quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Com endosso de Stiglitz, Nobel de Economia, Lula é convidado a palestrar na Universidade de Columbia, EUA

Lula deve ir aos EUA no começo de 2022. Agenda começa a ser montada e pode incluir palestra na Universidade de Columbia

Brasil 247, 30/12/2021, 10:43 h Atualizado em 30/12/2021, 11:24
Lula e Joseph Stiglitz (Foto: Ricardo Stuckert)

Lula deve ir aos Estados Unidos no começo de 2022. Entre outros compromissos, o maior líder popular do Brasil foi convidado a palestrar na Universidade de Columbia, em Nova York, uma das mais importantes dos Estados Unidos e integrante do seleto grupo conhecido como Ivy League.

O ex-presidente deve repetir nos Estados Unidos o mesmo êxito de sua recente viagem à Europa, onde se encontrou com líderes progressistas e intelectuais de prestígio.
O convite para palestrar na Universidade de Columbia partiu de uma organização chamada Brazil Talk, formada há seis anos por alunos brasileiros focados em Relações Públicas e Internacionais na instituição, informa o jornalista Lauro Jardim no Globo.

Os organizadores do evento planejam que em sua palestra Lula tenha como mediador o economista Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 2001.

Stiglitz, com quem Lula se encontrou em Bruxelas, em novembro, endossou o convite feito pela ala da comunidade acadêmica brasileira em Columbia.

Requião pode se filiar ao PT para disputar o governo do Paraná

Ex-senador, Requião quer ser o candidato de Lula no Paraná em 2022

Brasil 247, 30/12/2021, 14:12 h Atualizado em 30/12/2021, 14:26
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Blog do Esmael - Censurado pela velha mídia corporativa do Paraná, desde 2010, quando deixou o governo, as notícias que se tem do ex-senador Roberto Requião (sem partido), do Partido dos Trabalhadores e dos movimentos populares são possíveis somente pela imprensa estrangeira, mídia independente [Blog do Esmael] ou pelos jornalões de outros estados.

Dito isso, o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, anotou nesta quinta-feira (30/12) que Requião vai entrar no PT e que será o franco-atirador do ex-presidente Lula contra as candidaturas do suspeito ex-juiz Sergio Moro e Alvaro Dias ao Senado, ambos do Podemos.

A TV Esmael vai entrevistar hoje, às 18h, Requião, o deputado Arilson Chiorato, presidente do PT no Paraná, e Elton Barz, presidente do PCdoB do Paraná. Eles irão fazer a retrospectiva política de 2021, mostrando os melhores e piores momentos da vida pública nacional. Portanto, nós vamos conferir logo mais essa história de filiação no PT.

Veja o que registrou hoje O Dia, que será objeto de discussão com Requião e demais convidados na entrevista de logo mais:

Fator Requião

O ex-governador e ex-senador Roberto Requião, sem mandato, quer voltar ao Poder em grande estilo ano que vem, e sempre polêmico. Após 40 anos no MDB, do qual se desfiliou, pode se filiar ao PT – ou outro partido de centro-esquerda – e quer ser o candidato de Lula da Silva ao governo do Paraná. Inconformado com o desdém dos petistas pelo que considera seu potencial eleitoral de recall, mandou recado para Lula através da namorada Janja, e criticou a indiferença da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, sua amiga desde os tempos em que ela era líder estudantil e, ele, governador.

Requião é boquirroto, mas mão firme no trato político. Ele quer ser o nome de Lula contra a coalizão da chapa de Sergio Moro e Alvaro Dias no Estado. E tem munição.

Se Requião entrar no PT, falta aparar arestas. Petistas e dilmistas não esquecem o cartão de aniversário que ele enviou para a então presidente, assinado pelo seu motorista do Senado.

Governo Bolsonaro recusa ajuda humanitária da Argentina na Bahia

POLÍTICA

País vizinho ofereceu apoio para o suporte às vítimas das chuvas no Nordeste, mas presidente recusou

NSC Total30/12/2021 - 09h32, Por Folhapress
Mais de 630 mil foram afetadas pelo temporal na região(Foto: Agência Efe/Folhapress)

O governo federal dispensou a ajuda humanitária oferecida pela Argentina no socorro às vitimas das chuvas na Bahia, segundo informou a Defesa Civil do estado nesta quarta-feira (29). Em nota, o governo baiano informa que a decisão da União foi comunicada ao consulado argentino na noite passada.

O país vizinho ofereceu envio de profissionais especializados nas áreas de saneamento, logística e apoio psicossocial para vítimas de desastres. O governador Rui Costa (PT) chegou a agradecer o auxílio, em publicação no Twitter, e pediu celeridade ao governo federal para autorizar a ajuda internacional.

