPCA ao longo do ano.

Isolado, Bolsonaro confirma reforma ministerial e vai recriar Ministério do Trabalho

Bolsonaro afirma que anunciará reforma ministerial na segunda. Centrão ganhará mais poder e governo tentará interromper perda de base social e política acelerada

Brasil 247, 21/07/2021, 10:17 h Atualizado em 21/07/2021, 11:05
Bolsonaro, Ciro Nogueira e General Ramos (Foto: Reuters | Edilson Rodrigues/Agência Senado | Anderson Riedel/PR)

Cada dia mais isolado, Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta quarta-feira (21) que fará uma reforma ministerial na próxima segunda-feira (26). Foi durante uma entrevista à rádio Jovem Pan de Itapetininga. Ele argumentou que a reforma ministerial vai ser importante para "continuar administrando o país". Ele não adiantou em quais ministérios deverá mexer, mas é certo nos meios políticos que entregará a estratégica Casa Civil a um dos líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas. Outra medida seria a recriação do Ministério do Trabalho, extinto com enorme alarde no início de seu governo, sob alegação de “modernização”.

Bolsonaro reconheceu a situação difícil de seu governo ao afirmar na entrevista que a reforma ministerial vai ser importante para "continuar administrando o país". E se queixou outra vez de sua função: “Temos uma enorme responsabilidade, sabia que o trabalho não ia ser fácil, mas realmente é muito difícil. Não recomendo essa cadeira para os meus amigos".

O general Luiz Eduardo Ramos deve deixar a Casa Civil para ocupar a Secretaria Geral da Presidência, ocupada por Onyx Lorenzoni, que iria para o Ministério do Trabalho.

O objetivo da mudança é conter a vulnerabilidade de Bolsonaro no Congresso e tentar estancar a crise de perda de base política e social que está desidratando seu mandato.

A movimentação também implica em enfraquecimento ainda maior de Paulo Guedes, com a desidratação do Ministério da Economia, pois os temas do trabalho e Previdência Social sairão de sua alçada.

Renan ironiza representação de Flávio Bolsonaro contra ele: "no Brasil, até a milícia denuncia"

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) ironizou a ida de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) à PGR sob o argumento de que o emedebista está abusando da autoridade na CPI da Covid. "No Brasil, até a milícia denuncia!", disse

Brasil 247, 21/07/2021, 09:51 h Atualizado em 21/07/2021, 10:09
Senadores Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Pedro França/Agência Senado)

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), ironizou o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), que entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) alegando abuso de autoridade do emedebista nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. "A democracia tem contornos às vezes de ficção. Até mesmo quem foge dos promotores há anos sistematicamente pode ir à sede do Ministério Público Federal. No Brasil, até a milícia denuncia!", escreveu o parlamentar no Twitter.

A ligação dos Bolsonaros com os milicianos da zona oeste do Rio vem de muito tempo. Flávio, então deputado estadual, nomeou a mãe e a ex-mulher do ex-miliciano Adriano da Nóbrega no antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio.

Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Nóbrega recebiam sem trabalhar e devolviam parte dos salários ao ex-PM Fabrício Queiroz, que atuava como assessor de Flávio.

Outra informação grave para o clã presidencial é que ex-PM Ronnie Lessa foi, segundo o Ministério Público (MP-RJ), o atirador contra o carro da então vereadora Marielle Franco (Psol) em março 2018. Ele morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro no município do Rio.

As investigações do MP-RJ também apontaram que Élcio de Queiroz dirigia o carro onde estava Lessa. Élcio havia postado no Facebook uma foto ao lado do atual mandatário. Na foto, o rosto de Bolsonaro está cortado.