sábado, 8 de julho de 2017

No Paraná, Gleisi e Requião dizem que não há conciliação com Rodrigo Maia.

Viomundo, 08 de julho de 2017 às 17h01

Gleisi e Requião: Não há conciliação com Rodrigo Maia

Em evento de lançamento de Frente Suprapartidária por Eleições Diretas, senadores do Paraná reforçaram que não apoiarão a troca de um golpista por outro


O senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Roberto Requião (PMDB-PR) reforçaram o não a Rodrigo Maia (PMDB-RJ) como substituto de Michel Temer (PMDB) no evento que lançou a Frente Suprapartidária por Eleições Diretas no Paraná.

A frente segue o movimento da Frente Nacional por Eleições Diretas.

“Esse Rodrigo Maia é tão perverso quanto Michel Temer. Não serve para nós. Não tem transição negociada. É “ Fora Temer” e “ Diretas Já””, afirmou Gleisi, presidenta nacional do PT.

Como presidente da Câmara, Maia substituiria Temer caso a denúncia contra o presidente golpista seja aceita no plenário.

“A Gleisi colocou o caminho certo. Não há condição de conciliação.Temer e Maia são exatamente a mesma coisa. Esse Congresso só vai se mexer se houver uma grande mobilização popular”, completou Requião.

Além do presidente do PT-Paraná, doutor Rosinha, participaram da mesa representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do PSOL, da Força Sindical, da Frente Brasil Popular e do PDT.

Em sua fala, Gleisi afirmou que há um movimento muito forte das forças conservadoras e do capital financeiro em cima da democracia e dos direitos dos trabalhadores.

“Estão aproveitando para reformas que jamais fariam em um processo democrático”, disse.

“É a retirada completa dos direitos conquistados nos últimos anos. Precarizar totalmente as condições de trabalho. É desestruturar a Justiça do Trabalho”.

Para Requião, os golpistas retomam a teoria da dependência: que o país está esgotado, e só pode ir para a frente com a entrega do comando para economias mais desenvolvidas.

“Eles propõe uma nova recolocação do Brasil na organização mundial do trabalho: Brasil, seleiro do Mundo, com venda de terras indiscriminada para qualquer estrangeiro e com a semi-escravização do trabalho, a gosto dos investidores do grande capital norte americano”, disse.

A presidenta do PT lembrou que o país já assiste às consequências dessas políticas. “Está voltando a ter fome no país”, disse.

“Nós sabemos porque a economia não tá melhorando. Não tem circulação de dinheiro. Decidiram que não vão dar reajuste pro Bolsa Família pra dar dinheiro de emenda pra parlamentar votar a favor do Temer. É uma vergonha”, afirmou a presidenta.

“Nós temos que lutar. Pedir eleição direta para dar legitimidade para o governo e poder enfrentar essas reformas”.

Gleisi também ressaltou a importância de se fazer uma reforma política. “O perfil do Congresso é o perfil da elite brasileira. Tem que fazer um movimento de conscientização”, disse ela.

“Só assim será possível reverter as medidas de Temer. Temos que acabar com a emenda constitucional 95. Não é possível ficar 20 anos com os investimentos congelados no país”.

“Nossas universidades não tem recurso para pagar água e luz. Achei que nunca mais ia acontecer isso depois do Plano Nacional Educação. A Funai não tem dinheiro. O Incra não tem dinheiro. É o sucateamento do Estado brasileiro. Um Estado mínimo para o povo brasileiro”, afirmou ela.

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