No documento oficial, o governo brasileiro agradeceu o apoio da Argentina e justificou a dispensa afirmando que a situação na Bahia "está sendo enfrentada com a mobilização interna de todos os recursos financeiros e de pessoal necessários".




O Ministério das Relações Exteriores disse ainda que "na hipótese de agravamento da situação, requerendo-se necessidades suplementares de assistência, o governo brasileiro poderá vir a aceitar a oferta argentina de apoio da Comissão dos Capacetes Brancos, cujos trabalhos são amplamente reconhecidos".

As chuvas que atingem o estado desde o início do mês deixaram 24 pessoas mortas e 434 feridas. A previsão do tempo é de mais chuvas na região para os próximos dias. O total de afetados é de cerca de 630 mil pessoas, segundo dados divulgados nesta tarde pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec).

Há 37.324 pessoas desabrigadas e 53.934 desalojadas. O número de municípios afetados é de 141, sendo que 132 estão em situação de emergência.

As cidades que registraram mortes foram: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (2), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1). Há uma pessoa desaparecida em Amargosa há 15 dias.

Merval se rende e prevê volta de Lula em primeiro turno após desastre bolsonarista

Colunista do Globo já aponta cenário de retorno do ex-presidente, em razão do "comportamento psicótico" de Bolsonaro

Brasil 247, 30/12/2021, 05:30 h Atualizado em 30/12/2021, 06:22
Merval Pereira e Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

"A insensibilidade do presidente Bolsonaro diante do sofrimento alheio, quando ele é difuso, é sinal de que é incapaz de compreender o alcance do papel de um presidente da República, que chegou aonde chegou pelo voto dos cidadãos, e não por escolha divina. Bolsonaro é capaz de comover-se com a morte de um rapper conhecido por fazer 'funk de direita' ou de um militar no exercício de sua função, mas é incapaz de homenagear um grande artista nacional que seja de esquerda ou simplesmente adversário de sua maneira de ver o mundo. Para ele, existem apenas os que são seus apoiadores ou os adversários, não há brasileiros como coletividade, todos os que deveriam estar representados por ele como presidente. Não viajar para a Bahia diante da catastrófica inundação que deixou milhares de desabrigados e mais de 20 mortos, para passear de jet ski no sul do país, é mais um desses episódios que demarcam sua psicótica personalidade", escreve o jornalista Merval Pereira, um dos grandes fomentadores do antipetismo, em sua coluna no Globo.

"A cada atitude dessas, Bolsonaro une a maior parte dos que votaram nele para se livrar do PT na direção contrária, transformando o antipetismo que o levou ao poder numa reação que poderá levar Lula à Presidência logo no primeiro turno, pois se mostrou durante seu desgoverno uma solução pior que aquela que ele representava quando foi eleito. A anticorrupção, grande motor para levá-lo à eleição, já não se mostra suficiente para evitar o PT, pois o bolsonarismo transformou-se num nicho radicalizado que não justifica um voto útil contra Lula ou a esquerda", admite. "O maior eleitor de Lula é o fracasso do governo de Bolsonaro", finaliza.

Bolsonaro demonstra desprezo à vida humana, diz Rui Costa, governador da Bahia

Bolsonaro permanece na praia e ignora a tragédia na Bahia. Governador critica o titular do Planalto por não ir ao estado em meio a enchentes

Brasil 247, 30/12/2021, 05:18 h Atualizado em 30/12/2021, 05:27
Rui Costa e Jair Bolsonaro (Foto: Camila Souza/GOVBA | Reuters)

"O presidente durante toda a sua gestão demonstrava desprezo em relação à vida humana (...) Ele não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo", afirmou o governador.

O governador Rui Costa (PT) diz em entrevista à Folha de S.Paulo que o enfrentamento às chuvas que assolam o estado e já causaram ao menos 24 mortes é o maior desafio de sua gestão. As enchentes destruíram estradas, inutilizaram estoques de medicamentos e vacinas e deixaram mais de 90 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.

Questionado pelo jornal se aguardava a visita de Jair Bolsonaro, Rui Costa respondeu que não tinha essa expectativa.

Ele estima que os recursos necessários para recuperar o estado cheguem a R$ 1,5 bilhão e espera que o governo federal possa ajudar com valores significativos.

O governador disse ainda que o estado tem enfrentado a situação e vem tentando mitigar as consequências das enchentes com a mobilização de recursos próprios e a ajuda de outros estados e ressalta que o governo federal não tem nenhuma estrutura de ajuda aos estados para desastres. "Os helicópteros do Exército, da Marinha, são completamente inadequados para esse tipo de coisa. São helicópteros para a guerra, não para sobrevoar áreas urbanas. Um helicóptero daquele tamanho, quando baixa a uma altura mais reduzida, arranca as telhas, é um desastre".

