Apesar de não ter sido eleito, Jefferson Lima foi o segundo candidato a Senador mais votado nas Eleições 2014 no Pará. Ficando atrás somente de Paulo Rocha (PT), vencedor com 1.566.350 (46.30%), Lima teve 741.427 votos (21.92%), participando da Coligação “Juntos com o povo”, que tem à frente o candidato a governador Simão Jatene (PSDB).
Na última quinta-feira (09), Lima anunciou apoio à candidatura de Helder Barbalho (PMDB) ao governo do estado. A decisão surpreendeu muitas pessoas e também mostrou o quanto o atual governo desagrada até mesmo membros e pessoas próximas à coligação.
No início da manhã desta sexta-feira (10), o site "Bilhetim", de Edir Veiga, respeitado doutor em Ciência Política e professor na Universidade Federal do Pará publicou uma entrevista com Jefferson Lima sobre o apoio a Helder. Destacando sua postura como cidadão e a proximidade com as atuais demandas urgentes da população paraense, Lima comentou sobre sua preferência e apoio ao governo do estado e à presidência do país. Confira alguns trechos:
Edir Veiga – Por que você deixou a coligação de Jatene neste segundo turno?
Jefferson Lima – Estive na coligação de Jatene por decisão partidária, do Partido Progressista- PP, mas fui esquecido como candidato ao senado. Não recebi apoio concreto nem do PP e nem do PSDB de Jatene. Assisti o governador assumir publicamente o apoio ao candidato do PSD Helenilson Pontes. Somente no último minuto do primeiro turno, com meu crescimento nas pesquisas é que eles lembraram que eu existia. Me sentia constrangido em subir no palanque de Jatene, devido à presença no mesmo momento de três candidatos ao senado da mesma coligação, onde eu era o “plebeu” estranho no ninho. Então, por uma questão de auto respeito e dignidade, após o primeiro turno, fiz um balanço do tratamento político que recebi por parte do meu partido e do PSDB e seus aliados, é que decidi por um novo caminho, agora como cidadão e não mais preso às amarras partidárias.
Edir Veiga – Por que você decidiu apoiar o candidato do PMDB, Helder?
Jefferson Lima – Não posso mais ficar apenas denunciando as péssimas condições em que vive o “meu povo” das periferias das cidades, especialmente na região da grande Belém e municípios vizinhos. Agora chegou a hora de agir. Creio que o partido tucano precisa ficar um tempo fora do governo para se reciclar, afinal o PSDB governa desde 1994 o Pará. Belém e o Pará continuam a ser os campeões em falta de saneamento, em educação de péssima qualidade e com índices de homicídios superiores à mortandade das guerras em curso no mundo. Então, a opção pela candidatura do Helder, é porque acredito que o PMDB, após 20 anos longe do comando do estado, agora renovado e representado por Helder, é uma possibilidade real de iniciar mudanças estruturais nos destinos do Pará e de seu povo, onde saneamento e asfalto não sejam obras apenas de vésperas de eleições.
Edir Veiga – E a eleição presidencial, como fica?
Jefferson Lima – Em minha recente história de participação política partidária, sempre apoiei o presidente Lula e a presidente Dilma Roussef, até porque o PP sempre foi base de apoio destes dois presidentes. Vou vestir ardorosamente a camisa da candidatura Dilma porque a mesma representa e defende os pobres deste país. Nunca em nenhum tempo, houve um governo tão carinhoso com o povo pobre deste país. Ademais, com Dilma presidente e Helder governador, teremos condições de trazer muitos recursos para mudar para melhor o perfil dos indicadores sociais no Pará e venha a impulsionar nosso povo para alcançar, nos próximos anos, o status de classe média. Afinal, o Pará, que possui dois milhões de famílias residindo em seu território, tem 887 mil famílias dentro do programa Bolsa Família. Só em Belém e Ananindeua quase 150 mil família dependem, decisivamente, deste programa social, para se alimentar três vezes ao dia.
Edir Veiga – E como será sua participação na campanha Helder, governador?
Jefferson Lima – Estarei dia e noite nos bairros populares da região metropolitana pedindo voto para Helder. Fui o candidato ao senado mais votado na região metropolitana, e obtive quase 50% dos votos válidos para o senado em nossa querida Belém. Vamos à vitória.
Fonte: DiárioOline
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