Rui Costa destaca que Jair Bolsonaro durante toda a sua gestão demonstrava desprezo em relação à vida humana. "Durante três anos, em nenhum momento, em nenhum outro desastre, na pandemia, ou em qualquer situação que significasse prestar solidariedade à vida humana ele fez qualquer gesto. É um presidente que não demonstra nenhum sentimento em relação à dor do próximo".

"O mínimo que qualquer presidente pode fazer é dirigir uma palavra de conforto ao seu povo num momento de sofrimento", acrescenta, criticando o ocupante do Palácio do Planalto por não se preocupar em fazer nem isso.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Moro confessa que Lava Jato foi projeto político para combater o Partido dos Trabalhadores

A confissão foi feita em entrevista a uma rádio. Para derrubar o partido, o ex-juiz parcial também destruiu empresas brasileiras e o sistema judicial

Brasil 247, 29/12/2021, 15:36 h Atualizado em 29/12/2021, 16:26
O ex-presidente Lula e o ex-juiz suspeito Moro (Foto: Reprodução | ABr)

O ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, finalmente confessou que a Lava Jato foi uma operação para combater o Partido dos Trabalhadores, e não propriamente a corrupção. Sua confissão foi feita em entrevista a uma rádio do Mato Grosso nesta manhã. "Como é que a gente pode defender um governo desse? Com pessoas [com fome] da fila de ossos, um governo que foi negligente com as vacinas, um governo que ofende as pessoas, um governo que desmantelou o combate à corrupção. Tudo isso por medo do quê? Do PT? Não. Tem gente que combateu o PT na história de uma maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz. A Lava Jato", disse Moro na entrevista.

Para derrubar o Partido dos Trabalhadores, Moro corrompeu o sistema judicial, como foi reconhecido pela suprema corte brasileira, e destruiu 4,4 milhões de empregos, segundo o Dieese, criando as condições para o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Depois de quebrar construtoras como a OAS e a Odebrecht, Moro prendeu o ex-presidente Lula para eleger Jair Bolsonaro, de quem foi ministro, e depois foi trabalhar para a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, que assumiu a recuperação judicial destas empresas e passou a viver como rico nos Estados Unidos. Em razão do conflito de interesses, os pagamentos da Alvarez & Marsal a Moro serão investigados pelo TCU. Saiba neste link como apoiar o documentário de Joaquim de Carvalho sobre o enriquecimento de Moro.

Logo depois de ter admitido a perseguição ao Partido dos Trabalhadores, o ex-juiz considerado suspeito e parcial pelo STF e ex-ministro de Bolsonaro recuou. Claramente, percebeu a confissão e tentou contorná-la dizendo que a Lava Jato apenas teria descoberto "os esquemas de corrupção" supostamente praticados pelo PT.

A confissão de Moro provocou a reação imediata do ex-ministro Nelson Barbosa. 

Presidente do PSB agora descarta federação com PT por falta de apoio nos estados

Carlos Siqueira voltou a cobrar apoio em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo
Brasil 247, 29/12/2021, 06:30 h Atualizado em 29/12/2021, 12:23
Carlos Siqueira (Foto: Humberto Pradera/PSB)

A federação entre PT e PSB, aparentemente, se enfraqueceu, segundo informa a jornalista Cristiane Agostine, no Valor Econômico. "O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reiterou ontem as dificuldades enfrentadas com o PT para formar uma federação e colocou em xeque o acordo com os petistas. Siqueira defendeu a reciprocidade nas alianças e voltou a cobrar apoio em cinco Estados: Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo", diz ela.

“Em primeiro lugar, nós não vamos fazer federação com ninguém, principalmente com o PT, antes de ter um acordo geral sobre os apoios que nós precisamos do PT. Em segundo lugar, a rigor, nós não precisamos de federação alguma para disputar as eleições”, disse Siqueira. “Nós admitimos a hipótese de federação como uma forma de valorizar a unidade das forças de esquerda, mas estamos tendo muita dificuldade até o momento para se concretizar.”

“Aliança pressupõe acordo entre partes e temos disposição para fazer esse acordo, mas isso pressupõe a reciprocidade de ambos os lados. Há muitos meses colocamos para o PT as demandas do PSB e até agora não tivemos resposta sobre nenhuma delas”, queixou-se Siqueira. “O PT deve pensar, refletir bem e decidir qual é seu plano central, seu objetivo principal, se é eleger Lula na Presidência ou se é disputar com seu principal aliado os governos estaduais”, afirmou.

Fernando Haddad, no entanto, não pretende abrir mão de sua candidatura em São Paulo. “Estamos com candidato no primeiro lugar no Rio Grande do Sul, Pernambuco e São Paulo, que são colégios eleitorais importantíssimos”, disse Haddad, em entrevista à rádio Bandeirantes.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Governo Bolsonaro cancela autorizações de garimpo na Amazônia após pressão do MPF

Heleno autorizou a atividade em uma região conhecida como Cabeça do Cachorro, uma das áreas mais preservadas da Amazônia e que abriga 23 etnias indígenas

Brasil 247, 27/12/2021, 15:20 h Atualizado em 27/12/2021, 15:22
Garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó (Foto: Divulgação)

Após pressão do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, cancelou nesta segunda-feira (27) a autorização de sete projetos de pesquisa de ouro em área preservada na Amazônia. O cancelamento das pesquisas foi publicado no Diário Oficial da União.

O recuo do governo se dá após o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas ter instaurado um procedimento de apuração para investigar e fiscalizar o risco socioambiental das autorizações dadas pelo ministro Heleno.

O MP trabalha com a suspeita de que as autorizações de pesquisa de garimpo na região de São Gabriel da Cachoeira, cidade mais indígena do Brasil com 23 etnias, buscavam preparar terreno para a mineração em Terras Indígenas.

“Recuperar a importância sistêmica da Petrobrás é quase impossível”, diz Gabrielli

Ex-presidente da Petrobrás se diz “muito pessimista” quanto à possibilidade de recolocar a Petrobras nos trilhos

Brasil 247, 28/12/2021, 11:04 h Atualizado em 28/12/2021, 11:18
(Foto: Reprodução | REUTERS/Sergio Moraes)

O ex-presidente da Petrobrás e professor da UFBA Sergio Gabrielli, que ocupou o cargo de 2005 a 2012, se diz “muito pessimista” quanto à possibilidade de recolocar a Petrobras nos trilhos em um eventual governo Lula a partir de 2023.

“Acho muito difícil, quase impossível retomar a importância sistêmica da Petrobras depois da destruição que foi feita. Dificilmente será possível reconstruir um programa de desenvolvimento grande depois dos leilões, do fim da operação única [sobre as reservas do pré-sal], do desmonte da integração vertical da Petrobras, do desmonte da engenharia brasileira; da venda da BR Distribuidora, da Liquigás, das refinaria”, disse.

“É muito difícil que a Petrobras venha a desempenhar um papel relevante, significativo, como aquele do início dos anos 2010.”, acrescentou.

Em sua visão, “a área de pré-sal era prioritária, mas acho que deveria ter integração maior com petroquímica inicialmente, para depois fazer as refinarias. Eu mudaria somente a ordem e as prioridades“.

Gabrielli também fala sobre os efeitos da Lava Jato e os interesses dos Estados Unidos na Petrobras. Para ele, no entanto, foi a precipitação do fim do governo petista que acelerou a depredação da empresa, que hoje está sob ameaça de privatização, com o governo Bolsonaro aproveitando o descontrole da economia e os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis para rifar de vez a petroleira.

Lula e Alckmin podem fazer campanha em dois palanques em São Paulo

PT quer lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França

Brasil 247, 28/12/2021, 07:35 h Atualizado em 28/12/2021, 08:17
Alckmin e Lula (Foto: Stuckert)

Diante do impasse nas negociações para que PT e PSB estejam juntos no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, dirigentes dos dois partidos já admitem que uma eventual chapa do petista com Geraldo Alckmin de vice pode levar a uma situação inusitada em São Paulo. Como o PT quer lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França, a solução, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos, seria Lula fazer campanha com Haddad e Alckmin subir no palanque de França. A reportagem é o jornal Estado de S.Paulo.

Por esse raciocínio, que agrada a pessebistas e petistas ouvidos pela reportagem, todos sairiam ganhando. Há no PT, porém, quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, sendo o PV e o Solidariedade opções – ambos já sinalizaram interesse na filiação do ex-tucano.

Segundo relato de participantes, na última reunião entre Lula e o PSB, na semana passada, um acordo chegou a ser colocado na mesa: em maio de 2022 os partidos fariam uma pesquisa qualitativa em São Paulo para saber quem estaria melhor colocado, Haddad ou França. E o pior colocado abriria mão da candidatura.

Há, porém, desconfiança dos dois lados em relação a esse cenário. Procurado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que a candidatura de França “está colocada”. “Se for prejudicial para a esquerda, então tira a do Haddad”, disse. Depois da reunião com o PSB, Lula participou de um evento com catadores, como faz tradicionalmente desde o início de seu primeiro mandato, em 2003. Durante seu discurso, falou que Haddad vai ganhar a eleição ao governo de São Paulo, o que foi interpretado como um sinal de que a candidatura é inegociável.